Em um post livre um pouco mais antigo (creio que em Outubro ou Novembro), relatei que consegui viajar usando aplicativo da empresa de ônibus. Bastou eu entrar no app, selecionar rota e poltrona e pagar via pix. A passagem veio de forma digital e bastou apresentar ao motorista do ônibus para o devido embarque.
Entre Março e Abril viajei de novo, e desta vez comprei todas as passagens de forma digital. No entanto, esta crônica vai servir para relatar como foram os procedimentos e as situações passadas. :)
– 28 de Março. Ida entre Sorocaba e Florianópolis. Passagem adquirida pela Expresso Nordeste.
Eu moro na Grande São Paulo, mas resolvi fazer um caminho diferente e tentar ir por Sorocaba. Pena que o ônibus não fez a rota que eu desejava (via centro/leste do Paraná). Mas valeu a pena mesmo assim.
A passagem foi comprada via Whatsapp ao invés do site. A atendente foi atenciosa e repassou todas as informações. A única coisa que cismei é que ela aparentemente “printou” o código de voucher (capturou a tela com o código para emissão da passagem), e a Expresso Nordeste prefere que as pessoas comprem a passagem e imprimam nas agências. Dei sorte pois a agência de Sorocaba fica aberta até o último ônibus. Imprimi a passagem oficial e embarquei.
* Atendimento via Whatsapp – é interessante pois dado ser a primeira vez a gente desconfia, mas vendo como foi descontado o pix (veio o e-mail informando a empresa que recebeu), deu confiança. Só perdeu ponto por não ser passagem direta impressa, infelizmente.
– 1º de Abril – Volta entre Florianópolis, Balneário Camboríu e Osasco. Passagens adquiridas pela Reunidas (Sul) e Gadotti/Flixbus.
Tava querendo economizar para voltar, então estudei os preços e vi que compensava mais eu ir até Balneário Camboriú e em seguida ir para São Paulo / Osasco do que um ônibus direto. Isso me fez economizar aproximadamente 100 reais.
Reunidas – comprei via site, na qual não notei que ela vende em parceria com a ClickBus (eca!), que cobrou “taxa de conveniência” para a emissão. Mas tudo bem, no final não foi uma diferença enorme (a taxa foi de R$ 2 aproximadamente). Mesma situação da Expresso Nordeste – o ideal é imprimir a passagem (aparentemente a Click Bus trabalha assim).
Flixbus/Gadotti – diferente das outras duas, a Flixbus tem um aplicativo bem simplório, mas que já vai te orientando nas tarifas. Por exemplo, as passagens mais baratas são sem selecionar poltrona. Selecionar uma poltrona soma-se mais 20 reais ou mais no preço. Aparentemente o algoritmo da Flixbus não joga de forma aleatória as pessoas nas poltronas, mas sim vai alimentando em ordem numérica. Selecionado o destino, pago via pix, e com isso foi emitido um código no e-mail (engraçado pq não tem o código no app) para o embarque, dispensando a impressão.
Calculei de forma a chegar cedo em Balneário para fazer a baldeação. Apesar de um ou outro perrengue, valeu a pena e provavelmente as próximas viagens vou acabar comprando passagens online. Ainda fico com um certo receio, e vou evitar empresas com parceria com a Click Bus (ela cobra tarifa de conveniência/emissão, então entendo que dependendo vai ser um dos poucos casos que comprarei pessoalmente).
Relato muito interessante! Sempre sofro procurando passagens de ônibus. Prefiro viajar de busão do que de avião (claro, nem sempre é possível).
Agradeço seu elogio.
Ainda penso em uma hora aproveitar meu cadastro no Órbita e tentar finalmente fazer o meu desejado “tutorial ‘como pegar o ônibus'”.
O mal no Brasil é que o transporte é cartelizado, dificultando achar opções viáveis com preços justos. E no meu caso, é mandatório eu ir de ônibus pois avião não compensa aos destinos que visito.
Uma dica que dou a quem procura como viajar de ônibus é usar o banco de dados da ANTT se vai fazer viagem interestadual. (clique em “Origem e destino” dentro deste site aqui, pois acho que não funciona se eu mandar o link direto) https://www.gov.br/antt/pt-br/assuntos/passageiros – esse vai para uma tabela em PowerBi. Tem outra forma que é essa: https://portal.antt.gov.br/linha-de-onibus
A partir do banco de dados, buscar a origem e destino, saber as empresas que operam e com isso procurar o site deles e achar o preço mais barato. Não é como ir no 123Milhas, mas ao menos na unha dá para ter mais precisão no que deseja ao invés de depender de um algoritmo. Como tarifas de ônibus são tabeladas, então não tem tanto problema.
Em relação a intermunicipais ou regionais, a procura é no site do DER ou departamento responsável pelo transporte no Estado ou Região.
Outra possibilidade é o blablacar. A Santa Cruz está integrada com eles e você pode reservar direto no app, porém nunca tentei pra contar a história (as caronas, via de regra, são mais baratas).
Já pensei em usar para caronas a BláBláCar, mas notei que ela é meio difícil para uma pessoa que não tem o costume de planejar – como eu. Fora que já li relatos de desistência e já vi caronas com preços próximos a de passagens. E se for para pegar passagem, prefiro sempre pegar ou direto da empresa ou da na qual a empresa tem parceria oficial de descontos.
No exterior, a BláBláCar concorre com a FlixBus fazendo viagens de ônibus também, diga-se.
gostei do relato ligeiro poste mais :D
uma vez eu fui pra BH e como trabalhava perto da rodoviária, fui lá conferir se estava mais barato que o click bus e… não estava, então preferi comprar por ele, nem direto pela empresa estava mais barato
Fico agradecido. Tinha uma época que eu postava no Skyscrapercity sobre relatos de viagens e tou cogitando mandar alguns no Mochileiros.com.
Da Click Bus vou explicar minha cisma: O que ocorre é que toda vez que vou pesquisar sobre passagens, infelizmente eles usam o algoritmo do Google para ser o primeiro link a ser visto. Dependendo da empresa, de fato ela não cobra a taxa a a mais (algumas empresas tem parceria melhor e com isso ofertam sem cobrar a taxa extra).
No entanto, algumas empresas já tem esquema de descontos – o Grupo JCA (da Cometa, Catarinense, 1001 e outros) tem o “Outlet de Passagens” (que oferta com descontos para compra com antecedência, só que sem escolha de poltronas) e o “WeMobi” (que é uma espécie de concorrente da Buser), além do “Clube Giro” (que é um esquema de “cashback” que pode somar pontos e com isso baratear futuras passagens, só que achei complicado e dado algumas parcerias, meio inútil para mim.
Fora isso, tem empresas que se associaram e fizeram algo parecido com o WeMobi para tentar enfrentar a Buser. Destaco o Embarca.ai (que tem parceria com a Viação Garcia e outras) e Mobifácil (do grupo que tem a Penha, Breda e outras). E claro, a Flixbus (que originalmente foi lançado na Europa, dominou o mercado por lá e agora vem para cá em parceria com algumas empresas como a Adamantina e Gadotti).
A Filxbus, a propósito e salvo engano, nasceu antes da Buser e bem, não entendo bem como é a história dele, mas sei que meio que dominou o mercado europeu e está entrando no mercado americano também.