Como otimizar imagens para gerar arquivos menores e mais fáceis de compartilhar

Um dos segredos do WhatsApp para parecer ágil é redimensionar e otimizar imagens antes do envio. Arquivos menores levam menos tempo para serem transferidos. Ótimo, mas como fazer isso em outros ambientes digitais?

Existe um punhado de algoritmos que otimizam imagens. Eles removem partes que, embora sejam relevantes em alguns contextos, para imagens corriqueiras podem ser dispensadas, como meta dados e partes “brutas” (de alta qualidade) nas imagens em si.

Na dica desta semana, mostrarei três métodos para otimizar imagens. Use um deles antes de compartilhar imagens por e-mail, em outros aplicativos de mensagens, publicar em sites… enfim, onde quiser.

Sites

Alguns sites são especializados nisso. É o método mais prático, pois gratuito e não necessita a instalação de um aplicativo.

Um dos mais conhecidos é o TinyPNG. (Apesar do nome, ele aceita imagens nos formatos *.jpeg e *.webp também, além de *.png.) Basta abri-lo e arrastar ou clicar no campo para selecionar as imagens.

É possível comprimir até 20 imagens de cada vez, desde que nenhuma ultrapasse 5 MB. No plano Pro, que custa US$ 39 por ano, os limites são relaxados.

O Compress Image Online é uma alternativa ao TinyPNG. Ele não tem limitações e permite refinar o algoritmo de compressão — quando menor o arquivo resultante, mais chances da qualidade visual se deteriorar. O site garante que nenhuma imagem sai do navegador/dispositivo local do usuário.

Aplicativos locais

Se você usa o macOS, o ImageOptim é uma boa pedida. Apesar de estar há eras sem atualizações, funciona bem e é mais conveniente — basta arrastar e soltar imagens na janela ou mesmo no ícone na Dock.

No Windows, a dica é o RIOT. (O nome é uma brincadeira, um acrônimo em inglês para “ferramenta de otimização radical de imagens”.) Diferentemente do ImageOptim, o RIOT exibe um “antes e depois” e faz mais coisas que apenas otimizar imagens, pequenas edições gerais na imagem.

O Curtail (do print acima) é um aplicativo do tipo para o ambiente Gnome, muito usado em Linux.

Todos esses aplicativos são gratuitos.

Na linha de comando

Tanto os serviços web quanto os aplicativos são “cascas” (ou interfaces) que facilitam o uso de bibliotecas/algoritmos que podem ser acessados por linha de comando.

Tenho usado dois programas do tipo aqui, o jpegoptim e o optipng. (Nesses casos, cada um para o respectivo formato de arquivo a que aludem seus nomes.)

A maneira mais fácil de instalá-los é pelo seu gerenciador de pacotes. No MacPorts, que uso aqui, é só uma linha no terminal:

sudo port install optipng

Depois disso, basta invocar o comando, adicionar parâmetros e colocar o caminho da imagem. O optipng tenho usado sem parâmetros, com bons resultados. No caso do jpegoptim, regulo a qualidade final com um --max=90. Fica assim:

jpegoptim --max=90 ~/Caminho/da/imagem.jpg

Atenção

• Alguns aplicativos não preservam a imagem original. É o caso do ImageOptim e dos programas de linha de comando sem parâmetros — no caso desses últimos, é um problema contornável com os parâmetros --dest (jpegoptim) e -out ou -dir (optipng). Na dúvida, faça sempre uma cópia antes de otimizar a imagem a fim de preservar a original, se for necessário.
• Preste atenção ao tipo de compressão/otimização. Existem dois principais: o “lossless”, que prioriza a qualidade da imagem, ou seja, faz a otimização com o mínimo de alterações visuais possível, e o “lossly”, que estraga um pouco a qualidade visual em troca de arquivos ainda menores. Algumas aplicações acima permitem configurar o tipo de compressão.