Ser otimista ao ver o ChatGPT exige criatividade

Menina com traços orientais, vestindo moletom branco e rosa, olhando para a câmera, de mãos dadas com um robô branco, de mesma estatura que ela, com um colar de flores rosas no pescoço.

Tem sido um trabalho inglório ser otimista hoje em dia. Depois de dois anos no papel de pessoa que “pensa positivo” ou “vê algo bom” como co-apresentadora do podcast Guia Prático ao lado do Rodrigo Ghedin e em trocas frequentes com o Guilherme Felitti, tenho ficado cada vez mais sem argumentos, sem defesa.

Também pudera: junto com o avanço na carreira, veio também menos deslumbramento com o cenário de tecnologia. Se no passado olhava maravilhada para algumas novidades (um computador de bolso que vai mudar nossas vidas pra melhor, celebrava na época dos áureos lançamentos de Steve Jobs), hoje as novidades vêm um pouco mais agridoces.

A última dessa leva é o uso de inteligência artificial (IA) para atividades criativas. Em 2022, as IAs que geram imagens fez brilhar os olhinhos de muita gente. Por meio de algoritmos como o DALL-E, Midjourney e similares, tornou-se possível descrever uma imagem e apertar um botão pra ver várias versões daquela ideia transformadas em visual. Fiquei boquiaberta. Pensei: “Meu Deus, mas e os designers? E os fotógrafos? E os ilustradores?”

Já na virada para 2023, o tema quente da vez é o ChatGPT, criação da mesma startup responsável pelo DALL-E e outras IAs “gerativas”, capaz de “gerar” algo a partir de um pedido em texto curto (“prompt”). Se a criação automatizada não fosse já bastante surpreendente, com o ChatGPT dá pra conversar com os robôs como se eles fossem gente de verdade. Lá se vai minha boca abrir de novo. “E os jornalistas? E os redatores? E os pesquisadores?”

Ser otimista, portanto, tornou-se um trabalho mais difícil do que parece para quem me escuta semanalmente no Guia Prático. Claro que existem dezenas de motivos para se desesperar. Só que desde que eu fiz uma matéria extensa sobre o avanço dos robôs pra a revista Galileu, ficou claro para mim que o que me faltava para ser otimista era mais criatividade.

O pessimismo a gente vê de cara. Em sua coluna, o Ghedin cita as emoções que devem ter sentido os artesãos e pequenos produtores com a chegada da Revolução Industrial. Era, assim como é hoje, muito fácil detectar que tipo de profissões “morreriam”, obliteradas pelas inovações.

No entanto, é bem mais difícil entender que profissões vão surgir, porque elas não são tão óbvias ainda. Na época da pauta da Galileu, em meio à aflição de “puxa, tantos trabalhos vão acabar, e agora?”, lembro de uma das fontes, que trabalhava com pesquisa, apontando alguns pontos onde a tecnologia ainda era muito falha. Robôs, a fonte me dizia, precisavam de “babás” constantes, porque não podem ser deixados sozinhos sob risco de cometerem erros e não saberem sair deles. Havia também uma preocupação de que os robôs pudessem ficar “deprimidos”, e discutia-se o potencial de necessidade de profissionais focados em “fazer terapia” para máquinas (!).

Entende como é preciso criatividade para pensar com otimismo? E, como uma pessoa muito forjada em não-ficção, criatividade não é exatamente o meu forte no sentido de inventar coisas novas. No entanto, costumo ser bem boa de ligar alguns pontos.

Em meados do ano passado, a Cosmopolitan apontou quão complicado foi fazer com que um prompt pudesse gerar uma capa digna para uma das edições da revista. Foi preciso o time editorial pensar junto com uma artista especializada em arte generativa para conseguir “guiar” a IA no sentido de gerar algo bom o suficiente para ser impresso.

Mais recentemente, a Cnet precisou incluir notas em cerca de 75 notícias sobre finanças para deixar claro que elas tinham sido escritas por robôs e que estavam passando por um trabalho de re-checagem. A conclusão de Mariella Moon, do Engadget, aponta para o tipo de otimismo que eu tento arrancar das profundezas pra levar para as conversas do podcast: a IA pode sim ser utilizada em redações e serviços de notícias (e talvez até outros campos de criação textual), “mas os materiais que ela gera precisam ser detalhadamente conferidos por um editor humano”.

Tanto que já começam discussões em textões de LinkedIn e também em salas de reuniões corporativas sobre que tipos de cargos futuros serão necessários para manejar essas novidades quando elas chegarem ao mainstream. “Designer de requisições” (ou “prompt designer”, no inglês) é uma dessas funções que já estão sendo debatidas aqui ou acolá. E talvez outras venham a surgir.

Daqui de onde observamos, diante deste imenso desconhecido, acho que tanto o ceticismo do Ghedin como o meu otimismo precisam existir juntos, serem complementares. O pragmatismo aponta para uma situação de substituição de uma massa de trabalhadores, fora o risco de alienação do trabalho, como ressalta a coluna recente do meu co-apresentador. São problemas para os quais precisamos pensar em alternativas — que podem passar por realocação de profissionais em outros ramos, capacitação para atuações mais especializadas ou até, quem sabe, renda universal. É um problema muito maior, e que exigirá o envolvimento de pesquisadores da área dos estudos sobre o trabalho para ser reimaginado para os próximos anos.

Da mesma forma, acredito que o otimismo também é importante pra não nos deixar desmoronar e desanimar frente às inovações que, em algum momento, se tornarão irrefreáveis. Nesse momento, enquanto tecnologias como o ChatGPT são tendências e propostas de futuro, vai ser dolorido (porém necessário) pensar em quais das nossas habilidades vão continuar sendo úteis no futuro, e como poderemos nos adaptar para reforçar o nosso caráter mais humano e mais diferenciado das máquinas no futuro. Não vai ser um processo confortável, mas talvez se começarmos a pensar agora tenhamos tempo encontrar soluções a esses problemas complexos que se avizinham.

Na minha visão com tendências otimistas, não é hora de desespero, mas de refletir como novidades como ChatGPT podem ser usadas de modo idôneo e razoável em nossas funções, ou como podemos nos integrar às atividades que vão envolver essas tecnologias daqui por diante.

Ser otimista tem sido um trabalho inglório. Além de árduo, parece coisa de gente maluca. Mas se a alternativa, como provocou o Ghedin, é virar um vovô Simpson bradando contra as nuvens, eu prefiro continuar nessa batalha de pensar positivo, mesmo que ela pareça uma briga de Dom Quixote contra um moinho de vento.

Sigo aberta a provocações, pois são elas que me ajudam a pensar — você pode comentar abaixo ou mandar um alô para @jacquelinee no Twitter e no Instagram.

Foto do topo: Andy Kelly/Unsplash.

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18 comentários

  1. Ainda não sei o que pensar sobre essa revolução da IA, mas meu cetiscismo se aplica mais as corporações que darão o pior uso possível que da tecnologia em si.

    A única coisa que consigo pensar é que se torna mais importante produzir conteúdo próprio e ser independente do que tentar viver essa, talvez mítica hoje em dia, estabilidade financeira numa empresa maior.

    1. O desafio é que nenhuma das alternativas (estar em uma empresa maior vs. tentar ser independente) vai dar calma, eu acho, André. De um lado, a estabilidade da corporação traz esse receio de cargos serem obliterados + layoffs, de outro ser independente traz bastante insegurança sobre o dia de amanhã. É uma reflexão bem chata de fazer, mas infelizmente necessária.

  2. Não sei exatamente por que, mas sei que sempre tive muita facilidade em ser otimista com esse tipo de coisa. Com as AIs não está sendo diferente.

    Faz semanas que não passa um dia sem que eu use o chatGPT ao menos uma ou duas vezes. Faço perguntas facilmente googláveis e peço informações que já tenho, para me familiarizar na prática com os limites da confiabilidade. Pergunto a ele sobre ele mesmo, como da vez em que tivemos uma ótima conversa sobre os limites da memória de contexto dele.

    Gosto muito de perguntar nomes de conceitos que não conheço, não lembro, ou não sei explicar muito bem. Recentemente, lembrei de modo muito difuso sobre um trecho de um livro que falava sobre um conceito relacionado a trabalho. Não tinha certeza se o nome do conceito que eu tinha em mente era de fato o que o livro usava, e também não tinha certeza se aquele conceito de fato havia sido mencionado naquele livro em específico. Mandei pro chatGPT: “Você tem conhecimento sobre um conceito que se chama tal e tal ter sido mencionado no livro tal e tal, de autor tal e tal?” O bichinho me retornou uma belíssima resposta afirmativa, definindo o conceito em mais detalhes e citando inclusive um trecho do próprio livro que falava sobre o tal conceito. Confirmar as informações no Google foi bem mais fácil do que teria sido encontrá-las.

    Não, e teve a vez da tabela, que foi ótima! Precisei fazer uma tarefa que envolvia uma tabela; só que essa tabela não estava no Excel ou no Google Planilhas, mas sim numa página da web extremamente capenga, que não permitia manipular os dados da tabela de forma nenhuma. E pior: eu só precisava das informações de duas das 15 colunas da tabela. O que antes teria sido um festival de copia-colar (mesmo eu sendo faixa preta em apps de clipboard management e macros de teclado), se resumiu a um papo amigável no qual eu expliquei a situação pro chatGPT, copiei a tabela inteira, colei pra ele, expliquei que estava mal formatada e pedi para que ele se esforçasse mesmo assim para entender quais colunas eu precisava e me retornar uma tabela propriamente formatada apenas com os dados que eu precisava. Ele não conseguiu de primeira, mas foi tranquilo (pra não dizer mágico e empolgante) guiar o resultado até chegar no que eu precisava.

    ——

    É claro que estou ciente do potencial que o desenvolvimento dessas AIs tem de causar profundos impactos sociais. Não tenho deixado de ler, pensar, e conversar muito com amigos sobre isso. (Inclusive com amigos mais céticos e pessimistas.)

    Por algum motivo, porém, meu cérebro não me permite focar nos lados ruins.

    Eu penso muito no potencial de trazer impactos positivos:

    – Será que finalmente vamos ter algum tipo de Renda Básica Universal, ou qualquer outra solução nesse sentido para o provavelmente aumento da desigualdade econômica?
    – Será que a internet finalmente sairá dessa adolescência chata (que se convencionou chamar de Economia da Atenção) na qual todo mundo produz conteúdo apelativo o tempo todo sem parar?
    – Será que vamos passar a valorizar mais a humanidade dos humanos, em vez de ficar usando frases como “fulano é uma máquina!” como elogio?
    – Etc.

    ——

    Por fim, queria falar algo para o Ghedin em resposta ao post mais pessimista dele: o fato de eu estar aqui, lendo e comentando no MdU (coisa que, por algum motivo, eu não fazia há alguns meses), é consequência direta desse “shift” pra mim. Quanto mais as informações factuais se tornam de fácil e direto acesso, menos eu sinto necessidade de usar algoritmos de redes sociais para “ficar por dentro” das coisas de forma passiva, e mais eu passo a valorizar o lado humano do ofício da escrita: opiniões, pontos de vista, comentários, comunidade. Muito também por causa do fim do Twitter, tenho voltado a usar ferramentas de curadoria pessoal de feed, e o MdU foi um dos primeiros sites que pensei em assinar quando comecei a usar o (absurdamente excelente) Readwise Reader.

    Quem escreve como uma máquina vai ser substituído, mas quem escreve como um ser humano vai ser cada vez mais valorizado e diferenciado.

    1. Que exemplos legais. Acho que eu devia criar uma conta lá e experimentar algumas coisas.

      Apesar do tom pessimista da minha coluna, eu concordo contigo: a profusão de textos artificiais coerentes e minimamente corretos pode muito bem ressaltar o texto mais humano, que é o arroz com feijão deste Manual. (De verdade, não acho que este site corre algum risco iminente por causa das IAs gerativas.)

      Meu temor é mais com quem está começando ou cuja função é mais… básica, digamos assim. Lembro da maioria dos textos institucionais que já fiz, via freela, que hoje o ChatGPT conseguiria cuspir com qualidade muito similar.

      Penso, também, em quando dava meus primeiros passos nesse negócio de “escrever na internet”, quando nem sonhava em ser jornalista, só gostava de compartilhar coisas legais, mas tinha o jornalismo como referência e, mesmo que inconscientemente, tentava emulá-lo.

      Fosse hoje, eu teria o mesmo ímpeto? Dá para ter uma abordagem positiva disso, porém — com esse básico coberto pela IA, eu talvez me interessasse por outras coisas, talvez nem acabasse como jornalista, ou blogueiro, como queira. E, claro, esse caminho alternativo poderia ser muitíssimo melhor que o que eu segui, ainda que esteja profissionalmente bastante satisfeito com o Manual do Usuário e com os rumos que a minha carreira tomou.

      Esta coluna da The Atlantic, mais o texto da Jacque, me tranquilizaram um pouco. Ainda acho que haverá um estrago grande, porque os dividendos de novas tecnologia, em vez de promoverem o bem-estar coletivo, só aumentam o fosso social, mas… né, um pouco de otimismo sempre cai bem.

    2. Oi, Bracht! Bacana encontrar um colega otimista aqui. Significa que não estou tão solitária nesse podcast, afinal! hahaha
      Eu tenho tentado usar o ChatGPT, mas sempre que abro o link está “baleiando”, pra usar uma expressão do Twitter das antigas. Queria também testar algumas interações com ele – quem sabe se torna um colega editor dos meus textos? Um criador de parágrafos alternativos quando não posso mandar pra algum colega? Não gosto de ser super pessimista – apesar do pessimismo nos preparar para o pior – e tenho tentado enxergar como EUzinha me conecto e me adapto também.
      Quem sabe a gente chega na promessa do Ócio Criativo do Domenico? Sigo nessa esperança (que Ghedin diria que é vã).

      1. Há quem diga que a teoria do ócio criativo do Domenico resultou num bando de idosos de classe média à toa, radicalizados pelo consumo de maluquices via WhatsApp 24 horas por dia. Cuidado com o que desejamos 😄

  3. Sempre vi a tecnologias diruptiva , como algo que não era aguardado e derrepente está em nosso meio e fazendo um verdadeiros estardalhaço, assim como uma guerra com qual subestimados o inimigo e somo do nada surpreendidos. E detalhe sem tempo para pensarmos na consequência que isto trará.

    1. Sempre “sem tempo, irmão” – e quanto mais sem tempo, menos preparados pro que vem por aí. Sorte que a gente tem os States pra receber as coisas e dar umas ideias pra gente do que vai dar pra fazer no futuro. E sorte que os robôs demoram pra aprender Português :)

  4. adoro ver a esperança da jac mas não sei dessa vez na cauda longa penso que dará certo para maioria…

    ps. legal ver esses dois textos logo ouço o podcast ^^

    1. Obrigada por incentivar minha (vã?) esperança! Também não sei se na cauda longa vai ser viável – apesar de que, de certo modo, ainda não temos robôs pra diversas atividades do cotidiano. A diferença, acho, é pensar no que se chama de “trabalho braçal” vs. o “trabalho intelectual” (na gringa eles tem cores pros colarinhos, mas eu nunca lembro a cor do trabalho intelectual)

      1. ver isso diferencia bastante, e me parece que para quem tem muito dinheiro é mais fácil deixar de lado quem faz o trabalho braçal pois eles nem veem as pessoas são só números, e também parece que robótica está tendo mais trabalho de mudar esses postos de trabalha com a mesma versatilidade que os humanos fazem que a parte de programação…

  5. Duas coisas me vêm à mente sempre que penso nisso.

    A primeira é que precisamos ver como mecanismos de busca já predominantes (google, youtube e tiktok) vão indexar textos gerados por IAs. Se hoje, com redatores humanos, a gente já vê o google constantemente tentando entregar resultados menos quadrados, como vai ser quando começarem a usar IAs pra gerar textos de topo e meio de funil?

    A segunda é a ironia de ver minha profissão (um reles cozinheiro) estar aparentemente mais protegida da invasão das máquinas que outras consideradas mais criativas (redator, designer!). Uma máquina (ou na verdade um conjunto complexo de máquinas) que substituísse um bom cozinheiro, um mecânico, um eletricista, um encanador ou outro dos chamados blue collar jobs sairia caro demais comparado com contratar um ser humano, e mesmo pagá-lo um bom salário. Será que esse tipo de IA pode gerar uma movimentação, num futuro não tão próximo, em relação a esse tipo de ocupação? Por mais que surjam cargos para operar e lidar com as máquinas, normalmente eles empregam uma fração das pessoas que foram substituídas.

    1. Alá, achei a cor do colarinho dos trabalhos tidos como “braçais” – são os blue collar. (mencionei no comentário anterior isso).
      Acho que a parte intelectual do trabalho da cozinha já tem sido parcialmente automatizada (tem IA gerando receita ao chacoalhar e remixar uma base de dados de ingredientes), mas ainda não tem ninguém pra SOVAR A MASSA. Vai ser curioso se de repente o nosso futuro fizer uma inversão dos trabalhos mais bem pagos. Será que os humilhados finalmente serão exaltados?

  6. Há mais de um século trabalhadores braçais, as famosas categorias de base, veem seus empregos sendo dizimados, não só em quantidade de vagas como também em categorias, por exemplo, não existem mais pintores em montadoras.
    Agora a substituição de pessoas por máquinas saiu do chão da fábrica, pegou o elevador, vai subir mais andares ainda e fico pensando se será que nós da classe média, que estamos na alça de mira, vamos cair na realidade e tomar finalmente consciência da nossa posição na sociedade?

    1. Consciência é um negócio difícil de “tomar”, porque não “desce muito” na garganta, né? Pra lembrar de uma propaganda de cerveja, é uma verdade que desce muito quadrada. Quando a gente entender o papel e posição da classe média e passar a agir como tal, quem sabe? Os layoffs recentes estão levantando a lebre da importância da sindicalização (unionizing) nos EUA, acho que pode ser um primeiro passo.

  7. Blake Lemoine (ex-google) sobre chatgpt: “Google just quietly uses a more advanced dialogue system behind the scenes. ChatGPT is a big step in the right direction but they’re still a few years behind Google.”

    Cara, o início ta bom mas acho que esse ano vamos ver algo impressionante nesse front, surpreendente e ‘revolucionário’ como não víamos desde o iphone.

    Não vamos evitar os humanos, mas um redator jornalista teria como trabalhar por 4 se a função dele é apenas revisar textos extremamente bem feitos de uma AI. É como o atendente de caixa do mercado que agora sozinha fica apenas monitorando as 06 ou 8 caixas de self checkout.
    Aí que fica tri. E aí que podemos enlouquecer, quanto muitos textos forem criados por maquina e o google começar a indexar esses textos e nos fornecer esses fatos gerados artificialmente.

    Mas viajo…. tava apenas com tempo sobrando aqui :)

    1. Eu gosto do exemplo do self checkout porque ele pressupõe que nós vamos fazer o trabalho, né? O consumidor mesmo acha super conveniente, mas ele deixa de receber um serviço (alguém passa suas compras) pra fazer esse serviço (passar as próprias compras, e geralmente os sistemas são um saco, eu acho.)

      Toda vez que eu evito um self checkout eu me sinto respondendo à Marion do Years and Years: a minha parte de evitar o desaparecimento destes trabalhos eu tô fazendo.