🔗 [en] Por que Tóquio tem melodias em estações?youtube.com

Não sei se já viram outros vídeos relacionados – creio que tinha um há uns 10 anos atrás indicado via Gizmodo e outros, talvez seja o documentário do canal Arte, que falava sobre as histórias das “músicas das estações”, uma forma das operadoras de trem do Japão indicar via audio qual estação a pessoa está no momento.

Neste, Jordy McNeill traz um pouco da história da criação e necessidade das melodias das estações, mostrando os criadores (um deles um músico famoso da banda Casiopeia e fã de trens a ponto de criar jogos!), além das relações culturais com a música.

No mesmo vídeo ela relaciona a este – do “Great Big Story”, sobre o músico citado (Minoru Mukaiya).

Aproveitem aí!

(Imaginem se Paulistanos e Curitibanos tivessem isso em estações de trens e dos BRTs? Como será que seria?)

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8 comentários

  1. Moro em Brasília e aqui o metrô não usa qualquer tipo de música, apenas a voz da jornalista Roxane Ré (ex CBN) para anúncio das estações e avisos gerais (isso nos trens mais novos). Voz essa que acho muito bonita.
    Acho que o que o Metrô Rio implantou é mais condizente (mas é minha visão de turista). Lá tem música em alguns túneis que levam às estações e naquela musiquinha esquema bossa nova que eles criaram pra identidade do Metrô Rio. Eu também acho a locução das estações muito simpática, com uma voz que tem um sotaque de leve que é bem a cara do carioca. Porém, o que me ganha mesmo são os acordes de violão antes de anunciar as estações.

  2. Como seria? Em São Paulo foi um DESASTRE. As estações e trens já são inerentemente barulhentos, mas, tempos atrás, alguém do metrô achou que seria uma boa ideia acrescentar mais “barulho” em forma de música, nas estações e nos trens, e em alto volume, lógico, (alto mesmo, 80-90 db, às vezes mais), talvez para sobrepujar o ruído ambiente. A playlist? MPB, claro, da qual não era possível fugir mesmo usando fones com cancelamento dinâmico de ruído! Testei vários. Fora a gritaria dos vendedores de bugigangas que assolam os passageiros e, para os quais a segurança do metrô faz vista grossa (é proibido, MAS… hahahaha). Quer mais? Músicos desafinados nos vagões, “performers” que não respeitam ninguém, pessoas que acham que a música/vídeo/mensagem de seu celular é tão boa que deve ser ouvida por todos no vagão (também é proibido, hahaha), e todo tipo de desrespeito, falta de educação, etc.

    Sou totalmente contra qualquer iniciativa que acrescente mais ruído a um ambiente já barulhento, mesmo que seja música.

    Não sei se é verdade, mas alegou-se que houve muitas reclamações – eu mesmo reclamei muitas vezes – e, hahaha, problemas de “copyright” por se tratar de execução pública! Encerraram o “(des)serviço”.

    Que bom que acabou, ao menos a música. Não faz falta e tomara que não volte nunca mais!

    1. Sim, fui pesquisar e relembrei da música ambiente- foi tentado no Metrô e CPTM.

      Na verdade o Metrô já tem uma “identidade musical”, ainda que básica. Eles adaptaram a música “Trenzinho Caipira” para virar o ícone musical deles

      Se tu não viu o vídeo, um resumo: justamente por causa da superlotação e do excesso de ruído é que a empresa ferroviária japonesa resolveu fazer “icones musicais” para algumas estações. Isso facilitaria na hora da pessoa chegar na estação e saber qual é a correta para descer. Imaginando por exemplo uma situação: chega-se na Barra Funda (que teria um icone musical), lota. Aí a pessoa só pela musiquinha na hora da chegada e abertura das portas (são contados 6 segundos) saberia que a estação onde estaria parado seria a Luz ou Brás.

      Lógico que isso não substituiria os sons comuns (sinal de abertura e fechamento das portas e avisos verbais de próxima e atual estação). Seria um complemento.

      1. Tinha assistido ao vídeo e também sei que o “Trenzinho Caipira” (conheço a obra) de Villa-Lobos é a inspiração do toque… e a “marquetagem” do metrô não nos deixou esquecer! Mas divago…

        Voltando ao “causo”, eis um resumo: pelo que me lembro o projeto (de 2018, salvo engano) começou sim como um “anunciador” (parecido com Tóquio), que logo mudou para “música ambiente” só em algumas estações, mas, rapidamente, descambou para “balada a 90 db” nos vagões e, sim, nas mais de 50 estações!

        A música rolava o tempo todo (exceto na hora dos avisos) e, à noite, era ainda pior. Na linha azul (a que mais usava), nos trechos “aéreos” (Armênia, Carandiru, Santana, Parada Inglesa, etc.) podia ser ouvida com nitidez até da rua! Ainda: encerrada a operação comercial, ainda podia ser ouvida em edifícios vizinhos às estações.

        Em suma: a “nobre” ideia inicial de funcionar como “anunciador”, “ícone/identidade sonora”, para “facilitar a vida do passageiro” ou “música ambiente” foi totalmente desvirtuada da forma como foi implementada. Pelo que o vídeo mostra, em Tóquio a implementação parece correta. Em São Paulo não, e esse foi o grande problema.

        Como disse, sou contra mais esse “barulho”, pelo menos em São Paulo, uma cidade muito assolada pela poluição sonora (e outras) que só aumenta, às vezes até com tentativas interesseiras das autoridades para incrementar os limites, em decibéis, dos volumes de ruído emitidos por cozinhas, bares, etc.

        Na época, a Cia. do Metrô alegou que era um projeto experimental e, sem quaisquer outras explicações, o encerrou, sem admitir ter sido por conta das inúmeras reclamações dos usuários. Lógico. Com base nos resmungos diários que ouvia, até de funcionários, não duvido que tenha sido esse o principal motivo… além dos copyrights, como os boatos afirmavam

        O Instituto de Cultura e Cidadania diz ter criado playlists com dezenas de músicas de vários gêneros, até internacionais. O que mais ouvi, no entanto, era MPB e bossa nova. Se houve outras, não tive a sorte (ou azar) de estar presente.

        Ouvi boatos de que pretende-se implementar também anúncios sonoros nos trens do metrô e nas estações, ambos já recheados de anúncios. Bacana, né? Mais uma ideia ruim da lista de ideias ruins. Não sei se já ocorre, pois, felizmente, desde 2020 deixei de usar o sistema.

        Finalmente, não é a primeira vez que a Cia. do Metrô faz m*…da ou permite que façam. Veja, por exemplo, o caso do reconhecimento facial com fins publicitários da ViaQuatro, concessionária da linha amarela… mas essa é outra história.

        1. Tendi tendi! Tou aqui me lembrando quando visitei a CPTM e era o Avelleda que estava lá (foi ele que implementou as músicas, tanto no Metrô quanto na CPTM). Ele mesmo ficou chateado pois na verdade ele queria era tentar compensar a barulheira que tinha dos trens – mas na época não era a ideia de “identidade musical”, esse é o caso do Japão.

          No caso da CPTM/Metrô, era meio também para “ser mais alto do que os outros”. Pena que a galera não captou.

          Mas voltando ao ponto – As músicas da CPTM/metrô na época era uma coisa. A do Japão é outra. E errei o termo, creio que “vinheta” é o termo correto. Cada estação tem uma “vinheta” de 6 segundos. Mas enfim.

          Entendo sua raiva – e em partes até compartilho dela, dado que já briguei feio com marreteiros e rappers de trem.

          Mas como entusiasta do transporte público, sou mais defensor de ideias que mude para melhor o transporte. Difícil, mas vamos tentando.