A matéria fala sobre a nova política do Google de não publicar mais os avanços que seu time de IA alcança, mas o problema vai para além dos artigos científicos e chega ao software.
“Tudo” o que o Google desenvolve em IA ele disponibiliza também o código-fonte para os interessados. A biblioteca Tensorflow, mantida pela empresa, entrega como produto livre (permissiva, Apache v2) e grátis os algoritmos que milhares de outros pesquisadores reutilizam em seus estudos.
Mas quando a OpenAI desenvolveu o ChatGPT, ela reutilizou esses mesmos artigos e software do Google, desenvolveu um produto mas não apresentou de volta, de forma transparente e reprodutível, como ela fez isso. E código fonte do software também não foi publicado.
Moral da história, se a parte científica de IA será afetada pela redução do ritmo de publicações de artigos dessas empresas – e convenhamos, elas hoje são a fronteira científica da área, à frente de qualquer grande universidade do mundo -, a parte de software e aplicações de IA também serão impactadas.
Curioso é que o Google poderia ter impedido isso utilizando uma licença copyleft no Tensorflow, como a AGPL – isso obrigaria a OpenAI a disponibilizar as modificações no código fonte do Tensorflow para os usuários do ChatGPT.
Fica então mais um exemplo de como licenças permissivas são um problema para a manutenção do commons de código fonte quando utilizadas em “projetos de verdade”.
A matéria fala sobre a nova política do Google de não publicar mais os avanços que seu time de IA alcança, mas o problema vai para além dos artigos científicos e chega ao software.
“Tudo” o que o Google desenvolve em IA ele disponibiliza também o código-fonte para os interessados. A biblioteca Tensorflow, mantida pela empresa, entrega como produto livre (permissiva, Apache v2) e grátis os algoritmos que milhares de outros pesquisadores reutilizam em seus estudos.
Mas quando a OpenAI desenvolveu o ChatGPT, ela reutilizou esses mesmos artigos e software do Google, desenvolveu um produto mas não apresentou de volta, de forma transparente e reprodutível, como ela fez isso. E código fonte do software também não foi publicado.
Moral da história, se a parte científica de IA será afetada pela redução do ritmo de publicações de artigos dessas empresas – e convenhamos, elas hoje são a fronteira científica da área, à frente de qualquer grande universidade do mundo -, a parte de software e aplicações de IA também serão impactadas.
Curioso é que o Google poderia ter impedido isso utilizando uma licença copyleft no Tensorflow, como a AGPL – isso obrigaria a OpenAI a disponibilizar as modificações no código fonte do Tensorflow para os usuários do ChatGPT.
Fica então mais um exemplo de como licenças permissivas são um problema para a manutenção do commons de código fonte quando utilizadas em “projetos de verdade”.