O jeitinho chinês para driblar as sanções dos EUA para a importação de chips.
As sanções sofridas pela China estão impulsionando um jeitinho para resolver problemas. A matéria de Karen Hao e Raffaelle Huang para o The Wall Street Journal conta como as empresas chinesas estão mitigando o efeito das sanções impostas pelo governo dos EUA na exportação de semicondutores para o país.
Desde o segundo semestre de 2022, diversas companhias, como Huawei e Alibaba, não podem importar os chips de ponta produzidos nos Estados Unidos e usados principalmente para o desenvolvimento de inteligência artificial.
Hao explica que a solução tem sido treinar a IA com diferentes chips (chamada de computação heterogênea) e testar outras técnicas para obter resultados similares. Não vai ser fácil, mas o Alibaba já tem experiência nessa lógica na construção do seu sistema de nuvem, como apontou Zac Haluza.
A questão dos chips também foi discutida pela pesquisadora Megha Shrivastava em texto para o The Diplomat. Ela analisa a estratégia chinesa nessa nova circunstância de disputa com os EUA e as possíveis medidas retaliatórias — algumas já implementadas, como a recém-anunciada proibição do uso de chips da empresa estadunidense Micron por parte de operadores de infraestrutura crítica.
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E é na adversidade que as coisas crescem. Os EUA estão cada vez mais fazendo a China se desenvolver de outras formas, e numa dessas eles descobrem algo que pode mudar completamente o rumo das coisas.
Vim pra dizer o mesmo. As proibições sobre a Alemanha pós 1a guerra impactaram em desenvolvimento de soluções para burlar isso. Assim nasceu a solda industrial e superioridade de seus navios.