Post livre #163

Toda semana, o Manual do Usuário publica o post livre, um post sem conteúdo, apenas para abrir os comentários e conversarmos sobre quaisquer assuntos. Ele fecha no sábado, na hora do almoço.

Sobre câmeras, fotografia digital e a nossa memória

Além de aumentarem a qualidade das câmeras dos celulares, as fabricantes agora também estão investindo em quantidade. Esse foco em câmera é tanto objetivo quanto resposta à demanda do público, que há muito abdicou de câmeras dedicadas para confiar totalmente na dos celulares.

No Guia Prático desta semana, eu (Rodrigo Ghedin), Naiady Piva e Fabio Montarroios (que fotografa por hobby e tem uma página legal no Flickr) aproveitamos o gancho dos anúncios do Mobile World Congress para conversar sobre a relação que temos com fotografia digital. Por que tiramos fotos? Como as revisamos, guardamos e revisitamos ao longo dos anos? Faz falta uma câmera dedicada? Ouça e, depois, participe do debate nos comentários.

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Qual plataforma de streaming tem o melhor acervo? Este programador descobriu

O aumento da oferta de serviços de streaming tem feito muita gente reavaliar os planos assinados e buscar alternativas mais baratas. Uma dessas pessoas resolveu dar uma abordagem analítica ao dilema: Sillas Gonzaga usou a programação para saber qual serviço de streaming disponível no Brasil tem o melhor acervo de filmes e séries.

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A internet de hoje não foi feita para conversar

Nas últimas décadas, houve um movimento de trocar cartas com pessoas aleatórias no mundo. Muito antes de existir o PayPal, a plataforma de pagamento, existia o penpal (“amigo de caneta”, em tradução livre). Alguém fazia a intermediação (escolas de inglês, por exemplo) e você saía escrevendo e recebendo cartas de um sujeito em outro país, talvez do outro lado do mundo. Era uma forma ótima de treinar o inglês (por isso as escolas de inglês entravam na jogada). Eu tive uma penpal italiana chamada Anna. Troquei três cartas com ela até que um dia o diálogo terminou, mas a lembrança continua forte.

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2019 é o ano dos celulares esquisitos

Fevereiro é o mês mais agitado do ano para a indústria de telefonia móvel. É quando a Samsung tradicionalmente apresenta o novo Galaxy S — neste, quatro modelos — e acontece o Mobile World Congress (MWC), principal evento do setor, em Barcelona, na Espanha. Em 2019, uma combinação de fatores fez com que fevereiro fosse meio estranho. Um fevereiro de celulares estranhos que pode estar dando o tom de que 2019 será esquisito (de um jeito bom) nesse setor.

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Os melhores celulares deixaram de ser os mais caros

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As apresentações públicas de novos produtos de tecnologia seguem um roteiro manjado. Os apresentadores, geralmente executivos da empresa, começam exibindo números positivos e/ou falando de alguma iniciativa que supostamente faz bem ao planeta. Depois, lançam um problema que, sem surpresa, o produto que será revelado dali a pouco consegue sanar. No clímax, entra um vídeo pomposo e, tcharam!, eis que aparece o melhor produto de todos os tempos — até a sua atualização ser anunciada no ano seguinte.

Essas apresentações acontecem em grandes centros de convenções ou em teatros imponentes, com uma importância insuflada que talvez a revelação do Santo Graal teria se descoberto. Alguém desavisado pode achar, pela circunstância e roteiro, que de fato o mítico cálice usado por Jesus Cristo na Última Ceia está ali, só que na forma de um pedaço de metal, vidro e placas de circuito que promete resolver todos os seus problemas.

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O que tem na sua mochila, James Pond

Foto do James Pond. James Pond é administrador de sistemas, responsável pelo back-end, servidores e futuro design do Manual do Usuário, fotógrafo nas horas vagas e colecionador de LEGOs e action figures. Depois de quase seis anos trabalhando na divisão de hospedagem da StudioPress, decidiu abrir sua própria empresa de hospedagem WordPress com foco em privacidade e suporte nível Apple aos seus clientes, a Mad Pony.

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Os aspectos tecnológicos do projeto anticrime de Sérgio Moro

No último dia 4 de fevereiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, apresentou seu projeto anticrime, um conjunto de alterações em 14 leis penais que estabelece medidas contra a corrupção, o crime organizado e os crimes praticados com grave violência à pessoa.

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Post livre #162

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Celulares com telas dobráveis estão chegando. O que eu ganho com eles?

A Samsung anunciou nesta quarta-feira (20) a tradicional renovação anual do seu celular topo de linha, o Galaxy S10. Mas, ao contrário dos anos anteriores, desta vez outro modelo se destacou: o Galaxy Fold, primeiro da marca com tela dobrável. De repente, toda a indústria parece estar se movimentando no sentido de tornar realidade celulares com telas que dobram ao meio. Por quê? E quem pediu por isso? Conversei com alguns especialista para entender a nova tendência.

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O próximo Facebook não sairá do Brasil

Há uma lenda folclórica no jornalismo de tecnologia brasileiro que já dura anos: a fábrica nacional de processadores. Sempre que executivos de Intel ou AMD visitam o Brasil, uma hora ou outra a pergunta aparece . (Não tem nada de errado, já que o trabalho do jornalista é perguntar.) A resposta segue sempre uma mesma linha, a de que o Brasil é um país interessante, um mercado potencialmente enorme, estamos analisando, existe um planejamento. Isso já dura mais de 15 anos e, até agora, nada de fábrica. É uma relação no estilo Vampeta: os executivos fingem que têm planos concretos, o mercado finge que acredita nos executivos e assim a vida segue.

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Ficar bem informado sem depender de redes sociais e do WhatsApp é possível. Veja como

Alguém pergunta como se informar por outras fontes que não sejam o Facebook. No Twitter, viraliza uma mensagem de um guru da extrema-direita perguntando se você “já cancelou sua assinatura na grande mídia”. (Sem surpresa, o nome do usuário contém um sapo e o endereço da rede social Gab.) Nunca tivemos tanto acesso à informação, o que por um lado é ótimo. Por outro, a avalanche de notícias, reportagens, mensagens no WhatsApp e posts em redes sociais vem com muito entulho no meio: boatos, informações não verificadas, erros intencionais cometidos para confundir e desunir.

Soa a chover no molhado um guia que apresente alternativas de informação a quem está condicionado a consegui-la apenas via feed do Facebook, timeline do Twitter e/ou grupos do WhatsApp. Elas sempre estiveram ali e continuam a existir: jornais, revistas, publicações sérias. Só que, às vezes, é preciso dizer o óbvio. Para reforçar, relembrar.

Não é só possível informar-se sem depender das redes sociais. É preferível que nos informemos por meios que têm algo a perder com erros e imprecisões, como os jornais, e que tenham motivações minimamente claras. Por mais que o seu amigo que sabe a verdade que a Globo não mostra insista que o Diário do Zapzap é onde está a informação confiável, isso está longe de ser verdade.

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O que tem na sua mochila, Gabriel Arruda

Foto de Gabriel Arruda. Gabriel é bacharel e mestre (área de Processamento de Língua Natural) em Sistemas de Informação, trabalha como cientista de dados no banco Itaú Unibanco. Leitor de longa data do blog, gosta da abordagem diferente do Manual do Usuário em relação à tecnologia. Escreve algumas coisas sobre ciência de dados em seu blog e está tentando engrenar um hobby de fotografia. Pode ser encontrado nas redes sociais como gdarruda: Instagram, Twitter, GitHub e LinkedIn.

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Post livre #161

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Mudanças no streaming de vídeo fortalecem a pirataria

No início da década, a Netflix despontou com uma oferta tentadora: muitos filmes e séries, todos em um só lugar, a um preço bastante acessível. O sucesso da empresa fez com que, anos depois, outras investissem na mesma fórmula, como a Amazon. Agora, os próprios estúdios e distribuidoras, como Disney e Warner, também se preparam para entrar no streaming, cortando intermediários e aumentando a fragmentação.

Ter que assinar alguns planos de streaming acaba com as vantagens originais da Netflix — o baixo custo e a conveniência de ter tudo no mesmo lugar ao alcance de um clique. Essa mudança na dinâmica do mercado pode ter um efeito colateral danoso às próprias empresas do entretenimento: o retorno da pirataria. É sobre isso que eu (Rodrigo Ghedin), Naiady Piva e a convidada especial Andressa Soilo, doutoranda em Antropologia Social pela UFRGS, debatemos no programa desta semana.

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