Medium, Flipboard e até Meta se aventuram no Mastodon/fediverso.

O Medium abriu sua instância ao público, me.dm. O ingresso é um benefício da assinatura do próprio Medium, de US$ 5/mês.

Dias atrás, o Flipboard abraçou o Mastodon: deu suporte à integração com a rede descentralizada em seu aplicativo e lançou uma instância própria.

O Manual tem uma revista no Flipboard.

Antes deles, o navegador Vivaldi havia lançado uma instância própria, aberta a todos os usuários cadastrados.

Nesta quinta (9), a Meta, do Facebook, Instagram e WhatsApp, confirmou estar trabalhando em uma nova rede social baseada em posts de texto, codinome P92, e compatível com o ActivityPub — o protocolo por trás do Mastodon.

E ainda tem o Bluesky, gestado dentro do Twitter, que usa outro protocolo, mas a mesma abordagem do ActivityPub/Mastodon. E Flickr e Tumblr, que prometeram compatibilidade com o ActivityPub em algum momento futuro. A Mozilla, do Firefox, também vai lançar sua instância própria.

O cenário é promissor para redes sociais descentralizadas. Só é preciso cuidado para que nenhuma dessas empresas, em especial a Meta, se torne dominante num espaço que é, por definição, plural. Via Medium, Flipboard, Platformer (todos em inglês).

Newsletter

O Manual no seu e-mail. Três edições por semana — terça, sexta e sábado. Grátis. Cancele quando quiser.

Deixe um comentário

É possível formatar o texto do comentário com HTML ou Markdown. Seu e-mail não será exposto. Antes de comentar, leia isto.

20 comentários

  1. Assim, eu tenho receio da plataforma Meta queira ou uma fatia da plataforma pra tentar tirar algum dinheiro disso ou eles vão dar uma de Microsoft e EEE. A comunidade do Fediverso tem que começar a se organizar e se unir pra segurar essa situação.

  2. Resta saber quanta gente vai se dispor a migrar pra uma rede ou redes onde não “está todo mundo”, ou pelo menos criar o hábito de andar por ambientes diferentes pra dar umas respiradas. A tendência da maioria é sempre se acomodar na agregação. Digo isso com a tristeza de quem sempre teve prazer em explorar caminhos diversos mas conhece o mundo em que vive.

  3. Seria interessante um clone descentralizado do Facebook, aquilo esta virando uma ditadura, já tive contas deletadas sem motivo aparente, o face vem perdendo público a cada dia, já esta na hora de um concorrente descentralizado.

  4. O bom de ser uma rede descentralizada, é que se eu não quiser ver nada de uma futura rede federada da meta, eu posso simplesmente bloqueá-la.

  5. Otima noticia. Enfim o Mastodon esta tomando a liderança das redes descentralizadas. Esperava que seria o Nostr, mas tudo bem, agora resta convencer os usuarios do twitter a aderir.

    1. Eu vi isso rolando no Mastodon, mas não consegui confirmar a autenticidade, por isso não incluí no post. Tem alguma fonte oficial falando dessa instância?

      1. Vi pelo Reddit do Mastodon, a informação é que estaria “fechada” só quem tem uma Firefox Account.

        E pelo que saiba não dá pra integrar por fora na Firefox Account, confere?

        1. Tentei logar com minha Firefox Account e recebi um erro:

          Could not authenticate you from OpenIDConnect because “Sorry, you are not allowed.”.

          Talvez precise de algo mais que somente a Firefox Account

          1. Tava olhando os cadastros da rede e parece só ter funcionários da Mozilla ainda, talvez “vazou” pro pessoal interno testar

  6. Só é preciso cuidado para que nenhuma dessas empresas, em especial a Meta, se torne dominante num espaço que é, por definição, plural.

    Licença para uma provocação?

    Se pararmos para pensar que desde os primórdios da internet sempre existiu padrões diferentes para comunidades de comunicação, no final em algum momento um destes padrões acaba sendo padrão por comodidade + publicidade. Whatsapp por exemplo foi mais ou menos assim: começou com uma publicidade simples (era US$ 1 por ano ou mês? nem me lembro mais), depois foi comprado pela Meta e bem, hoje é um dos maiores padrões de comunicação existentes (vamos dizer assim).

    Essa questão de pluaridade parece boa, mas de alguma forma a “massa leiga” (galera que só quer curtir videos de gatinhos ou atropelamentos) só quer algo que possa passar para o vizinho ou amigo de forma fácil a replicar.

    Não sei se “plataformas descentralizadas” vai ser uma boa no futuro por causa disso: se busca-se um padrão, alguém vai dominar e ofertar este padrão. :\

    1. Digo padrão aberto no sentido técnico, Ligeiro, não de domínio de mercado. WhatsApp nunca foi um padrão aberto.

      Um exemplo melhor é o e-mail: por mais que uma ou poucas empresas dominem esse mercado (Google, Microsoft), o fato do e-mail ser um padrão aberto permite que outras empresas e indivíduos participem do ecossistema livremente, sem que uma empresa dominante feche essa porta.

      1. Entendi. :) Perdão.

        Mas a sensação é que no fundo o texto também flerta com a ideia de que não exista um domínio de mercado – o que talvez no final todos nós esperamos :D

      2. Ghedin, só compartilhando com você um texto muito bom sobre como hoje, mesmo sendo um protocolo federado, manter um serviço próprio de e-mail é extremamente complicado – mais por questões do oligopólio construído que você falou do que por tecnologia.

        https://cfenollosa.com/blog/after-self-hosting-my-email-for-twenty-three-years-i-have-thrown-in-the-towel-the-oligopoly-has-won.html

        Apenas pontuando que isso não impede que outras empresas tenham seus servidores, você, eu e outros utilizamos servidores de e-mail fora das big techs. Mas é um problema que o protocolo atravessa hoje e que poderia vir a se repertir em protocolos de outros contextos.

        1. Legal! Conhecia esse texto.

          Acho que ele é sintoma de um problema mais amplo (spam), consequência de certa ingenuidade dos protocolos mesmo (IMAP, SMPT etc.).