Estou sentindo que se aproxima o inevitável momento de trocar o computador que, por 10 anos, segurou muito bem os trancos até aqui. Foi uma sucessão de boas escolhas, desde o modelo (um MBP i7 mid-2012, o último em que a Apple ainda permitia trocar HD e memórias), os upgrades que fiz e os periféricos que agreguei para prolongar sua vida útil ao longo de uma década. No entanto, meus usos atuais andam exigindo mais do que o limite do que ele consegue me oferecer – sobretudo o que envolve edição de imagens, ou multitasking (inclusive com aplicações gráficas) enquanto passo boa parte do dia em videoconferência.
Então comecei a pesquisar máquinas, configurações, componentes atualmente no mercado, mas tentando seguir a mesma lógica que sempre priorizei: quando chegar a hora, não haveria problema em pagar um valor um pouco mais elevado, desde que eu tenha o benefício de um equipamento que dure por bastante tempo, inclusive dando conta de usos eventualmente mais pesados do que os atuais (não precisa durar 10 anos como o atual – mas se quiser durar tudo isso, obviamente não me oponho, hahahahaha).
Isso me fez deparar com algo que não esperava: não apenas a maioria dos notebooks atuais vêm com memória RAM soldada (o que impossibilita upgrades), como a maioria das opções ainda vem com apenas 8GB, sendo raras as opções com mais de 16GB (que é a quantidade que uso há pelo menos 7 anos). Estou ciente de que os processadores mais modernos e mais robustos fazem um uso mais inteligente dos recursos disponíveis, e que as memórias mais recentes têm frequências bem mais rápidas – mas, ainda assim, fico com a pulga atrás da orelha.
Minha pergunta: faz sentido se preocupar tanto com isso a ponto de reduzir as opções por causa do slot expansível, ou um processador potente de geração mais recente + 16GB de memória soldada são suficientes para que o equipamento aguente bem o tranco por vários anos?
Se você trabalha com aplicações gráficas, edição de foto e vídeo, eu não pegaria nenhuma máquina com 8GB de RAM. Os Macbooks M1 e M2 atuais dão conta sim desse trabalho com 8GB, o problema é que não se sabe até quando. Já que você usa MacOS a tanto tempo, melhor continuar nos Macs, mas pega um com 16GB. O armazenamento você consegue burlar, montando um SSD Externo com case Thunderbolt de alta velocidade, custa um pouco caro, mas da pra burlar, a RAM não tem como.
No meu eu já sinto ele sofrendo, também uns 9 anos de uso, mas por que o processador de 3a geração.
Rapaz, eu tô de olho em montar um PC no fim do ano, mas já seria com DDR5, justamente para mais 10 anos de longevidade.
Eu desencanei um pouco de upgrades porque raramente faço/fiz. Usei por quase uma década um MacBook Pro com 8 GB de RAM e, ano passado, troquei por um Air M1, também com 8 GB de RAM. Meu fluxo de trabalho é suave, então nunca faltou RAM. (Eu nem me preocupo em olhar isso, na real, com aqueles apps tipo iStats; simplesmente uso o computador e raramente sentia ele lento.)
Claro, isso varia muito de acordo com as suas necessidades, mas creio que para a maioria, que realiza tarefas mundanas, de “escritório”, 8 GB são suficientes — pelo menos nos Macs com M1/M2.
Eu acho que o seu maior problema é estar “preso” ao ecossistema Apple. Realmente, os novos Macbooks são mais limitados em upgrades do que os antigos.
Se estiver disposto a trocar por uma máquina com outro OS, tem várias marcas interessantes que vão garantir uma vida um pouco mais longa de upgrades como você aparenta querer.
Se curte Linux e não tiver problemas com importação e valores, os da System76 parecem ser excelentes.
Na verdade, não. Eu nem estou cogitando pegar outro Mac, estou me referindo nessa mensagem ao que estou observando no universo PC mesmo. Praticamente todas as máquinas que me interessaram (Asus, Samsung, Lenovo) estão vindo com memória soldada…
Sei que tem alguns Samsungs que tem memória soldada mas permitem expansão por slot extra. Não sei o modelo exato, mas creio que era um modelo de 4 anos atrás. Usava Nvme (tipo de armazenamento SSD) e creio que pode entrar na categoria Ultrabook.
Tem sido raro para mim ver equipamentos novos para manutenção por mim (não sabia que muitos novos estavam vindo sem possibilidade de upgrade, tinha visto uns mas eram de baixa performance como CCE, Positivo ou Multilaser).
Creio que só notebooks para empresas permitem troca de componente hoje. Dê uma olhada com calma em equipamentos vendidos para empresas.
O mal é que de qualquer forma tenho notado também muito notebook novo que é quase que descartável: quebra muito fácil as estruturas do mesmo, ou sofre fácil com algum defeito que graças a justamente não possibilitar trocas (de forma fácil), acaba-se desfazendo do equipamento inteiro.
Uma coisa a se cogitar também é pensar no tipo de uso que você tem. Se até hoje 16GB de RAM te atendeu, então sem problemas. Mais que isso, creio que é para gamers hardcore e/ou pessoal que trabalha com muito programa na memória (ou que trabalha com programas pesados na memória, como editores de vídeo).
Sim, na verdade, os (poucos) que mais se aproximam do que estou buscando são Dell (ainda assim, com um pente soldado, e um segundo slot substituível). Sobre o uso, até agora 16GB funcionou, mas hoje já está quase impossível fazer algumas atividades (sobretudo um multitasking mais pesado, e tratamento de fotografias – sendo que esse último eu preciso fechar todos os outros programas para conseguir fazer alguma coisa). Mas, assim como esse computador já aguentou e hoje já não não tá dando conta, minha preocupação é se essa onda de memórias soldadas não tende a acelerar uma próxima substituição, ou se a relação com a memória dos processadores mais recentes é, de alguma forma, diferente de 10 anos atrás…
bom ponto.
Eu sinceramente acho que é um misto de coisas. Os softwares hoje “comem recursos” e o que você põe é um temor justo – uma máquina que você compre hoje e não permita atualizações de hardware acaba “algemando” a pessoa. Não sei quais equipamentos hoje permitem maiores aprimoramentos (sei que nos EUA tem a Framework como uma referência). E desde a pandemia não tenho visto mais notebooks novos ao meu arredor, geralmente quem eu conheço está comprando computador usado empresarial (que é o que tem de sobra ultimamente) ou até deixando de lado o PC e só usando celular. Nem vejo muito o que tem nas prateleiras das lojas (eu tinha um certo costume em ir, mas hoje temo pois muitas vezes a galera fica chateada com gente que só olha e não compra).
Talvez estudar importar um notebook da Framework pode ser interessante também. Não sei se compensaria, mas teria a vantagem de ter um computador que se queimar ou precisar trocar algo, é só realmente trocar.
Nossa, que sensacional essa Framework! Infelizmente acho que não compensa tanto o valor, mas sempre fico feliz quando vejo gente se preocupando com esse tipo de coisa e propondo produtos que vão na contramão do mercado… O engraçado é que nessa minha pesquisa eu cheguei a cogitar até mesmo a possibilidade de montar um desktop (como faziam os antigos fenícios), já que eu preciso de uma máquina mais parrudinha pra trabalhar com imagens (e faço isso na mesa, no monitor), e a “upgradabilidade” é um fator para mim…
Nesse caso, continuaria usando o macbook como máquina secundária para usos mais leves e que requerem mais mobilidade, e um desktop para o grosso do trabalho mais pesado (já que 90% do meu trabalho é fixo na mesa, com monitor, teclado externo etc.). Não estou convencido de que é a melhor opção em termos de custo x benefício, mas também não é uma hipótese totalmente descartada, hehehe.
Desktop é vida. Mais performance, melhor custo/benefício e não tem bateria (normalmente a primeira coisa que tem que ser substituída em notebooks)
Montar um desktop ainda é comum e tem a velha vantagem que se der pau em algo, só trocar aquele algo. E graças aos aprimoramentos de tecnologias, é possível montar algo menor inclusive – o miniATX é bem comum de se ver, apesar de caro. O que perderia só é em placa de vídeo dependendo do gabinete, mas isso vai da sua necessidade também. Se até hoje lidou com um notebook com limitação de placa de vídeo, talvez um desktop atual supere e ajude nisso.
Computadores “gamers”- hoje a onda do mercado – podem ser pequenos se você quiser (e tiver paciência para montar), e pode só usar armazenamento flash sem precisar de discos rígidos ocupando espaço.
Pode se estudar também os “NUCs”, que são nada mais que computadores minusculos, no formato que antes chamávamos “thin client”. Só que o mal dos NUCs é o mesmo do notebook: há sim um número de equipamentos na qual as melhorias / upgrades ficam bem mais restritas. No entanto, geralmente há modelos que permitem ao menos a troca do armazenamento e memória. E outra vantagem: se quebrar o teclado, só trocar.
Acabei de passar em um Carrefour:
– não reparei em desktops a venda. Só Laps/Notebooks.
– Presença de Samsung ( que deixa claro que tem “Easy Update”), Acer (Alguns modelos eles expõe esta possibilidade, mais para armazenamento), Acer (Um modelo eles divulgam a possibilidade de upgrade) e Lenovo (não deixam muito claro).
– Os preços estavam entre 2 mil (Celeron) a 4 mil (i5 11gen), na verdade não reparei direito, prestei mais atenção nos adesivos indicando o que possuem de capacidade.
Vi também um Acer Nitro por lá, mas não vi o preço.
enfim, de fato sim, há um bom número de equipamentos que são “atualizaveis”.
Engraçado que não notei equipamentos Positivo ou marcas mais obscuras