Leitores digitais: somos prisioneiros do kindle no Brasil

Eu costumo dizer que o kindle mudou minha vida: a quantidade e a qualidade da leitura melhorou muito, mesmo com as limitações que todos conhecemos. Sem imprecisão ou hipérbole, foi o dinheiro mais bem gasto que já fiz.

Acontece que tudo muda e as coisas evoluem. Faz alguns anos que observo o mercado estrangeiro e vejo coisas que o kindle não oferece, como telas coloridas, o que facilitaria bastante a leitura de textos com mapas e alguns tipos de gráficos, por exemplo. Outra vantagem seria poder continuar comprando na amazon, mas não ficar preso a ela: qualquer loja que funcione no android estaria disponível, a princípio.

Nenhuma dessas empresas, como a Onyx Boox ou Bigme tem atuação no Brasil, até onde sei.

O kindle continua me servindo em 80, talvez 90% dos casos, mas é isso mesmo que não temos alternativa? Pretendo trocar meu modelo de quase 10 anos atrás por um mais recente com a iluminação embutida, mas fico com a sensação que a amazon tá passando a gente pra trás, tem tanta alternativa no mercado internacional.

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42 comentários

  1. Meu irmão tinha um kindle 8º geração (nem sei se esse é o paperwhite) que ficou esquecido um tempo e a bateria apagou de vez. Ele tentou de vários jeitos fazer voltar a vida, antes de jogar fora eu peguei pra mim. Coloquei numa bolsa plástica e meti no congelador, de um dia pro outro, aí tirei e dei carga normalmente. Bom, funcionou, nunca mais deu pau na bateria e ele deixou eu ficar com o kindle.. rs..
    Às vezes penso em trocar por um modelo mais novo, que dê pra ler no escuro.. Mas sempre pensei nessas questões de ser “prisioneira” da amazon e por enquanto vai sendo ele mesmo.. vez ou outra a tela dá uma esmaecida.. nada que bloquear a tela e desbloquear não resolva. Tenho mais de 400 livros nele, livros que eu não teria acesso se não fosse a internet e não sabia disso sobre o DRM. Vou procurar entender mais..
    De qualquer forma, queria deixar aqui um pensamento.. pra quê trocar se ainda tá funcionando? Ultimamente ando bem resistente com a ideia de simplesmente jogar fora as coisas que ainda funcionam só pra ter um “mais novo”.. (E nessa história tô com 2 tablet´s Samsung Galaxy Tab 3 Lite parados, pensando em como vou dar utilidade.. alguma sugestão?)

    1. Tem um método para você baixar seus livros da amazon e se livrar do DRM, aí gera um arquivo .mobi ou o outro que são livres. Aí voce pode salvar esses livros em algum HD, uma nuvem sua, converter para epub, etc e passar para o Kindle externamente se quiser também. É uma pesquisa na internet em inglês, acho que se pegar uma tarde consegue achar e fazer, acho que envolve baixar uma versão antiga do Kindle para windows ou algo assim.
      No 2º ponto, absolutamente concordo em não jogar fora coisa que funciona. Até compro coisa mais nova também, mas não me livro. Tenho um Kindle 7a geração que comprei usado no mercado livre em 2022, para complementar um kobo de 2013. Eu divido em livros de ficção e livros científicos ou acadêmicos, me ajuda muito para organizar leituras e não deixar uma contaminar a outra. E como eu adoto métodos ”heterodoxos” de leitura, não fico refém da amazon.
      Nas sugestões :
      – Talvez voce possa comprar outro ereader e fazer uma divisão de leituras também, ou com os 2 tablets. leituras para noite e para o dia (que ficaria o Kindle mesmo), temas, etc;
      – Voce também pode colocar o aplicativo do banco principal num dos tablets (que ficaria em casa sempre), criar um banco de rua no celular, para aumentar a segurança;
      – Instalar um monte de jogos e ser basicamente um Nintendo Switch versão megadesconto (emuladores permitem muitos jogos antigos ótimos que rodam em qualquer batata e tem tamanhos diminutos, na play store também tem coisa boa se pesquisar);
      – fazer uma central de produtividade focada (i.e. pôr um calendário, email, gerenciadores de tarefas, alarmes, dicionários, wikipedia, chatgpt ou etc e usar esses instrumentos por ele, e desisntalar navegadores e redes sociais), basicamente ressucitar o conceito do Palm e dispositivos similares dos anos 90 e 2000 num novo corpo;
      – Inversamente, fazer uma central de distrações nele, e assim quando não usar o tablet se minimiza as distrações potenciais. Então instalar redes sociais, mensageiros, jogos, links para sites como o MdU kkk, etc.;
      – Controle remoto inteligente (pra tv, ar condicionado se aceitarem, etc), ver música ou video ou streaming, exibir umas fotos e vídeos em sequencia (teria que conectar na tomada sempre, e talvez pôr alguma moldura…)

      1. Henrique, obrigada pelas sugestões! Os dois tablets estão numa situação triste: como foram descontinuados pela Samsung, não aceitam mais nenhuma atualização, nem o Google Chrome tá rodando pq pede pra atualizar.. tenho pesquisado sobre formas de substituir o Android velho por uma rom nova, mas ainda não sei como fazer isso.. mas vai rolar sim e aí vou fazer como sugeriu, um vai virar gerenciador de atividades e o outro provavelmente vai ficar para joguinhos rs..

  2. Ótima discussão. Vou deixar aqui meu adendo: li os comentários e não vi ninguém mencionar que importar ereaders não incide (ou não deveria) impostos.
    Então fica só a questão mesmo da garantia e do frete. Pode comprar seu ereader colorido tranquilamente sabendo que não será o dobro do valor por conta dos impostos. Então só ficar de olho em alguma promoção. Se cobrarem imposto é só recorrer e provar que é um ereader, algumas fabricantes chamam de “tablet” o que pode gerar confusão na importação.

    https://tecnoblog.net/noticias/2020/04/16/e-proibido-cobrar-imposto-de-leitores-de-e-book-e-livros-digitais-decide-stf/

  3. Puxa, encontrei um oasis! Bela discussão essa. Desde 2010 adotei exclusivamente o livro digital. Comecei pelo Ipad e desde 2016 uso o Kindle. Como o kindle é exclusivamente para entretenimento, para ler livros de história e ficção, ele me atende bem no hábito de ler deitado uma hora antes de dormir. Mas eu realmente sinto falta de ferramentas quando, por exemplo, quero fazer uma anotação. No ano passado comprei o kindle top de linha, usei 15 dias e devolvi. Não vi o porque ele custava tão mais caro. Hoje uso o paperwhite.

  4. Eu pesquisei antes de comprar um kindle, mas acabei optando por ele mesmo ao inves de importar algo. tem suas limitações e o preço é até alto, mas a economia com o conteudo pirata que baixo logo paga essa aquisição.
    O mercado aqui é pequeno demais para ter outros concorrentes.
    No mais basta usar ele offline (ou nem logar uma conta) que você estará livre das amarras da Amazon. Eu deixo sempre em modo avião e só transfiro os livros pelo calibre.

    1. Quando comprei, nem achei caro, pra ser sincero. O preço dele se pagava pela leitura que eu ia ter acesso e que venho usufruindo ao longo desses anos, e de fato se confirmou. Quando comprei, o maior defeito que eu via era que não podia ler epub. Por mais que fosse fácil converter pelo sistema da própria amazon simplesmente enviando um email pra conta kindle, sempre achei ridículo não poder simplesmente ler um epub no kindle, mas faz anos que isso mudou, inclusive a própria amazon tá aposentando o formato .mobi e aceitando epub há alguns anos.

  5. Tenho um Kobo Clara HD que comprei usado no Mercado Livre. Antes dele eu tive um Kobo Glo HD que durou vários anos, uns 6 ou 7, até apresentar defeito na bateria (durante um carregamento ela superaqueceu e danificou a tela, o que impediu que eu trocasse a bateria por uma nova).

    Gosto do ecossistema da Kobo, gosto bastante do aparelho (este Clara HD é bem leve) e de jeito algum volto a ter livros em papel. Gosto de poder abrir a capinha dele para trás e usar ela como pé para colocá-lo de lado enquanto estou deitado (ele fica num formato de letra A, com a tela virada para mim e a capa para trás). Não preciso ficar segurando ele. Sem contar o fato que no frio do inverno posso ficar com minhas mãos em baixo das cobertas. Ah, e tem o fator que posso ler sem atrapalhar minha esposa, afinal apenas a luminosidade da tela não incomoda em nada o sono dela (se eu tivesse que manter uma lâmpada de cabeceira acesa seria bem pior).
    Só em pensar que eu não vou ter uma tralha de coisas para manter já fico feliz. Atualmente tenho 166 livros digitais, imagina se tivesse tudo isso físico?

    E para ter realmente as cópias para mim, todos os livros que eu compro os transfiro para o Calibre e retiro o DRM.

  6. Os livros digitais (desculpa, não consigo chamar de ebook) estão caros. Muitos custam o valor de um livro de papel. Não sei exatamente por quê. Costumo comprar quando chega a um desconto que considero justo (geralmente abaixo dos R$ 20). Na teoria o autor poderia receber melhor pela venda digital, mas não é o que acontece. Ainda assim eu compro por dois motivos: pra pagar o trabalho e para demonstrar o interesse pelo formato (se ninguém comprar, por que eles continuarão fazendo?).

  7. Excelente tópico! Eu estava pensando a respeito do assunto e decidi trocar meu smartphone de 5 polegadas pra um de 6.7 justamente pra poder ler pelo celular, mesmo não tendo uma tela adequada para tal. Nesse momento cogito colocar uma película fosca em prol de trazer mais conforto ao ler, mas preciso pesquisar mais sobre o assunto.

    Também me sentia refém do Kindle, e ao meu ver, a solução mais prática e espartana seria ler pelo celular, que já estava com os dias contados em virtude de um problema na tela de orçamento caro. Além disso, possuo um Kindle paperwhite que já está apresentando problemas de bateria (não dura mais como antigamente).

    Mais alguém pensa como eu? Queria saber a opinião de todos! Um abraço aos participantes do Órbita

    1. Foi o que escrevi. A tela eink é uma maravilha, isso é inegável. Porém nos últimos tempos tenho preferido a leitura pelo celular mesmo. Tem aplicativos muito melhores do que o sistema do Kindle ereader. No celular tenho mais fluidez na leitura, pra marcar trechos, escrever notas, compartilhar, customização de diagramação, cores (se for preciso), fora o fato de carregar apenas um gadget pra tudo na vida. Se é pelo celular que a gente faz quase tudo na vida (trabalho, música, podcast, vídeos, notícias, social, tira fotos e vídeos), por que não é também onde vou ler meus livros? Ele é também bem bom pra isso.

    2. Eu amo o Kindle, a leitura é muito confortável, mas já faz alguns anos desde que peguei um smartphone com tela maior que não ando mais com o Kindle na rua, porque ele é muito grande pra por no bolso. Cheguei a comprar um inkpalm5 da xiaomi um ereader bem compacto, mas mesmo assim implica em andar com dois gadgets, então quando estou com preguiça ando só com o smartphone e leio pelo app mesmo. Eu raramente uso mochila.
      Uso trem e metrô e sempre vejo gente lendo textos no celular, não sei se são livros…
      Um ponto importante é o “desligamento do mundo” que o Kindle proporciona, pra alcançar o mesmo efeito com o smartphone é preciso ter muita disciplina, frequentemente eu coloco no modo não perturbe e desativo totalmente as notificações do WhatsApp, mas as distrações estão sempre a um toque de distância.

      1. Realmente o fácil acesso a outros apps é um aspecto relevante quando o assunto é concentração e disciplina, mas esses recursos de “modo foco” ou “modos e rotinas”, agora cada vez mais nativos nos celulares, ajudam até os que têm menos intimidade com tecnologia a aproveitar melhor os atributos dos seus smartphones.

  8. Igual a muitos aqui, o kindle foi uma das minhas melhores compras da vida. Essa sua questão me interessa, porém não vejo muito como melhorar isso. Sou entusiasta de leitores digitais, mas sou raro entre meus conhecidos. A maioria ainda prefere o papel. O mercado literário foi o que mais sofreu com a tecnologia ao mesmo tempo que foi o que mais resistiu à ela. Uma pena.

    Mas pra falar na sua questão… Hoje em dia eu tenho lido mais pelo celular do que pelo Kindle. Os aplicativos de leitura disponíveis são muito melhores. “Ah mas a tela incomoda o olho”, tá certo, mas acho que isso é mais uma desculpa pra não ler porque a pessoa fica olhando pra essa tela o dia inteiro pra ler besteira, porque não ficaria pra ler literatura? Além disso a qualidade da tela melhorou muito. A eink é diferente, claro, mas é pouco fluída, às vezes dificulta de se localizar no livro.

    1. Como você consome pelo celular? Pode exemplificar de forma prática?
      No meu caso uso iPhone mas o iBooks é terrível, ele força uma margem absurdamente grande, não tem como diminuir. De qualquer forma como eu transito entre o aparelho Kindle, acabo usando o app da Amazon mesmo pra manter sincronizado. Estou satisfeito assim, é só curiosidade mesmo, você usa algum app alternativo que traz algum diferencial?

      1. O app mais completo e “profissional” chama-se MoonReader. Eu uso a versão paga dele. Acho que dá pra fazer tudo na versão gratuita, paguei pra fortalecer o desenvolvimento. Nele você pode fazer uma customização total no livro (cores, fontes, margens, tudo). Eu salvo todos os meus livros no Dropbox, e o MoonReader acessa essa pasta para baixar e sincronizar entre aparelhos. Tem outras coisas que acho muito boas como: informa a quantidade de páginas, e quantas páginas faltam pra terminar. Tem sistema de busca muito melhor que Kindle. É simplesmente perfeito e zera a experiência de leitura digital. O ereader Kindle só ganha mesmo pela tela eink.

        Dito isso, considero o app do Kindle pra smartphone melhor do que do ereader. Pela fluidez, cores, etc, coisas que o celular é melhor mesmo. Se você gosta de intercalar a leitura entre celular e kindle, então é bom continuar com esse.

        Agora, além do MoonReader, gosto também do [me matem] Google PlayLivros, que é o leitor nativo do Android (tipo o iBooks pra iOS). Só porque a sincronicidade é muito boa (posso ler no celular ou no computador), é muito fácil de fazer upload dos livros nele. E assim como o MoonReader, tem infos de quantidade de página que me ajuda muito mais do que saber quantos % do livro eu li.

        Enfim, leio pelo celular porque é mais prático e o sistema de leitura é bem melhor do que do dispositivo Kindle.

  9. Eu tenho um Kobo Glo, mas por seu defeito (liga e desliga sozinho mesmo quando não se está lendo) e não encontrar alguém que o conserte, adquiri um Kindle. (Aceito contatos de oficinas.)
    Para burlar as limitações da Amazon e o receio de que algo desapareça, desde que saiu da caixa nunca se conectou à internet.
    Com o Calibre faço as transferências dos livros encontrados nos 7Mares via cabo e com suas respectivas capas no lugar.
    Para mim, o kindle foi uma necessidade por justamente não haver opções, não tanto uma escolha…

  10. Meu primeiro leitor digital foi um kobo Glo adquirido na Livraria Cultura em 2013. O hardware não era lá essas coisas mas funcionou até o ano passado, quando deu problema no botão de ligar e depois na bateria.

    Migrei pro Kindle por conta de um hardware melhor e melhores preços nos ebooks. Mas acabei me desiludindo depois que dois livros que comprei de um pastor americano foram banidos pela Amazon e fiquei a ver navios.

    Passei a montar uma biblioteca no Calibre para não estar refém da Amazon. Sou da filosofia de que o preço justo para um ebook seria até R$ 30. Passou disso, não tenho cerimônia de adquirí-lo por outros meios.

    Gosto de financiar meus autores favoritos, desde que estejam nessa faixa.

  11. Eu leio muito e já pensei várias vezes em comprar um desses e-reader. Uma das quatro coisas que sempre me desanimou a comprar um é exatamente essa limitação da Amazon aqui no BR. Além dos preços, que, pelo menos nas coisas que leio, não faz muita diferença do livro físico.

    As outras são: 1) impossibilidade de emprestar o livro (eu empresto e pego emprestado (e devolvo!!!! Lembrem-se de devolver os livros gente) bastante livro para amigos e familiares); 2) lentidão em fazer marcação e anotação no texto (com caneta, papel ou mesmo lendo perto do notebook eu consigo escrever ou marcar um trecho rapidamente. Isso no Kindle e, no meu caso, é bem mais lento); 3) O preço, já não tive coragem de pegar um quando custa lá seus 320 reais, imagina agora, que está quase 500 (R$ 474,05 hoje no site da Amazon BR), aí é que eu não compro mesmo hahahaha e 4) Ficar um pouco livre de telas. O que mais gosto ao pegar um livro ou meu violão, é a distância de telas. Hoje a gente fica, praticamente, 24 horas olhando para uma tela, as vezes eu gosto de olhar para alguma coisa concreta e real como uma página de um livro. E, quando testei um desses e-reader, eu diminui bastante o tanto que eu consigo ler, se comparado com um livro físico. Não faço ideia do motivo disso.

    Enquanto eu puder, continuarei comprando livros físicos. Sei que uma hora terei que pegar um Kindle da vida, mas, enquanto isso, evito ao máximo. A uns tempo atrás fiz uma limpa na minha biblioteca e liberei bastante espaço, doando coisas que não iria ler mais ou não me interessavam. Agora, só compro o que me interessa e o que realmente vou ler. Se leio e não gosto, passo pra frente.

    Alguém sabe se, além do Kindle e daqueles da Livraria Cultura e da Saraiva, chegou a existir algum outro modelo no mercado brasileiro? Só consigo lembrar desses três e, mesmo assim, só o Kindle que conseguiu um pouco de popularidade.

    1. isso de emprestar inclusive é limitação daqui… pelo q eu vi, parece q na amazon americana dá pra emprestar. é uma coisa bem fake, pq aí enquanto a pessoa consegue ver o livro, ele fica bloqueado pra vc, uma simulação de empréstimo. e limitado só pra quem tem outro kindle, é claro. mas eu acho interessante, usaria se tivesse.

      1. Eu ia dizer isso. Nos Estados Unidos da pra emprestar sim. E aqui onde eu moro as bibliotecas públicas tem e-books para empréstimo. E no site marca quantos tem e quantos estão emprestado.

  12. Eu já comprei muitos livros digitais, hoje eu prefiro comprar o físico e baixar o epub e ler no próprio Kindle.
    Autores ricos e falecidos eu não tenho o menor pudor de piratear.

  13. Gostava muito do Kindle principalmente em viagens, porém o meu (que ganhei em 2014) teve um problema de esmaecimento da tela – parece que a tela foi “lavada” e daí em diante fiquei meio assim de comprar outro.
    Estou usando o iPad mesmo para leitura ocasionais, mas nem se compara com a usabilidade.

  14. Eu comprei o Kobo em 2013 em vez do Kindle e não me arrependo. Tinha iluminação , aceitava microSD externo de até 32gb (muito mais que os 3 gb livres do Kindle), e aceitava ePub, que é o formato de livro digital aberto e usado pelo resto da indústria.
    Nunca quis ficar refém da Amazon e reforçar o modelo de negócios dela, então eu simplesmente baixo livros ePub que estejam em domínio público (projeto Gutenberg), livros epubs sem DRM (que existem em algumas editoras), e os 7 mares para o que eu não consegui achar (tem programa grátis que converte mobi e o outro formato para ePub) . Se for um autor morto ou ricaço não me incomoda não dar dinheiro para editora. Se for livro de mais de 30 anos também não.
    Fora isso tento comprar físico, ou dar uma doação no catarse e equivalente.
    Pena que o Kobo não vingou no Brasil, mas tem ele e leitores equivalentes no AliExpress, em vez de Kindle, e são baratos.
    Sua constatação do preço eh normal : a tecnologia E-ink preta e branco é madura, produzida em larga escala, e simplesmente exige menos materiais e tecnologia para fabricar do que uma tela eink colorida.
    Mesma coisa com telas maiores, a maioria do público prefere as telas de 6 polegadas e uma margem de 2 pra cima talvez, telas de 10 13 polegadas são inerentemente mais caras de fazer, e ainda tem menos demanda.
    É realmente uma pena, adoraria o Ônix Boom de 13 polegadas e colorido se não fosse uma nota, daria para ler quadrinho e qualquer pdf nele. Infelizmente parece ser voltado para artistas, que devem ser os que mais compram esses modelos sofisticados .

  15. Também costumo dizer que foi o melhor gadget que já comprei. Como leio bastante nele eu fui melhorando os modelos que tinha. Comprei o primeiro básico que saiu no Brasil, sem iluminação. Depois passei pro paperwhite que na época era o único com iluminação. Depois de algum tempo troquei pelo Oasis e estou até hoje. Não vejo problema com os livros, a maioria dos que eu tenho eu baixo da zlib. Inclusive a Amazon vai descontinuar a suporte a .mobi dos livros enviados e vai aceitar apenas epub.

  16. A propósito, Ismael, uma sugestão: não se desfaça de seu Kindle antigo. Por aqui, meu modelo antigaço (o 4) é o que uso para baixar as compras antes de transferir para o calibre. É (por enquanto) uma das poucas brechas para driblar a “prisão proprietária”.

    Mas é isso. A Amazon amarrou muito bem as pontas (pra Amazon, claro; não pro mercado editorial) no seu modelo da venda e distribuição de ebooks. Nāo conhecia essas outras empresas mas o desafio delas (e de qualquer outra) é esse.

        1. Não é obrigatório ter o Kindle, eu retiro o DRM dos que compro pelo app da Amazon no pc. O app só precisa estar numa versão específica e desativar a atualização automática.

          1. Complemento ao seu ponto: desde janeiro, não é possível downloads de ebooks, comprados em apps desatualizados no PC ou Mac. Para sincronizar no calibre, uso meu primeiro e-reader (quarta geração). Aceito sugestões diferentes!

          2. @André bom saber! Não conhecia essa informação. De fato faz tempo que não compro nada; os últimos que retirei foram do unlimited, porque não assino continuamente, mas por períodos.
            Certamente no Reddit essa discussão deve ter aflorado.

      1. Manter a propriedade dos livros. Já teve casos que a Amazon perdeu licença de algum livro, aí ela excluiu a obra de todas as contas de consumidores, mesmo os que estavam descarregados nos dispositivos.
        Infelizmente 98% das “compras digitais” são apenas licenças que podem ser suspendidas a qualquer momento pela Editora ou pela Amazon por qualquer motivo deles. Um pouco como videojogos on-line podem ser excluídos se tirarem os servidores.
        Se você copia e tira o DRM (gerenciador de direitos autorais, literalmente o programa que permite controle remoto dos seus livros pelas empresas ), aí você tem um arquivo verdadeiramente seu, que você pode copiar para outros dispositivos, nuvens , ou até mesmo “compartilhar” com um “amigo” se quiser . Que eh por isso que inventaram isso de drm. Como a Nintendo já disse na década de 90 : a internet eh a maior máquina de copiar da história . E por isso resolveram que consumidores não podem ter mais propriedade de suas coisas digitais como tinham com coisas físicas .
        Por isso , pessoas como eu somos muito críticos a isso tudo e compramos livros digitais com drm apenas em último caso .

        1. Boa idéia, não sabia disso.
          Eu já baixei o calibre pra organizar, mas não vi vantagem pra mim, aí desinstalei.
          Vou ver isso de como salvar tirando drm. Não preciso fazer o tempo todo, tvz em uma leva de livros, mas é uma boa ter a propriedade do arquivo pelo menos, já que paguei.

        2. Já que citou a Nintendo lembrei do caso onde eles lançaram um desses packs de jogos antigos, e um de seus jogos havia sido perdido o arquivo, então resgataram uma rom pirateada da comunidade, algum dev encontrou o código referente à rom pirateada na versão oficial relançada pela Nintendo. Hipocrisia que chama?

      2. É uma excelente pergunta! Realmente, se o kindle resolve tudo de ponta a ponta, não tem razão nenhuma pra baixar.

        Meus motivos passam por um esforço bobo de organizar ebooks no calibre (também uso pra edições sutis de metadados ou mesmo como outro suporte pra leitura).

        Tem ainda o componente “político”: remover o DRM é uma forma de libertar o livro (mesmo que eu não “revenda” ou faça nada do tipo).

        Mas também é costume e receio de um velho analógico: o que vai ser de mim se essa cadeia de distribuição se romper? É uma lógica estúpida mas parecida com a de quem mantém arquivos mp3 em pen drives além de assinar serviços de streamings. Mas talvez esse papo caiba em outro tópico. :)

    1. Ei, eu me lembro de você. Lia seu blogue todo dia, o Marmota Mais do Mesmo. Saudade da época dos blogues. Não pensa em retomar? Da galera das antigas, só tem o Rafael Galvão escrevendo, mas uma vez a cada vida.

      1. Puxa, muito obrigado por lembrar! :)

        Também sinto falta de escrever e estimular conversas. Retomar está nos planos mas a vida corrida não ajuda (isso é conversa pra outro tópico!)

  17. De inicio eu achei o Kindle uma maravilha.
    Mas o que me fez largar ele nao foi o aparelho, mas sim os livros.
    Colocar os seus livros em uma plataforma e ficar refém dela é arriscadíssimo pq de certa forma, os seus livros no kindle nao são seus.
    Desde então voltei a comprar livro físico.

    1. Também já foi entusiasta do kindle, mas atualmente prefiro comprar o livro físico, que pode ser emprestado ou doado depois da leitura (não mantenho mais biblioteca, fico só com livros de referência e os preferidos).
      Além disso, acho o aplicativo do kindle superior ao aparelho. Não pretendo substituir o meu quando der defeito.

    2. Pois é, essa é a grande ilusão que vivem aqueles que acham que livro físico vai ser superado pelo digital. É uma licença de uso; você não vai deixar pra ninguém e, no dia que a Amazon quiser, faz sua biblioteca virar fumaça.

  18. No ali tem muitos modelos. Mas são bem caros e nunca vi referência nenhuma sobre.

  19. Também acho que foi o dinheiro mais bem gasto meu. Mas o Kindle parou no tempo. Há anos que eu prefiro ler pelo iPad do que pelo Kindle por ele não me dar mais possibilidades. E adoraria botar as mãos no onyx boox.

    No mais, quase nenhum livro que eu leio pelo Kindle é comprado pela Amazon. A maioria foi baixado por outros meios, principalmente zlib.