Pix Automático — para pagamentos recorrentes — chega em abril de 2024.

O Banco Central divulgou o cronograma do Pix Automático, modalidade para pagamentos recorrentes que poderá ser usado no lugar do débito automático e do cartão de crédito. A previsão é que seja lançado ao público em abril de 2024. A proposta parece bem amarrada, com gratuidade para os pagadores e controles do limite máximo permitido e cancelamento unilateral. Via Banco Central.

Banco Central anuncia melhorias na segurança do Pix.

O Banco Central anunciou duas novidades para melhorar a segurança do Pix:

  1. Notificação de infração, que permitirá às instituições financeiras rotular usuários e chaves Pix como suspeitos de fraudes com detalhamento do tipo de fraude e razão da notificação.
  2. Uma reformulação nos dados disponibilizados às instituições para análises antifraude. Além de um conjunto mais amplo de dados, como os citados acima, o período dos dados disponíveis será ampliado de seis meses para até cinco anos.

As novidades começam a valer a partir de 5 de novembro. Via Banco Central.

O último de 2022

No último Guia Prático do ano, eu e Jacqueline Lafloufa recebemos Guilherme Felitti para passarmos 2022 em revista e arriscarmos algumas previsões para 2023.

(Era para o programa ter sido gravado em vídeo, mas o Telegram nos deixou na mão e, na tentativa de fazer aquilo funcionar, acabei gravando parte do podcast com o microfone errado. Por isso, pela qualidade ruim do meu áudio nos primeiros minutos, peço desculpas!)

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Pix deveria ser exemplo para WhatsApp e outros apps de mensagens

O Pix é um sucesso incontestável. Lançado em outubro de 2020 (começou a valer mesmo para a população dois meses depois, em 16 de novembro), o sistema de pagamentos instantâneos do Brasil caiu nas graças da população com a mesmo velocidade com que viabiliza transferências de valores sem custo às pessoas.

O Banco Central (Bacen), verdadeiro “pai do Pix”, mantém uma página atualizada em seu site mostrando a evolução do Pix segundo várias métricas.

É uma visão impressionante:

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Golpe do trabalho de meio período já causou prejuízo de pelo menos R$ 200 mil

Publiquei um vídeo detalhando o golpe. Veja no player abaixo ou no site do YouTube:

Trabalho de meio período que rende R$ 5 mil por dia? É GOLPE

Mantenho uma listinha com possíveis pautas para o Manual do Usuário. É normal, para o ritmo do site, que algumas fiquem ali por semanas, maturando, até entrarem em produção, outro processo longe de ser imediato — em geral leva alguns dias; às vezes, semanas.

Para o relato em que “caí” no golpe do emprego de meio período que prometia pagar até R$ 5 mil por dia, o intervalo entre a ideia e publicação foi de algumas horas.

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Como Juliette chegou ao 1º lugar no iTunes em 63 países graças a plano de fãs e doações via Pix

Como Juliette chegou ao 1º lugar no iTunes em 63 países graças a plano de fãs e doações via Pix, por Braulio Lorentz no G1:

O G1 conversou com a equipe do Juliette Charts, o principal perfil responsável pelas ações que levam músicas da cantora ao topo do iTunes.

No Twitter e no Instagram, eles pedem doações por Pix e fãs da cantora enviam entre R$ 1 e R$ 10. Toda quantia arrecada, cerca de R$ 3 mil para cada música escolhida, é transferida para pessoas que vivem fora do Brasil, membros de fã-clubes parceiros ou fãs da própria Juliette.

Fascinante.

Diz a Lei de Goodhart: “Quando uma medida torna-se uma meta, ela deixa de ser uma boa medida.”

Banco Central comunica vazamento de dados de 160,1 mil chaves Pix da Acesso Pagamentos.

O Banco Central (BC) comunicou nesta sexta (21) o vazamento de 160,1 mil chaves Pix sob responsabilidade da Acesso Soluções de Pagamento. Os dados vazados são de natureza cadastral, “que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras”, segundo o BC. Os afetados serão avisados exclusivamente pelo aplicativo ou internet banking da instituição de relacionamento. Via Banco Central, O Globo.

 

Possibilidades da automação doméstica / Um ano de Pix

Em um episódio excepcionalmente sem a presença de Rodrigo Ghedin, Jacqueline Lafloufa e três dos conselheiros do Manual do Usuário se debruçam sobre dois temas nesta semana. No primeiro bloco, Jacque se junta a Micael Silva e Daniel Auler para debater as oportunidades possíveis da automação doméstica, para você saber o que pode valer a pena considerar nessa Black Friday e que cuidados ter ao escolher seus gadgets. No segundo bloco, com a companhia de Henrique Bispo, o Guia Prático faz um balanço do uso do Pix neste primeiro ano de funcionamento desse novo framework de pagamentos do Banco Central.

Indicações culturais

  • Jacque indica o Notas sobre o luto [Amazon, Magalu, Americanas, editora]1, da Chimamanda Ngozi Adichie, publicado pela Companhia das Letras.
  • Micael Silva recomenda a série Elementary [Globoplay, Prime Video], de Robert Doherty.
  • Daniel Auler recomenda o jogo Demon’s Souls [Amazon, Magalu, PlayStation]1, da Sony.
  • Henrique Bispo indica o livro How to: Absurd scientific advice for common real-world problems [Amazon]1, de Randall Munroe — indicação reforçada pelo Guilherme Felitti, do Tecnocracia.

Recados

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O Guia Prático é editado pelo estúdio Tumpats.

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Pix: um ano de números enormes e novo mecanismo de devolução.

O sucesso do Pix é incontestável. No aniversário de um ano do sistema, nesta terça (16), o Banco Central (BC) compartilhou alguns números: 348,1 milhões de chaves cadastradas, 104,4 milhões de pessoas e 7,9 milhões de empresas que já usaram o sistema, 7 bilhões de transações e R$ 4,1 trilhões transacionados.

O evento de aniversário também marcou o início do Mecanismo Especial de Devolução, sistema anti-fraude do Pix anunciado em junho que padroniza — portanto, facilita — a devolução do dinheiro em casos de fraude ou falha de uma das instituições envolvidas na transação. Via Banco Central, Convergência Digital.

Os problemas do Pix / “Quem é essa gente toda aqui?”

Neste Guia Prático, Rodrigo Ghedin e Jacqueline Lafloufa falam de Pix, ou dos problemas que, prestes a completar um ano, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC) começou a apresentar. O BC anunciou uma série de mudanças e melhorias no Pix com o objetivo de sanar esses problemas e aplacar a ira de gente contrária ao Pix, como um certo deputado federal.

No segundo bloco, o assunto foi os virais de internet que acabam tendo consequências imprevistas e/ou inusitadas. Dia desses, uma tiktoker “estragou” milhares de pesquisas científicas ao indicar um site que pesquisadores usam para entrevistar sujeitos e coletarem dados para seus trabalhos. Virais são, por definição, imprevisíveis, mas isso significa que não tem como se preparar para eles? Será que, no futuro, todos teremos 15 minutos de paz — e não de fama, como previu Andy Warhol?

Nas indicações culturais, Jacque trouxe o livro Brimos: Imigração sírio-libanesa no Brasil e seu caminho até a política [Amazon, Ponto, Submarino, editora]1, de Diogo Bercito, publicado no Brasil pela Fósforo, e Ghedin, outro livro, Design para um mundo complexo [Amazon, Americanas, Ponto, editora]1, de Rafael Cardoso, publicado pela Ubu.

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Links citados no programa

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Banco Central registra vazamento de dados de 395 mil chaves Pix.

O Banco Central (BC) confirmou o primeiro vazamento envolvendo o Pix. Dados cadastrais de 395 mil chaves Pix foram acessados indevidamente a partir de duas contas do Banese (Banco do Estado de Sergipe). Segundo o BC, “tais consultas foram realizadas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT), administrado pelo Banco Central e de acesso restrito às Instituições que iniciam o procedimento para realização de uma transação por Pix”. O BC reforça que dados sensíveis, como senhas, não foram expostos. As pessoas afetadas — não estão restritas a clientes do Banese — serão avisadas exclusivamente pelos apps das suas instituições financeiras. O BC afirmou que “adotou as ações necessárias para a apuração detalhada do caso e aplicará as medidas sancionadoras previstas na regulação vigente”. Via Banco Central, Folha de S.Paulo.

Em menos de um ano, o Pix já fez mais que as criptomoedas em uma década

Em 8 de dezembro de 2000, uma das maiores salas de reunião do hotel Hyatt Regency, perto do Aeroporto Internacional de São Francisco, estava reservada para uma reunião que exigiria bastante espaço. Lá, três das principais figuras do Vale do Silício seriam apresentadas à invenção que prometia ser o grande avanço tecnológico da década. John Doerr, sócio da Kleiner Perkins, um dos fundos de investimento em tecnologia mais influentes da história, já tinha chegado. Jeff Bezos, fundador da Amazon, chegou logo depois. Faltava um, que estava sempre atrasado: Steve Jobs só apareceu minutos depois das 8h30, quando a reunião deveria começar. A sala precisava ser grande porque o sujeito que convocou a reunião precisava fazer demonstrações fora do computador. Assim que chegou à sala com grandes pacotes embalados em caixas de papelão, Dean Kamen montou dois protótipos e deu para que Bezos e Doerr brincassem. Enquanto ambos testavam os protótipos, Jobs chegou. A tecnologia que todos estavam ali para dar seus pitacos prometia revolucionar a mobilidade urbana da mesma maneira como o PC ou o celular revolucionaram a computação pessoal.

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Pix Troco e Pix Saque chegam em 29 de novembro.

Pix Troco: 1) Usuário do Pix vai a uma padaria (por exemplo). 2) Faz uma compra de R$ 20. 3) Faz um Pix de R$ 30 para o estabelecimento. 4) Recebe R$ 10 em espécie. Pix Saque: 1) Usuário do Pix vai a uma loja de departamento (por exemplo). 2) Faz um Pix de R$ 50 para o estabelecimento, sem fazer compras no local. 3) Usuário retira esse valor no estabelecimento comercial, que atuou como um agente de saque.
Imagem: Banco Central/Divulgação.

O Banco Central anunciou que o Pix Troco e o Pix Saque poderão ser oferecidos a partir de 29 de novembro. Para os usuários pessoas físicas e microempreendedores individuais, o serviço poderá ser usado gratuitamente até oito vezes por mês. Os estabelecimentos aderentes à novidade poderão receber uma tarifa da “instituição de relacionamento” que varia de R$ 0,25 e R$ 0,95. O esquema acima explica como funcionam as duas novas modalidades do Pix, ambas baseadas em QR codes ou aplicativo do prestador do serviço. Via Banco Central.

Pix terá limite noturno e outras mudanças para inibir crimes.

O Banco Central (BC) anunciou na última sexta-feira (27) uma série de alterações no Pix visando inibir sequestros relâmpagos e outros crimes motivados pelo sistema de pagamentos. As principais são:

  • Limite de R$ 1 mil para transferências das 20h às 6h, com possibilidade de aumentá-lo (no geral ou para contatos específicos), com prazo mínimo de 24h para efetivação do pedido de alteração.
  • Possibilidade de limites distintos para dia e noite.
  • Possibilidade de retenção de de transações por até 30 minutos (de dia) ou 60 minutos (noite) para análise de risco da operação.

Segundo Roberto Campos Neto, presidente do BC, 90% das transações com Pix é de valores inferiores a R$ 500. “[A] intervenção protege o patrimônio das pessoas, não diminui usabilidade e desincentiva crimes como sequestro relâmpago”, disse Roberto.

As novas regras ainda não têm data para começarem a valer. Via CNN (2).

Pix é um sucesso: +R$ 1 trilhão movimentado por 75 milhões de usuários.

O Pix é um sucesso absoluto. O sistema de pagamentos completou seis meses no último domingo (16) com números gigantescos:

  • R$ 1,109 trilhão movimentado em 1,547 bilhão de transações.
  • 242 milhões de chaves cadastradas.
  • 75 milhões de usuários, ou 45% da população adulta brasileira.

Em abril, o volume transacionado por Pix superou os de TED, DOC, cheque e boleto somados. Via Banco Central.