Sem melodias, sem palavras, sem dança: por que o ruído branco é o último sucesso da indústria da música (em inglês), por James Tapper no The Guardian:
Os fãs de ruídos dizem que estudar, dormir e meditar são realçados ao ouvir esses sons em volume baixo. A matemática da economia de música por streaming significa que criadores de ruídos podem ganhar dinheiro com isso. Alguém que adormece na faixa de 90 segundos Clean White Noise – Loopable With No Fade, do artista White Noise Baby Sleep, repetida por sete horas, fará 280 reproduções. Na última sexta-feira, ela já havia sido tocada 837 milhões vezes, gerando um valor estimado de US$ 2,5 milhões em royalties. A faixa principal na playlist Rain Sounds, do próprio Spotify, dois minutos de chuva, tem mais de 100 milhões de reproduções.
Por outro lado, Laura Mvula tem apenas 541 reproduções no Spotify da faixa-título do álbum vencedor do Ivor Novello deste ano, Pink Noise — nada sonolenta, mas sim um lírico e sonoro dance-pop dos anos 1980 que levou três anos para ser criado.
“Sempre fui muito crítico ao fato de que todas as reproduções [no streaming] são tratadas da mesma forma”, disse Tom Gray, guitarrista de Gomez e fundador da BrokenRecord, uma campanha para que artistas recebam mais receita dos streamings. “[A economia dos streamings] Parece democrática em algum nível, mas não leva em conta o valor real que o ouvinte recebe.”
Adepto desses ruídos desde tempos imemoriais!!!
Eu também! Só que nunca usei streaming para isso. Sempre baixei aplicativos específicos. Acho meio estranho usar o Spotify ou Apple Music para isso — mais ou menos como escutar podcasts no Spotify ou Deezer.
Desde o iOS 15, que tem um recurso do tipo nativo, nem app uso mais.