Filipeflop agora é MakerHero

Yo, o app de comunicação mais simples do mundo, passa por dificuldade

Print da capa do site do Yo.

Em 2014, um israelense criou um aplicativo que tinha como única função mandar a mensagem “yo” para seus contatos. Ganhou manchetes em todas as publicações de tecnologia e, mais que isso, convenceu alguém a investir US$ 1 milhão nessa ideia.

A ideia do Yo, o app em questão, é totalmente absurda. A história, boa demais. Por mais bobo que seja (e é, muito), ele tinha algum apelo e, de certa forma, dialogava com a insanidade que é o mercado de capital de risco do Vale do Silício. (Nessa semana, o braço de investimentos de uma operadora japonesa despejou US$ 300 milhões em uma startup de passeadores de cachorros.)

O Yo era uma sátira que se levava a sério, o que deixava a coisa toda ainda mais engraçada. Em último caso, era o “case” perfeito para virar uma piada recorrente em um pequeno blog de tecnologia.

O Yo teve algumas melhorias nesses dois anos e meio desde que foi lançado, mas jamais se tornou útil ou popular. Não que isso seja surpresa; os “usos” são extremamente limitados e o app em si nunca foi muito bom, com um design esquisito e bugs meio ridículos.

Como US$ 1 milhão não é nada para os padrões do Vale do Silício, o Yo está sem grana e, desta vez, convencer alguém a colocar qualquer coisa lá dentro, mesmo “só” US 1 milhão, será mais difícil. Seu fim pode estar próximo e ser melancólico. Para evitá-lo, Or Arbel, o criador do Yo, está pedindo contribuições dos usuários via Patreon a fim de mantê-lo no ar. Os valores vão de US$ 1 a US$ 100 por mês, e o objetivo é conseguir cinco mil apoiadores. No melhor-pior cenário possível, isso daria US$ 5 mil mensais.

Até agora, o Yo já conseguiu 28. Digo, 29 contando comigo.

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