Comparativo de smartphones super médios: Moto G4 Plus, Quantum Fly ou Zenfone 3?

A categoria de smartphones que mais vende costuma ser a intermediária, aquela oferecida a preços que cabem no bolso do consumidor e que entrega aparelhos com desempenho decente. É o famoso custo-benefício. Em 2016, vimos o estabelecimento de uma espécie de subcategoria, a dos super médios ou intermediários premium. Ela tem o custo um pouco mais elevado (em torno de R$ 1.200), porém uma experiência mais próxima da dos topos de linha.

Separamos três modelos dessa subcategoria emergente a fim de compará-los diretamente e ajudá-lo na hora da compra. Entre Moto G4 Plus, Quantum Fly e Zenfone 3, qual merece mais o seu suado dinheirinho? Continue lendo “Comparativo de smartphones super médios: Moto G4 Plus, Quantum Fly ou Zenfone 3?”

Moto G4 ou Moto G4 Plus? Comparamos os dois para ajudá-lo a fazer a escolha certa

Quando vi os novos Moto G pela primeira vez, estranhei. Achei eles feios. (São três nesta quarta geração; além desses, tem também o Moto G4 Play, lançado hoje por R$ 899.) Acostumada com o design discreto do queridinho do Brasil, estranhei a moldura com aspecto metálico e a tela enorme, de 5,5 polegadas, que deixa eles tão maiores do que as gerações anteriores.

Depois de algumas boas semanas usando o Moto G4 e o Moto G4 Plus como smartphone principal, porém, posso dizer que aquela primeira impressão se dissipou. Encantei-me pelos smartphones, que, por fora, são praticamente iguais. O que os diferencia, então? Qual vale mais a pena? Descubra neste comparativo do Manual do Usuário. Continue lendo “Moto G4 ou Moto G4 Plus? Comparamos os dois para ajudá-lo a fazer a escolha certa”

Os vários Pixi 3: mesmo nome, smartphones diferentes

Observe bem os dois smartphones da foto acima. Eles são da mesma empresa, têm design idêntico, adotam até o mesmo nome. Mas eles são diferentes. Ambos são do segmento low-end, ou seja, smartphones baratos, com desempenho no limite do tolerável e outras características minimamente funcionais. Mas, um, o da direita, é melhor que o outro. Como e, mais importante, por que isso acontece? Continue lendo “Os vários Pixi 3: mesmo nome, smartphones diferentes”

Use esta planilha para escolher o melhor plano Pré ou Controle de celular para você

Com o lançamento dos novos planos da TIM e da Oi, fiquei tentado a trocar de operadora. Fui analisar os planos Pré e Controle atuais a fim de determinar qual o mais vantajoso para o meu perfil. Acabei montando uma planilha que pode ajudar mais gente que está na mesma situação, aberto a olhar com carinho as propostas de todas as concorrentes.

Os planos oferecem benefícios diferenciados, se sobressaindo em um ou outro aspecto em relação aos concorrentes. Resolvi fazer uma planilha para ter uma visão panorâmica deles nos quesitos valor, franquia de dados, voz e SMS, além dos valores avulsos de voz. Com a planilha pronta, resolvi compartilhar no grupo para assinantes do Manual do Usuário no Facebook (apenas para assinantes) e o Ghedin sugeriu publicar no blog. Continue lendo “Use esta planilha para escolher o melhor plano Pré ou Controle de celular para você”

G4, Galaxy S6 ou iPhone 6: Qual smartphone tem a melhor câmera?

Smartphones são dispositivos convergentes, ou seja, eles fazem diversas coisas que, no passado, estavam distribuídas em vários dispositivos. Uma delas é tirar fotos e gravar vídeos. Com o avanço da miniaturização e das técnicas para elevar a qualidade dos resultados, os modelos topo de linha já rivalizam em pé de igualdade com câmeras dedicadas de entrada. Entre esses, qual o melhor?

Este comparativo engloba três dos melhores smartphones da atualidade: Galaxy S6, da Samsung; G4, da LG; e iPhone 6, da Apple. Os dois primeiros foram lançados no primeiro semestre de 2015 e o da Apple, no final de 2014 — uma atualização, que tornará este nosso exercício obsoleto, está bem próxima.

Os testes que fiz com os três seguem a filosofia do Manual do Usuário: com todos em mão, saí por aí tirando três fotos de cada situação, com cada smartphone, a fim de escolher a melhor e, depois, compará-la às demais. Tentei explorar vários cenários — fotos noturnas, com muitos detalhes, em ambientes fechados e abertos, com bastante luz e o mínimo possível. Não é um comparativo técnico, embora tenha considerado algumas especificidades de cada câmera. Continue lendo “G4, Galaxy S6 ou iPhone 6: Qual smartphone tem a melhor câmera?”

Lumia 435, 532 e 535: Qual o melhor Lumia de entrada à venda no Brasil?

Já faz mais de um ano desde que a Microsoft anunciou um smartphone topo de linha — o último, Lumia 930, foi apresentado sem muito alarde em abril de 2014. De lá pra cá a empresa tem apostado em aparelhos de entrada, baratos e acessíveis. Não, você não está entendendo: aparelhos baratos mesmo, com preços de lançamento abaixo dos R$ 400 e que, em promoção, chegam perto dos R$ 200.

Entre eles, qual o melhor custo-benefício? Existe algum muito ruim, que mesmo custando pouco, não vale a pena? Se você está com essas e outras dúvidas, não se preocupe: o Manual do Usuário está aqui para ajudá-lo.

Continue lendo “Lumia 435, 532 e 535: Qual o melhor Lumia de entrada à venda no Brasil?”

[Comparativo] TVs por assinatura no Brasil

Entre celulares pré-pagos, Internet residencial e TV por assinatura, qual você acha que é o item mais popular entre a nova classe média brasileira? Acertou quem respondeu TV por assinatura1.

Intrigado com esse número e com a ajuda dos gaúchos da Coisa Filmes (a produtora parceira a que me referi no post de aniversário do blog), juntamos alguns dados para ajudar esse público ávido por canais diferentes dos da TV aberta, em HD e com preços convidativos. O vídeo acima, caprichado, é o resultado desse trabalho.

Nele, comparamos quatro serviços, todos do tipo DTH (por satélite): Claro TV, GVT TV, Oi TV e Sky. Em vez de ficar apenas na programação e valores, investigamos também quais as tecnologias que cada uma usa, como a disponibilidade de transponders em cada satélite e o tipo de compressão de vídeo usado nas transmissões. E, claro, ao final o veredito: qual ou quais valem mais a pena? Para saber mais, dê um play no vídeo ali em cima.

  1. Segundo este estudo do Mundo Marketing, a TV por assinatura é o objeto de desejo de 32% da nova classe média, à frente dos celulares pré-pagos (30%) e da conexão à Internet (28%).

[Review] L80 ou L90, qual dos dois intermediários da LG é o melhor?

Em maio a LG lançou no Brasil, de uma tacada só, nove smartphones por preços que iam de R$ 350 a R$ 950. A linha L, que abrange os modelos de entrada e intermediários, nunca foi tão populosa quanto nesta terceira geração e, com tantos membros, era inevitável que alguns se sobrepusessem em características e preços. O caso da dupla L80 e L90 talvez seja o que mais se destaque.

Coloquei os dois lado a lado para determinar qual é a melhor escolha. O L80 saiu aqui com preço sugerido de R$ 950, e o L90, por R$ 900. Hoje, três meses depois do lançamento, dependendo da loja e da promoção os preços variam, girando a casa dos R$ 650~800, mas o L80 continua custando mais ainda que por uma margem quase irrelevante. O preço tem um peso importante nos segmentos de entrada; quando ele perde peso no processo decisório e deixa às configurações essa responsabilidade, o que acontece se essas são similares? É o que você confere agora.

L80 ou L90, qual compensa mais?

Não é preciso ser um gênio da matemática para saber que 90 é maior que 80. A superioridade estampada no nome perde muito do seu efeito quando se tem ambos os smartphones, L80 e L90, nas mãos. Com muitos recursos idênticos e exclusividades equilibradas, hierarquizá-los é bem mais difícil do que apontar o número maior. Continue lendo “[Review] L80 ou L90, qual dos dois intermediários da LG é o melhor?”

Lumia 520, Optimus L4 II, Razr D1 ou Xperia E: qual o melhor smartphone abaixo de R$500?

O mercado brasileiro está recheado de smartphones para todos os gostos e bolsos. De modelos de ponta (e caríssimos) até os valentes celulares de entrada, que sofrem para rodar o pouco que oferecem, a variedade nunca foi tão grande por aqui.

Infelizmente não é todo mundo que pode se dar ao luxo de comprar um iPhone ou um Galaxy S. Na medida em que o preço cai, as especificações dos aparelhos definham também e chega um ponto onde as frustrações que eles geram no uso ultrapassam o tolerável. Qual é esse ponto? Difícil dizer, mas estimo que a faixa dos R$ 400 a R$ 500 seja uma boa aposta.

Com isso em mente, ou seja, pagar o mínimo possível por uma experiência aceitável, surgiu a ideia de realizar esse comparativo. O Natal se aproxima, logo, creio que será importante também para quem está em busca de um novo celular, próprio ou para dar de presente, que não comprometa o décimo terceiro. Espero que seja útil.

Cadê a Samsung? Desde o início a minha intenção era ter cinco celulares neste comparativo. Faltou um, da Samsung, que mesmo após insistentes pedidos meus não se dispôs a enviar um Galaxy Young Duos para testes. A resposta da assessoria foi de que eles não enviam aparelhos dessa faixa de preço para a imprensa. Uma pena.

Os competidores

Os quatro competidores, lado a lado.
Foto: Rodrigo Ghedin.

O comparativo envolve quatro aparelhos:

  • Lumia 520, da Nokia.
  • Optimus L4 II, da LG.
  • RAZR D1, da Motorola.
  • Xperia E, da Sony.

Todos foram usados por mim, usando um SIM card da Claro — à exceção do Lumia 520, testado na rede da TIM. São três Androids e um Windows Phone e tentei diminuir ao máximo os desvios que a mudança de plataforma poderia ocasionar. Como? Usando os mesmos apps (ou similares) em todos eles, definindo configurações idênticas (como brilho da tela) e outros pequenos ajustes visando a paridade.

Não é um teste científico, não rodei benchmarks, nem cronometrei ações nos aparelhos. Não é essa a pegada do Manual do Usuário porque não acho que tal abordagem tenha tanta importância no mundo real. Por exemplo: o Optimus L7 II, testado recentemente aqui, tem menos RAM que o RAZR D1, que integra esse testes, mas nem de longe é um aparelho inferior. Faria sentido dizer o contrário baseado em um mero número, ignorando completamente a experiência de uso? Eu acho que não.

Antes de colocar nossos competidores em choque, é válido dar uma passada por cada um deles — em ordem alfabética.

Lumia 520, da Nokia

Lumia 520,da Nokia.
Foto: Rodrigo Ghedin.

De todos, o Lumia 520 é o que tem mais cara de produto superior. O acabamento, a exemplo dos demais, é de plástico, mas aquele de toque mais suave característico de alguns aparelhos da Nokia.

Este smartphone se beneficia da rigidez que a Microsoft impõe a quem decide usar o Windows Phone. O SoC é um Snapdragon S4 Plus, com processador dual core de 1 GHz e GPU Adreno 305. Não é um foguete, mas segura bem as aplicações do sistema.

O que compromete um pouco é a memória disponível, apenas 512 MB, limitação que cobra seu preço na multitarefa: espere ver com alguma frequência a tela “Retomando…” ao voltar a algum app aberto recentemente. A sensação de lerdeza é amenizada pela interface fluída do Windows Phone; você sabe que demora, mas a espera parece menos dolorosa com as transições suaves e bonitas do sistema.

O Windows Phone dá uma força em outra área: a tela. Com 4 polegadas e resolução de 480×800, ela se distancia das demais testadas neste comparativo, mas ainda assim fica longe das melhores do mercado. O padrão visual fortemente angular e a tipografia grandona do sistema da Microsoft ajudam bastante a ocultar as deficiências da tela — que, em outros aspectos, como brilho, ângulos de visão e cores, é bem competente para essa faixa de preço.

Optimus L4 II, da LG

Optimus L4 II, da LG.
Foto: Rodrigo Ghedin.

De longe, o mais curioso. Não bastasse ter sinal de TV digital (como o RAZR D1, aliás), esse modelo intermediário da linha Optimus L, da LG, aceita três SIM cards simultaneamente. Não um, não dois; três!

O corpo gordinho não é muito mais grosso que os demais, mas passa a sensação de que sim. Ele também parece ser meio “achatado”, a ponto de deixar em dúvida a proporção da tela — seria esse um filhote do bizarro Vu, também da LG, o phablet com proporção de tela 4:3? Não é o caso. Aqui, temos uma tela de 3,8 polegadas e resolução de 320×480. O L4 II tem a tela com menor densidade de pixels de todos os modelos testados e isso afeta a percepção do usuário, mas mesmo em um equipamento tão barato e simples a LG colocou um bonito (e destoante) painel IPS.

No que diz respeito ao desempenho, temos um SoC single core de 1 GHz da Mediatek, combinado com 512 MB de RAM. As mesmas deficiências apresentadas pelo Xperia E, que compartilha uma configuração similar, são vistas aqui: os apps mais simples até abrem relativamente bem, mas gerenciar dois já sobrecarrega o sistema.

RAZR D1, da Motorola

RAZR D1, da Motorola.
Foto: Rodrigo Ghedin.

O simpático aparelho da Motorola é mais poderoso do que se poderia imaginar. Lançado junto ao D3 no primeiro semestre, chamou a atenção pelo custo-benefício e ainda hoje é uma compra muito boa no cenário abaixo dos R$ 500.

Embora não seja fator determinante, quando as outras características empatam com celulares nessa faixa de preço, a RAM dele se destaca. Dos modelos testados aqui, é o único com 1 GB disponível, característica impressionante para um smartphone de entrada.

A favor também está o Android (4.1.2 Jelly Bean) praticamente intacto que a Motorola usou aqui. Há pequenas alterações, a maioria útil, que não comprometem a saborosa experiência de usar o sistema como concebido pelo Google.

De ponto fraco, a tela talvez seja o maior. Ela tem 3,5 polegadas e resolução de 320×480, o que dificulta a leitura de textos menores e deforma ícones mais delicados, como os da barra de notificações.

Xperia E, da Sony

Xperia E, da Sony.
Foto: Rodrigo Ghedin.

Cada aparelho dos testados herda algumas características de modelos mais avançados de suas respectivas marcas. No caso do Xperia E, o que se destaca é o botão de liga/desliga e desbloqueio da tela reforçado. Seria legal se todo celular tivesse esse detalhe, já que sendo algo usado o dia todo, é um do tipo que faz diferença.

A tela do Xperia E é a mais esquisita, com reflexos além do aceitável, um aspecto meio lavado e pouco brilho mesmo com essa configuração no máximo. A personalização da Sony, que já é de se questionar nos Xperias maiores, é particularmente ruim para a tela de 3,5 polegadas desse modelo. O app drawer, por exemplo, exibe poucos ícones por página e as alterações estéticas, que visam dar um ar mais sofisticado ao Android, são meio cafonas em um aparelho de entrada nada sofisticado.

Comparando detalhes

Vídeo comparativo

Quer vê-los mais de perto do que só em fotos? Temos um vídeo também:

A batalha dos chips

O L4 II aceita três chips de operadoras simultaneamente.
Foto: Rodrigo Ghedin.

Dar suporte a mais de um SIM card está virando padrão em smartphones low-end e mid-range. Nossos competidores não fazem feio e, com exceção do Lumia 520, todos conversam com mais de uma operadora ao mesmo tempo — o L4 II, com três! O Lumia 520, aliás, é o único dos quatro a trabalhar com micro SIM.

Câmeras

Aqui é briga de foice para ver quem se sai menos pior. Com aparelhos tão comprometidos em tantas áreas, era de se esperar que as câmeras não fizessem maravilhas na hora de registrar momentos.

Nas amostras que fiz, as câmeras do Xperia E e L4 II não demoraram a se revelarem ruins. As outras duas agradam, dentro das limitações da situação. A do D1 é bastante saturada, mas tem boa definição. Já a do Lumia 520, apesar de um ou outro estouro ocasional em áreas claras, é a mais fiel em cores e entrega, na média, resultados bem legais. Veja esse primeiro comparativo em ambiente externo com bastante luz natural:

Comparando as câmeras dos smartphones em análise.

Em ambiente interno com iluminação natural a discrepância foi menor. LG e Sony parecem aplicar um pós-processamento mais pesado, algo perceptível na parte sombreada do Droid, abaixo. A definição da câmera do L4 II ficou surpreendentemente boa nesse exemplo, mas não sem sacrificar a qualidade — há um ruído perceptível naquela área.

Foto interna com luz natural.

Neste último comparativo, vemos o detalhe de uma placa. Aqui, as câmeras da LG e Sony mostram, novamente, que são fracas e acabam recorrendo a correções incapazes de equiparar os resultados aos das câmeras da Nokia e Motorola. Este exemplo também evidencia a inclinação da Motorola por imagens mais quentes e saturadas.

Detalhe em uma placa.

O álbum abaixo traz todas as fotos acima em tamanho natural, ordenadas e identificadas:

No geral, fiquei bem dividido entre as câmeras do Lumia 520 e do RAZR D1. A do smartphone da Nokia tem um tiquinho a mais da minha preferência por ser mais fiel em cores, sem puxar tanto para as quentes, ou saturá-las, como as do D1 — que, a seu favor, leva vantagem em definição.

Note que, como dito no início, aqui o objetivo não é encontrar a melhor câmera, mas a menos ruim. É relativamente difícil conseguir boas fotos com qualquer uma das quatro.

Bateria

Todos os quatro têm baterias modestas, suficientes para passar um dia longe da tomada desde que não se exagere no uso dos recursos. A do Lumia 520 é a menor de todas, com capacidade de apenas 1300 mAh — os demais giram em torno de 1700. Na prática, o Windows Phone parece ser menos gastão e a autonomia não difere tanto quanto essa diferença numérica sugere.

É difícil encontrar smartphones com baterias que se destacam. Quando acontece, geralmente a própria fabricante ressalta isso — como no RAZR MAXX, da Motorola, ou o Honor, da Huawei. Ainda que bem próximos dos preços de dumbphones mais elaborados, no quesito bateria os smartphones de entrada são parecidos com modelos mais caros. O que, nesse caso, é uma pena.

Acabamento

Plástico, plástico para todo lado! Mas alguns bons, especialmente o do Lumia 520. Ele se sobressai e ganha, sem muita dificuldade, o título de celular mais bonito deste comparativo. A ergonomia também é bacana (é o maior dos quatro), com bordas arredondadas atrás e um acabamento suave na tampa traseira.

O Xperia E também aposta em um tipo de plástico diferente, com uma textura rugosa que dá firmeza no uso. Além da ergonomia, o design dele dá uma valorizada estética ao conjunto. Fica em segundo lugar nesse critério.

Detalhe interessante no design do Xperia E.
Foto: Rodrigo Ghedin.

L4 II e D1 usam um plástico mais simples, pouco inspirado. As tampas traseiras são levemente texturizadas, mas de forma ruim ou indiferente. O D1 imita o acabamento em Kevlar dos RAZR mais caros, mas é plástico mesmo e dos mais simples.

Desempenho

A exemplo da câmera, aqui também a briga é feia. Todos eles te fazem esperar para abrir apps, todos se enrolam na multitarefa, nenhum tem desempenho capaz de distanciá-lo dos demais. Adquirir um smartphone por menos de R$ 500 é, antes de qualquer coisa, um exercício constante de paciência.

O RAZR D1 leva vantagem pela RAM extra, mas é uma vantagem que se mostra mais em situações de uso atípicas. É notadamente mais rápido que os outros dois Androids, mas na maior parte do tempo ter mais RAM que os outros não impacta tanto assim — o Android capenga bastante com 512 MB, mas não faz muito melhor com o dobro disso e um SoC ruim.

O Lumia 520 tem a vantagem do Windows Phone: ele transita pela tela com mais harmonia, passando a sensação de ser mais ágil que os concorrentes com Android e é efetivamente mais rápido que os outros. Mas, no geral, é só sensação mesmo: em um teste direto, abrindo apps similares simultaneamente nos quatro logo após reiniciá-los, o tempo de carregamento foi muito parecido em todos, com o smartphone da Motorola levando uma ligeira vantagem na maioria das vezes e o Lumia 520 vindo logo atrás.

Nessa disputa, desempenho é um fator que não pesa tanto na hora da escolha — todos são, infelizmente, fracos. Considere outras coisas na hora de decidir pelo seu.

E o vencedor é…

De cara, pelo acabamento, desempenho e outros detalhes já citados, Optimus L4 II e Xperia E ficaram pelo caminho. O páreo foi duro, porém, entre o Lumia 520 e o RAZR D1. São dois aparelhos que não parecem custar o que custam dada a qualidade que oferecem. Verdadeiras pechinchas que servem muito bem o usuário sensível a preços.

No fim, feitos mais testes e gasto mais tempo refletindo, ganhou a minha preferência o aparelho da Nokia. Na faixa entre R$ 400 e R$ 500, o Lumia 520 é a indicação do Manual do Usuário.

Botões frontais do Lumia 520.
Foto: Rodrigo Ghedin.

O Lumia 520 levou pelo acabamento, muito mais premium que os demais, a tela, a maior fisicamente e com resolução mais alta de todos, e o Windows Phone, que em modelos de entrada está em melhor forma que o Android — cenário que pode mudar com a chegada do KitKat — e já não sofre tanto da escassez de apps, um problema crônico até ano passado. É disparado o Lumia que a Nokia mais vende, e dá para entender o porquê: é um smartphone e tanto.

RAZR D1 no detalhe.
Foto: Rodrigo Ghedin.

O RAZR D1 fica em segundo, mas por uma cabeça de distância. Mais especificamente, por uma tela ruim. Para quem prefere a multiplicidade de apps do Android ou o sistema em si (com a promessa de atualização para o começo de 2014), porém, é a melhor pedida. Trata-se de um smartphone bem competente para o que custa, com uma experiência próxima à do Android puro e extras técnicos interessantes em relação ao Lumia, como suporte a dois SIM cards e TV digital.

O D1 tem, agora, um grande concorrente doméstico, o Moto G. Apesar do preço sugerido de R$ 649, na Black Friday diversas lojas venderam a variante de entrada por R$ 550 e não será surpresa se já no Natal esse valor se repetir, ou cair ainda mais. Entre os dois, a disputa é covardia. Vá de Moto G sem pensar meia vez.

É bem provável que o varejo brasileiro empurre os preços desses modelos ainda mais para baixo nas festas de fim de ano. O bom é que, hoje, quem tem pouco para investir em celular não fica tão comprometido quanto alguém há dois anos com o equivalente a esse valor de hoje — comentamos isso em um podcast, aliás. O avanço das configurações e o uso de tecnologias antes de ponta em celulares de entrada gera esse benefício na ponta de baixo da tabela e, no fim, ganha todo mundo.

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