Gente, alguém já passou por situações desagradáveis em função de problemas ligados à preservação digital?
O caso clássico é o backup, que foi pauta de um Guia Prático recente.
Uma vez a minha biblioteca do Fotos (aplicativo padrão do Mac) foi totalmente corrompida e perdi completamente meu acervo de fotos pessoais — o que me salvou foram as cópias armazenadas no Google Drive, porque essa biblioteca não entrava no backup automático do Time Machine. (e mesmo com as cópias do Google Drive eu perdi uma pequena parcela de fotos)
Mas fico pensando em outros casos: falhas mecânicas em HDs externos, CDs/disquetes/zip drives antigos que não funcionam mais (ou simplesmente já não há leitores para reproduzi-los) ou até mesmo arquivos em formatos antigos que não podem mais ser abertos em aplicativos atuais.
Essa questão do versionamento de arquivos também me parece catastrófica: imagina quantos documentos em word antigos por aí (ou qualquer outro software) já não podem ser abertos?
Felizmente nunca passei por nada desagradável com meus documentos digitais, e olha que ja me aventurei bastante utilizando versões betas de sistemas operacionais em maquinas principais e não tendo backup local.
Fazem cerca de 3 anos que só utilizo o iCloud Drive para backup dos meus arquivos, antes dele utilizei o OneDrive por cerca de 5 anos e também nunca tive dores de cabeça.
Todos os meus documentos importantes em nuvem não passam de 50 GB e tenho um HD de 1 TB aqui jogado na gaveta, só não faço o backup nele por dois motivos: o primeiro é preguiça, o MacBook tem entrada USB C e a entrada do HD Externo é USB A, como tenho uma mesa digitalizadora conectada a todo momento no adaptador não gosto de retira-la só para conectar o HD. E o segundo motivo é a lentidão do Mac para com HD, não sei se é coisa do meu adaptador, mas quando conecto ele ao MacBook e começo a passar os arquivos, o MacBook M1 trava tudo parecendo um Celeron dos anos 2000, fica completamente inutilizável, e isso não acontece no meu notebook Windows de 2013 utilizando o mesmo adaptador.
Já perdi um HD e um cartão de memória com fotos que teoricamente seriam relevantes, mas até agora não me lembro nem do que perdi, faz anos….
Não tenho política de backup, até porque não tenho muito dado relevante, fora a preguiça. Antigamente eu gravava em DVD, mas como moro em lugar com umidade, perdi alguns DVDs.
Tenho uns 2 HDs portáteis e uns HDs parados que penso em usar para backup extra, tenho que ver como vou organizar.
As únicas coisas que tenho de relevante mais são fotos da época que eu participava de grupos de transporte público, fora isso, não muita coisa.
A questão de versionamento de arquivos eh justamente uma vantagem do software livre sobre o privado: tá tudo documentado, so usar um programa compativel, não tem uma empresa por trás mudando os códigos numa caixa preta (Microsoft).
Fotos e documentos : Imprime o que quer preservar de verdade. Papel e foto existem ha séculos, e foram preservados mesmo nas condições mais insalubres e malucas, se forem cuidadas muito mínimamente duram geracoes.
O meio digital pelo contrario eh muito impermanente e muito frágil, como os caras da wayback machine constataram, e depende de gastar recursos (tempo, $) em constante manutençao e múltiplas copias.
E um extra caso precise : existe leitor externo de disquete, CD, dvd, bluray, etc (VHS q ñ sei) com conexão usb, e MKV ou VLC rodam praticamente qualquer formato de arquivo de mídia inventado.
*MHC
Cara, eu acho isso mais simples do que parece de se resolver, a questão é que custa. Se quer ter segurança para ter seus arquivos preservados, precisa pagar.
Um HD externo grande o suficiente para caber todos os seus arquivos, e um serviço de nuvem com espaço o suficiente para também caber tudo.
Cria uma rotina com algum software como o FreeFileSync para copiar do seu computador/HD/SSD para o HD externo de backup. Aqui eu configuro de 12 em 12 horas;
Deixa algum serviço de nuvem ativado para copiar esses arquivos. Como backup eu sugiro o BackBlaze, mas pode ser Google Drive, OneDrive, Dropbox e etc.
Dificilmente você vai perder os arquivos assim. A não ser que você delete de seu HD/SSD principal, faça essa atualização no HD de backup e também na nuvem e só perceba isso meses depois. Para casos assim, só o BackBlaze ou serviço semelhante vai fazer a recuperação.
Passei por um problema recentemente.
No meu Windows eu nunca ativei a sincronia como OneDrive mesmo tendo plano de 1TB lá, opto por isso porque ele opta por começar a sincronizar coisas sozinho que eu não quero manter. Mas numa atualização recente o Windows não só ativou o OneDrive como começou a fazer a operação de upload de pastas como Meus Documentos, Minhas Músicas e Minhas Imagens. Quando vi isso cancelei porque não queria. Acontece que o OneDrive começou a Não Responder e tive que reiniciar o computador, quando fiz isso todas essas pastas foram apagadas. Todas minhas músicas, imagens e documentos (porque sim, mantenho eles nas pastas padrão).
Desespero total, aproximadamente 20 anos de arquivos evaporaram. E foi justamente num momento que eu estava sem backup porque estava mudando de HDs.
Com ajuda do Recuva e de outro software pago consegui recuperar 95% dos arquivos. Diga de ouro se isso acontecer é: feche todos os programas e não faça mais nada, abra um desses programas de recuperar e reze. Descobri que quando você apaga arquivos eles não são apagados de verdade, somente a referência deles, eles só são apagados quando são sobreescritos, portanto é crucial não fazer mais nada no HD quando notar perda.
Enfim, recuperados arquivos montei o sistema de backup: duplicati rodando no windows fazendo backups semanais num HD externo e iDrive fazendo backups diários na nuvem. (Usei um cupom que permitiu pagar somente 7 dólares por 1 ano com 5TB de backup). O iDrive é bem funcional mas é bem lento pra fazer o primeiro backup, aqui demorou 26h, mas depois disso ele faz somente backup dos arquivos alterados o que é bem rápido e mantem um versionamento satisfatório dos arquivos.
Esse detalhe que você relata de sobrescrever arquivos eu aprendi a muitos anos quando as fotos do batizado de uma criança foram apagadas do cartão de memória que estava numa cybershot onde a mãe descuidada largou o aparelho na mão de um monte de gente, e alguém simplesmente deletou tudo. Eu como o nerd da família que tive que recuperar, salvei o dia. E acho que foi esse recuva mesmo, o nome é familiar…
O Recuva é um dos aplicativos de Windows de que sinto inveja/falta no macOS. Também já cometi a bobagem de apagar fotos (de outra pessoa, que não tinha backup) no meu computador, aí… né, eu causei o estrago, cabia a mim tentar desfazê-lo. Pesquisei e só encontrei aplicativos pagos para essa finalidade. Morri no prejuízo, fotos recuperadas, o dia foi salvo.
Se souberem de um “Recuva para macOS”, ou seja, aplicativo de recuperação de arquivos gratuito, sou todo ouvidos.
Recentemente usei a versão gratuita do EaseUS Data Recovery Wizard for Mac. Os arquivos que eu gostaria de recuperar já estavam sobrescritos. Mas, descobri vários outros que nem me recordava.
Nunca esperei, mas recentemente levei um susto quando um dos prontuários dos meus pacientes foi corrompido. Normalmente, eles ficam salvos no computador e na nuvem, mas em uma pasta criptografada. Não sei o que aconteceu, mas o arquivo ficou inacessível e vi que não existe uma solução simples no Linux para recuperar esse tipo de erro.
Como uso SSD, não esperava ter esse tipo de problema. Provavelmente foi um erro do software de encriptação que uso. Recuperei manualmente o que deu e reescrevi as partes faltantes, mas agora levo mais a sério a advertência do “quem tem um backup, não tem nenhum”.
Minha estratégia de backup é o 321 ou 123 como queira.
1) original
2) em nuvem
3) física off line.
Em relação a textos que são os dados mais importantes para meu escritório adoto o padrão aberto .odf. Mas inicialmente precisei converter alguns formatos mais antigos para o .odf.
Em 2014 ou 2015 meu HDD foi pro saco e perdi todas as fotos da minha filha. Até então eu salvava as fotos de cada mês dentro de uma pasta específica e apagava do celular.
o que salvou o desastre total foi que a mãe dela tb tinha fotos até 2013.
Depois disso comecei a usar o dropbox e hoje uso o onedrive com espelhamento (sincronização automática), tanto para fotos, quanto para documentos.
Isso mudou minha vida. Eu posso mexer em uma arquivo no PC e abrir no notebook sem ter que fazer nada. Ou, posso tirar foto no celular e abrir no onedrive.
Eu tenho apenas 1 HDD aqui com um backup geral do PC e o resto das fotos foi pro Drive.
Sei que é importante ter tudo guardado em várias cópias, mas não sei a que ponto isso vai virar uma paranóia. tipo, fotos, quando voltamos pra ver as fotos que tiramos?
faz um tempo que peguei uns 20GB de videos e joguei tudo no Youtube. voltei pra olhar aquela tranqueira? não.
se parar pra pensar… no caso das tuas fotos até uma cópia impressa poderia ter sido mais eficiente em preservar o conteudo. temos fotos guardadas de quase 1 século atras, se estivessem em HDs, mídias ou nuvem provavelmente já teriam sido perdidas nesse tempo.
Lembrei das minhas irmãs, elas tem dezenas de albuns de fotografia (coisa que era luxo na época, elas sempre foram de ostentar). Nem elas voltam pra olhar aquilo. Tem seu valor histórico pra identidade da pessoa, mas não sei se devo me importar tanto com isso. Agora até me ocorreu a ideia de selecionar umas 20 fotos de cada ano e imprimi-las.
sim, é o velho alerta de vint cerf: se quiser guardar suas fotos, então você deve imprimi-las!
Tem que ter um sistema para revisitar as fotos, além do de backup. Mesmo que seja um evento anual, do tipo que a gente fazia antigamente com fotos impressas, quando ia visitar parentes ou depois de uma festa de casamento ou formatura. Relembrar é viver, e é tão legal rever fotos antigas. É uma viagem no tempo que não custa nada.
É por isso que gosto daquelas notificações do Google Photos, iCloud e até do OneDrive, no fim acabo olhando mais fotos daquele período (se uma viagem, etc.)
(Aliás, o iPhoto e sua biblioteca sempre foram um desastre mesmo)
É quase uma indústria a parte, e um nível de conhecimento necessário para acompanhar. Acabei tendo que entender como funciona passo a passo um videocassete para poder consertar eles (modelos brasileiros PAL-M que não tem documentação na internet ou os que ainda tem apenas fornecem mediante pagamento é outra dor de cabeça). Mesmo no ramo digital tem formatos difíceis de lidar como MiniDisc.