Nos EUA, jovens recorrem ao Instagram e TikTok — e não ao Google Maps — para decidirem onde almoçar.
Prabhakar Raghavan, um vice-presidente sênior do Google, disse em um evento organizado pela revista Fortune que as novas gerações não recorrem de imediato ao Google para procurar um lugar para almoçar.
Em vez disso, cerca de 40% do grupo — jovens norte-americanos com idades entre 18 e 24 anos — abre o TikTok e o Instagram para encontrar restaurantes em vez do Google ou do Google Maps, como gente velha costuma fazer.
A notícia é um tanto surpreendente, mas aí penso em mim e, embora não seja mais jovem já faça algum tempo, me vejo replicando esse comportamento.
Quando quero saber o horário de funcionamento, cardápio ou dar uma olhada no ambiente de um restaurante, café ou coisa do tipo, com frequência acesso o Instagram antes do Google Maps, ou em detrimento do Google Maps.
O dado vem de uma pesquisa feita pelo próprio Google e ainda não divulgada publicamente. Por um lado, talvez gere preocupação em Mountain View; por outro, é algo bem-vindo como defesa contra quem acusa o Google de monopólio. Via TechCrunch (em inglês).
Eu acho as recomendações de restaurante do tiktok pavorosas! Geralmente é só aqueles perfis fazendo review de restaurantes ruins como se fosse a coisa mais incrível do país.
Ultimamente tenho montado um Notion e compartilho as experiências com amigos
Claro q ngm usa o maps, terra de ninguém. Cheio de estabelecimentos que não existem mais, inútil demais.
O Maps é útil para quando precisa ir a endereços. De fato, há muita desatualização – essa semana mesmo fui em um lugar que no Maps estava uma empresa que já não existe mais no local.
Sempre penso no Google quando se fala em produtos assim como uma espécie de “Páginas Amarelas” – aquele livrão que todo ano saía para quem tinha telefone.
O instagram não é feito para isso, até onde sei, e lembro – já sou velho d+ para morrer jovem – é uma rede de compartilhamento de fotos, os usos que tem atualmente são quebra galhos bem marretas e sempre fico pensando que ao invés de se dedicar às redes sociais o dono deveria focar em fazer uma comida melhor. Se fica muito tempo no insta fica pouco na cozinha.
Pior que é feito para isso sim. Você pode converter um perfil para comercial e ganhar novos campos e recursos feitos especialmente para pequenas e médias empresas, como colocar endereço, por exemplo.
Foi-se o tempo em que o Instagram era uma rede de fotos. Nem isso é mais, segundo o diretor responsável pelo aplicativo.
Olha, para tirar uma foto e mandar para Whats / Insta / outras redes, demora uns 10 minutos no máximo. Geralmente ainda por cima depois de um produto já feito e indo para a entrega (uma pizza ou marmita por exemplo). Também muitas vezes é mostrada “os bastidores”, o que é interessante, não se nega.
Ainda uso a boa e velha indicação, porque comentários na internet normalmente são uma merda.
O Instagram tem o problema de não ser feito pra isso e com frequência os estabelecimentos não sabem usar a ferramenta ou esquecem de colocar as informações básicas (horário de funcionamento, localização/endereço!) e acaba que dá muito trabalho adivinhar as coisas no Instagram. Por isso começo sempre pelo Maps (como um bom velho). Se o Maps não resolver eu passo pro Busca e, em último caso, pro Instagram
Também me vejo replicando esse comportamento de procurar o perfil de um restaurante no Instagram e arrisco dizer que isso acontecia no Facebook, ao procurar páginas de estabelecimentos (na época que ele era mais popular por aqui, é claro).
Me parece que as redes sociais proporcionam uma sensação de “proximidade” maior, do tipo: se a loja ou restaurante tem uma página no Instagram, isso passa uma impressão que alguém de lá se preocupou em divulgar o espaço. O Google Maps não passa essa mesma impressão, ninguém sabe se um local foi criado pelo Google, pela própria empresa ou por alguma pessoa qualquer (acho que os três casos podem acontecer).
Por sinal, uma das coisas que me levam a procurar um restaurante no Google (além do Instagram), é para procurar fotos do cardápio e fotos do próprio ambiente que muitas pessoas enviam colaborativamente — fotos que o local muitas vezes não divulga (ou evita divulgar, em alguns casos) nas redes sociais. Essa característica colaborativa pode ser justamente um “trunfo” do Google sobre o Instagram nessa questão das pessoas procurarem lugares para comer.