O que aconteceu quando o CEO da Uber virou motorista de aplicativo.
O Wall Street Journal publicou uma matéria meio chapa branca, mas não por isso desinteressante, contando como a Uber aperfeiçoou várias práticas em relação aos motoristas depois que executivos do alto escalão, incluindo o CEO, Dara Khosrowshahi, passaram a fazer entregas e a dar caronas a passageiros, como motoristas disfarçados.
No caminho, ele [Dara, o CEO] teve dificuldades para se cadastrar como motorista, testemunhou algo chamado de “isca da gorjeta” e foi punido pelo aplicativo por rejeitar corridas. A grosseira de alguns passageiros da Uber foi algo surpreendentemente difícil de aguentar.
A iniciativa partiu de Carrol Chang, diretora de operações de motoristas.
Esse tipo de coisa é o que se chama no meio de “dogfooding” — numa tradução literal, algo como “comer ração de cachorro”, mas que na prática significa usar o próprio produto para ter a experiência do consumidor/cliente visando melhorá-lo.
Por coincidência, logo em seguida li uma troca de e-mails fascinante, de 2003, na ótima (e sugestivamente intitulada) newsletter Internal Tech Emails.
Nela, Bill Gates, então CEO da Microsoft, gasta 5,3 mil caracteres descrevendo sua tentativa frustrada de baixar o Movie Maker para o Windows XP. Na sequência, outros executivos trocam e-mails entre si tentando estabelecer um plano de ação e definir responsabilidades para… colocar um link de download no site da Microsoft.
Não é só o salário dos executivos que parece descolado da realidade. Experimentos desse tipo — aparentemente raros — deveriam ser mais frequentes, no mínimo porque são benéficos à própria empresa: nos Estados Unidos, foco da reportagem do WSJ, a Uber ganhou mercado da sua principal concorrente (Lyft) e suas ações, derrubadas pelo contágio no setor de tecnologia, caíram muito menos que as da Lyft. Via Wall Street Journal, Internal Tech Emails (ambos em inglês).
Toda empresa deveria olhar pra essas políticas de satisfação dos usuários/clientes/parceiros com mais carinho, costuma ser um dos jeitos mais eficientes de melhorar qualquer produto.
Oq é “isca da gorjeta”?
Perdão pela tradução tosca. Pelo que entendi, é uma prática em que o consumidor faz um pedido por aplicativo e promete uma gorjeta, mas se algo sair errado (comida chegar fria, demorar demais etc.), ele altera ou remove a gorjeta. Nunca vi nada do tipo no Brasil, porém.
taxi do gugu
A Uber não liga pra que nós falamos como
Eu fui bloqueado por mentiras de uma passageira que queria voltar na contramão ou seja pelo mesmo local ou rua eu falei que iria seguir o aplicativo e ela falou se eu sabia onde eu estava falei que não ela pediu pra descer da moto e falou várias besteiras como fala pras pessoas não fazem nada comigo aqui fique esperando ela até pegar uma outra moto que passou no local o passageiro pode falar o que quer e está certo mas o colaborador como motorista que saí do emprego pra trabalhar na plataforma fica como nesse caso pra mim a Uber tinha que indenizar as pessoas que trabalha na plataforma quando são bloqueados por motivo que não apresentam provas aí sim e o tempo que o colaborador ficou trabalhando pra Uber se nesse momento eu não estivesse em outra plataforma estaria muito chateado com a Uber como usar 5 ***** mais como colaborador *** pq toda semana a Uber me dava uma promoção
Ele tinha que rodar aqui em Belém do Pará pra como é pq as culturas são deferentes
Ele chegou a fazer os cálculos para ver se o motorista da Uber consegue se sustentar com os valores das corridas?
Dogfooding deveria ser padrão para todo político e ricaço comentador de política do país.
Tem hora que acho que ricaço comentarista de política é adepto do dogfooding… mas come na mão do bilionário…. 🦆
Meu sonho.
Se não for pedir demais, seria bom que tivesse pra uns “empresários” também.
Quando li a matéria me peguei pensando “mas poxa! deveria ser de lei quem desenvolve algo estar simulando o que o usuário comum passa!”
Ai vejo apps de mobilidade por exemplo que só vivem de jogar propaganda ao invés de roterizar um caminho para usar o transporte público por exemplo.
É o famoso “faça aos outros o que gostariam que fizessem a ti”.
Eu tô um pouco enojado desse termo “dogfooding”, desconhecia. E parece algo tão “básico” e imprescindível, que ainda tô em dúvida se acho a matéria interessante ou repugnante.
o uber tinha q ir formando uma especie de fgts pro motorista poder arcar com gastos de manutenção dos veiculos
Undercover Boss/Chefe Secreto só que sem armação? Talvez
Armação? Então aquele quadro do fantástico era tudo falso? 👀