Acumulador de conteúdo digital: Por que criamos listas maiores do que conseguimos assistir / ouvir / ler?

Exemplos:
– Se eu parar pra ouvir todos os episódios de podcasts que estão na minha playlist, preciso ficar alguns dias sem comer e dormir pra ouvir tudo (e no 2x);
– Se eu for assistir todos os vídeos que estão na minha lista do Netflix, fico até o fim do ano sem fazer outra coisa! (E ainda tem as listas do Prime Video, Disney, Youtube, etc);
– Se for ler todos os posts de RSS dos sites que eu me inscrevi (além das Newsletters), ou então os artigos salvos no Pocket para ler depois, fico o resto da vida fazendo isso!

E por aí vai…
Mais alguém padece do mesmo mal ou só eu que sou um acumulador frustrado de conteúdo digital?!

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38 comentários

  1. Uma regra que eu procuro seguir é: mantenha a informação em um arquivo seu e não onde ela foi gerada.

    Por exemplo, listas de filmes da Netflix não ficam na Minha Lista no Netflix. Ficam na minha planilha o Google Drive.

    Discos que me recomendam, idem. Ficam na planilha e depois procuro no Spotify.

    O mesmo para séries, livros e.. (deixa eu ver aqui na planilha…) games e coisas que quero comprar um dia.

    Por que isso? Porque assim um dia você pode cancelar esses serviços e assinaturas, pois tem tudo anotado em um arquivo só seu.

    Um disco eu posso ouvir no youtube, spotify…. Um livro eu posso ler em pdf, kindle ou em papel.

    Assim me sinto (um pouco) mais livre.

    Só o Assistir depois do Youtube e links que salvo no Pocket…. esses não valem a pena criar separado. Seria muito trabalho. Deixo as listas lá, aumentando a cada dia….

    1. Ha, outra vantagem é anotar quem te indicou o filme/disco/série e depois voltar para agradecer. Isso gera um relação bacana. Esses dias vi Os Banshees de Inisherin e gostei muito. Então vi na planilha quem tinha me indicado e agradeci a pessoa, gerando assim um papo legal e novas recomendações. Se eu tivesse apenas adicionado na lista Assistir Depois não saberia quem tinha me indicado.

  2. Eu tenho um problema sério com “Favoritos” de navegadores.

    Uso dois computadores (um pro trabalho e um pessoal) e evito sincronizar as coisas justamente pra evitar misturar, mas ai acabo salvando coisas nos favoritos pra “ler depois” ou pra salvar alguma ferramenta útil e acabo é com mais de 600 links salvos entre os dois computadores (exportei um tempo atrás pra poder contar) e a maioria nunca mais vou nem passar os olhos.

    Não consigo perder a mania e não tenho uma boa resposta pra pergunta do título, mas fica aí o depoimento.

  3. Vou guardar com carinho esse link para o momento em que conseguir desenvolver melhor algumas ideias que ando pesquisando sobre “segundo cérebro”, “jardim digital”, entre outros termos com significado parecido. Em essência: tratam-se de métodos baseados no que um alemão chamado Niklas Luhmann chamava de Zettelkasten, um sistema particular para dar sentido às anotações.

  4. Acumulador presente!

    Minha lista de livros, podcasts, filmes e séries é enorme! Mas eu não fico agoniado com isso. Sei que não vou conseguir consumir tudo, mas a lista esta lá, à disposição. Quando eu vou consumir algo é só pegar algo da lista…

  5. Bom, eu já era assim na época de ouro dos torrents, como o Eduardo comentou em um dos comentários por aí, por ter passado bom tempo sem ter acesso às coisas boas, mesmo tendo dinheiro pra isso, quando tivemos a oportunidade, baixava todo tipo de coisas, discografias de várias bandas que eu gostava e de bandas obscuras, mil filmes clássicos e alternativos, ainda hoje não assisti a todos que baixei. Com livros não cheguei tanto a isso pelo custo, pois também não gostava da ideia de ler no PC. Mas ainda assim já comprei mais livros do que conseguia ler na época em que ia em sebos e comprava livros pela bagatela de 1 pila, 5 pila… mas tinha que garimpar.

    No fim já consigo lidar com isso de forma tranquila, como comentaram aqui, sem ligar para isso, sabendo que não vai dar pra ver tudo até o fim da vida. E isso é uma das formas de saber lidar com a finitude, com a morte e nosso “prazo de validade”. E seja conscientemente ou não, a gente prioriza e assiste o que dá e segue adiante. No fim, nada é essencial. Só comer e dormir.

  6. chatGPT… e é sério, coloca lá e deixa a IA triturar e vomitar um resumo.

    Notícias eu estava voltando acompanhar, mas é sempre o mais do mesmo. IA nelas!

    YouTube uso de forma estritamente instrumental. Ou é tutorial, review/análise de produtos ou jogos ou Nova Acrópole para dar um empurrão no pensamento crítico. Sempre na vel2x

    Podcast só acompanho o xadrez verbal e ainda assim muitos programas apenas pulo.

    Música foco no estilo e deixo o aleatório/sugestão me surpreender

    Filmes para assistir inteiro só no cinema, se não reservei tempo e dinheiro para ele, no meio da rotina do dia a dia é que não vou msm.

    Não assisto série (já foi bom essa forma de mídia, mas atualmente é só uma enrolação sem fim para te manter dentro do serviço de streaming, peguei ranço da época de GOT e não acompanho nada desde então)

    Livros só tenho os que não imagino morrer sem ter ao menos ter folheado eles. Normalmente são livros que podem ser lidos aleatoriamente, é incrível pegar uma ideia solta assim do nada.

    Bem basicamente isso, crio regras bem engessadas e que tiram todo o prazer do entretenimento como obrigação (por exemplo não ler o livro todo), assim vira algo desagradável e logo não me sinto obrigado a fazer :)

    Porém tenho uma excessão alinhada com meu perfil, se o conteúdo tiver qlqr relação com mecanismos ou hipótese de funcionamento do universo conhecido e desconhecido, consumo imediatamente como se fosse o último pedaço de chocolate do mundo. Como por exemplo aquele maravilhoso artigo sobre arco íris na verdade serem circo íris hahahaha

    1. Interessante esse comentário sobre séries… Eu só dou preferências para séries ‘fechadas’ ou coisas despretensiosas, tipo, não vai fazer diferença assistir um episódio aleatório de Simpsons, The Office ou algo do tipo.

      Mas o que tu falou é bem a real, é tudo feito pra te prender ao serviço de streaming. Ainda bem que eu pirateio tudo. kkkk

      1. E é meio triste ver as pessoas simplesmente aceitando isso. Estamos assistindo o trailer do Homem-Besouro e ficando hypados com isso.

  7. Por coincidência, esta semana mesmo tava refletindo sobre isso e cheguei a conclusão que, no meu caso, o melhor seria ser mais radical e cancelar a inscrição dos podcasts. O melhor seria deixá-los de lado e, quando surgisse um tempo para ouvi-los, eu buscaria aquele que seria mais conveniente pro momento. Filmes e séries não faço lista. A única organização de conteúdos que quero consumir que ainda não conseguir desapegar é minha “curadoria” de livros/audiolivros, que naturalmente levam mais tempo para serem aproveitados e, por isso, não me desfaço.

  8. Eu apenas não me importo… (Nunca fui muito de me importar). Tem muita coisa que gostaria de ver, ler ou ouvir, mas faço isso quando da tempo e paciência. Tô até me desfazendo dos livros agora que comprei o kindle.

    1. Opa, me interesso por livros usados. Compartilhe aqui, por favor, quais você ainda possui e quer se desfazer.

  9. Fui adolescente nos anos 90, então sou da época em que tudo custava dinheiro: música, filmes, livros, revistas, etc. Mas a questão é que nem tudo estava disponível, mesmo tendo o dinheiro, então quando isso tudo começou a aparecer online foi uma corrida para eu (e muito mais gente) baixar tudo que fosse possível, mesmo sem tempo para assistir. Acredito que ainda seja um resquício disso essas milhares de listas que temos hoje em dia. Também assinava um monte de podcasts que eu não encontrava tempo para escutar, então simplesmente desinstalei o app e paciência, sei que estou perdendo coisas legais, mas faz parte.

  10. Caraca, os comentários daqui foram bem mais úteis do que imaginei, várias ideias e conceitos legais 🤯

    No meu caso, tenho me libertado desse peso recentemente. Eu também assumi que é humanamente impossível acompanhar tudo e parei de me culpar por não conseguir. Quando a gente era criança, vc via um filme legal por mês e olhe lá, ganhava um jogo por ano. O tédio nos forçava a apreciar mais as coisas.

    A quantidade de coisas interessantes hoje em dia é astronômica! Simplesmente não tem como acompanhar tudo. E eu passei a vida adulta toda nesse ciclo de acumular demais, me sentir um fracasso, consumir menos ainda por estar me sentindo mal, e a bola de neve só cresce.

    Hoje em dia tento me lembrar todo dia das nossas limitações e me sentir bem com o fato de que a “consequência” de deixar algo passar é, em 99.99% dos casos, irrelevante. Se algo for interessante e importante, ele vai aparecer de novo, e se não aparecer tudo bem também 😄

    1. Ahh, esqueci de falar, eu continuo anotando as recomendações e coisas que vejo e acho interessantes. Mas uso mais como um guia, como o Samuel falou abaixo. Não como algo pra fazer eu me sentir um fracasso todos os dias.

    2. O tédio nos forçava a apreciar mais as coisas.

      Nossa, muito! Nessa semana tive uma experiência que evidenciou isso.

      Baixei umas ROMs de jogos antigos, da minha infância, para jogar num RetroPie da vida. Fiz uma curadoria mínima, pegando alguns títulos que joguei muito quando criança, outros que joguei um pouco/queria muito, mas não havia jogado ainda, e uns poucos desconhecidos que me chamaram a atenção.

      Nesse último grupo estava o jogo de SNES The Flintstones: The Treasure of Sierra Madrock. Fiquei intrigado com a referência — nada sutil — no título ao livro/filme O tesouro de Sierra Madre, de B. Traven. Comecei a jogar e empaquei na primeira fase, numa parte em que você precisa pular com muita precisão em uns tocos de árvores que descem de uma cachoeira. Esgotei as “vidas” que tinha, sem sucesso, e parti para o próximo jogo.

      Fosse nos ~velhos tempos, quando a gente alugava um ou dois cartuchos no sábado de manhã para passar o fim de semana, eu teria insistido mais para “aproveitar” o empréstimo e muito provavelmente falta de alternativa. O tanto de jogo ruim ou difícil a que me dediquei devido a essas circunstâncias…

      O mesmo valia para filmes: você alugava um ou dois, às vezes no escuro (porque a capa da fita era legal ou por algum outro fator aleatório), e arriscava assistir a uma bomba. Hoje, tem dias em que fico meia hora rolando os catálogos dos serviços de streaming e no fim não vejo nada, hahaha… 🥲

      1. Faço o mesmo até com jogos recentes. Não tem tempo e cabeça pra algo como Dark Souls ou Hellblade. Preciso de algo casual, fácil e que permita salvar o progresso a qualquer momento kkkkkk

  11. Sofro do mesmo mal. Tenho artigos salvos no Pocket que os sites ñ existem mais. Todo ano coloco como meta a redução desses itens salvos (watchlist, lista de artigos) e todo mundo falho. :/

  12. Eu tenho mil listas pra tudo: filmes, séries, livros, links no pocket, podcast, albuns no spotify, jogos kkk mas eu gosto de fazer listas e, felizmente, já tem um bom tempo que eu não me cobro pra cumpri-las, eu vejo, leio, escuto, jogo o que eu tiver com vontade, na hora que der vontade (a lista funciona mais como um guia).
    Mas antes já encarei a lista como uma ordem de serviço, como se fosse trabalho mesmo, e isso tira toda a graça do rolê.

    1. isso de servir como guia é perfeito!

      quando acabo algo e quero um novo, em vez de caçar na internet vou na minha listinha e o que for mais do meu agrado que tiver lá, começo.

    2. Muito legal esse conceito de guia! Acho que vou começar a fazer mais isso. Sempre ficava me cobrando um pouco por causa da quantidade de vídeos no watch later, nos serviços de streaming, os episódios dos podcast que sigo, mas que já tem uma grande quantidade de episódios e os muitos e-books no Kindle.

  13. Em relação a isso eu gosto da ideia da Antibiblioteca, termo cunhado pelo Nassim Taleb:

    “O escritor Umberto Eco pertence àquela classe restrita de acadêmicos que são enciclopédicos, perceptivos e nada entediantes. Ele é dono de uma vasta biblioteca pessoal (que contém cerca de 30 mil livros) e divide os visitantes em duas categorias: os que reagem com: “Uau! Signore professore dottore Eco, que biblioteca o senhor tem! Quantos desses livros o senhor já leu?”, e os outros — uma minoria muito pequena — que entendem que uma biblioteca particular não é um apêndice para elevar o próprio ego, e sim uma ferramenta de pesquisa. Livros lidos são muito menos valiosos que os não-lidos. A biblioteca deve conter tanto das coisas que você não sabe quanto seus recursos financeiros, taxas hipotecárias e o atualmente restrito mercado de imóveis lhe permitam colocar nela. Você acumulará mais conhecimento e mais livros à medida que for envelhecendo, e o número crescente de livros não-lidos nas prateleiras olhará para você ameaçadoramente. Na verdade, quanto mais você souber, maiores serão as pilhas de livros não-lidos. Vamos chamar essa coleção de livros não-lidos de antibiblioteca.”

    1. Que conceito maravilhoso essa da antibiblioteca! Vou adotar com certeza.
      E é um ótimo jeito de encarar essas nossas listas, o tanto de coisa que tem nela não significa aquilo que não consumimos ainda, mas sim, tudo aquilo que já consumimos, que nos levou aquele ponto. Vira quase uma celebração ao invés de um sentimento de perda.

      Lembra um pouco o que o Marcelo Gleiser descreveu como Ilha do Conhecimento:
      “quando a ilha do conhecimento cresce, nossa ignorância também cresce, delimitada pelo perímetro da ilha (…) Quanto mais sabemos, melhor entendemos a vastidão de nossa ignorância e mais perguntas somos capazes de fazer, perguntas que, previamente, nem poderiam ter sido sonhadas.” – https://ilhadoconhecimento.com.br/a-ilha-do-conhecimento-livro/

      No meu caso pessoal, eu após muito tempo querendo listar e catalogar tudo feito e a fazer, resolvi abrir mão de (quase) todas essas listas e me deixar pelo sentimento do momento. Compro uns livros usados de vez em quando, deixo eles na prateleira e no dia que me der vontade eu pego pra ler. Séries e filmes eu ainda possuo listas nos serviços de streaming para poder ver o que tem de bom por aí e acabar não esquecendo, mas não crio a sensação de que algum dia devo zerar essas listas. Músicas eu faço listas para facilitar a busca pelo próximo álbum que vou escutar, ao invés de passar horas procurando alguma coisa.

      O meu consumo de cultura tem se tornado muito menos opressor quando abandono esta necessidade de listar tudo aquilo que “estou perdendo”.

      1. Li ontem numa newsletter sobre a ilha do conhecimento, muito bom também. Eu acabo usando minhas listas como curadoria, quando quero ver um filme procuro nelas ao invés de deixar um algoritmo escolher por mim.

    2. O Nick Hornby escreve algo parecido (com menos classe) no seu “Stuff I’ve Been Reading”. Ele começa cada coluna com uma lista de livros comprados e livros lidos no mês, e diz que é libertador saber que ele não *precisa* ler todos os livros que compra.
      Em outro livro não-ficção-autobiográfico dele, o “31 Songs”, ele diz que sentiu um enorme alívio no dia em que percebeu que ele poderia levantar e ir embora de um show que ele não estivesse gostando.
      Grandes ensinamentos de vida.

    3. Mesmo tendo uma linha de pensamento similar, passei muito (mas muito!) longe de uma conceituação tão objetiva e sólida. Muito obrigado!

  14. Eu simplesmente desisti.
    Continuo salvando coisas no instapaper consciente de que provavelmente nunca vou ler.
    Podcast, é só ouvir o que der vontade no dia e no tempo que tenho para ouvir, geralmente correndo ou lavando louça. Nem olho mais a lista. Se for importante, algo que quero muito ouvir vou lembrar.
    Raramente entro em redes sociais (tenho instagram pro trabalho, mas como não sou eu que cuido, abro muito pouco). Perdia antes um tempo no twitter vendo algumas listas organizadas também, mas percebi depois de uns 2 anos longe que não estou perdendo nada. Tudo que é importante acaba chegando de uma forma ou de outra e minha vida ficou bem mais leve não vendo as pessoas indignadas com coisas ou pessoas erradas.
    Vejo os filmes e séries que tenho vontade no dia, sem o menor sentimento de culpa por perder o hype do momento se o dia está para ver alguma comédia besta ou até mesmo alguma novela agua com açúcar no lugar daquele filme ou série cabeçuda que tá todo mundo falando. Nessa vibe vira e mexe dá ir de algum filme mais “cult” autoral europeu para uma comédia romântica de natal enlatada sem remorso nenhum.
    Acabei transformando meu FOMO em JOMO, e sou feliz de ignorar muitas coisas como todos os filmes da Marvel, ter assistido o último filme de Star Wars uns três anos depois de lançado dublado na tv do quarto e de até hoje não ter visto o último hobbit.
    A única coisa que me esforço mais é para andar com a fila de livros. Mas sem pressa e sem culpa.

  15. Para mim, a minha infância influenciou bastante o meu hábito de “colecionar” filmes. Antigamente, eu ia até a locadora para tentar pegar um bom filme, mas muitas vezes ele já estava alugado. Então, comecei a simplesmente salvar os filmes que eu gostava para assisti-los novamente no futuro. Naquela época, eu gravava os filmes em fitas VHS, já que eu naturalmente tinha dois videocassetes.

    Atualmente, estamos vivendo uma era de ouro das séries, então eu só salvo as melhores para assistir quando terminar as que já estou assistindo. Isso faz com que eu tenha menos de 10 séries na fila de espera.

    Com relação a podcasts, muitos deles não expiram, então eu posso escutar um episódio do “No Sleep” a qualquer momento, mas não posso fazer o mesmo com o “This Week in Tech” depois de uma semana. Eu apenas os deixo na minha lista de espera e escuto quando tenho vontade, geralmente de trás para frente. Já os podcasts sobre atualidades, eu tento escutar mais ou menos no dia em que são lançados.

    Com relação às minhas assinaturas RSS, eu praticamente as “zerrei”. Se acumula muita coisa é porque aquela assinatura RSS é muito poluída e não me interessa, então eu simplesmente cancelo. Normalmente, eu sigo cerca de 100 assinaturas RSS, mas todas são bem gerenciadas e eu consigo manter a lista zerada. Entretanto, nas minhas pastas do Reddit e do XXX, eu sigo 20 comunidades que acabam acumulando.

    Com relação ao YouTube, raramente tenho mais do que 6 vídeos para assistir mais tarde.

    Por fim, eu parei de colecionar músicas :D, mas também parei de colecionar livros :(

  16. vou fazer minha listinha do que está pendente:

    wallabag (igual ao pocket): 3;
    séries: tenho 72 pra começar a ver ou continuar assistindo;
    filmes: 79
    youtube: 4;
    podcasts: 3;
    feed rss: 23 (mas esse nem conto muito, pois diariamente consigo zerar, afinal acompanho poucos sites, o que costuma acumular são vídeos, pois não consigo ver no trabalho, hehe;
    livros: 199.

    tirando livros que nunca fiz um pente fino, as outras listas vira e mexe to removendo algo, coloco um tempo pra “maturar” e depois de semanas/meses se não fizer sentido, eu tiro, tipo podcast, já cheguei a acompanhar 30, hoje em dia só 12

  17. Não tenho tanto esse problema com mídia digital porque eu tenho agonia com listas de coisas para fazer, até e-mails eu abro/apago e deixo fechados só os que ainda vou ler/responder.
    Minhas listas de streaming são pequenas, mas eu nem encaro como obrigação e quando um podcast passa mais de 2 meses na minha lista sem que eu tenha ouvido eu percebo que na verdade eu não quero ouvir tanto assim e apago.

    Por outro lado tenho uma estante de livros que comprei e nunca li e ainda me coço cada vez que aparece algo interessante.

    1. Com email (e whatsapp tbm) adotei a estratégia de “inbox zero” já há algum tempo. Funciona bem pra mim, e a sensação é ótima de ver a caixa de entrada vazia.
      Mas não sei se conseguiria fazer isso com podcasts e RSS.
      Confesso que nem pensei em livros quando escrevi o post! Também tem uma estante cheia aqui esperando e às vezes nem consigo olhar pra ela…

  18. A resposta da pergunta do título é fácil: porque a produção é exponencialmente maior que a capacidade de uma única pessoa consumir.

    Um grande atributo da contemporaneidade é saber ser seletivamente ignorante — ou, em outras palavras, deixar de lado algumas coisas que parecem e até podem ser importantes, mas que não conseguimos dar conta.

    1. Sim Ghedin, a resposta é bem óbvia. Mas, mesmo tendo consciência de que há conteúdo excessivamente além dos nossos limites humanos, e até tentando praticar um filtro de conteúdos realmente relevantes, acredito que o fear of missing out nos impele à essa avidez em acumular esses conteúdos digitais.
      Como você comentou, nesses casos praticar a seletividade é um grande atributo. Ainda assim, se acumula. O salutar é não “sofrer” pelo conteúdo não consumido…

      1. De alguma forma a gente aprende a ser seletivo.

        Vide: uso uma lista no nitter para poder acompanhar gente que fala coisa relevante. Uso o YouTube de forma a ver conteúdos que me interessam (apesar que me devo é ver coisas para aprender uma profissão nova, mas é outra história). O único canal de tecnologia que acompanho é o Manual do Usuário (pois é difícil hoje confiar em notícias em qualquer canal de informação). Antigamente eu tentava acompanhar tudo, mas aí se esbarra por exemplo em algum preconceito de um site, no viés de outro, na fake de um terceiro… nisso aprendemos a ser seletivos.

        FOMO é difícil e te entendo. Mas não tem como, uma hora justamente o FOMO incomoda pois chega no limite de saturação de informação. Nisso mais fácil realmente ser seletivo no que acompanhamos de informação.

        Priorize o que te dá um certo prazer e conforto ao acompanhar.

        1. Acabo sendo seletivo dentro das minhas próprias listas/fontes de informação.
          Tenho os podcasts que gosto de ouvir diariamente, leio posts e notícias dos mesmos feeds, etc.
          Já pensei em fazer uma limpa, mas às vezes aparece algo aleatório que atrai meu interesse… Aí volta aquela sensação de “vai que eu perco algo assim no futuro…” e a fonte fica lá, mas livre do compromisso de acompanhar tudo.
          As listas dos streamings servem mesmo como repositório, que procuro algo pra assistir quando tenho tempo.

          Concordo contigo em priorizar aquilo que é prazeroso e confortável. Contudo, adotei uma estratégia de manter algumas fontes de notícias com ponto de vista diferente do meu, pra fazer o contra ponto. De vez em quando paro pra ouvir / ler e refletir.