Comprando um negócio existente (roupas para bebês)

Um tempo atrás um amigo abriu uma loja virtual de roupas para bebês. A região aqui de SC é forte no têxtil, e a ideia dele era focar em roupas com tons escuros (diferente das roupinhas “fofinhas” de bebê).
Ele fez umas vendas e tal, mas era mais um projeto paralelo, não se dedicou muito (principalmente pra divulgar o produto).
Ele agora tá trabalhando em outra coisa e tá vendendo tudo: tem 160 peças prontas em estoque, etiquetas, material, caixas de entrega, projetos, contato com fornecedor…
Ele tá pedindo R$ 10.000 + 10% dos lucros.
Eu tô justamente num momento de mudança e achar alguma coisa pra fazer e (eventualmente) ganhar dinheiro, então tô pensando em embarcar nessa.
Queria ouvir a opinião de vocês não só no negócio em si, mas tbm sobre esse lance de comprar de alguém, tipo, coisas a se atentar, coisas que não podem faltar no contrato, etc. Os 10%, por exemplo, tenho que ver certinho, tipo, talvez não precise ser mensal, seria bom ser somente nas roupas (e não em eventuais acessórios, por exemplo, que a gente quiser vender tbm, ou até numa venda da empresa depois)…
Tomara que role um bom papo aqui embaixo :) Valeu!

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19 comentários

  1. 10% dos lucros… meio que ele não tá vendendo, mas sim arrumando um sócio. Acho estranho. Eu compraria, declararia falência e reabre com outro nome kkkkk

    Bem falando sério, não eh pq está comprando que vc tem que seguir o modelo de negócio do cara. Pode usar outra abordagem completamente diferente em que as roupas não são o negócio principal e sim os acessórios. É a famosa estratégia da cauda longa. Eu compraria apenas a parte bruta da operação (tipo, acho sua ideia boa mas só me interessa o material, msm q depois vc siga tocando a operação exatamente igual), usaria a embalagem provisoriamente ou oq fosse possível de retrabalho.

    1. Bem nessa, a ideia é acrescentar itens ao catálogo (tipo acessórios), e no contrato colocar que os 10% não se aplicam a nova coleções, acessórios, etc

  2. Esse negócio de 10% me soou um alerta muito grande.
    Ora, vendeu, vendeu. Não tem mais relação com o negócio. Ou o cara tá abrindo uma franquia e vc não se deu conta que é o primeiro franqueado.

    1. éé, mais ou menos.. se fosse eu que tivesse criado a parada mas precisasse de alguém de fora pra fazer ela virar realidade tbm ia querer um %

      1. entao ele está te oferecendo uma sociedade e ele está retirando todo o risco de falência e crédito do nome dele.
        isso não é um bom negocio.

  3. Lá vão meus 2 centavos: aparentemente não me parece uma boa oportunidade pra você, mas sim para seu amigo. Ele vai desprender poucas horas no mês em um ativo de 10% de negócio que é gerenciado por uma pessoa que ele considera ser de confiança e responsável. Se der muito certo, que é o que se espera, vai receber um valor muito bom. Além disso, considero o negócio muito nichado (roupas infantis em tons escuros), acredito que seria melhor focar em roupas infantis de um modo em geral. De qualquer forma, sucesso!

    1. Ah sim, é ótimo ganhar 10% sem fazer nada haha mas a ideia é fazer o negócio dar certo mesmo. Tbm vou colocar no contrato algum teto de valor.
      Roupa infantil de modo geral acho que não consigo bater com os grandes do mercado, não estaria oferecendo nada de diferente entende…

  4. Tenho uma cliente que vende roupas infantis (e recém nascido) pela Shopee. Não sei como ela tá indo, mas tem vendido algo. A base dela é ir na 25 de Março / Brás e fazer um estoque para vender.

    Pelo que entendi, o que faltou na operação anterior foi mais “propaganda” mesmo. Se é algo que você sente afinidade em trabalhar, e também sente que “há um vácuo” (pelo que entendi nos seus comentários) que pode ser preenchido por isso, talvez seja uma boa investir.

    Roupas infantis não sei se tem uma demanda muito forte, e hoje pessoas buscam preço. Esse é o detalhe. Se consegue atender com boa qualidade e preço que lhe faça ganhar o justo sem perder no giro, é uma boa aposta. Só que como qualquer aposta…

    No mais, boa sorte! :D

    1. Pois é, falto divulgação mesmo, e como eu e a esposa já trabalhamos assim com comunicação, acho que dá pra tentar algo. Se der errado o investimento não foi tãão grande, e pelo menos vendendo as peças que vieram no pacote já dá pra se pagar. Valeu Ligeiro, uma honra receber tua opinião, abraço!

  5. 1- Nunca compre nada de amigos ou conhecidos.
    2- Se o negócio fosse bom, não estaria sendo vendido.

    1. Duas generalizações bem drásticas, na minha opinião. Muito provavelmente a experiência pessoal ou de conhecidos influenciou nessa sua opinião. Vou dar aqui meus dois centavos:

      1- “Nunca compre nada de amigos ou conhecidos.” – poxa, nem um chocolate? Brincadeira à parte, eu imagino que isso seja por causa de não “poder reclamar” de algo errado depois e acabar perdendo a “amizade”. O que é ilógico, porque se não foi intencional, o amigo deveria entender (e se não entende, talvez amigo de fato não era). E se foi intencional, bem, pior ainda. E mesmo entre amigos, coisas como contrato ou transferir titularidade no cartório não podem faltar.

      2- “Se o negócio fosse bom, não estaria sendo vendido.” – Esse faz mais sentido lógico, porém o contrário (se está sendo vendido, é um mau negócio) não necessariamente é verdade. Pode ser que o cara não tenha conseguido dedicar tempo o suficiente para tornar o negócio rentável. Só aqueles “10% do lucro” que acendem um alerta.

      1. Valeu Diogo, concordo contigo. Dos 10% tô colocando isso no contrato:

        CLÁUSULA QUARTA – DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS
        4.1 O VENDEDOR manterá uma participação, em caráter intransferível, de 10% (dez por cento) sobre os lucros líquidos mensais gerados pela venda de roupas para bebês, pelo período em que o objeto permaneça em operação pelo COMPRADOR.
        4.2 A fim de preservar a estabilidade financeira da empresa, o pagamento de tais royalties será efetuado trimestralmente (até o 5º dia útil do mês subsequente ao término de cada trimestre) após emissão de nota fiscal, VIA TRANSFERÊNCIA BANCÁRIA.
        4.3 Mediante os pagamentos, o VENDEDOR se compromete a promover a marca do COMPRADOR em suas redes sociais, como forma de divulgação e fortalecimento do negócio.
        4.4 As partes concordam que o percentual de royalties poderá ser renegociado, de modo a não comprometer o crescimento da empresa, quando o lucro mensal da marca atingir R$ 100.000,00 (cem mil reais).

        1. Cara, eu consultaria um advogado ou alguém da área de administração pra ver isso aí. Eu não sei se esse tipo de cláusula é abusiva ou se é corriqueiro ter esse tipo de coisa. E também não especifica um prazo, apenas um limite de lucro para renegociação (o que poderia levar um tempo para chegar). Me parece que o seu colega colocou esses 10% pra não se arrepender do negócio, caso consiga render no futuro. Então como não sei se isso é comum, no seu lugar acharia melhor consultar alguém com mais experiência.

  6. Eu achei o produto (de moda diferenciada para bebês / crianças) bem interessante. Se fosse 10 anos atrás, quando meu primeiro filho nasceu, seria um potencial cliente.
    Sobre sua dúvida de aquisição do negócio, esclareça muito bem qualquer dúvida antes, até as que parecem mais “bobas”. E depois coloque tudo em contrato, consultando um advogado especializado, de preferência – vai te evitar possíveis dores de cabeça no futuro.
    Sobre os 10% de lucro (em tudo?), deixe bem claro no que incide: estoque atual e futuro? Até quando?
    Além disso, você está comprando a marca também? Verifique as questões de registro da marca no INPI, transferência disso, domínios, uso do nome, etc.
    Também acho um pouco arriscado comprar um negócio existente, mas aí a decisão é individual, analisando prós, contras, oportunidades e desafios.
    Boa sorte aí!

    1. Legal, que bom que gostou. Acho que o fato de ser assim “nichado” pode ser um bom diferencial. Eu e minha esposa já trabalhamos produzindo conteúdo pra internet, então queremos apostar na comunicação também.
      Pois é, vamos nos reunir hoje pra conversar, depois colocar tudo em contrato certinho. Já pesquisamos bastante, inclusive tuas sugestões (ótimas!) do INPI, domínio tão na lista de perguntas pra hoje, hehe.
      Os 10% pretendo sugerir algum limite de R$, bem como não incindir em novos produtos, por exemplo.

      1. Beleza, acho que planejar bem e analisar o mercado são alguns dos pontos mais importantes.
        Além disso, fazer as contas do custo de oportunidade desse investimento. Por exemplo, se vc quisesse investir essa grana em CDB, ações, etc., quanto lhe renderia e em quanto tempo? Vale a pena “imobilizar” esse dinheiro nesse negócio? Mas, pela sua resposta, acredito que vcs já estão bem embasados nisso tbm.
        Sucesso e depois quando a loja estiver online, avisa aqui! Sempre tem um filho/a de amigo pra comprar um presentinho ou pra indicar pra alguém…

  7. Eu não compraria, acho arriscado perder a amizade por isso. Mas se for fazê-lo, pesquise. O setor de moda online hoje é um pouco saturado, e pensando no target eu direcionaria o marketing pra consumidores premium, maiores margens (+) porém exige uma experiência diferenciada para reter o cliente (-), além de, neste caso, se esforçar para atendê-lo conforme cresce até os 6 anos de idade, pelo menos.

    1. Amigo foi um pouco forte, é mais um conhecido mesmo, da mesma cidade. De qualquer forma, não vejo pq prejudicaria a amizade, ele quer se desfazer do negócio.
      Pois é, pensei nisso de tentar pegar um mercado premium.