Uma curiosidade sobre esta matéria: a Rua Guaianases é conhecida por ser também um ponto de receptação de motos roubadas. E uma parte da rua hoje é ocupada por uma parte dos usuários da Cracolândia, isso após as ações que tiraram a Cracolândia da região da Julio Prestes.
Não sei se o que vou falar vai soar como polêmico, mas é o que eu honestamente penso dessa situação: acredito que é um mal que faz parte de morar na cidade grande.
O teor da reportagem me mostra claramente por que “a criminalidade é um problema que nunca é resolvido”: porque não se foca na causa do problema, e se limita a apontar um único culpado: os “bandidos”. É assim que o governo de SP vem tratando isso desde sempre: como se fosse exclusivamente caso de repressão. Em momento nenhum se discute a causa dessa grande violência e alta incidência de crimes: desigualdade.
A última vez que li uma estatística a respeito, a região metropolitana de São Paulo estava com 10 milhões de habitantes: isso é muita gente, e simplesmente não há oportunidade para todos. Muita gente vai acabar recorrendo ao crime para viver. E, mais do que isso, hoje em dia o crime virou uma fatia da economia. Basta ver o que o PCC se tornou. O pessoal rouba celulares porque tem mercado: eles conseguem revender isso muito fácil, mesmo que não consigam fazer o “limpa conta”.
A menos que se crie uma sociedade com mais oportunidades, a criminalidade vai continuar sendo a opção de muita gente, independente do motivo. E, vendo que SP saiu do tucanistão pra entrar de cabeça no bolsonarismo abublébe, a tendência a meu ver é só piorar, afinal, se antes a relação entre governo e criminalidade era nublada e duvidosa, agora ela é declarada e explícita.
O que eu acho lamentável nesse tipo de reportagem é a maneira suja que eles capitalizam em cima disso: mostram cenas para deixar todos indignados, engajarem e darem mais ibope pra eles lucrarem na hora do intervalo comercial (isso sem contar no lobby da tal “startup de segurança colaborativa” que ficou muito mal implícita, ressaltando o “espírito empreendedor” que vai salvar o cidadão comum quando o estado malvadão não consegue ¬_¬, suco de Faria Lima), e quando vão falar com o “Estado”, falam com o capitão da polícia militar, como se militares fossem solução de alguma coisa. O trabalho de investigar e desbaratinar qualquer quadrilha é da Polícia Civil, PM é ostensiva, não é trabalho dela investigar nada. Ou seja, pouco importa a solução, o importante é deixar o povo indignado (e é muito efetivo, até nos comentários aqui dá pra ver o pessoal indignado)
E pra população em geral? Acredito que a única forma é assumir o risco, entender que ter celular roubado faz parte da vida na cidade grande, já contar que o celular será roubado em algum momento, e aprender a contornar isso quando ocorrer ¯\_(ツ)_/¯
Você está certo. Existem duas soluções possíveis, e elas podem ser concomitantes: tornar o crime algo que não compensa (com oportunidades, dignidade a todos etc.) e diminuir ou acabar com o valor do objeto do crime (o celular, no caso). O resto, e tudo o que é mostrado nessa matéria, é enxugar gelo.
Sim! É isso: o crime compensa, por isso que ele continua! Super poder de síntese! =D
E sim, é enxugar gelo: há décadas a mídia vem batendo em cima da meeesma tecla: punitivismo. Tem que registrar como roubo, tem que aumentar pena, tem que tirar esses indivíduos da sociedade. Temos uma das maiores populações carcerárias do planeta, e eles ainda falam que tem que prender mais gente, por mais tempo.
E o mais engraçado é que a estatística mostrou que a criminalidade caiu no pais com a pandemia, e voltou com o “fim” dela, da mesma forma que todas as outras atividades econômicas. Ou seja: é parte da economia
então, diferente de ti, não sou tão letrado a ponto de saber as palavras corretas 😉
mas agradeço, creio que a resposta que eu esperava era esta mesma 😀
Entendo o seu ponto. Lendo meu comentário novamente acho que pode ser interpretado dessa maneira, mas não é o que penso. Acredito que sim, existem formas eficientes de atacar esse tipo de problema, não acho que isso seja algo inerente à cidade grande.
Entretanto, analisando o contexto histórico chego a conclusão de que essa situação não vai se modificar para melhor num futuro próximo. Pelo contrário, acho que levando em conta os rumos do governo (falando especificamente de SP, o foco da matéria), a tendência é piorar.
Não acho que seja culpa de quem mora na cidade, acho que é um processo muito mais longo e complexo do que isso. Até porque essa culpabilidade assume como premissa que todo mundo escolhe voluntariamente ir morar na cidade, e não é bem isso o que acontece.
Pensando na parte prática, entretanto, acho que pra quem vive nessa cidade, uma forma menos desgastante de encarar essa realidade de violência e criminalidade, ao invés de se revoltar (algo inócuo, na minha opinião), é assumir como parte da vida, e viver apesar disso. Talvez dê pra interpretar como uma abordagem de redução de danos: entender qual o risco, tentar reduzir em alguns aspectos e aceitar em outros. Não sei se ficou mais claro.
nos livros do escritor de FC Larry Niven a Terra é basicamente um planeta quase todo urbanizado, e razoavelmente super populado
nesse ambiente, o roubo de carteiras e objetos pessoais não é crime, é só uma inconveniência, e as pessoas deixam na carteira o endereço para onde o batedor de carteiras deve devolver a carteira (sem os objetos roubados, claro)
acho que essa questão de roubo nas cidades grandes é estatística, da mesma natureza que os bancos aceitam uma taxa de inadimplência, e da mesma natureza que as falhas de atendimento de bancos, operadoras, etc
num universo de milhões de clientes (ou de pessoas, no caso dos furtos e roubos) sempre vai haver pelo menos uma pequena porcentagem de anomalias: roubos e furtos no caso em questão, problemas de atendimento no caso de bancos, operadoras, e outras mega empresas (especialmente as mega empresa da web: Google, Amazon, etc, e no Brasil, Mercado Livre)
são fatos da vida, nunca vai ser possível zerar esses acontecimentos
Costumo ir na região da Santa Ifigênia/ 25 de março. De fato, a Cracolândia espalhada dá um senso de temor, mas tenho ficado mais preocupado com ciclistas estranhos, geralmente em grupo de menores de idade ou que ficam zanzando.
Creio que acaba sendo mais difícil as ocorrências na Cracolândia porque isso significaria a presença de polícia tentando reaver objetos. E traficantes evitam este tipo de situação.
Apesar da ironia, o problema é pensar que a preocupação hoje não é só com dois caras em uma moto, mas com o moleque da bicicleta também…
Eu nunca tiro celular do bolso na rua, moro no centro de São Paulo e infelizmente é comum ver correrias e jovens sendo enquadrados.
Eu sempre me preocupei com furto, mas infelizmente fui assaltado na noite de Carnaval, talvez por ter reagido no reflexo e além do celular acabei ficando sem minha câmera que estava “escondida” atrás da minha bolsa…se eu não tivesse seu não tivesse reagido provavelmente só teriam levado o celular mesmo.
A boa notícia é que recuperaram meu celular, mas não faço ideia como. A polícia ligou para o contato de emergência e avisou que estava na delegacia, levei o BO e me devolveram em perfeitas condições.
Acredito que foi 2-3 semanas depois que conseguiram entrar em contato, mas não faço ideia de quando recuperaram. Simplesmente me identifiquei e expliquei o ocorrido, mas não me deram nenhum detalhe de como foi recuperado.
Durante muito tempo, joguei ingress, na verdade, ainda está instalado, mas já não abro com a mesma frequência.
O jogo me acostumou a andar com o telefone na mão em tempo integral, devido a sua mecânica.
Aprendi a colar um cadarço/fita na capa do telefone, de forma a ter uma alça confortável e segura.
Até já perdi telefone na rua, mas o sujeito que me pediu gentilmente, apontava uma pistola pro meu nariz.
Também já prendi muita gargalhada ao ver ciclistas e pedestres amigos do alheio, caírem, tropeçarem, “catarem cavaca”, ao puxar o telefone da minha mão e o danado não acompanhar eles.
Entendo que a maioria da larápios quer só o bem, sem dor de cabeça.
Sendo assim, dei um jeito de tornar isso um pouco mais trabalhoso para eles, e isso tem dado certo.
Sério? uma câmera fotográfica é bem mais inconveniente e chama muito mais atenção que um smartphone. Câmera fotográfica faz você parecer um turista, alvo fácil.
Se te roubarem uma câmera fotográfica, principalmente em uma viagem, você só perde a câmera e as fotos que nela estão. E o assaltante só tem acesso a essas fotos.
Se te roubam o celular, tu perde acesso a muita coisa, e o assaltante tem acesso a muita coisa sua.
Então, vejo sentido em preferir ter uma câmera fotográfica roubada do que o seu smartphone.
Se te roubarem a câmera fotográfica, provavelmente vão te roubar o celular também. E mesmo considerando que as pessoas saiam com câmeras e não com seu celulares (o que não existe base nenhuma pra afirmar isso), uma câmera dedicada + lente é bem mais caro que um celular. Não tem o menor sentido nisso.
Concordo, inclusive, literalmente aconteceu isso comigo: roubaram meu celular e a câmera haha (rindo para não chorar).
Depende do tipo de assalto, se for desse tipo onde passam de bicicleta e te arrancam o que tu tem na mão e vão embora, talvez levem só a camera mesmo.
E se formos teorizar sobre o valor dos bens, se roubarem uma cybershot em vez do iPhone 14 Pro, ai faz sentido sim.
Mas vai de cada um exibir o que quiser para os bandidos saberem o que podem levar em um segundo.
Acho que é uma estratégia estranha. Na real, ao contrário do que dão a entender nessa lamentável matéria, os bandidos não “calculam milimetricamente seus movimentos”. Eles ficam o dia inteiro ali esperando alguém dar bobeira, e conforme vão roubando vão ficando melhores nisso.
Na real, o ponto não é não sair com celular, câmera, tablet, laptop, relógio, pulseira, ou qualquer coisa: é evitar dar bobeira na rua.
Acharam um dos pontos de receptação de celulares.
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/03/30/jovem-posta-localizacao-de-centenas-de-celulares-furtados-em-sp.ghtml
Uma curiosidade sobre esta matéria: a Rua Guaianases é conhecida por ser também um ponto de receptação de motos roubadas. E uma parte da rua hoje é ocupada por uma parte dos usuários da Cracolândia, isso após as ações que tiraram a Cracolândia da região da Julio Prestes.
Não sei se o que vou falar vai soar como polêmico, mas é o que eu honestamente penso dessa situação: acredito que é um mal que faz parte de morar na cidade grande.
O teor da reportagem me mostra claramente por que “a criminalidade é um problema que nunca é resolvido”: porque não se foca na causa do problema, e se limita a apontar um único culpado: os “bandidos”. É assim que o governo de SP vem tratando isso desde sempre: como se fosse exclusivamente caso de repressão. Em momento nenhum se discute a causa dessa grande violência e alta incidência de crimes: desigualdade.
A última vez que li uma estatística a respeito, a região metropolitana de São Paulo estava com 10 milhões de habitantes: isso é muita gente, e simplesmente não há oportunidade para todos. Muita gente vai acabar recorrendo ao crime para viver. E, mais do que isso, hoje em dia o crime virou uma fatia da economia. Basta ver o que o PCC se tornou. O pessoal rouba celulares porque tem mercado: eles conseguem revender isso muito fácil, mesmo que não consigam fazer o “limpa conta”.
A menos que se crie uma sociedade com mais oportunidades, a criminalidade vai continuar sendo a opção de muita gente, independente do motivo. E, vendo que SP saiu do tucanistão pra entrar de cabeça no bolsonarismo abublébe, a tendência a meu ver é só piorar, afinal, se antes a relação entre governo e criminalidade era nublada e duvidosa, agora ela é declarada e explícita.
O que eu acho lamentável nesse tipo de reportagem é a maneira suja que eles capitalizam em cima disso: mostram cenas para deixar todos indignados, engajarem e darem mais ibope pra eles lucrarem na hora do intervalo comercial (isso sem contar no lobby da tal “startup de segurança colaborativa” que ficou muito mal implícita, ressaltando o “espírito empreendedor” que vai salvar o cidadão comum quando o estado malvadão não consegue ¬_¬, suco de Faria Lima), e quando vão falar com o “Estado”, falam com o capitão da polícia militar, como se militares fossem solução de alguma coisa. O trabalho de investigar e desbaratinar qualquer quadrilha é da Polícia Civil, PM é ostensiva, não é trabalho dela investigar nada. Ou seja, pouco importa a solução, o importante é deixar o povo indignado (e é muito efetivo, até nos comentários aqui dá pra ver o pessoal indignado)
E pra população em geral? Acredito que a única forma é assumir o risco, entender que ter celular roubado faz parte da vida na cidade grande, já contar que o celular será roubado em algum momento, e aprender a contornar isso quando ocorrer ¯\_(ツ)_/¯
Você está certo. Existem duas soluções possíveis, e elas podem ser concomitantes: tornar o crime algo que não compensa (com oportunidades, dignidade a todos etc.) e diminuir ou acabar com o valor do objeto do crime (o celular, no caso). O resto, e tudo o que é mostrado nessa matéria, é enxugar gelo.
Sim! É isso: o crime compensa, por isso que ele continua! Super poder de síntese! =D
E sim, é enxugar gelo: há décadas a mídia vem batendo em cima da meeesma tecla: punitivismo. Tem que registrar como roubo, tem que aumentar pena, tem que tirar esses indivíduos da sociedade. Temos uma das maiores populações carcerárias do planeta, e eles ainda falam que tem que prender mais gente, por mais tempo.
E o mais engraçado é que a estatística mostrou que a criminalidade caiu no pais com a pandemia, e voltou com o “fim” dela, da mesma forma que todas as outras atividades econômicas. Ou seja: é parte da economia
você está certo no geral mas seu argumento tem um vício grave: a naturalização da cidade grande como foco de problemas sociais
essa correlação esconde um olhar moralista demais sobre o espaço urbano — e ainda fica parecendo que a culpa é de quem resolve morar na cidade grande
A culpa não é de quem. ora em cidade grande, mas sim da mecânica social das grandes cidades.
São Paulo é o que é pelo “caos” da própria “natureza”(ela é uma cidade ocupada, adensada, verticalizada).
“Quanto mais pessoas em um lugar, mais impessoal fica.” Impossível ter relações com uma cidade de milhões de habitantes.
note que você mesmo está usando a palavra “natureza” para se referir a uma construção social
então, diferente de ti, não sou tão letrado a ponto de saber as palavras corretas 😉
mas agradeço, creio que a resposta que eu esperava era esta mesma 😀
Entendo o seu ponto. Lendo meu comentário novamente acho que pode ser interpretado dessa maneira, mas não é o que penso. Acredito que sim, existem formas eficientes de atacar esse tipo de problema, não acho que isso seja algo inerente à cidade grande.
Entretanto, analisando o contexto histórico chego a conclusão de que essa situação não vai se modificar para melhor num futuro próximo. Pelo contrário, acho que levando em conta os rumos do governo (falando especificamente de SP, o foco da matéria), a tendência é piorar.
Não acho que seja culpa de quem mora na cidade, acho que é um processo muito mais longo e complexo do que isso. Até porque essa culpabilidade assume como premissa que todo mundo escolhe voluntariamente ir morar na cidade, e não é bem isso o que acontece.
Pensando na parte prática, entretanto, acho que pra quem vive nessa cidade, uma forma menos desgastante de encarar essa realidade de violência e criminalidade, ao invés de se revoltar (algo inócuo, na minha opinião), é assumir como parte da vida, e viver apesar disso. Talvez dê pra interpretar como uma abordagem de redução de danos: entender qual o risco, tentar reduzir em alguns aspectos e aceitar em outros. Não sei se ficou mais claro.
nos livros do escritor de FC Larry Niven a Terra é basicamente um planeta quase todo urbanizado, e razoavelmente super populado
nesse ambiente, o roubo de carteiras e objetos pessoais não é crime, é só uma inconveniência, e as pessoas deixam na carteira o endereço para onde o batedor de carteiras deve devolver a carteira (sem os objetos roubados, claro)
acho que essa questão de roubo nas cidades grandes é estatística, da mesma natureza que os bancos aceitam uma taxa de inadimplência, e da mesma natureza que as falhas de atendimento de bancos, operadoras, etc
num universo de milhões de clientes (ou de pessoas, no caso dos furtos e roubos) sempre vai haver pelo menos uma pequena porcentagem de anomalias: roubos e furtos no caso em questão, problemas de atendimento no caso de bancos, operadoras, e outras mega empresas (especialmente as mega empresa da web: Google, Amazon, etc, e no Brasil, Mercado Livre)
são fatos da vida, nunca vai ser possível zerar esses acontecimentos
Costumo ir na região da Santa Ifigênia/ 25 de março. De fato, a Cracolândia espalhada dá um senso de temor, mas tenho ficado mais preocupado com ciclistas estranhos, geralmente em grupo de menores de idade ou que ficam zanzando.
Creio que acaba sendo mais difícil as ocorrências na Cracolândia porque isso significaria a presença de polícia tentando reaver objetos. E traficantes evitam este tipo de situação.
Apesar da ironia, o problema é pensar que a preocupação hoje não é só com dois caras em uma moto, mas com o moleque da bicicleta também…
É só proibir as bicicletas.
e os celulares!
Eu nunca tiro celular do bolso na rua, moro no centro de São Paulo e infelizmente é comum ver correrias e jovens sendo enquadrados.
Eu sempre me preocupei com furto, mas infelizmente fui assaltado na noite de Carnaval, talvez por ter reagido no reflexo e além do celular acabei ficando sem minha câmera que estava “escondida” atrás da minha bolsa…se eu não tivesse seu não tivesse reagido provavelmente só teriam levado o celular mesmo.
A boa notícia é que recuperaram meu celular, mas não faço ideia como. A polícia ligou para o contato de emergência e avisou que estava na delegacia, levei o BO e me devolveram em perfeitas condições.
Caramba! Que sorte ter recuperado o telefone. Lembra quanto tempo depois apareceu?
Acredito que foi 2-3 semanas depois que conseguiram entrar em contato, mas não faço ideia de quando recuperaram. Simplesmente me identifiquei e expliquei o ocorrido, mas não me deram nenhum detalhe de como foi recuperado.
Tá dada a solução: tem que proibir as bicicletas!! (É ironia, mas não duvido nada que alguém na Prefeitura ou no Governo proponha algo assim)
aquele pânico de esvaziamento de contas diminuiu, né?
alguém tem ouvido falar recorrentemente de acesso a aplicativos de bancos em celulares bloqueados?
por outro lado, como andam os roubos em que os ladrões pedem as senhas?
Durante muito tempo, joguei ingress, na verdade, ainda está instalado, mas já não abro com a mesma frequência.
O jogo me acostumou a andar com o telefone na mão em tempo integral, devido a sua mecânica.
Aprendi a colar um cadarço/fita na capa do telefone, de forma a ter uma alça confortável e segura.
Até já perdi telefone na rua, mas o sujeito que me pediu gentilmente, apontava uma pistola pro meu nariz.
Também já prendi muita gargalhada ao ver ciclistas e pedestres amigos do alheio, caírem, tropeçarem, “catarem cavaca”, ao puxar o telefone da minha mão e o danado não acompanhar eles.
Entendo que a maioria da larápios quer só o bem, sem dor de cabeça.
Sendo assim, dei um jeito de tornar isso um pouco mais trabalhoso para eles, e isso tem dado certo.
revoltante!
pior de tudo é que são lugares conhecidos pela polícia e nada fazem para combater esse tipo de problema (ou se fazem, é pífio).
Não a toa, está voltando a “moda” a galera usar câmera fotográfica, para evitar de levarem o celular.
Não é pela estética/experiência dos anos 2000? Uma câmera decente é bem mais cara que um smartphone, é o dobro de prejuízo além da inconveniência.
pelo que vi, era mais pela segurança mesmo
Sério? uma câmera fotográfica é bem mais inconveniente e chama muito mais atenção que um smartphone. Câmera fotográfica faz você parecer um turista, alvo fácil.
Se te roubarem uma câmera fotográfica, principalmente em uma viagem, você só perde a câmera e as fotos que nela estão. E o assaltante só tem acesso a essas fotos.
Se te roubam o celular, tu perde acesso a muita coisa, e o assaltante tem acesso a muita coisa sua.
Então, vejo sentido em preferir ter uma câmera fotográfica roubada do que o seu smartphone.
Se te roubarem a câmera fotográfica, provavelmente vão te roubar o celular também. E mesmo considerando que as pessoas saiam com câmeras e não com seu celulares (o que não existe base nenhuma pra afirmar isso), uma câmera dedicada + lente é bem mais caro que um celular. Não tem o menor sentido nisso.
Concordo, inclusive, literalmente aconteceu isso comigo: roubaram meu celular e a câmera haha (rindo para não chorar).
Depende do tipo de assalto, se for desse tipo onde passam de bicicleta e te arrancam o que tu tem na mão e vão embora, talvez levem só a camera mesmo.
E se formos teorizar sobre o valor dos bens, se roubarem uma cybershot em vez do iPhone 14 Pro, ai faz sentido sim.
Mas vai de cada um exibir o que quiser para os bandidos saberem o que podem levar em um segundo.
Acho que é uma estratégia estranha. Na real, ao contrário do que dão a entender nessa lamentável matéria, os bandidos não “calculam milimetricamente seus movimentos”. Eles ficam o dia inteiro ali esperando alguém dar bobeira, e conforme vão roubando vão ficando melhores nisso.
Na real, o ponto não é não sair com celular, câmera, tablet, laptop, relógio, pulseira, ou qualquer coisa: é evitar dar bobeira na rua.