Em 2022, baixamos pouco mais de 140 bilhões de aplicativos em nossos celulares1. Em termos financeiros, gastamos US$ 129 bilhões tocando em botões virtuais na tela de aparelhos que cabem no bolso.
Nem o mais otimista executivo da Apple poderia imaginar em 2008, no lançamento da App Store do iOS, que esse negócio de aplicativo em celular poderia ser tão rentável. E tão útil. De atividades triviais dos primórdios daquela época, como ler o e-mail e abrir sites, passamos a fazer meio que tudo no celular, de pagar por coisas e investir até “invocar” carros e comida.
Vez ou outra, deparo-me com histórias como a do japonês Hiroyuki Ueda, um designer aposentado que imaginou um aplicativo que, segundo ele, não existia: um que mostrasse duas calculadoras ao mesmo tempo na tela do celular e permitisse jogar os resultados de uma para outra.
Seu despretensioso Twin-Calc virou um pequeno sucesso, a ponto de merecer uma matéria no The Mainichi, um jornal japonês, onde conheci essa história.
Nos primeiros anos da App Store (e da Play Store, a loja do Android), histórias do tipo pareciam mais comuns. A consolidação do modelo de loja de aplicativos foi uma espécie de El Dorado na tecnologia, um novo e gigantesco mercado aberto da noite para o dia, com condições mais igualitárias, e que desde então contou com pequenos impulsos periódicos, como a chegada do 4G e a grande migração do modelo de compras únicas para recorrência (assinaturas).
Deparar-me com a reportagem do Twin-Calc me deixou intrigado. Onde estão as outras histórias do tipo? Hoje, os rankings dos aplicativos mais baixados e mais rentáveis das lojas são dominados por grandes empresas. Fora aqueles que se estabeleceram há muito tempo, parece que ficou mais difícil criar pequenos negócios sustentáveis em torno de aplicativos. A sensação é de que a janela de oportunidade para os desenvolvedores independentes de aplicativos se fechou.
Ou não? Outra hipótese que me ocorreu foi a de que o tamanho descomunal do setor poderia estar diluindo a sua “classe média”, formada por desenvolvedores que, embora não enriqueçam nem acabem por criar impérios, conseguem tirar seu sustento dali e levar uma vida confortável.
Sem o intuito de chegar a respostas conclusivas, fui conversar com alguns deles para tentar descobrir o estado desse tipo de pequeno empreendimento.
Falei com Christian Selig, criador do Apollo, um aplicativo alternativo do Reddit para iOS; Yi Lin, criador do GreenBooks, controle financeiro para iOS e macOS; Andrei Popleteev, criador do KeePassium, gerenciador de senhas para iOS; e Daniel Marques, criador do Leio, aplicativo para iOS que auxilia a leitura de livros.
Uso ou já usei todos os aplicativos mencionados acima. No caso do KeePassium, pago a assinatura anual.
Um espectro de situações
O primeiro aspecto que me chamou a atenção, nessas breves conversas com poucos desenvolvedores solo de destaque, foi a diversidade de situações, quase como se fosse um grande espectro. Há quem viva dos seus aplicativos, quem tenha neles um hobby que rende uns trocados e quem, não obstante anos de dedicação, ainda não deslanchou.
O Apollo, seu aplicativo que apresenta o Reddit em uma interface melhor no iPhone, acumulava cerca de 8 milhões de downloads e rendia o suficiente para que o desenvolvedor, baseado em Halifax, no estado canadense da Nova Escócia, se dedicasse integralmente.
A história do Apollo começou há oito anos, mas a experiência de Christian desenvolvendo aplicativos para iOS é ainda mais antiga — ele lida com isso desde 2011. E já naquela época, relembra, existia o coro dos que diziam que não havia mais espaço para desenvolvedores independentes.
Para Christian, a situação hoje é melhor que nos velhos tempos. “É como em qualquer negócio: existe um espectro de renda e estágios de negócio”, explica.

O KeePassium de Andrei Popleteev, de Luxemburgo, foi lançado mais ou menos na mesma época que o Apollo de Christian, em 2014, só que começou em outra plataforma — no BlackBerry, com o nome KeePassB.
“Fiz ele mais para mim mesmo, porque precisava de uma maneira de usar meu banco de dados do KeePass em trânsito”, explica.
Migrar para o iPhone, em 2018, combinado com o tempo livre que dedicava a seu hobby — desenvolver aplicativos —, culminou na migração do aplicativo também à plataforma da Apple, iniciada apenas dois meses após Andrei aprender os meandros da programação no iOS. (“Erros daquela época me custaram muito tempo posteriormente, mas no fim consegui refatorá-los [melhorá-los] todos.”)
A exemplo de Christian, Andrei tem no aplicativo sua principal fonte de renda. O KeePassium é usado diariamente em cerca de 4 mil dispositivos. Em 2020, rendeu US$ 50 mil (já descontada as taxas da Apple, antes da mordida dos impostos locais).
Ele prossegue seu raciocínio:
Imagine um aplicativo que resolva um problema pequeno, mas não trivial. Gerar cartelas de bingo para professores de escolas do ensino fundamental; dar a previsão do tempo em código Morse; gerar QR codes animados que giram; editar um formato de arquivo obscuro. No mundo inteiro, há talvez 10 mil pessoas que pagariam felizes US$ 10 por ano por uma solução. Então, é uma fonte de receita de US$ 100 mil por ano para qualquer um que crie essa solução.
A receita recorrente do KeePassium, boa o bastante para a maioria das pessoas na maior parte do mundo, pode não compensar para uma grande empresa. “Para elas, criar um app do tipo envolveria um desenvolvedor, um designer, um gerente, uma pessoa de suporte — cada uma com um salário, benefícios, espaço no escritório etc. Seria mais custoso do que o aplicativo poderia dar de retorno.”
Para um desenvolvedor independente, que concentra todos esses papéis sem precisar sair de casa, a história é diferente.
Só que não há garantia alguma de que as coisas darão certo, mesmo que o aplicativo seja bom. O próprio Andrei reconhece que, embora possível, emplacar um aplicativo bem-sucedido, do tipo que sustente uma pessoa ou uma família, é uma combinação de habilidade, sorte e persistência (“como cavar um poço”) e que tais empreitadas “podem falhar de inúmeras maneiras”.

Perto do marco zero da revolução digital, em Orange County, no estado da Califórnia, EUA, Yi Lin mantém desde 2011, sozinho, um aplicativo de finanças pessoais chamado GreenBooks.
Desde aquela época, Yi alterna períodos de dedicação integral ao app com trabalhos de consultoria externa em desenvolvimento web e de aplicativos e sistemas de ERP.
Traço comum na maioria dos desenvolvedores independentes, o GreenBooks2 foi criado para aplacar uma dor do próprio Yi.
“Como um ávido usuário de Mac, achava o Quicken [aplicativo de finanças popular] muito malfeito e complexo. Queria criar um aplicativo de finanças que tivesse a simplicidade e a facilidade de uso do Mac, sem falar da beleza. Foi por isso que criei o GreenBooks”, diz.
Hoje, o GreenBooks está disponível no iOS também. Com cerca de 1,5 mil usuários ativos mensais, o aplicativo rende perto de US$ 1,5 mil por mês, marca alcançada não faz muito tempo. “Na maioria dos meses, [o GreenBooks] rendia menos de US$ 500/mês”, conta.
Até hoje, o GreenBooks não rende o suficiente para que Yi se dedique a ele. Em 2022, Yi resolveu tirar seis meses para focar no app, em especial na parte em que tem mais dificuldade: marketing. “Como engenheiro de software, marketing é uma tarefa estranha para mim. Levei muitos anos para perceber que marketing é necessário, que a mentalidade do ‘se você fizer, eles virão’ é falha.”
Perceber essa deficiência o motivou a agir, mas nesse momento ele se viu perdido. “Tive dificuldade em saber o que fazer”. Solução? Pensar menos e fazer mais. “Estou focando em otimizações para a App Store, usando ferramentas de pesquisa de palavras-chaves. Também continuo meu esforço para produzir conteúdo em texto e vídeo, para [gerar] documentação para o meu app, bem como escrever newsletters para engajar minha audiência.”
A atitude mais importante, porém, foi abrir-se, falar do GreenBooks com usuários, amigos, familiares, “qualquer um disposto a me dar feedback”. Boas ideias já surgiram dessas trocas.

O Leio, de Daniel Marques, programador e professor de psicologia em São Paulo (SP), é uma companhia para a leitura de livros. O aplicativo registra as sessões e devolve estatísticas diversas dos livros lidos, como tempo gasto, quantidade de páginas por sessão e outros dados do tipo. O usuário também pode fazer anotações e registrar citações que ficam atreladas ao registro do livro.
“Hoje, honestamente, tenho usado ele pouco”, confessa Daniel, “mas meus planos são de, assim que eu tiver tempo, transformá-lo em algo que eu goste de usar novamente.”
Mesmo para quem vive do seu aplicativo, como Christian, parece que sempre falta tempo: “É um recurso precioso e queria ter mais dele para fazer tudo o que eu gostaria.”
A falta de tempo tem uma ligação direta com a concentração de atribuições inerente ao trabalho solo desses desenvolvedores.
É muito fácil adiar um recurso quando você não está afim de fazê-lo. É muito fácil mergulhar no código em vez de tomar uma decisão estratégica. Você não tem um chefe para mantê-lo em movimento. Em vez disso, você tem que fazer sozinho. Existe algo profundamente filosófico em transformar-se naquilo de que você tentou fugir.
Lançado em 2015 (ou 2016; Daniel não soube precisar), o Leio rende cerca de R$ 2 mil por mês. O aplicativo tem, no acumulado, cerca de 100 mil downloads, com uma média atual de 1 mil downloads por mês.
Pela natureza do Leio, os usuários ativos são bem poucos. “Muita gente abre [o app], mas usuários que realmente passam um tempo no aplicativo são, em média, uns 30 e poucos”, diz o desenvolvedor.
O apoio das plataformas
Um dos debates mais intensos acontecendo no mundo da tecnologia é o do monopólio das lojas de aplicativos, em especial o da App Store da Apple.
Empresas como Spotify e Epic Games (de Fortnite) reclamam do percentual que a Apple cobra sobre transações feitas no iOS e da distribuição de aplicativos obrigatória pela App Store.
As reclamações também existem no Android/Google, ainda que menos intensas porque, nesse sistema, é possível instalar aplicativos por fora da Play Store, a loja oficial do Google3.
Acompanhar as disputas judiciais e a troca de farpas empacotadas em grandes campanhas publicitárias pode dar a impressão de que Apple e Google são forças absolutamente negativas à economia dos aplicativos.
Se estão certas ou erradas em suas posições, fato é que desenvolvedores independentes acreditam que as lojas oficiais são mais vantajosas do que problemáticas a eles e seus pares.
“No geral, acho que elas são ótimas”, diz Christian. “Elas lidam com tanta coisa para os desenvolvedores independentes e tornam tão fácil para nós disponibilizarmos nossos aplicativos, que os 15% que pagamos a elas vale muito mais que isso.”4
Andrei, do KeePassium, concorda, e lista outras vantagens do modelo:
- “Elas lidam com pagamentos e tributação internacional.”
- “Elas dão aos usuários uma maneira familiar de pagar por aplicativos, e pagamentos facilitados é igual a mais vendas.”
- “Elas oferecem um ‘ponto único de entrada’ para usuários procurarem por aplicativos; dessa maneira, não tenho que enviar atualizações a dezenas de plataformas.”
Em 2020, as vendas na App Store da Apple totalizaram US$ 643 bilhões, de acordo com um estudo do Analysis Group encomendado pela Apple. Ainda segundo a empresa, desde 2008 a App Store pagou mais de US$ 320 bilhões a desenvolvedores que vendem itens e serviços digitais na loja.

Yi, falando apenas a respeito da App Store da Apple (seu aplicativo não está disponível para Android e ele não tem experiência em outras plataformas), discorda do grupo, dizendo que trabalhar com a Apple “é um processo extremamente frustrante”.
Suas principais críticas são direcionadas ao processo de revisão de aplicativos da App Store, que pode rejeitar uma atualização sem especificar qual o problema, e com o algoritmo de pesquisa da App Store, que ninguém parece capaz de entender e, afirma ele, com frequência destaca aplicativos inferiores e com menos downloads que o seu. “Creio que você não possa depender apenas da App Store como mecanismo de marketing.”
O brasileiro Daniel acha que as plataformas ajudam, mas poderiam ajudar mais. “Quando a Apple coloca o aplicativo em destaque na App Store, isso faz os downloads multiplicarem por cem, é uma coisa louca. Só que, claro, eu gostaria que eles me colocassem em destaque mais vezes”, comenta.
Ele lembra que aplicativos atualizados com frequência e que exploram novos recursos do iOS têm mais chances de serem destacados. O problema é tempo para dedicar-se a isso.
“Grandes empresas têm muito mais possibilidades de fazer uma atualização logo que o iOS é liberado, enquanto eu, que tenho outro emprego, acabo não conseguindo. Acho que se você se dedica e faz um bom trabalho, a Apple acaba te ajudando.”
O Widgetsmith, de David Smith, é um belo exemplo dessa dinâmica. Lançado em 2020 na esteira do iOS 14, que trouxe como carro-chefe os widgets, o pequeno aplicativo de David dia desses bateu 100 milhões de downloads.
No post em que celebrou a marca, David comentou que:
O sucesso do Widgetsmith foi possível pela plataforma fantástica que a Apple criou e os usuários fantásticos que ela atraiu. Embora o meu trabalho seja o de condutor intermediário entre a engenharia da Apple de um lado e a criatividade do usuário final do outro, meu trabalho não poderia existir sem qualquer lado dessa equação.
A trajetória deste desenvolvedor encapsula muitos aspectos comentados nas entrevistas que conduzi com outros. Por exemplo, a mistura de sorte, perspicácia e persistência: o Widgetsmith, o aplicativo mais bem sucedido de David, foi o 59º que ele lançou em mais de 12 anos trabalhando com isso.
Conselhos
“No meu caso”, diz ele, “acho que foi só o tempo que trouxe algum relativo sucesso. Mas eu só persisti por tanto tempo porque justamente era algo que eu queria pra mim e eu sempre fui o primeiro usuário, então essa é outra coisa: fazer algo que você goste e queira usar.”
Andrei e Christian dizem algo parecido. Andrei:
Lembre-se de que mesmo um sucesso da noite para o dia leva anos para ser construído, então tome seu tempo.
Christian:
A maioria dos aplicativos não explode de imediato, ou nunca. Ter um aplicativo é como qualquer outro negócio, pode levar um tempo para encontrar seu nicho, melhorar seu produto, aumentar sua base de usuários e criar uma receita sustentável para o seu negócio. Criar a expectativa de que tudo se ajeitará no primeiro dia é apenas uma receita para o desastre. Planeje-se para um ótimo produto 1.0 para atrair as pessoas e trabalhe a partir dali se você achar que tem algo promissor. E não se esqueça do marketing.
“Na verdade, o marketing é no mínimo tão importante quanto o desenvolvimento, se não for mais”, diz Yi Lin, do GreenBooks. E marketing, para ele, vai muito além de postar no Instagram ou comprar anúncios no Google:
“Marketing é uma compreensão da posição do seu produto em seu nicho, a mensagem que você quer entregar à sua audiência, toda a jornada do usuário pela descoberta e uso do seu produto, e muita correria para promover o seu produto.”
Foto do topo: charlesdeluvio/Unsplash.
- Todos os números deste parágrafo excluem o mercado chinês. ↩
- Antes conhecido como Savings. ↩
- Ainda que não seja um processo trivial ou totalmente seguro. ↩
- Em assinaturas digitais, a Apple cobra uma taxa de 30% no primeiro ano e 15% a partir do segundo ano. Desenvolvedores pequenos, com faturamento limitado, também podem se beneficiar de taxas menores em programas especializados nisso. ↩
Valeu pela matéria, Ghedin! Muito boa!
Excelente matéria, Ghedin! Gostei muito e me fez até ficar com vontade de me aprofundar mais no desenvolvimento mobile – sou desenvolvedor.
Uma dúvida, porque fiquei curioso durante a leitura: por quê só apps de iOS? É um ecossistema mais rentável, onde as pessoas estão mais dispostas a pagar pelos aplicativos? Ou foi uma escolha editorial por ser o seu sistema pessoal e você já ter usado os apps?
Valeu!
Acho que é por conhecer mais a realidade dos desenvolvedores entrevistados. Troco figurinhas com o Yi e acompanho os subreddits do Apollo e do KeePassium, por exemplo, então estava meio a par dos bastidores desses aplicativos.
A história não se repete, mas ela rima. Podemos fazer um paralelo dos aplicativos de desenvolvedores solitários com as primeiras fases da revolução industrial: No século 19 e começo do 20, quem fazia as invenções (máquinas, substancias, etc) eram igualmente os inventores solitários. Começando por james watt, que inventou a máquina a vapor e iniciou o rolê, até casos mais desconhecidos como o inventor do guarda-chuva, que era um motorista de carruagem que ficava frustado com as chuvas que pegava, e inventou um objeto para resolver um problema seu (ou seja, também desenvolveu um produto que gostasse e quisesse usar), e fez sucesso enorme e é usado até hoje. Se alguém ler uma obra de ficção científica do seculo 19 ou inicio do 20, tipo Jules Verne, vai ver esse espírito do inventor solitário em ação, só extrapolado para mais longe, então é por isso que tem foguetes que viajam a marte desenvolvidos no fundo do quintal do fulano (inevitavelmente um ele).
Mas o avanço da tecnologia industrial fez a figura do inventor solitário se rarear severamente. Fatores para isso são economia de escala por um lado (empresas com 1000 funcionários podem pesquisar e desenvolver mais um produto, produzir em maior escala reduz o preço, etc), por outro lado simplesmente fica cada vez mais difícil (e portanto caro) inovar num setor maduro (tipo o de carros, nos eua haviam dezenas de empresas nos carros primitivos, mas depois foram apenas 3, e Tesla foi a 4a e única nova empresa de carros em gerações).
Com os aplicativos aconteceu essa história em alguns anos.
Parabéns pela matéria. Fosse um aplicativo, o Manual poderia ter sido um dos entrevistados.
A conclusão não nova é que o artesanal é geralmente uma opção com maior chance de atender melhor às expectativas do nicho a que se propõe atingir. Isso vale para aplicativos, sites, comida, roupas, etc. Acho que só cerveja fica fora dessa lista.
Ótima matéria!
Olhando por outro espectro, a internet está “dividida” em 2 grandes silos (Apple e Google), antes dessa divisão os desenvolvedores divulgavam e vendiam seus softwares através de websites, havia maior liberdade de escolhas (você instalava o programa que quisesse em seu PC).
Contudo, essa facilidade existente hoje aos desenvolvedores (publicação, pagamentos,…) facilita em focar mais no desenvolvimento, não tinha pensado nesse ponto, interessante!
Viva a slow web. Seu blog tem sido tão indie e prazeroso de ler como gosto das gemas de desenvolvedores pequenos que encontro na App Store.
Parabéns Ghedin, muito boa a matéria!
Gostei da matéria, só senti falta de uma presença de um app na Play Store, onde parece que é obrigatório ter algo pay-to-win. Em casos raros, você compra uma versão premium vitalícia.
eu uso o minhas finanças (só para android, mas ele está desenvolvendo para IOS tb, ah, e é brasileiro) e o esquema dele é compra vitalícia, aplicativo ótimo para o que propõe, já testei dezenas e nenhum se saiu melhor
Matéria EXCELENTE!
De fato é um mercado que se expandiu absurdamente. Mas há espaço para nichos interessantes.
Lembro do excelente PacoteVício para rastreamento de mercadorias no iOS. App simples, objetivo.
Com a mesma proposta de encontrar um app simples para registrar gastos, como a proposta do GreenBooks citado no texto, encontrei o Expenses, app é um desenvolvedor japonês que morou um tempo em Portugal. Era exatamente o que eu procurava para registrar e organizar as finanças.
Ótima matéria, Ghedin
rapaz que matéria boa
legal ver essa lado dos menores, um negocio como outros mas digital.
Uma pena que esse tipo de modelo seja uma exceção. No começo da App Store, foi uma pequena revolução esses aplicativos com preços módicos, quando a regra eram os caríssimos softwares corporativos e afins. Legal saber que ainda tem pessoas vivendo honestamente desse modelo, mesmo que poucos.
Lembram que o WhatsApp “cobrava” uma anuidade de 1 dólar? Posso estar alucinando aqui, mas quase certeza que cheguei a pagar alguma anuidade. Inimaginável considerar um modelo de negócios assim para um produto de massa…ainda mais claro pelas atabalhoadas tentativas do Musk de monetizar o Twitter por assinatura.
Eles cobravam, mas eu nunca cheguei a pagar, eles nunca me cobraram “de fato”.