Coalização Direitos na Rede pede ao governo federal regulação do “zero rating”.
A Coalização Direitos na Rede (CDR) pediu ao Ministério da Justiça e à Secretaria de Comunicação Social da Presidência a regulação e fiscalização imediatas das práticas de “zero rating”, oferta de serviços específicos de internet que não descontam da franquia de dados dos planos móveis, ou seja, que são gratuitos ao usuário final.
O exemplo mais notório de app beneficiado pelo zero rating no Brasil é o WhatsApp.
Sou simpático à demanda — uma óbvia violação ao princípio da neutralidade de rede consagrado no Marco Civil da Internet —, mas talvez seja pedir muito a um governo recém-empossado para, na prática, acabar com a gratuidade do WhatsApp num país dependente desse aplicativo.
A única saída possível para acabar com o zero rating sem causar uma revolta popular seria abolir as franquias dos planos móveis, como já acontece com os planos de banda larga fixa. Aí o problema seria convencer as operadoras.
Em tempo: em 2017, o CADE decidiu que o zero rating era legal em resposta a uma denúncia do Ministério Público contra as principais operadoras do país. Via CDR, Baguete.
A solução é simples: quer oferecer zero rating para WhatsApp? Obrigatoriamente teria que oferecer para demais aplicativos da mesma categoria. Deezer sem descontar da franquia? Beleza, Spotify e Apple Music também.
O zero rating é uma questão bastante complexa. Uma alternativa seria obrigar caso fosse oferecido para um produto, que outros 2 da mesma categoria também o recebessem. Concordo com todos os problemas que ele traz, mas simplesmente acabar com ele não é uma alternativa factível num futuro próximo.
Me lembro que antes do “Zero Rating” de dados, uma outra coisa que existia era as ligações sem custos intrarede (ou seja, para a mesma operadora).
Diferente do dito pelo Gabriel quanto ao 5G, que eu me lembre, o espectro de comunicação sem fio é um pouco mais sensível do que a comunicação cabeada. Por mais que permitam um bom número de equipamentos em uma mesma célula, um espectro de comunicação pode ficar saturado facilmente, com isso reduzindo a velocidade de comunicação. Mas aí posso estar falando besteira.
Por outro lado, se você pagar não terá franquia.
Acho que o problema é ninguém ter franquia. Exigiria muito investimetno por parte das operadoras. E é sabido que o investimento delas está sempre aquém do necessário.
Com a generalização do 5G acho fundamental pautar o fim das franquias na banda larga móvel.
Nunca devia ter iniciado isso, mas lembro na época que eu era um dos 06 no brasil que expressava essa ideia, sozinho em sites enquanto uma multidão de desconhecidos argumentava a favor.
O povo ignorante ama zero rating, e mesmo quem “entende” diz que não tem nada demais.
Isso não tem como acabar, seria um grande tiro no pé da popularidade de quem fazer e não existe nenhuma vontade das operadoras para terminar.
André, sou um completo leigo no assunto. Poderia me explicar quais os prejuízos ocasionados pelo zero rating?
Desincentiva a alternativa, Quem paga mais leva.
Se eu crio um sistema melhor que o whatsapp, digamos o telegram, pessoas podem não migrar ao meu aplicativo pois as operadoras estão fazendo acordo ($$$) com o facebook para oferecer vantagens para quem usa o whatsapp.
Estamos deixando as operadoras nos incentivarem a usar o serviço que elas querem, não necessariamente o melhor ou o que preferimos.
Isso não é neutralidade.
O facebook existe pois o google perdeu lá atras. Essa historia podia ser diferente, houvesse o google gastado um caminhão de dinheiro com as operadoras para “zero rating” de orkut, fazendo o facebook nunca decolar (exemplo não ideal talvez, mas serve na ideia…)
A internet deveria ser um campo limpo e igual para todos, e as operadoras de internet apenas fornecer a porta.
Tem em algum lugar falando que o Facebook temia muito o surgimento de alguma rede social brasileira então oferecer seus serviços por internet de graça vira uma baita ferramenta de proteção