Canais no WhatsApp e “Projeto 92” do Instagram.

Quem lida com um público difuso, como este Manual do Usuário, deve ir aonde o público está.

Há alguns anos tenho resistido a esse imperativo. O projeto não tem canais no Facebook, Instagram e, em dezembro, suspendeu parte das suas atividades no Twitter.

Talvez com um bom trabalho esses locais pudessem ser pontos de contato relevantes com leitores habituais e gente que ainda não conhece o que é feito aqui. Talvez — o que é mais provável — só com muito trabalho. No geral, porém, tem sido possível viver sem depender das plataformas da Meta e do Twitter.

A Meta prepara duas novas plataformas que, apesar de ser de quem são, me chamam a atenção: os canais no WhatsApp, onde meio que todos os brasileiros conectados estão, e o “Projeto 92”, uma rede baseada no protocolo ActivityPub que pretende rivalizar com o Twitter.

Ainda não sei se eu/o Manual estaremos nelas. (Na segunda provavelmente sim, visto que o ActivityPub permite que eu converse com pessoas de outros sites a partir de uma instância própria.)

O que pesa contra a Meta não é segredo nem novidade: um histórico de rasteiras em parceiros e de mudanças algorítmicas que forçam quem depende da plataforma a intensificar os esforços em troca de resultados cada vez piores — exceto, é claro, se você estiver disposto a pagar.

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7 comentários

  1. @Ghedin, fiquei na dúvida sobre o Manual no Projeto 92.

    Como essa nova rede utilizará ActivityPub, não seria suficiente manter o Manual no Mastodon da maneira como está, pois quem tiver conta no Projeto 92 poderá seguir o Manual no Mastodon?

    Ou a ideia seria de fato ir para o Projeto 92 e “abandonar” o Mastodon, pq quem tem conta no Mastodon poderia seguir o Manual no Projeto 92?

    Enfim, pelo protocolo ser o mesmo e interoperável, pelo menos na teoria não acho que seria necessário manter contas do Manual nas duas redes.

      1. Ah, saquei. Então não há muito o que se preocupar com essa parte.

        E bem lembrado sobre o Manual estar no microblog e em uma instância própria. Quero ver o que acontecerá com algumas instâncias do Mastodon que no anúncio do suporte da Meta ao protocolo começaram a bradar que não iriam federar com eles.

  2. Ter um bot enviando conteúdo do teu site próprio para um WhatsApp Channel me parece uma idéia legal, até porque a gente sabe como é difícil fazer as pessoas irem até o teu site. Agora, fazer dali o teu canal exclusivo, é tiro no pé e todo mundo sabe.
    Claro que isso provavelmente não vai impedir milhares de canais de existirem dessa forma e dai uma choradeira em alguns anos, quando eles ferrarem com isso de alguma forma. :P
    E vendo o vídeo, fica bem claro que eles querem que existam canais e mais canais ali, pra te fazer passar mais tempo ali do que em qualquer outro site.

  3. Ignorando o cenário onde Whatsapp domina o mercado brasileiro e as estripulias da Meta, o Channels realmente será algo interessante pra quem trabalha com um público diverso e via-se obrigado a criar “grupos” pra disseminar informações (tendo os dados de telefone expostos).

    Particularmente, será ótimo no meu trabalho, que atendemos demanda de público interno e externo, mas não tínhamos pretensão de manter um app de newsletter (falta de recursos e pessoal para gerenciamento).

    1. Eu estou pensando em criar um canal pessoal para colocar as pessoas que conheço (já que a função social das redes sociais ficaram em segundo plano mesmo), mas pretendo fazer isso em um segundo momento. Primeiro vou esperar pra ver, dado o histórico de rasteiras do menino Zuck.

      Aí já os canais de blogs/sites/portais que visito com frequência aí deixo no próprio Telegram msm.