Não está sendo fácil para os trabalhadores de TI na China.

A Xiaomi anunciou na sexta-feira (19) que, nos três meses anteriores, demitiu 900 pessoas, ou quase 3% de sua força de trabalho, como reportou o South China Morning Post.

O período foi marcado por uma queda de 83,5% no lucro líquido da empresa, que ficou em ¥ 1,4 bilhão (cerca de R$ 1 bilhão) — no mesmo período no ano anterior, o lucro tinha sido de ¥ 8,3 bilhões (cerca de R$ 6 bilhões).

Em declaração a analistas, o presidente da companhia explicou que os resultados negativos podem ser atribuídos aos impactos da covid-19 no mercado chinês e à inflação global, além de um ambiente político “complexo” — a empresa vem tendo problemas na Índia, seu maior mercado fora da China.

Como comentamos na semana passada, no mesmo trimestre a Alibaba realizou 10 mil demissões. Reforçando o pessimismo, no começo da semana passada o fundador da Huawei circulou um memorandointerno para funcionários pedindo foco na lucratividade da empresa para aguentar a recessão global dos próximos três anos.


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5 comentários

  1. Preciso deixar-me de preguiça e pesquisar na Shūmiàn depois como é a questão dos desempregados por lá, se tipo a China fornece proteção após a demissão e existe programas de realocação de pessoas. :)
    Até porque 10900 pessoas é quase uma cidade pequena ou distrito de cidade.

        1. Isso, obrigado.

          Aproveitando: imagino que sim, a China tenha programas de proteção social, mas eu por exemplo não os conheço. Depois vou atrás para saber como é 😁