Bloquear JavaScript em sites selecionados torna a web mais rápida e agradável

Estou meio obcecado em tornar a web um lugar mais agradável — não num sentido amplo, mas aqui, no meu computador e celular.

Há anos uso e recomendo bloqueadores de anúncios. Eles tornam a web um lugar habitável. Muitos sites entraram numa briga de gato e rato e, de tempos em tempos, conseguem burlar os mecanismos mais simples usados para impedir o carregamento de elementos nocivos.

Quando esses sites ganham, eu perco. A derrota se materializa em lentidão, celulares e computadores quentes e baterias derretendo.

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Extensão Privacy Redirect para Safari

“Sair do Twitter” não significa ignorá-lo por completo. Na cobertura do Manual e até mesmo em trocas de mensagens com amigos e familiares, vez ou outra aparece um link para lá.

Foi numa dessas situações que lembrei da extensão Privacy Redirect, que redireciona links de redes sociais comerciais para front-ends alternativos focados em privacidade. No caso do Twitter, o Nitter.

Se você usa Chrome ou Firefox, ótimo: a extensão é gratuita, só instalar e apontar quais serviços deseja que sejam redirecionados.

No caso do Safari, desconhecia alternativa. Aí fiz uma pesquisa e descobri que, em agosto de 2021, alguém lançou uma versão da Privacy Redirect para o navegador da Apple. Custa R$ 10,90, mas… né, o que não custa alguns reais nas plataformas da Apple?

Safari 16 para macOS.

O macOS Ventura só chega em outubro (data ainda não especificada), mas o Safari 16 já está entre nós, compatível com as versões 11 (Big Sur) e 12 (Monterey). O iOS 16, lançado nesta segunda (12), também já conta com a última versão do navegador da Apple.

Para atualizar o Safari, siga o caminho de atualizações do sistema, ou seja, entre em Preferências e depois em Atualização de software. O Safari 16 já deverá estar disponível.

A maioria das novidades, como de praxe, é destinada a desenvolvedores web. Das perceptíveis ao usuário final, temos suporte a chaves-senha, ao formato de imagem *.avif e a pagamentos recorrentes no Apple Pay. A lista completa pode ser lida no link ao lado. Via Apple, WebKit (ambos em inglês).

Histórias de navegadores

Neste podcast, Rodrigo Ghedin e Jacqueline Lafloufa falam de navegadores — não os dos mares, mas sim de navegadores web tipo Chrome, Firefox e Safari. Sem que nos déssemos conta, a web se tornou uma gigantesca plataforma e o meio de acesso a ela é via navegadores. Por que um monopólio do Chrome seria ruim à web? Que extensões ainda vale a pena instalar? Aplicações web são mesmo tão melhores que as nativas?

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Como bloquear a reprodução automática de vídeos (autoplay) em sites

Toda segunda, às 8h da manhã, publico aqui e na newsletter uma dica útil, fácil e rápida de fazer. Para receber as próximas no seu e-mail, inscreva-se na newsletter — é grátis.


Uma das maiores chateações na web são os vídeos que começam a tocar automaticamente (autoplay). É algo tão chato que, nos últimos anos, os principais navegadores adotaram políticas que proíbem o autoplay de vídeos com som. Melhor, mas ainda não é o ideal.

Na dica desta semana, você aprenderá a bloquear por completo a reprodução automática de vídeos. Como sempre, a configuração depende do seu navegador e se você quiser uma experiência de navegação melhor e ainda usa o Chrome, talvez devesse reconsiderar essa decisão.

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Safari não abre alguns sites e Mail não carrega imagens no macOS 12.4? Tente esta configuração.

A Apple mexeu na configuração padrão do Safari no macOS 12.4. Estava perdendo alguns cabelos tentando entender por que ele não abria uma série de sites — notadamente, a versão clássica do Reddit — até descobrir isso.

A “culpada” é uma configuração do próprio Safari. Em Privacidade, o item Ocultar endereço IP de rastreadores vem ativado por padrão no macOS 12.4. Bastou desmarcá-lo para que os sites voltassem a abrir normalmente.

O mesmo ocorre no Mail, onde a opção se chama Ocultar Endereço IP. Por padrão, não carrego imagens/elementos externos ao abrir uma mensagem. Com essa opção ativada, quando clico no botão para carregá-los, nada acontece. Basta desmarcá-la para que o Mail volte a se comportar normalmente.

As duas opções do Safari e do Mail são versões restritas aos respectivos aplicativos da Retransmissão Privada, ainda em beta, que, segundo a Apple, “oculta seu endereço IP e a atividade de navegação no Safari, além de proteger seu tráfego não criptografado na internet. Assim, ninguém pode ver quem você é e que sites visita, nem mesmo a Apple”.

É uma espécie de Tor nativo, embutido no sistema, condicionado ao iCloud+, a versão paga do serviço de nuvem da Apple. Saiba mais aqui.

Na tela de ativação global do recurso, na área ID Apple, dentro das preferências do macOS, a Apple avisa que “alguns sites podem apresentar problemas, como mostrar conteúdo de região incorreta ou exigir passos adicionais para início de sessão”.

Como deixar o YouTube menos viciante

Sites e aplicativos como o YouTube são projetados para nos manter o maior tempo possível neles. O que está em jogo ali é a nossa atenção, então é do jogo que o Google, a empresa dona do YouTube, empregue todos os artifícios possíveis para nos prender o maior tempo possível ali dentro — vendo vídeos e, claro, anúncios.

(Apenas a título de exemplo, em fevereiro de 2017 o YouTube comemorou a marca de 1 bilhão de horas gastas assistindo a vídeos por dia. A meta fora estipulada em 2014 e alcançada graças ao uso pesado de vídeos recomendados, incluindo extremistas e mentirosos.)

Apesar disso, o YouTube é basicamente o repositório de vídeos na internet. É possível usá-lo sem se deixar levar pelo canto da sereia, digo, do algoritmo? É sim! Essa é a dica da semana no Manual.

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Impeça o Safari de abrir a App Store ao clicar em links de aplicativos.

Uma das poucas coisas enervantes no uso do Safari, navegador da Apple, é o comportamento padrão e impossível de alterar que ele tem ao lidar com links da App Store. Em vez de abrir a versão web, o Safari abre o aplicativo da App Store.

Descobri um pequeno aplicativo que quebra esse comportamento. Chama-se Stop The Mac App Store, é gratuito, funciona no Big Sur e no Monterey e foi criado por Jeff Johnson, da (ótima) extensão StopTheMadness. (Se você está no macOS Mojave ou Catalina, o StopTheNews tem essa funcionalidade.)

Jeff explica que se trata de um “aplicativo falso”, no sentido de que sua única função é enganar o Safari ao associar-se a links que, de outra forma, ficam associados à App Store.

Depois de instalado, não precisa fazer nada. Ele é carregado junto ao Safari. A partir daí, sempre que você clicar em um link da App Store, em vez de abrir o aplicativo da loja, o Safari exibirá um pop-up (não tem como remover isso, segundo o desenvolvedor). Clique em Cancelar e pronto, você continua no Safari, visita a versão web da App Store e o aplicativo dela continua ali, fechadinho. Via Jeff Johnson (em inglês).

Apple corrige falha grave de segurança no Safari 15 em atualizações dos seus sistemas.

A Apple liberou novas versões dos seus sistemas operacionais que, entre outras correções, traz a que tapa uma falha grave no Safari 15 divulgada em 14 de janeiro. A falha atinge a API IndexedDB e possibilita o vazamento de dados de um site a outros abertos na mesma sessão. Baixe agora o iOS 15.3, iPadOS 15.3, macOS 12.2 (e atualizações especiais para o Big Sur e o Catalina) e watchOS 8.4. Via MacMagazine.

Hush, novo bloqueador de chateações para o Safari.

Descobri há pouco o Hush, um novo bloqueador de conteúdo para Safari (iOS e macOS, na App Store) criado pelo programador sueco Joel Arvidsson. Foi uma instalação instantânea aqui. O Hush promete eliminar chateações comuns na web dos anos 2020, como aqueles pedidos para aceitar cookies e popups de notificações. “Navegue pela web como deveria ser”, diz a chamada do app.

O Hush usa o sistema de bloqueio de conteúdo da Apple, logo, é exclusivo para Safari. E por usar esse sistema, é bastante correto em termos de privacidade — ele não precisa analisar os sites acessados para entrar em ação e não emprega nenhum código que coleta dados. Aos desconfiados, o código é aberto. E, por incrível que pareça, o Hush é gratuito. (Se gostar, doe uns trocados ao Joel pelo ótimo trabalho.) Via Daring Fireball (em inglês).

Firefox ganha opção para impedir que sites ofereçam notificações

“Querido site da web”, começa um tweet muito popular de dezembro passado, “não, não queremos permitir notificações. Jamais”, pede. “Atenciosamente, todo mundo”.

“Todo mundo” é uma extrapolação. O recurso existe, está disponível nos principais navegadores e, imagino, há quem goste dele. Só que, pelas reações inflamadas que o tema gera, é seguro presumir que uma parcela significativa dos que usam a web o detesta. Por isso, os navegadores permitem que se desative esse tipo de abordagem de todos os sites. Continue lendo “Firefox ganha opção para impedir que sites ofereçam notificações”

Como a competição entre navegadores ajuda a manter a web aberta e livre

O recém-lançado Chrome 46 (!) veio com novidades, correções, tudo que lhe é de praxe, mas trouxe também uma remoção na versão para desktops (Windows, Mac e Linux): o “Ok Google” universal para invocar a pesquisa não existe mais. O Chrome 47 também virá com outro recurso a menos, a central de notificações. Por que isso está acontecendo? Continue lendo “Como a competição entre navegadores ajuda a manter a web aberta e livre”

Extensão DirectLinks remove redirecionamentos de links do Google e Facebook.

Uma das poucas chateações que tenho com o buscador do Google é a impossibilidade de copiar links “puros” dos resultados. O Google usa um JavaScript de redirecionamento, então é ele, e não o link de fato, que acaba copiado para a área de transferência. Se não entendeu nada, veja este vídeo. O Facebook também faz isso.

Além de dificultar a cópia do link, as duas empresas usam esse “pedágio” para registrar todos os nossos cliques, ou seja, é mais um artifício para conhecerem e assimilarem nossos hábitos de navegação.

A extensão DirectLinks remove esse JavaScript. A original é para Safari, mas fizeram uma versão para Chrome que funciona tão bem quanto.

Só que há um porém: ela surte efeito apenas no google.com; no google.com.br, não. Felizmente o código-fonte está disponível no GitHub, então não deve ser muito difícil alterar esse detalhe. Alguém se habilita?

Atualização (8/9, 10h30): O leitor Vinicius Kunst indicou a extensão GSanitizer, que faz a mesma coisa e funciona nas versões localizadas do Google, como google.com.br. Baixe-a aqui.

Via Daring Fireball.

Configure a extensão Ghostery para navegar na web com privacidade

O acesso a um site se dá pela comunicação do cliente (você) com um servidor (onde está o site), que repassa via Internet os códigos, scripts e imagens que geram a página que você vê no navegador. Entre eles costumam vir mais coisas além do estritamente necessário para exibir o que foi solicitado. É nesse momento que a sua privacidade na web é comprometida.

Redes sociais, redes de publicidade, sistemas de estatísticas… um punhado de serviços são carregados junto com inúmeros sites através de scripts; vários deles geram cookies, minúsculos arquivos que guardam informações relacionadas a um domínio/site. Juntos, esses pequenos trechos de código e arquivos monitoram e devolvem aos seus criadores dados seus que, agregados, traçam um perfil bastante fiel dos seus gostos e hábitos. E, como efeito colateral, no processo eles ainda deixam os sites mais pesados.

A maioria usa essas informações anonimamente, com o único intuito de direcionar anúncios mais eficazes ou aperfeiçoar a experiência online. O que não é pouca coisa. Se te incomoda aquele monte de anúncios de sapatos que passa a aparecer depois que você fazer uma pesquisa por um modelo específico, a culpa é dessa estrutura que se criou na Internet. Como evitá-la? Não é fácil, mas extensões como a Ghostery criam uma boa barreira. Continue lendo “Configure a extensão Ghostery para navegar na web com privacidade”