Na corrida do ouro das IAs, Nvidia vende as melhores pás e se aproxima de valer US$ 1 trilhão.

As ações da Nvidia deram um salto de quase 25% semana passada, fazendo com que seu valor de mercado encostasse no US$ 1 trilhão. Se chegar lá, será a primeira do setor de semicondutores a valer tanto.

A empresa encarna o espírito de “vendedor de pás” na corrida do ouro do momento — a das inteligências artificiais. O chip H100, lançado em 2022 e vendido por US$ 40 mil a unidade, é um avanço significativo no processamento de grandes volumes de dados e está por trás de mega-sucessos recentes, como o ChatGPT.

A posição da Nvidia permite que a empresa dê declarações menos protocolares, mais interessantes que as de outras companhias mais próximas do usuário final, como Microsoft e Google. Jensen Huang, CEO da Nvidia, critica abertamente as sanções que os Estados Unidos impuseram à China e que impedem a sua empresa de vender para o gigante oriental. “Se [a China] não puder comprar dos EUA, eles mesmos vão fazer. Os EUA devem ter cuidado”, disse ele em entrevista ao Financial Times.

Nesta segunda (29), a Nvidia anunciou novidades em um evento de 2h na Computex, em Taiwan, incluindo uma plataforma de computação específica para aplicações de IA, batizada DGX GH200. Via Financial Times, Tom’s Hardware (ambos em inglês), Folha de S.Paulo.

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8 comentários

  1. Jensen está totalmente certo. As sanções atrasam num primeiro momento, mas no médio prazo já fomentam a inovação do mercado chinês. Logo eles ficam ainda mais independentes.

  2. Um mega-sucesso cujos erros em matemática básica pululam! Imagino certo tipo de estudante se valendo dessa IA sem questionar, passando vexame diante de um bom professor com Inteligência Natural mesmo.

    Dizem que a IA precisa ser treinada, assim, supondo que a pá é boa, onde está o problema? No treinador? No criador? Na mudança climática?

    1. Para mim, o problema aí está no usuário que criou expectativas exageradas a respeito do ChatGPT/das IAs gerativas. Nenhuma delas se vende como precisa, infalível; ter isso em mente é importante para evitar constrangimentos — não só nas exatas, como aquele advogado novaiorquino nos lembrou.

      IAs gerativas podem ser muito úteis em vários domínios, como gerar ideias, preparar rascunhos e resumir textos. Nesse especificamente, de fazer cálculos, ainda não são.

      É bem maluco se pensarmos que, até agora, o grande diferencial das máquinas em relação aos seres humanos era a precisão e confiabilidade, mas se nos lembrarmos que o grande barato das IAs gerativas é fazer com que computadores se comportem mais como seres humanos, tudo faz (um pouco mais de) sentido.

      1. Com o devido respeito, não acho que é uma “expectativa exagerada” do usuário esperar um mínimo, um mínimo mesmo, de precisão, ironicamente, naquilo em que os computadores são (eram?) realmente bons: cálculo. Se não houver esse pouquinho de confiabilidade, de quê adianta? Uma implementação do Eliza talvez baste :)

        Fico imaginando algo como a Microsoft afirmando que a nova versão do Excel com IA será capaz de acertar 50% das somas… Mas divago.

        Não é ciência de foguete. Os erros das IAs ocorrem, surpreendentemente, em cálculos muito, muito básicos que, em tese, não dependem tanto de “treinamento” ou LLMs melhores, e sim da aplicação de algoritmos elementares do ensino fundamental! Como os que ocorrem em minhas incursões, mas eu fui capaz (até agora) de verificar as respostas. E aquele que não for?

        Na “geração de ideias, rascunhos e resumos” também parece haver expectativas exageradas, ou ao menos problemas como os que você aponta no post “ChatGPT já está alterando a internet” (para pior?).

        Não tenho dúvidas de que as IAs gerativas podem ser úteis, se houver cuidado, se formos capazes de verificar seus resultados. Infelizmente, penso que a maioria não será. Tenho certeza que os erros apontados pelas (talvez em vias de extinção) “Inteligências Naturais” são considerados “treinamento” e as IAs melhorarão. Há esperança: quando “encurralada”, a IA reconhece o erro e, educadamente, pede desculpas. Ao menos isso!

        Não sei não, o “grande barato de fazer com que os computadores se comportem mais como seres humanos” pode acabar saindo caro e, para mim, não faz qualquer sentido.

        1. As “expectativas exageradas” que mencionei foram infladas pelas próprias empresas que vendem. Nada de novo no front, só numa proporção maior, talvez.

  3. Tavam vendendo pá até esses dias para os cryptobros. Tomara que pelo menos os preços das placas não disparem novamente

  4. Da mesma forma que a Huawei desenvolveu o MetaERP e pelo que dizem: há males que vem pro bem, afinal esse ERP novo é mais moderno e rápido em relação ao que possuíam com a Oracle.