Como transformar seu celular em um “celular minimalista”

Um projeto muito comum nas plataformas de financiamento coletivo estrangeiras, como o Kickstarter, é o do “celular minimalista”. Você já deve ter visto algum na imprensa: eles são aparelhos elegantes, muitas vezes com tela monocromática, e não costumam fazer muito mais do que ligações e troca de mensagens.

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Contra as grandes: Como tirar das Big Tech o monopólio do futuro

Nota do editor: Alguns meses atrás, a Laura Castanho, que está se formando em Jornalismo pela USP, entrou em contato comigo para perguntar se eu topava escrever um artigo de opinião para a revista Zero, seu trabalho de conclusão de curso. Topei e, com a ajuda dela, o resultado é o que você lê abaixo. A revista impressa (na foto) ficou sensacional e pode ser comprada aqui. Não deixe de dar uma passada no site, no perfil no Instagram e de assinar a newsletter gratuita.


Quando uma startup dá certo — recebe investimento, cresce vertiginosamente, encontra um modelo de negócio rentável e abre capital —, é difícil preservar os traços dos seus primeiros dias. Um que costuma resistir, ainda que apenas por peso simbólico, autoengano ou como lembrete de uma época que ficou para trás, são os slogans e as missões da empresa.

Nas startups de tecnologia, a megalomania e o altruísmo se confundem em algumas das frases usadas pelas que deram certo de acordo com seus próprios critérios. “Não seja mau”, dizia o mantra do Google, cuja missão é organizar e tornar acessível toda a informação da Terra. O Facebook, nascido em um dormitório de faculdade a partir de um site para ranquear as alunas mais atraentes, com fotos obtidas do diretório acadêmico sem a permissão delas, em algum momento dos seus primeiros anos passou a ser uma ferramenta para “conectar o mundo”.

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Consegui cancelar o contrato com a Smart Fit via internet, sem sair de casa

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No final de 2018, motivado por orientações médicas genéricas, inscrevi-me na Smart Fit — a primeira vez em que frequentei uma academia de ginástica/musculação. O ingresso foi super tranquilo, com cadastro feito via internet e cobrança direta no cartão; os preços eram ok e mesmo eu não tendo base para comparação, achei os equipamentos muito bons. Tudo muito ~smart, ou inteligente, como eles propagandeiam. Dois anos depois, impossibilitado de me exercitar devido a uma pandemia e decepcionado com as opiniões do dono da empresa, tive que fazer malabarismos para conseguir cancelar meu plano sem pôr a minha saúde em risco porque, nessa hora, a academia inteligente revelou-se uma espertalhona.

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Pode baixar torrent?

No dia 10 de julho, os perfis em redes sociais da InfoPreta publicou um vídeo informativo que, dali a algumas horas, jogaria a empresa paulistana de cunho social no olho de um furacão. Usando um tom apocalíptico e meio condescendente, alguém de lá comentava os perigos de se usar “torrent” para baixar conteúdo pirata. NÃO PODE, enfatizava a apresentadora. O vídeo foi excluído do Instagram e do Twitter, onde fora publicado, na manhã desta terça-feira (14).

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O manual de eleição digital para o fascista moderno chegar ao poder


Ouviu o Tecnocracia e veio aqui em busca dos links citados?


Poucas semanas antes do segundo turno das eleições presidenciais de 2018, um dos candidatos, Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), anunciou que havia registrado seu plano de governo em uma blockchain, a tecnologia por trás do bitcoin. No site da campanha, já fora do ar, mas ainda disponível na Wayback Machine, o comunicado oficial explicava que o registro na blockchain era uma forma de garantir que as propostas, “constantemente modificadas para a manipulação de eleitores”, chegariam a eles na íntegra. Eleitores em dúvida sobre as “teorias criadas pela rede de desinformação do candidato opositor” poderiam, em tese, conferir se era mentira ou não.

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