Não é novidade o aumento das tensões tendo impacto no campo científico (tanto na pesquisa quanto no ensino).
Agora, um dos mais antigos acordos bilaterais entre os dois — firmado há 44 anos — está na corda bamba, como explica este texto do Axios: o U.S.-China Science and Technology Agreement (STA), assinado em 1979. Ele está em fase de renovação, mas está ameaçado por uma série de questões geopolíticas, pânico de espionagem e xenofobia.
O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, recebeu uma carta da comissão da Câmara do país — principalmente por pressão do Partido Republicano — recomendando a não renovação do acordo. Mas como explica este artigo (e o fio) de Karen Hao para o Wall Street Journal, a situação é mais complexa para os estadunidenses, que possuem uma dependência de pesquisa chinesa em diversas áreas importantes — ao contrário do que muita gente acha.
De fato, os papers científicos sino-estadunidenses sempre impactam a literatura e o fim dessa colaboração é ruim para todo mundo.
Mesmo assim, continuam as visitas oficiais de autoridades dos EUA à China. Essa semana é a vez da secretária de comércio Gina Raimondo, que chega a Pequim no domingo (27) e fica por quatro dias, onde manterá encontros com autoridades e empresários e para discutir restrições recentes de investimentos.
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