Pesquisadores identificam usuários “anônimos” de óculos de realidade virtual com menos de cinco minutos de dados.
Tendo a Meta como grande expoente — a dona do Facebook e autora de práticas abusivas e continuadas de extração de dados pessoais dos usuários —, a privacidade em ambientes de realidade virtual (~metaverso) passa a ser um tema relevante.
Pesquisadores da Universidade de Stanford conseguiram identificar pessoas no mundo real a partir de dados extraídos de sessões curtas de realidade virtual, que não chegam a somar cinco minutos. Dos 511 participantes, 95% foram identificados. (Link para o paper, em inglês.)
Meta e HTC (fabricante do headset Vive) reservam a si mesmas o direito de compartilhar dados “anonimizados” com terceiros. Isso acende um alerta, pois de anônimos esses dados não têm nada, como demonstra o estudo.
Trata-se de mais um estudo que coloca em xeque as técnicas e garantias de anonimização, artifício usado de forma recorrente por empresas de tecnologia para repassarem dados dos usuários a terceiros. Via TechDirt (em inglês).
Isto é a prova que precisamos urgente de soluçoēs fora da internet. Dispositivos e sistemas que não se conectem a internet e quando conectar seja fácil controla onde eles vão acessar e o que vai ser enviado.