O The Pirate Bay e a persistência mitológica

Na mitologia grega, a Hidra de Lerna corresponde a um monstro que habita região pantanosa na península de Peloponeso e é considerada uma das criaturas mais temidas da antiga Grécia. Dotada de um corpo com aspecto canino — ou de dragão, a depender da narrativa —, tal criatura apresenta como uma de suas principais características a pluralidade de cabeças: a Hidra conta com nove cabeças serpentinas, sendo que uma dessas seria considerada imortal. Ainda que as narrativas de um monstro com múltiplas cabeças, por si só, sejam suficientes para suscitar noções de pavor e de curiosidade aos destinatários de tal mito, é a capacidade de rápida regeneração da Hidra que se destaca enquanto tópico intrigante.

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Post livre #176

Toda semana, o Manual do Usuário publica o post livre, um post sem conteúdo, apenas para abrir os comentários e conversarmos sobre quaisquer assuntos. Ele fecha no domingo por volta das 16h.

Universo alternativo: Cine Filmes e a pirataria de filmes debaixo do nariz do Google

Nota do editor: Esta matéria é parte de um especial do Manual do Usuário sobre aplicativos para Android em posições de destaque na Play Store brasileira, mas que estão fora do radar da imprensa. São famosos desconhecidos que, juntos, criam uma espécie de universo alternativo dos apps. Leia também a primeira parte (4Shared) aqui e a segunda (Biugo).


A relação entre a indústria do entretenimento e a pirataria sempre foi de tensão. Uma briga de gato e rato que contrapõe empresas multibilionárias e idealistas ou pessoas comuns sem muitos recursos, mas com uma vontade imensa de ter acesso à ampla produção artística da humanidade. Por isso, casos como o do Cine Filmes chamam a atenção: um app de streaming de filmes direto, gratuito, sem qualquer aval da indústria cinematográfica e que permaneceu disponível na Play Store por meses como um dos apps mais baixados da plataforma do Google.

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Universo alternativo: Noizz (antigo Biugo), a rede social sensação da qual você nunca ouviu falar

Nota do editor: Esta matéria é parte de um especial do Manual do Usuário sobre aplicativos para Android em posições de destaque na Play Store brasileira, mas que estão fora do radar da imprensa. São famosos desconhecidos que, juntos, criam uma espécie de universo alternativo dos apps. Leia a primeira parte (4Shared) aqui e aguarde a última amanhã (29).


O mundo ainda está tentando entender o fenômeno TikTok: uma rede social chinesa, criada pela ByteDance, que se baseia em vídeos curtos e emprega um algoritmo pesado de recomendação. Na prática, parece ser uma espécie de sucessor espiritual do Vine e do Snapchat, com contornos de refúgio aos jovens que já acham que o Instagram ficou mainstream demais com pais, tios, toda essa gente velha publicando stories adoidado.

O TikTok é um dos apps chineses mais “internacionais” de que se tem notícia. Tem sido o app para iOS mais baixado do mundo há alguns trimestres, é um sucesso consolidado em mercados importantes como Índia e Estados Unidos, e, como costuma acontecer nesses casos, já começou a ganhar tração no Brasil também, aparecendo em colunas e reportagens na imprensa tradicional. Mas, na lista dos apps gratuitos mais pesquisados da Play Store brasileira, a loja de apps oficial do Android, outra rede social novata está ganhando de lavada do TikTok. Ela se chama Noizz (antigo Biugo).

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Universo alternativo: Como o 4Shared virou o “Spotify pirata” na era da música por streaming

Nota do editor: Esta matéria é parte de um especial do Manual do Usuário sobre aplicativos para Android em posições de destaque na Play Store brasileira, mas que estão fora do radar da imprensa. São famosos desconhecidos que, juntos, criam uma espécie de universo alternativo dos apps. Leia a segunda parte (Biugo) e aguarde a última nesta quarta (29).


Nos últimos anos, ouvir música virou quase sinônimo de ter um app que faz streaming no celular. Nesta nova realidade, alguns players se destacam: Spotify, YouTube, Apple Music, Deezer. são poucos e você, muito provavelmente, já deve ter pelo menos ouvido falar de todos eles.

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Post livre #175

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Moto G7 Play: o mais barato finalmente está bom o bastante

No início, era apenas um Moto G. O consumidor encontrava nas prateleiras algumas variações do modelo original, mas com diferenças circunstanciais — fora a memória principal, suporte a um ou dois chips e acessórios, era o mesmo Moto G. Quase sete anos depois, a família campeã de vendas da Motorola se desdobrou em quatro aparelhos que se diferem muito entre eles — nos “sobrenomes”, nos componentes e no visual. Curiosamente, talvez esta geração tenha o modelo de entrada, aquele baratinho, mais interessante de todos.

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Post livre #174

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Os bancos estão sob ameaça, mas não pelas fintechs que você imagina

Você já leu a Bíblia? Eu ainda não. Independentemente da sua religião e das barbaridades que muitos religiosos tenham cometido — e continuem cometendo — em seu nome, é inegável o impacto que o livro ainda tem na nossa vida. Se você for à Itália, por exemplo, e visitar os museus de Florença, Roma e do Vaticano, é sempre bom ter em mente que os maiores mecenas de artistas como Michelangelo Buonarotti, Leonardo da Vinci, Rafael Sanzio e Caravaggio foi a Igreja Católica e que os temas das obras de arte eram, majoritariamente, histórias bíblicas.

Alguns deles, inclusive, eram contratados exclusivamente por papas ou pelo Vaticano. Rafael, por exemplo, dedicou quase a carreira toda para dois papas, Júlio II e o Leão X, e Michelangelo foi perseguido até o fim da vida por ter recebido uma encomenda também do Júlio II e não ter entregue as estátuas do seu túmulo.

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Livrar-me do carro próprio trouxe economia, paz de espírito e a esperança de cidades melhores

Em dezembro de 2017, no intervalo de um evento de tecnologia, conversava com amigos sobre assuntos aleatórios quando mencionei “meu carro”. Eles me olharam atônitos. “Você não parece o tipo de pessoa que tem carro”, disseram. Senti-me lisonjeado. Quando voltamos de viagem, comecei a cogitar a ideia de não apenas parecer, mas de ser uma pessoa sem carro. O processo todo levou um ano e, agora, alguns meses após me desfazer do carro próprio, desfruto de menos estresse no dia a dia e uma economia notável nos gastos mensais.

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Como o roteirista e comediante Nigel Goodman trabalha

Nota do editor: Esta é uma nova seção do Manual do Usuário em que entrevisto profissionais de diferentes áreas a respeito de produtividade e da relação deles com a tecnologia. A inspiração óbvia é a seção “How I Work”, do Lifehacker. A seção será publicada quinzenalmente, em alternância com a das mochilas — mande a sua, aliás, porque o estoque segue seco!

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Post livre #173

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Todo mundo precisa de um app de anotações rápido e que sincronize com a nuvem

Fato: um bom aplicativo de anotações no celular é imprescindível. Seja para escrever notinhas temporárias ou lembretes, registrar ideias, desenvolver textos completos ou se organizar, ter um app rápido e sem firulas, que receba texto puro e que facilite a sua recuperação está entre aquelas pequenas maravilhas que nem sempre reconhecemos ou valorizamos.

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O que se perde quando “vemos Netflix” em vez de filmes

Cada vez mais os livros não têm capas: o rápido crescimento de tablets e e-readers fez com que mais livros fossem lidos em telas que não enfatizam a capa como um identificador visual e um delimitador físico. Uma capa já representou a individualidade tangível de um livro, sua discrição. Agora, nas telas, as capas persistem como imagens retangulares vestigiais, ornamentando de maneira supérflua resultados de busca ou PDFs. Essa mudança de ênfase significa que os leitores se envolvem mais diretamente com os próprios textos, em vez de julgar os livros por suas capas, como adverte o clichê? Cinquenta Tons de Cinza e livros de autoajuda ganharam popularidade em aparelhos pós-capa. Estamos finalmente livres para ler o que realmente queremos, seguros em saber que ninguém pode nos julgar?

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