Post livre #323

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205 comentários

  1. Pessoas, este post livre terá que fechar mais cedo. Estamos em processo de mudança de servidor e, para evitar que comentários se percam na transição (que começa hoje), achei mais prudente fazer isso.

    Quinta que vem tem mais e, se correr tudo bem, já na nova casa — em breve darei mais detalhes no nosso meta blog.

  2. Oi gente, bom dia! Tô passando por uma situação bem complicada mentalmente e queria saber se alguém aqui já vivenciou isso, e como fez para superar e melhorar isso. Já peço desculpas pelo textão/desabafo, pode passar para o próximo comentário se vocês não tiverem paciência pra frescura, rs.

    Pra dar contexto: trabalho na área de análise e modelagem de dados numa empresa de TI. Não é exatamente DS de um pipeline comum, mas trabalho na ponta entregando análises ad-hoc. Eu divido meu tempo entre atender e entender questões/projetos potenciais de outras áreas da empresa que meu time pode auxiliar, treinar o pessoal mais novo, fazer reuniões recorrentes com os responsáveis técnicos dos nossos fornecedores de diversos sistemas que auxiliam nas nossas análises, e um pedaço menor na parte da análise (apesar de esse ser o “título” da minha vaga/departamento).

    Como gasto muito tempo exercendo atividades executivas, sobra-me pouco tempo para estudar durante o expediente para as questões de trabalho e já estou defasado até na álgebra por que elaborar respostas técnicas complexas em e-mails e perder tempo fazendo apresentações e “storytelling” para o pessoal de negócio ocupa bastante do meu tempo. Por outro lado, eu não tenho muita paciência e energia para estudar depois do trabalho, porque me exaure bastante. Tenho problemas de saúde e passo muitas horas por semana fazendo esses tratamentos, ou só descansando mesmo. Moro sozinho, e além disso preciso gerir toda a parte doméstica, financeira e de manutenção da casa.

    Aí vem meu problema. Durante a faculdade eu era um cara muito multitarefas, dava conta de fazer mil grupos de estudos, ficava o dia inteiro lá, participava de tudo, tava sempre antenado com as coisas. Claro que não dá pra comparar. Morava com meus pais e era financeiramente independente. Só tinha de resolver as minhas coisas pouco complexas de pessoa de jovem de 23 anos. Eu sempre fui satisfeito com meu nível de conhecimento técnico e desempenho de trabalho, mas desde que o mundo do trabalho e da tecnologia inundaram tudo na internet, do lugar onde vemos vídeos ao que assistimos música, os e-mails, as redes sociais, o WhatsApp, as propagandas de cursos de SMS, tenho me sentido muito culpado e decepcionado comigo mesmo por não ser hiperprodutivo e estar sempre atualizado e estudando. Cada dia descubro que a quantidade de coisas que não sei é infinitamente maior que as que eu sei e um dia vou saber. Não dá tempo de aprender. Até o básico já é “coisa demais”.

    Todo dia descubro um “novo método inovador”, um “melhor algoritmo” a cada nova edição das revistas acadêmicas da área que recebo, ou recebo uns 15 convites de meetup/palestra/seminário no e-mail. Isso tudo me dá a impressão de que sou um completo estúpido, enquanto as pessoas estão utilizando coisas refinadas e avançadíssimas, mudando o mundo. Também rola quando quando alguém da empresa me manda e-mail ou link falando de um método hiperinovador de inteligência artificial blá-blá-blá (insira alguma coisa em inglês), sendo que muitos problemas que temos aqui ainda precisam ser atendidos com coisas básicas, os dados precisam ser limpos e os vieses corrigidos antes de se aplicarem quaisquer métodos iniciais. A maioria das coisas já se resolve com uma tabela cruzada (rs). 4 horas dum dia tentando entender a álgebra de um método só pra gerar um dado numérico não se compara um gráfico fuderoso que funcionários do Google fizeram sobre tal coisa e a pessoa consumiu ali em 10 minutos e entendeu tudo.

    Os grupos de WhatsApp e Telegram de amigos de faculdade ou de pessoas da área me destroem, especialmente quando vejo a quantidade de inovações que descobriram, e eu não fazia ideia; eventos que acontecem; pessoas dando mentoria gratuitas, masterclasses e clubes do livro online no Discord em pleno sábado ou sexta à noite; ou aqueles que seguiram a carreira universitária e ficam propagando que “o software / linguagem X estão obsoletos, já era”, “esse é o futuro”, “estava fazendo tudo errado até descobrir isso”, “depois que aprendi Y eu deixei Z (algo que eu gosto) de lado e agora isso aqui é o rolê”, “não dá pra trabalhar na área sem ir fazer a eletiva A na faculdade B”, “ir ter aula eletiva presencial na faculdade ou tentar engatar um mestrado durante o trabalho é essencial para o futuro”, “não existe networking sem mestrado”. E aí só me aprofunda a culpa por não gostar muito da experiência universitária e estar acomodado com com a minha vida mais tranquila que levo, e tal. Fico pensando que eu tô “ficando pra trás” e logo, logo vem o buraco do desemprego eterno. Ou que eu poderia ser infinitamente mais competitivo e ganhando melhor como as pessoas que vejo no Linkedin com cinco mil cursos em universidades americanas, 30 antes dos 30 da Forbes, certificado por algum curso caro de dez mil dólares, 3 pós-graduações, fluente em Mandarim, premiado pelo Google… Sinto-me um pária. Não abro o LinkedIn e deleto automaticamente todos os meus e-mails há quase um mês.

    Quando participo de eventos, conferências ou vou assistir essas lives/podcasts da área que chegam no e-mail, ou vejo a quantidade de coisas que as newsletters que assino soltam por dia, a sensação só deprecia (como os caras têm tempo de trabalhar, ter família, interagir em redes sociais, ir para a Tailândia todo ano, vestir-se bem e ainda escrever uma newsletter!).

    Confesso que até parei de ler o Manual por um tempo porque estava ficando completamente desanimando vendo as coisas bacanas e fodas que as pessoas estão fazendo com seus computadores, suas rotinas organizadas, sua vida prática e hackeada com 1000 apps, ou que você não é nada se não resolver toda a sua vida pelo Linux, enquanto eu mal consigo deixar todas as camisas passadas, ou o quintal varrido e a casa aspirada, e preciso viajar pra cuidar de minha mãe às vezes.

    Me corrói o coração quando acordo depois de 07h30 nos fins de semana, ou perco um sábado ou domingo vendo filmes, tomando cerveja ou indo ao parque ao invés de estudar, ou fazer 500 exercícios de conta, ou fazer um curso online ou programar algo muito incrível. Viajar me dá uma ansiedade e culpa imensas.

    Já tá ficando bem incômodo, até sinto dores no corpo e fico com pouca respiração, sinto sempre vontade de fazer xixi, dor de cabeça, suando muito, fumando e bebendo mais que nunca pra não me sentir mal. Meio zoado.

    Alguém já viveu isso e pode dar dicas? Se puderem não sugerir terapia, eu agradeço. Eu já tentei durante muitos anos e não é a melhor pegada pra mim. Acho desconfortável e acho que só varre as coisas pra debaixo do tapete e aborda muitas coisas pessoais. Eu gostaria de me organizar e gerar energia pra dar conta de fazer todas essas coisas, não exatamente “chegar a uma conclusão crítica sobre a sociedade que vivemos” porque isso não muda o outcome da questão (continuarei sendo um folgado).

    1. Quando eu estava na faculdade de biblioteconomia e ciência da informação, quase vinte anos atrás, no começo da graduação um professor disse que o volume de informação e conhecimento que o homem criava já era mais do que o que um profissional de qualquer área poderia acompanhar por mais que quisesse e que nosso trabalho no futuro seria organizar e facilitar o acesso a esse conhecimento. Mencionou de modo vago que o computador ajudaria nesse trabalho :)
      Eu acho que você está na beira de um abismo e o melhor conselho que posso te dar é: mude de vida.
      Vá vender agua de coco na praia, dar aula de informática para crianças, lecionar matemática, algo assim. Mudar de área, até mesmo fazer um downgrade.

    2. Tire distrações. O que não agrega nada ou não te ajuda, só atrapalha e faz perder tempo… preste atenção e anote os sentimentos que surgem em cada uma das diferentes tarefas que você realiza vamos do dia desde coisas relação ao trabalho até mesmo grupos do WhatsApp e aquelas que trazem sentimentos ruins busque eliminá-las. Além disso lembre-se que a vida não é uma corrida de 100m rasos então não importa se você está à frente ou atrás de alguém que você conhece e sim que você está aproveitando a jornada enquanto percorre.

    3. o seu texto descreve perfeitamente o motivo pelo qual deletei o LinkedIn semana passada.

      ——
      saiba que você não está sozinho nesse sentimento. É algo relativamente comum quando o chefe carrasco é você mesmo.
      O que me ajuda a aliviar essa FOMO+Sindrome de Impostor é justamente me desligar dessa comparação entre eu pessoas “mais bem sucedidas” (colegas super produtivos) e abraçar o fato de que eu vou dar o meu melhor, mesmo que isso signifique apenas 1/10 das minhas expectativas irrealistas. Basicamente é uma mudança de mindset. Nós queremos ser os fuderosos em tudo, mas não tem como. O fato de você ocupar o cargo que ocupa significa que você tem skills (e desenvolveu outras) que essa galera não tem. Os caras podem ser pica no algoritmo, mas você já tem uma visão muito mais ampla dentro de um gerenciamento de projetos que lhe da outras ferramentas. Ou você vira o cara ultraespecialista nas análises estatísticas mais fodas, ou você gerencia. não tem como as duas coisas. (claro, ou muda de área como disse o colega aí em cima). Aí cabe fazer uma escolha e saber perder a que você deixou pra trás. Saber perder é muito importante.

      Quanto aos sentimentos que voce relatou, tive por motivos diferentes, mas parece um início de crise de ansiedade. (não sou profissional habilitado, mas j que você não quer consultar um), negócio é fazer esporte e fazer a bioquímica do teu corpo trabalhar.

    4. Caramba meu, relaxa um pouco. Qual tua idade? Você está cobrando muito de si mesmo! Não entra na pilha dos outros, pois metade do que eles falam é pose, o mercado e as redes sociais forçam o pessoal pra uma carreira de aparente sucesso. Claro, te falo isso como auxiliar de indústria, eu não me importo mais em fazer carreira, ficar ryco ou famoso, quero é sossego! Kkkk

    5. Eu me pego com esses pensamentos também, mas tenho tentado me desapegar disso. Não importa o quão bom profissionalmente eu seja, em algum momento eu vou topar com alguém mais qualificado, esperto, que ganha mais, que tem um jardim com a “grama mais verde”.

      Seria bom você ver se o seu problema é estar estagnado e não avançar mais em algumas coisas que você gostaria de aprender, ou se você está competindo contra todo mundo e sentindo frustrado ao ver que algumas pessoas estão na sua frente (ou estão te convencendo que estão). Acredito que se você souber melhor das suas motivações, você vai ter mais facilidade para transpor isso para atitudes concretas.
      (É difícil terminar esse parágrafo sem recomendar terapia, mas você deve saber muito melhor do que eu onde seu calo aperta)

      Sobre o ponto em que você diz que nem consegue ter seus momentos de lazer, gostaria de indicar a leitura do livro “Sociedade do Cansaço”, conversa bastante com o que você disse e abriu minha mente para algumas coisas.

      O livro introduz o conceito de Potência Negativa, que consiste no poder de não fazer algo (enquanto impotência é o não poder fazer algo), abordando sobre como nós mesmos nos pressionamos pela produtividade a todo instante e somos incapazes de exercer essa Potência Negativa sobre esses impulsos.

    6. Eu me identifiquei muito com seu texto. Em particular com aquele parágrafo onde você fala dos grupos de amigos e o “ficando pra trás/desemprego eterno”.

      Eu muitas vezes vejo o povo que fala muito sobre fazer mestrado durante o trabalho, e o networking. Algumas coisas que me chamam atenção com base no que eu já vivi: será que o mestrado que eles estão fazendo tem alguma relevância, considerando o trabalho que está sendo desenvolvido, ou é apenas mais um diploma/título que só foi feito para marcar mais um quadro na cartela de bingo do “profissional padrão com sucesso”? E eu acho que isso pode ser levado hoje à graduação.

      Quantas pessoas fazem uma graduação para o conhecimento e quantas fazem pois os empregos pedem? E esses empregos de fato precisam disso? O que leva as grandes empresas a exigirem esses diplomas que não provam conhecimento? Você sentar o traseiro 5+ anos em uma cadeira de universidade não te faz expert em todos os assuntos que estão lá no seu histórico escolar. Quantos não fizeram uma universidade noturna e pareciam zumbis durante as aulas, dormindo, enquanto um cara frustrado está em pé na frente de todos murmurando coisas sem saber se está realmente chegando? no fim ele faz uma prova padrão, a turma decora, faz a prova para conseguir pelo menos o mínimo, sai da sala, espirra e esquece tudo. Mas “tá tudo bem” pois marcou-se mais um quadrado na cartela infinita do bingo. O discurso que mais me irrita é o de “na hora que eu precisar, eu me viro”. Mano, tu já tá ali, aproveita!

      Eu desconfio e discuto muito se os “profissionais bem sucedidos que têm tempo de trabalhar, ter família, interagir em redes sociais, ir para a Tailândia todo ano, vestir-se bem e ainda escrever uma newsletter” realmente fazem isso tudo sozinho ou se eles tem uma equipe por trás e eles são “meros” gerentes. O “meros” foi apenas por falta de uma palavra melhor, não é um termo depreciativo pois gerentes são necessários. Seria melhor se eles dessem crédito onde o crédito é válido, mas saber delegar é importante.

      No seu trabalho, será que não é uma questão de tentar arrumar colegas para aliviar a sua carga? Seus chefes estariam abertos a essa idéia ou eles vivem no mundo de “cortar custos a todo custo”?

      Você não tá em burnout. Você já tá no estado de carvão. Mas você não está sozinho nessa, amigo. E você definitivamente não é um folgado.

      Escrevi/resmunguei muito e já nem sei mais se ajudei em algo.

    7. Acredito que tenha sensações parecidas. Todo mês sai uma nova versão de um framework quando não um framework completo que vira “a nova onda”. Também me sentia “o cara” nos primeiros períodos da faculdade onde eu dormia as 4 pra acordar às 6 estudando e ainda dar monitoria no dia seguinte. Toda essa energia entretanto não existe mais hoje. Eu conto as horas pra terminar de trabalhar e quando termino não quero mais ver nada da área na minha frente. Também me tirava a paz e me corroía vendo amigos e conhecidos em carreiras internacionais, fazendo apps e sites no fim de semana “por diversão” e a constante realidade 100% positiva e plástica do LinkedIn e Instagram.

      Ainda estou me blindando e aprendendo a lidar com isso, confesso. Muitas vezes várias coisas ainda me pegam. Exemplo: fui um dos “premiados” em uma demissão em massa recente e quando consegui um novo emprego, só dei o retorno no último minuto, porque estava me sabotando e pensando que os desafios seriam demais pra mim e provavelmente a galera que recrutou cometeu algum engano. Se eu “esquecesse” e perdesse o prazo, seria a “fatalidade” que eu precisava. Enquanto isso amigos indo pra Londres trabalhar na Meta, outros saindo do país por N motivos, gente começando mestrado, tirando certificações…

      Enfim, até então só falei do meu contexto e não agreguei em nada. Segue o que eu tenho construído até agora na minha mente pra lidar com isso:
      – LinkedIn e instagram não mostram histórias de fracassos. Até quando mostram quem fez a postagem geralmente quer sair por cima e dizer que teve algum aprendizado. Muita gente dessa demissão em massa tava agradecendo a empresa, ao invés de ser honesta. Mas eu entendo, ninguém quer queimar pontes. Enfim, ter isso em mente pode ajudar a lembrar que o que é mostrado é apenas uma fotografia de um momento conveniente escolhido a dedo. Ninguém sabe a jornada por trás.
      – Por mais que eu odeie buzzwords, eu acredito que mindset tem muito a agregar nessa discussão, pois a realidade é fixa, entanto a interpretação que temos da realidade é moldável. Mas ao invés de ler “os segredos da mente milionária” eu prefiro ser um pouco mais arcaico e mergulhar em alguns pensamentos filosóficos. Um que me ajudou bastante nesse aprendizado foi o estoicismo. “Seja um ‘perdedor’ se necessário” é uma das ideias que extraí disso. Explico: um atleta, seja olímpico ou jogador de futebol, ele quer estar entre a elite, entre os melhores. Esse é o objetivo dele. E pra isso ele tem que sacrificar muitas coisas pra ter uma vida regrada, muitas vezes com uma dieta super restrita e também um círculo social seleto e opções de lazer igualmente selecionadas. Entretanto, se isso é o que deixa ele como pessoa realizado e em paz consigo mesmo, é o que importa. Mesmo que por uma ótica externa, “não valha o esforço”. Eu mesmo não quero ser um atleta de elite. Também não quer ser programador de elite. Big techs nunca me interessaram, tentei e desisti daquelas maratonas de programação que tinham na minha faculdade porque não era aquele caminho que me dava paz. Dessa forma, quando sabemos o que queremos fazer e onde queremos chegar, conseguimos aceitar oportunidades e fazer coisas sem culpa. Eu, por exemplo, quero um trabalho num ambiente agradável, onde eu tenha ownership (perdão, buzzword) do código que escrevo, poder viajar a lazer ocasionalmente e ter tempo livre pra sair com minha família e amigos. Por isso não me interessa startups, trabalhar fora de horário, muito menos big techs. Mas quem faz tudo isso também não está errado, se estiver com “o coração em paz”. Por isso saiba que você pode ser uma dessas pessoas com cursos caros, fluente mandarim e ter sua própria newsletter. Mas é isso que você quer pra sua vida? Você estaria em paz com tudo que teria que abrir mão pra ter essa vida? Por isso, se gastar os sábados e domingos fazendo coisas pessoais, passeando no parque ou curtindo com a família e amigos é uma vida “de perdedor” vista por terceiros, não importa. O que importa é estar em paz consigo mesmo.

      Por isso hoje não me preocupo mais (tanto) em ficar atualizado sobre tudo, de estar participando de tudo que acontece no mundo da programação, e não me sinto mais culpado todos os sábados e Domingos (alguns ainda me pegam feio na ansiedade que vem em querer ser produtivo).

      Tem sido um processo, pois penso que pra isso é necessária uma visão clara de quais são seus valores pessoais e onde se quer chegar na visa. Não sei se consegui ajudar em algo com esse relato, mas espero que pelo menos tenha servido pra tu saber que não está sozinho. Eu ainda estou chegando nos meus 25 e muito do que você falou eu já senti algum grau. Entendo perfeitamente a sensação agoniante de ter um abismo de coisas que não sabemos e de que até o básico é “coisa demais”. Nesse momento mesmo estou sofrendo pra aprender (mais um) framework web pro meu novo emprego.

      Termino citando uma frase do desenho Avatar: The Last Airbender, que, sem exagero, mudou minha vida em vários sentidos. Recomendo. Segue:

      “Is it your own destiny? Or is it a destiny someone else tried to force on you? (…) It’s time for you to look inward and begin asking yourself the big questions: who are you? And what do YOU want?”

      P.S.: Também recomendo o podcast “boa noite internet” – episódios “chegar lá”, “o trabalho não é o trabalho”, e “sociedade do cansaço”.

  3. Vocês costumam fazer anotações sobre os livros que estão lendo?

    Comecei a fazer pros livros que considero mais como “manuais”, mas ainda estou tentando me convencer que não é perda de tempo.

    1. dá uma lida sobre a metodologia zettelkasten, é bem complexa mas é só vc adaptar para sua realidade, mas já é um começo e pode acabar de convencendo no processo de entendimento

      1. Me parece muito mais do que preciso. Mas vou dar uma estudada mais a fundo, valeu!

    2. na academia o famoso “fichamento” faz parte do dia-a-dia de praticamente qualquer pesquisador… mas confesso que não faço isso de forma sistemática

      minhas anotações variam de um acompanhamento na leitura em cadernos manuscritos a notas digitadas — mas não faço os fichamentos “clássicos” e mais protocolares

    3. Rapaz, já fiz muito, mas não deu muito certo.
      Pra mim instrumentaliza completamente a leitura. Torna-se um processo mecânico, robótico, em que não dá tempo de “compreender” e formar senso crítico, apenas anotar e resumir. Claro que é bom pra referenciar ou depois procurar a informação. Mas prefiro grifar digitalmente. Fichamento pra mim só depois de terminar o capítulo, por exemplo.

      Infelizmente, fiquei viciado naquela coisa de faculdade de ler o texto, depois “discutir em sala” e então formar opinião e fazer o fichamento com maior maturidade do que só lendo…

    4. Não faça, ou faça algo bem resumido mesmo. E digo mais: calcule o tempo necessário que você vai levar para ler tudo que pretende e refaça sua lista porque você vai ver que vai precisar de mais anos de vida do que provavelmente terá.

      Hoje estou só nos conselho rs

      1. A ideia é fazer um resumo curto do capitulo mesmo, com o que mais me impactou ou achei mais importante. Acho que facilita na hora de relembrar alguns conceitos e no entendimento geral do conteúdo.

        Mas de fato, mesmo que seja curto consome um tempo e dá uma travada na leitura.

  4. Pessoal, vocês já experimentaram a maravilha da tecnologia atual dos games chamada Xbox Cloud Game?

    Sou usuário de Linux tem quase 20 anos e games sempre foram um “problema”, sempre me virei muito bem com Wine e ultimamente com a Steam Play muitos jogos já estão compatíveis, mas esse serviço da Microsoft me pegou de surpresa.

    Todos ou quase todos da biblioteca do Xbox rodando via nuvem no computador via Browser, sem lentidão, sem loadings infinitos, sem exigir nada da maquina e com controles facilmente configuráveis e um preço convidativo (R$5 no primeiro mês e no seguinte é R$40).

    Testei no meu computador quase velho de guerra, Forza 5, Gears 5, Halo Inifinity e Hollow Knight e TODOS rodaram perfeitamente e sem o mínimo travamento.

    Não é magia, é tecnologia!

    1. Eu ainda não acredito como esse negócio é viável tecnicamente. Pra mim é feitiçaria sim hahahahhaha. E agora vai rodar direto no sistema da TV!

      Só fiquei decepcionado que com os gráficos bons os jogos só rodam a 30fps. A 60fps fica excelente, mas muito pixelado.

    2. A Xbox Cloud é o único motivo que me faria comprar um joystick de Xbox para jogar na minha TV. Me sentiria mais seguro se a iniciativa chegasse à Apple TV, Amazon Fire ou Roku que tem uma vida útil estendida em relação à smartTVs

      1. Não precisa necessariamente de um controle do Xbox, pode ser qualquer controlezinho bluetooth que tiver aí (eu uso um do PS4 que comprei na época por 250 reais, bem mais barato que o controle do Xbox).

    3. O interessante também é que a Microsoft colocou como verificado para o Steam Deck alguns de seus jogos no Steam, meio que oficializando um certo suporte ao Linux.

    4. Uso no fire tv stick 4k (em rede wifi 5GHz).
      Uma lindeza.
      Pouco input lag.
      Uso o controle do xbox com bluetooth e o 8bitdo sn30.

      Excelente alternativa pra quem viaja para passar uns dias na casa de parentes, por sinal.

    5. Um colega me falou disso e fiquei bem interessado, em particular pelo Tartarugas Ninja novo, que quero esperar sair o físico para Switch para pegar.

      O que mais me surpreende são esses jogos pesados rodarem até num Android TV stick.

      Não fiz ainda pois o backlog tá gigante – comecei Shin Megami Tensei 5 tem pouco tempo e peguei Xenoblade Chronicles 1 recentemente – fora os vários que pouco botei a mão. E to vendo Metroid Dread no Twitch e com a mão coçando!

  5. @Ghedin,

    Tenho duas questões:

    1) Parou de atualizar a “Livraria do Manual do Usuário”? E também só achei ela indo pela barra de pesquisa.

    2) Aquela planilha Excel de gestão de gastos, ainda vai compartilhar? rsrs

    Abraços! Obrigado.

  6. ainda no tema do guia prático da semana passada sobre o Reddit:

    estava vendo o material sobre o Well na wikipédia e achei interessante a maneira como o site se define como uma “comunidade virtual” e não como uma “rede social” — e isso tem a ver um pouco com a conversa sobre o reddit

    o Well é uma curiosa plataforma digital que existe desde 1985. Ativa até hoje, é uma das mais antigas comunidades digitais ainda em atividade (senão a mais antiga). Um de seus fundadores foi o mítico guru contracultural Stewart Brand (de quem falo brevemente em minha dissertação de mestrado: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-19122017-115011/pt-br.php). WELL é uma sigla para “Whole Earth eLectronic link” — reutilizando a expressão “whole earth” bastante associada a outras iniciativas de Stewart Brand. Foi dentro do Well, por exemplo, que surgiu a ideia de se criar a Electronic Frontier Foundation.

    o discurso em torno do Well é o de que em comunidades digitais pessoas distintas se conhecem e se encontram em função de interesses em comum ou por conta de outros fatores — enquanto redes sociais envolveriam o estabelecimento de contatos digitais entre pessoas que já se conhecem ou que potencialmente se conhecem

    essa dicotomia é problemática, é claro — pois entre esses dois polos há muitas zonas borradas — mas acho que ela faz algum sentido quando pensamos em como uma área como a desse post livre pode trazer conversas interessantes entre completos desconhecidos enquanto redes sociais entre (quase)conhecidos levam aos usuais problemas de ansiedade, competição, etc.

    e longe de qualquer saudosismo com a velha web pré-smartphones/redes sociais, também acho que os valores em torno dessas tais “comunidades digitais” acabaram desaparecendo em meio às redes sociais — e provavelmente há uma correlação muito forte também com o enfraquecimento de valores como transparência das redes, descentralização, protocolos abertos, etc.

    em tempo: fica como sugestão de pauta para o Ghedin falar do Well. Afinal, o que leva algumas pessoas a continuarem a usar uma plataforma paga como essa com tantas outras (como o próprio Reddit) à disposição?

    1. Tive dificuldade pra achar devido ao nome ser popular demais, mas no fim é well.com

      Contudo, é pago para entrar, é uma estratégia boa para filtrar trolls, mas pessoalmente não me sinto disposto no momento nem que fosse gratuito, imagine pagando. Mas como eu disse, algo bem pessoal, muita coisa na cabeça :}

  7. Pessoal, gostaria de saber de pessoas que façam trabalho freelance, se usam alguma plataforma ou vão na indicação boca-a-boca.

    Inicialmente tentei postar anúncios de aulas particulares de nível superior no Superprof. Tive três contatos e nenhum se concretizou.

    Estou pensando em oferecer serviços de revisão, orientação e até diagramação e adequação à normas (conversão em LaTeX seria uma opção também) de trabalhos de conclusão de curso e vi algumas plataformas como Corujito, Profes e GetNinjas. As duas primeiras não me passaram muita confiança navegando pelo site e a última ja havia visto propagandas. Em nenhum dos casos achei comentários positivos ou negativos sobre elas.

    Outro ramo que estou tentando entrar é na parte de análise e ciência de dados, estou fazendo um curso (e até achei interessante a certificação que o Gabriel Rocha falou mais abaixo) e também não estou tendo muito sucesso nas vagas que aparecem pelo Linkedin.

    Alguém tem alguma experiência com essas plataformas que possa fornecer?

    Ou até mesmo dar alguma sugestão?

    1. Hoje trabalho por conta e geralmente os trabalhos vem do boca-a-boca. Já pensei em fazer uma divulgação maior, mas uma vez fiz isso e além de não dar conta direito, muitas vezes vem clientes que são indesejáveis.

      Até penso em fazer uma conta no Linkedin para tentar ampliar contatos, mas depois de ver os comentários sobre (um pouco mais abaixo), fiquei cismado.

      Como tenho variado de serviço (além do serviço de informática, tenho feito bico de “office boy” e “motorista particular”), então evito divulgar para não ter uma agenda cheia.

      O maior problema: como cobro pouco, ganho pouco :\

      Quanto a você mesmo, acho que você também pode se perguntar que tipo de trabalho pode pegar agora e vendo seu ritmo. No “boca a boca”, a vantagem é o quão gradual vem de serviços. Quanto melhor seu serviço, mais requisitado. Então é uma boa tentar ir no boca a boca e ganhando mercado.

      1. Pra trabalho freela não sei se o Linkedin é uma boa. De repente só como agregador de contato, divulgar experiência e pedir “reviews” de clientes.

        Clientes indesejáveis são complicados mesmo. Mas os que eram tranquilos e tornaram-se indesejáveis também não são fáceis. Enfrentei isso recentemente com um e está sendo uma novela bem chata. Na hora de aceitar os termos é uma maravilha, mas quando o resultado não é exatamente o que ele visualizou, mas é o combinado, a coisa azeda.

    2. Minha empresa de publicidade e design sempre funcionou na base do boca a boca, pura e simples recomendação. Dos clientes levantados via prospecção, houve sempre a questão e de tempo na demora do processo de negociação. Minha média era de 3 meses entre o contato e a efetivação.

      No seu caso, vejo que há oportunidade em plataformas como Hotmart (aulas em geral, longe da personalização) para as aulas particulares.

      Fora isso, na carreira de analista de dados, fica a alternativa de se especializar em Power BI, um software para Data & Analitics bastante utilizado.

      1. Power BI que você diz é o próprio software da Microsoft?

        É que já vi muita gente usando esse termo de forma livre como qualquer dashboard de análise de dados.

        O Hotmart pode ser uma boa, vou investigar ele melhor pra ver como me adaptar!

    3. Pelo nicho do seu trabalho, já pensou em anunciar nos murais de faculdades? Ou será que, em tempos de metaverso, o bom e velho mural de corredor de faculdade com vagas e outros serviços não existe mais?

      1. Essa foi a primeira coisa que passou na minha mente uns meses atrás!! Até eu passar pelo mural da universidade e ver ele, literalmente, coberto de poeira. Acho que dois anos de pandemia fizeram ela realmente virar uma relíquia de museu (daqui a pouco vem o Harrison Ford com seu fedora e chicote levar embora…). Acho que isso mostra um pouco nossa idade hahaha

        De repente nos metaversos das universidades teria um mural desses? É algo a se pensar!

        Mas os alunos nem olham isso. É tudo pela internet. Um “causo”: Sempre que eu reviso um trabalho eu passo ele nos típicos anti-plagio mas também faço uma pesquisa rápida para tentar pescar algo diferente. Vi um anuncio de alguém querendo comprar um TCC pronto do assunto… com o mesmo primeiro nome do tal aluno. Como não tinha provas, apenas arquivei a história como “causo” e bola pra frente.

        Mas o que me parece é que não existe um lugar centralizado, sabe? Existem até empresas que “fazem seu TCC”, mas eu não acho ético fazer isso.

        A outra opção que vejo muito são os criadores de conteúdo de instagram, mas eu não tenho a paciência de ficar interagindo diariamente em rede social. Daqui a pouco vou colar uma mão saindo da minha parede do lado de uma TV para mostrar minha lista de tarefas do dia para alavancar meu negócio. /s

  8. Olá pessoal! Sou novo aqui no post livre.

    Apesar de estudar e trabalhar com computação, só passei a me preocupar com privacidade há pouco tempo. Já não era muito fã de redes sociais, e depois que passei a pesquisar sobre o tema, mesmo que superficialmente, deletei todas elas. Também seleciono muito bem os apps que vou utilizar e, sempre que possível, escolho software livre, não apenas pelo melhor controle de dados e privacidade, mas por questão de filosofia. Abandonei o Google onde foi possível.

    Hoje, tenho um notebook com Fedora, e um Galaxy J5 Prime que já está chegando nos seus últimos dias, especialmente devido à evolução do Android, (para o meu uso, o hardware é satisfatório mas o software — Android 8 — já apresenta problemas de compatibilidade). Nesse sentido, já estou pensando em que decisão irei tomar quando ele me deixar.

    Acompanhando as discussões por aqui, sempre vejo alguém levantando o ponto de que o iPhone/Apple é mais seguro e garante maior privacidade em comparação ao Android/Google. Entendo que a principal atividade do Google é a venda de dados, e este é o meio de monetizar o Android. Mas, o que garante que a Apple não faz o mesmo? (pergunta sincera)

    Do mesmo modo, algumas pessoas têm a preocupação (preconceito alimentado pelo imperialismo?) com equipamentos chineses (Xiaomi, Huawei, Lenovo/Motorola). Penso que não há diferença em termos de privacidade, se comparados à Samsung, LG, Apple, Nokia, etc. Espionagem chinesa ou americana, dá na mesma.

    Não vou nem entrar na questão da vida útil, já que acredito que esses aparelhos deveriam ser modulares, como os desktops (estragou, trocou), e com a possibilidade de instalar o sistema que quiser.

    Num cenário em que só existem duas alternativas, Apple e Google (saudades Windows Phone), no momento, não vejo justificativa que me faça pagar pelos produtos da Apple (a não ser pela garantia de privacidade), já que meu uso é abaixo da média. Também não tenho muita simpatia pela usabilidade de seus produtos, já usei um Mac no trabalho, e pedi para trocarem no segundo dia.

    Gostaria de ouvir opiniões sobre como vocês lidam com essas escolhas de marcas (para mim, todas são iguais, apenas mudando alguns poucos detalhes). O ecossistema Apple vale mesmo a pena para quem tem um uso regular? Usar uma ROM alternativa do Android é viável para um dispositivo principal (com apps de banco, etc)? Quando tive experiência com uma, há muito tempo, achei instável e insegura. E como vocês lidam com a questão de privacidade em dispositivos eletrônicos, sem afetar o uso diário? Isso é uma preocupação?

    PS: Já pensei em usar um desses Nokia 110 (sim, só uso smartphone por necessidade) e concentrar o uso geral apenas no notebook (com Linux), mas perderia os apps de banco e mapas na rua. Quem sabe no dia que as Progressive Web Apps vingarem, não seja possível abandonar as amarras das app stores, para ter smartphones alternativos (viáveis) mais competitivos.

    PS2: Desculpem-me pelo texto longo.

    1. Bem-vindo, Pedro! Não se preocupe com o comprimento do texto; aqui a gente gosta de textão :)

      A Apple entrega mais privacidade que o Google. Ainda que com algumas limitações, devido à natureza fechada dos códigos-fontes do iOS, é possível verificar isso monitorando a rede e pelas prestações de contas que a Apple, como empresa de capital aberto, é obrigada a fazer — o grosso da receita não vem de publicidade ou qualquer outra atividade que pode comprometer a privacidade.

      “O ecossistema Apple vale mesmo a pena para quem tem um uso regular?” Eu diria que vale especialmente para quem faz uso regular e/ou não tem muito conhecimento técnico. A melhor alternativa, como você bem apontou, são as ROMs alternativas “degoogled” de Android, algumas excelentes, mas difíceis de instalar e manter para quem não tem muito conhecimento técnico e/ou tempo livre para sanar eventuais problemas.

      (Eu me vejo nessa caixinha de uso regular e as experiências que tive com ROMs alternativas, ainda que positivas, foram muito mais trabalhosas em relação ao iPhone. A última, para referência.)

      Eu me preocupo com privacidade, mas equilibro essa preocupação com outros aspectos, como necessidade e conveniência. Falei melhor disso neste artigo.

      Ah, eu uso iPhone e estou bem satisfeito.

    2. Eu sou suspeito para falar sobre Ecossistema Apple, meu uso não é regular, é praticamente exclusivo. Sou dono de iPhone, Watch, Mac Mini, iPad e vários acessórios. Os caras tem acesso do meu ritmo cardíaco à minha conta bancária. A questão de privacidade é bem subjetiva, eles falam que preservam e eu acredito que estou protegido. O fato é que nunca recebi um e-mail ou contato de alguma empresa que pudesse ter vindo da base da Apple ou que tivesse recebido dados vindos dela. Uma certeza eu tenho, a Apple não vende dados, mas mantem uma base de dados bastante confiável sobre seus usuários.

      Minha maneira de lidar com privacidade digital é a mínima: usar um Dock Dock Go como buscador, bloquear tracking da maioria dos apps, usar e-mails “alternativos” para serviços importantes e por ai vai, nada que limite minha vida ou meu cotidiano. Infelizmente minha vida pessoal já vazou no Orkut, no LinkedIn, Facebook e Instagram. Fora os fóruns que comentava na internet raiz.

      Sem você querer ou permitir, seu nome já pode aparecer numa base de dados sobre CNPJ. Já vi meu nome atrelado a 3 empresas que criei e fechei e estão todas lá presentes para consulta…

      Acabei me prolongando demais, mas é isso…

      1. Dados de saúde do aplicativo Saúde da Apple, como os batimentos cardíacos e, para mulheres, o controle do ciclo menstrual, são criptografados de ponta a ponta. Nem se quisesse, a Apple conseguiria usá-los para qualquer finalidade.

    1. Legal mesmo. Seria legal se todo mundo tivesse sites assim.
      Quantas empresas e profissionais liberais locais tem site incompleto, desatualizado há anos ou quebrado?

    2. Gosto muito dessa ideia e a pratico.

      O problema é que ela não substitui muitas facilidades do LinkedIn, como publicar vagas e receber “currículos”, ou mesmo procurar candidatos em potencial que não esteja necessariamente atrás de mudanças. Para isso ser viável na web, teria que haver uma padronização e… bom, microformatos e a IndieWeb estão aí para mostrar como isso é difícil.

      1. É tipo o LinkedIn, mas sem aquela parte esquisita do feed com textões desmotivacionais e lições de moral questionável.

        Perfeito!!! ?

      2. Queria poder ter o hel.io mas a briga deve ser feia visto que tem uma empresa de microchips com meu nome kkkk

    3. Olha só, que legal! Ainda sou refém do WP e, a curto prazo pelo menos, não me vejo saindo dele. Essa coletânea está é me dando várias ideias para o meu! ;)

  9. Galera, algúem aqui usa o teclado no padrão ANSI? Como foi a adaptação da mudança do layout ABNT pra ele?

    Resolvi antecipar meu aniversário e comprei um Keychron K3, mas o tanto que estou animado pra ele chegar, também estou preocupado de não me adaptar muito bem e ter jogado dinheiro fora.

    1. Hoje não uso regularmente, mas não achava demorado de adaptar. Antes da pandemia evitei comprar um assim pra casa porque usava ABNT no trabalho e a mudança diária me preocupava, mas agora que casa e trabalho viraram um só…

    2. Uso desde sempre e, talvez por isso, não curto muito o ABNT/ABNT2. Embora use esse layout nas máquinas de casa, no trabalho todos os computadores usam o ABNT2. Alterno entre um layout e outro sem problemas.

    3. Quando comprei meu Keychron K8 (também um auto-presente de aniversário!) a transição do meu teclado antigo (um Logitech sem fio que não lembro o modelo, mas que era ABNT2) para ele foi incrivelmene fácil!

      O mais engraçado foi que, voltando aos trabalhos presenciais usando o notebook (teclado ABNT2), tive uma dificuldade incrível a ponto de comprar um teclado novo ANSI para meu notebook e trocá-lo.

      Seria mais fácil só mudar o layout e pronto? Sim, mas não consigo usar sem saber que, na dúvida, a legenda tá ali pra me tirar a dúvida.

      Meus únicos problemas com esse teclado são os símbolos ° e ª.
      O ° descobri que é ALT DIREITO + SHIFT + ; (mas tá difícil memorizar)
      O ª só usando o WIN + . e caçando na lista de símbolos (que é um saco fazer)

    4. Eu acho tranquilo. No momento todos os computadores q eu uso estão com ANSI. Mais por coincidência do q por escolha, na verdade. O meu pessoal é um mac q trouxe numa viagem qdo o dólar era melhor, e o que a empresa dá pra trabalhar nem tinha opção.
      Mas anos atrás meu computador pessoal estava abnt e o da empresa ansi e era de boa tbm.
      O q eu não curto é qdo é um notebook e o teclado externo está diferente do teclado do próprio note. Isso me confundia a cabeça qdo eu estava na mesa com o teclado externo e aí ia em algum lugar sem ele e tinha q ficar mudando a configuração.

    5. adaptar só funciona se você decidir mudar pra esse no layout. eu sempre fui um usuário do abnt, até comprar um note dell dos eua. eu só tinha problemas quando tinha que alternar, e muitas vezes eu usa o abnt com layout ansi só para não perder o formato. ‘ apóstrofe como acento agudo e com c para ç, além do tio na esquerda em cima, são realmente as únicas mudanças reais que eu sentia, e estatísticamente são as únicas coisas que são mais usadas.

    6. Uso um Logitech K480 no iPad configurado para o layout Internacional. Aí fica o ç com acento agudo + c, por exemplo. Eu tenho facilidade em digitação e a adaptação foi tão tranquila a ponto de hoje preferir hoje esse layout do que o ABNT. Se for o ABNT com a ? no Alt + W então, aí não tem nem discussão para mim. Rsrsrs

    7. Eu passei bastante tempo usando ABNT no trabalho e ANSI em casa. Agora de home office é mais raro pegar num ABNT, mas depois de alguns engasgos eu consigo me acostumar em pouco mais de uma hora usando. Pessoalmente, prefiro ANSI e quando tenho opção, opto por esse padrão. Mas acho que se acostumar com qualquer um deles não é nada muito complicado. O que mais me incomoda é que cada sistema operacional tem uma atalho pra trocar o layout e eu nunca consigo gravar qual é.

  10. Olá, é minha primeira vez comentando aqui, apesar de eu sempre tentar ler os assuntos que me interessam vez ou outra. O que me trouxe aqui é o fato de eu possuir um Surface RT da MS e não saber muito bem o que fazer com ele. Eu sei que existem alguns grupos de pessoas tentando disponibilizar o Linux como OS para o aparelho, mas por enquanto não existe um tutorial amigável o suficiente que eu consiga seguir para instalação (e me parece que ele ainda não está 100% rodando Linux), além disso, o aparelho é antigo demais e navegar na internet mesmo que pras coisas básicas é mais estressante que qualquer outra coisa.

    Então eu gostaria de saber se alguém tem alguma ideia do que eu possa fazer com esse aparelho? Por quanto ele tá só sendo um peso morto na minha gaveta e eu até preferiria poder usar ele para alguma outra coisa, mas estou sem ideias. Eu também não sei exatamente onde eu poderia descartar, se não tiver outra opção, existe algum lugar que aceite descarte de tablets assim?

    1. Bem-vinda, Gabriela!

      A menos que esse projeto de adaptação do Linux vá para frente, não tem muito o que fazer com um Surface RT em 2022. Ele empacou no Windows 8.1 “RT” (ou sei lá que nome foi dado), né?

      Quanto ao descarte, sugiro entrar em contato com a Secretaria do Meio Ambiente da sua cidade e pedir orientação. Até cidades pequenas costumam ter locais adequados para o descarte de eletrônicos. Se existir um na sua, o pessoal da Secretaria certamente saberá orientá-la.

      1. Hm, não sabia disso da Secretária, vou dar uma olhada melhor depois, obrigada!

        1. E se for passar para o Roberto, me avisa que ajudo a levar nas mãos dele ;)

          1. Olá, o outro amigo ainda não apareceu para me responder com relação ao tablet, então se você for de SP-Capital e quiser ele para dar para o Roberto, me avisa por favor :)

    2. Consideraria doação, caso não encontre o que fazer com ele? Sinceramente também não consigo ver uso prático que alguém normal daria, mas é uma peça interessante para coleção.

      1. Sinceramente, eu não me importaria de dar esse tablet pra outra pessoa, mas eu também não sei o que alguém poderia fazer com ele então nem consigo pensar em alguém que possa querer. Pelo o que eu vi no reddit, nem lá fora as pessoas parecem interessadas no hardware justamente por ser meio peso morto.

        1. Esse tablet conta um dos fracassos da Microsoft. Valor de coleção mesmo. Me candidataria a dar um novo lar pra ele…

          1. Olá, você foi o primeiro a mostrar interesse no tablet, por acaso é de SP-Capital? Se for, eu consigo tentar te entregar ele em mãos em uma das estações de metrô.

            Eu poderia te passar minha @ no twitter (se for permitido fazer isso por aqui, eu não sei haha) e a gente poderia conversar melhor sobre.

        2. Não sei se já saiu o Surface RT mas eu tenho interesse, tenho filhos pequenos e quero ensina-los (primeiro o mais velho, 7 anos) a digitar, usar o básico de um computador, eventualmente assistir vídeos… Funciona como um tablet mais velho e lento ainda né? Se tiver a capa -teclado então, acho que tenho uso .

          Estou em SP capital, trabalho no Paraíso e tenho Twitter (manchasolar). Mas respeito a fila. Abraços

    3. Indo na contramão do pessoal aqui, você já pensou em entrar em contato com algum Youtuber que no passado fazia vídeos sobre Windows Phone? Sei que tem o Meu Smartphone, daria pra você tentar vender ou doar pra ele.

      Visto que o tablet é bem antigo pra tarefas básicas, um uso “interessante” pra ele seria coleção. Provavelmente sairia um vídeo sobre ele em 2022 heheheh

    4. Salvo engano, se quiser “brincar” e tentar instalar um Linux nele, teoricamente bastaria entrar na BIOS/UEFI dele (o sistema da placa mãe) e tirar a proteção. Dai é procedimento padrao de rodar o pendrive com a instalação linux e ver se dá certo.

      Mas lembro também que os surfaces de uma época usavam armazenamento tipo M-Sata, difícil de ser trocado. Puxe algum programa (Crystal Disk Info) para ver se o armazenamento ainda tem condições de trabalho, senão complica ainda mais.

      Talvez vende-lo por um preço baixo ajuda a lhe dar uma graninha extra – como vê, muitos tem interesse nele.

    5. Eu mesmo gostaria de ter esse aparelho pra rodar Linux nesse tipo de aparelho. É o que eu planejo pra mim em breve (processador ARM num formato tablet/laptop).
      Se vc quiser podemos fazer uma videoconferência pra te ajudar a instalar o Linux no aparelho.
      Preparamos tudo com antecedência (pendrives, imagens de instalação e o que mais precisar) e no dia só seguimos o passo-a-passo até obter um computador ARM com um Linux atualizado.

      Pelo que li aqui o processo não parece muito complicado quanto já foi e acredito que podemos fazer.
      Também te ajudo a instalar o que vc precisar pra poder utilizar ele pro que vc quiser.

      E depois podemos fazer um “diário de viagem” com sua experiência pessoal usando um aparelho icônico (como lembrou @Eu) rodando um Linux.

      1. Muito obrigado pela atenção. Eu vi aqui por cima e seria um tanto trabalhoso para eu fazer isso agora e no fim, parece que não me serviria muito. Eu vou tentar doar mesmo, parece o melhor a se fazer, eu não sabia que teria pessoas interessadas até falar com vocês por aqui.

    6. Talvez serviria para estudos, não? Recordo que na época do Windows Phone (sim, usei durante bastante tempo e tenho uma lembrança afetiva – kkkkkk) havia um app de anotações para PDF chamado Drawboard que era muito bom! Cheguei a comprá-lo na época e ainda hoje utilizo ele no Windows 10 de vez em quando. Tinha o Xodo também, gratuito. Imagino que sejam opções talvez instaláveis ainda no RT.

      1. Então, minha intenção de instalar o Linux nele era pra algo parecido com isso, o problema é que pra instalar aplicativos pela loja da MS oficialmente é praticamente inviável, muitos aplicativos não instalam ou não existem, porque a versão da loja disponível para esses tablets tá desatualizada

        1. É algo que aconteceu comigo, tentando resgatar um iPad 2. Para tentar instalar YouTube foi uma gambiarra enorme para um app que funcionava todo travado.
          No fim, acabei comprando um iPad novo. O antigo ainda servirá para leitura, porque os apps ainda rodam decentemente para isso.

  11. Olá, pessoal

    Alguma recomendação de aplicativos de software livre para corridas/esportes no geral?

    1. Oi Bia! Vocês diz para monitorar atividades físicas? Se for isso, eu uso o OutRun no iPhone (é pouco atualizado e meio defasado, mas ainda funciona super bem). No Android, gosto do FitoTrack.

  12. Mais uma pessoa que teve a Samsung TU8000 com defeito de ligar e desligar. Agr a Samsung tá sem o painel para troca e me respondem que o caso tá sendo analisado internamente

    1. Fique atento ao prazo. Se passar de 30 dias a Samsung deve trocar por uma TV nova ou devolver o seu dinheiro.

      1. Brigado por avisar. Vou aguardar esses 30 dias. Abri uma reclamação no IDEC vendo a matéria do Ghedin. Ao menos pra ficar de registro que mais um consumidor com problema similar no mesmo modelo

    2. “analisado internamente”, ou seja, foi pro limbo de reclamações e só vai ter efeito quando a galera for pra justiça.

      1. Procon foi aberto tbm, mas infelizmente eles tem os 30 dias ainda. Abri logo pra ficar registrado que mais um consumidor com o msm problema

    3. Cara, o Guedin fez uma super matéria a respeito a partir do meu caso. Na época minha TV tinha o mesmo problema e fiz uma jornada de assistência, advogados e imprensa. Quando chegou à imprensa tive uma solução, porém hoje, já vejo a Samsung tratando do problema como recall branco. Constatado o problema eles resolvem dentro do prazo deles. Sugiro guardar os protocolos de atendimento e registrar uma reclamação no consumidor.gov

      Caso não haja contato, seguir com uma notificação extra judicial (não entre no pequenas causas, ali eles conseguem bloquear a ação).

    4. Ainda me perguntam porque odeio samsung. Já perdi deles uma TV50 (o modelo da TV teve recall no USA na época, mas no brasil mandaram eu me ferrar e o pequenas causas mandou eu me ferrar também) e uma TV 60 (sorte grande nessa, sem peça de reparo em menos de 5 anos a empresa teve de me dar uma nova).
      Hoje em outra marca.

      1. quando comprei minha tv ativamente busquei uma que não fosse samsung. minha panasonic está funcional sem qualquer problema ha 6 anos. recentemente fiquei num airbnb que tinha uma tv samsung e num belo dia a liguei e o som simplesmente sumiu. depois o anfitrião me confirmou que ela estragou.

        1. Legal. Quando pensei em marca boa eu justamente arrisquei uma Panasonic também. Por enquanto, 4 ou 5 anos, perfeita. E uso direto, quase dia inteiro ligada.
          Acho que grande (65 agora) nem vendem mais aqui né :/

  13. Durante toda minha adolescência na internet eu via falarem de LinkedIn e que era uma rede social de trabalho, etc. Eu adolescente durante esse tempo nunca usei por motivos óbvios, imaginava que seria algo exclusivo para pessoas do mesmo trabalho algo como Slack. Porém, agora “iniciando a vida”, faculdade e procurando estágio, inevitavelmente tive que criar uma conta. Em poucos minutos já da para perceber como tudo ali é falso e triste. Não bastando, tive aula na faculdade sobre como se comportar na rede e ensinando a se manter em alta no algoritmo mostrando gráficos e tudo, porém não tenho a mínima vontade de estar ali.

    Qual opinião de vocês sobre essa rede social? É realmente necessário se enquadrar naquele mar de gente se emocionando por ganhar caneta e mousepad?

    1. Aula sobre Linkedin? Caramba, essa é nova… gamificando rede social. Bem, é parecido com aquela foto do script do instagram que o Ghedin postou no MdU (que tinha aquela pavorosa mão na parede).

      Na minha opinião, Linkedin é uma forma de ver oportunidades e vagas que empresas por ventura possam postar. Ficar postando mensagem motivacional (reciclando né, pq toda semana tem as mesmas) não é pra mim. Tem gente que quer tentar ser influencer, tem isso no Linkedin, Instagram, Tiktok e deve ter até no MySpace. Se elas estão felizes assim, que bom!

    2. Eu simplesmente não vejo o linkedin como uma rede social dessa forma. Nem sequer vejo a tal timeline. Eu adiciono praticamente todo mundo que me adiciona ali, por ver como possíveis contatos profissionais. Além de adicionar colegas, conhecidos, etc.. mas uso como um diretório de pessoas. Entro pelo meu perfil e vou na busca se quero acessar o perfil de alguém por algum motivo.

      Inclusive, foi o que eu fiz com outras redes sociais desde que parei de usar.. se uma pessoal que eu quero acompanhar ainda usa o twitter, eu entro apenas no perfil dela, uma ou duas vezes no mês usando o nitter e deu. :)

    3. Olha acho que estar nessas redes ativos depende muito do que você quer enquanto profissional ou pessoa. Para alguns trabalhos estar presente em algumas redes sociais é útil, na minha área design já vi alguns contatos comerciais se iniciarem por lá e a lógica para isso é sempre a mesma: estar presente, comentando, curtindo e postando, ou seja trabalhando lá. No meu caso pessoal eu ainda uso ele apenas como um “currículo” atualizado, então só vou lá e atualizo as minhas informações e ai nesse momento, aceito uma galera, dou uma zoiada nas timelines da vida, deleto os spams do chat, e sigo a vida.

    4. LinkedIn é das redes mais úteis, mas ficar rolando o feed é masoquismo mesmo. Ainda que tenham informações úteis — movimentações de contatos, notícias etc. —, a relação sinal/ruído é muito ruim.

      Eu uso muito como um diretório de pessoas. É excelente para encontrar fontes, contatos comerciais e iniciar esses contatos.

    5. Sigo o mesmo princípio dos comentários acima: ótimo repositório, péssimo produtor de conteúdo (como grande parte das redes sociais, diga-se de passagem). Acho interessante para ter contatos profissionais, vasculhar vagas e perfis desejados para trabalhos que lhe interessem, e, claro, até ser contatado para novas oportunidades de trabalho. De resto, às vezes existem alguns perfis que publicam conteúdo ou compartilham materiais para nichos específicos por lá, mas é mais raro.

    6. Linkedin só é bom pra achar vagas. No dia que a Microsoft lançar um app separado da rede social só pra isso, o feed vai ficar às moscas.

      Com relação ao conteúdo, é o mesmo de qualquer rede social: Um bando de frustrados buscando aprovação de gente que não vai afetar em nada a vida deles em vez de buscar terapia. Só sinto uma mistura de pena e desprezo.

    7. Usei em 2018 quando atuava como gestor ambiental e não me ajudava muito não. Era mais fácil conseguir um trabalho de forma orgânica mesmo, na rua. Agora eu sou professor de educação básica e nesta área não faz muito sentido ter um perfil lá também. Acho que a rede até tem um potencial mas a lógica meritocrática intoxicou aquele lugar. Vejo que seria um uso mais saudável se as pessoas mantivessem sites pessoais como um portfólio. Sem se restringir a plataformas.

    8. Faço coro aos comentaristas acima: excelente diretório de pessoas.

    9. É bom pra encontrar contatos. Entretanto seu feed é um verdadeiro chorume de:
      – Gente que posta seu setup que a empresa disponibilizou, se for Nubank então vem aquela redação;
      – Gente chorando likes pra conseguir emprego;
      – Gente que teve um patrão malvadão no passado e agora tem um líder não um chefe e pra isso precisa mostrar pra todo mundo;
      – Gente que expõe alguma adversidade na vida pra dizer que é foda, etc.
      -Gente que já falou que um salário de 5k é meia boca(isso foi em 2019);
      – Gente postando que tá trabalhando fora do país(geralmente um textão sobre as maravilhas do Home office acompanhado do MacBook na janela do Hotel de frente pra praia.

    10. Por lá eu só sigo recrutadores que postam vagas e coisas que realmente são relevantes na minha área o resto eu nem sigo e nem olho.

  14. Vou contar uma pequena saga sobre a (não-)necessidade de ter que fazer um cartão de transporte público e evitar dores de cabeça.

    Na Região Metropolitana de São Paulo, existem de modais os municipais (das cidades, limitadas à ela) e intermunicipais (os que ligam as cidades entre si).

    Para a grandiosa São Paulo, temos o Bilhete Único, que creio que já são quase 20 anos ou mais servindo como forma de pagamento principal.

    Para as ligações intermunicipais, neste caso metropolitanas (limitadas a uma região), tínhamos o BOM até o ano passado. Apesar de seus problemas, era um sistema consolidado e que até então funcionava bem (ao menos comigo).

    Me surpreendi com o fato da ideia de trocarem o bilhete eletrônico metropolitano. No lugar do BOM, veio o chamado “TOP” (não me pergunte o porquê do acrônimo e a vontade é de [censurado]). E em menos de um ano veio um processo de troca forçado do BOM para o TOP.

    Vim me segurando para não adquiri o novo cartão, até porque o BOM ainda é utilizável e ao menos tem um ponto de recarga possível próximo a mim. Só que agora minha mãe também precisaria de um novo cartão. E bem, pensei que o melhor fosse eu também conseguir um para entender como adquirir o mesmo e ser o “beta tester” da família.

    Fui lá puxar o aplicativo. Para cadastrar, ok, simples e prático. Só que na hora de ir selecionar o tipo de cartão (porque eles oferecem cartões com possibilidade de “conta virtual” ou “só transporte público), notei que as opções para “conta virtual” eram priorizadas, enquanto que as opções para “transportes” era deixada por último na seleção. E para mim não aparecia o botão de “comprar”, enquanto que para as opções monetárias, aparecia um “chat virtual” estilo Caixa Tem, de uma forma fácil.

    Pensei como achar o botão de escolher o cartão de transporte, e lembrei que no meu celular uso fontes maiores. Bastou reduzir as fontes (e o zoom também) e apareceu o botão “comprar”.

    Ao clicar, tive que fazer um segundo cadastro e agendar (?) para retirar em uma Loja Pernambucanas (???) o cartão de transporte (!) – sendo que na própria publicidade que aparece após confirmar o cadastro, fala que pode se retirar a qualquer momento sem agendamento.

    No dia seguinte, tinha um trabalho para fazer em uma cidade onde tinha pernambucanas (a minha não tem) e fui lá tentar retirar o cartão. A atendente, com alguma má vontade ( e não sem razão, dado que o atendimento na loja aparentava ser feito de forma amadora, em um local não propício para isso) pediu o código de agendamento (?) no aplicativo. Avisei que tinha agendado para o dia 4 e ela então recusou o atendimento, pois só poderia tirar o cartão transporte se agendado. No entanto, poderia ter tirado o cartão se fosse modo monetário (crédito/débito ou só débito/conta virtual).

    Fui “xingar muito no twitter” e me lembrei que o pessoal de marketing do TOP vive respondendo quem os citam, querendo ou não. Daí eles deram a letra em um dos comentários que eu fiz: poderia retirar o cartão na Estação Belém. Pois bem, hoje aproveitando que fui na capital, fui lá. Não antes sem ir em outra loja Pernambucanas (ou a rede de crédito deles, que me fugiu o nome), e novamente ser recusado de tirar o cartão transporte nelas pois nesta loja só poderia tirar no modo monetário.

    Finalmente cheguei na estação Belém do Metrô (uma das que não possui mais bilheteria com venda a dinheiro) e consegui fazer o cartão por lá apenas apresentando o documento, e apenas no modo transporte.

    Mas se pergunta: “por quê raios faria um cartão ‘só transporte público’ sendo que eles ofertam um com conta bancária, crédito e débito?”.

    Resposta: risco de golpes ou problemas financeiros. Temo muito entrar em uma espiral de dívidas – já entrei duas vezes e é algo que não quero mais que ocorra. E hoje é fácil alguém fazer golpes com seu nome. Então quanto menos conta digital eu tiver, melhor.

    1. Eu ainda acho um absurdo um cartão de transporte com conta digital e crédito, é mais umas das maravilhas da privatização. Tenho curiosidade às vezes de saber o que as pessoas no geral acham dessas misturas. Hoje para não querer coisas têm que ter muita força de vontade.

      1. O problema maior aqui é o risco de golpes. Além do fato que isso me soa muito como forçar uma “venda casada”.

        Me pergunto se já há investigações sobre isso.

      2. teoricamente ao ofertar crédito as receitas advindas dessa atividade podem ajudar a custear o transporte público, assim como as locações imobiliárias e os painéis publicitários.

        1. Sim, mas aí quem subsidia o serviço passa a ser os usuários mais ferrados de grana, que não conseguem pagar a fatura e entram no rotativo. Meio zoado, não?

        2. Complementando o Ghedin:

          Não creio que esta questão de “ter um banco” ajude no transporte público. A sensação que tenho é que isso é um rolo profundo causado pelo Dória, pois a operação do TOP está nas mãos de uma financeira baseada no varejo, a Pefisa (responsável pelas finanças da Casa Pernambucanas). Tenho mais a sensação que isso será um prejuízo no futuro do que algo melhor.

          A questão do financiamento para o transporte público é complexo, e noto que sempre para nesta de “vamos usar receitas acessórias para melhorar”.

          São Paulo trocou a manutenção dos pontos por uma concessão que explora propagandas. Canso-me de ver pontos sem adesivos de itinerários e muitas vezes em mau estado de conservação. Não resolveu a concessão, gerando no final mais problemas do que soluções.

          Os terminais de ônibus estão em uma questão delicada – parte dos políticos querem privatiza-los e já fizeram concessões na era Dória prefeito para transforma-los, mas creio que vão barrar isso em alguma gestão futura, senão já teriam começado o processo de mudança.

          Enfim…

          E voltando a questão bancária, imagino que para o “povão”, bem melhor separar conta de banco da conta de transporte público. Galera quer praticidade, mas quer segurança também. Roubam o cartão e torram tanto o transporte público quanto o nome?

      3. Uma das maiores armadilhas financeiras que já vi foi uma faculdade onde fizeram a carteirinha de estudante com uma bandeira da Mastercard.

        Deve ser prática comum, visto que a iniciativa de convênio foi do banco.

    2. Meu cartão TOP (só VT) chegou ontem, e te entendo totalmente, Ligeiro.
      Uso muito mais o bilhete por QR Code comprado no Whatsapp, mas precisei pedir o cartão pra usar o trólebus no ABC alguns dias.

      Meu amigo, os serviços digitais da Sabesp parecem padrão Apple em comparação com a porqueira do TOP. Tentei por 3x fazer o cadastro pra pedir o cartão, e aquele chatbot primo pobre do Robô Ed entrava em looping e não completava a requisição. Daí por um milagre consegui abrir, mas não consegui pagar o boleto pra receber o cartão em casa.

      Foram mais umas 2 tentativas nesse fluxo pra finalmente pedir, pagar e receber o cartão.

      1. Fiz o comentário aqui para justamente recomendar a quem for fazer o cartão procurar fazer direto se possível, ou exigir de todas as formas que venha como cartão transporte.

        Mesmo assim, sinto que este TOP não vai pra frente.

    3. Nunca tive experiências com o BOM, mudei pra SP um pouco antes da pandemia e nunca precisei pois morava perto do trabalho.

      Quando comecei a utilizar o TOP era apenas por aplicativo e não emitiam um cartão, era bem “usável”; teve uma época em que os logouts estavam extremamente frequentes e era difícil de usar. Fora que no começo nem todas as estações aceitavam o QRCode na catraca.

      Quando solicitei meu cartão, entregaram no endereço que indiquei em 2 dias úteis. E sobre a compra de créditos, acho bem simples fazer isto pelo app.

      1. A compra de créditos usei hoje e realmente neste ponto é algo positivo: basta “fazer um pix” e pronto.

        O chato é a questão da ativação do crédito, que só pode ser feita em terminais de recarga.

    4. Em porto alegre é tri… o cartão TRI tem de ser retirado pessoalmente em 2 endereços (pode escolher, no centro que é longe de onde vivo/trabalho, ou em um bairro mais longe ainda). De segunda a sexta, OBVIO.
      Depois que perdeu um turno de trabalho se pega o cartão, custa R$24, e dura 3 a 4 anos até parar de funcionar porque simplesmente para, é vagabundo, mesmo que tu cuide dele como se fosse uma borboleta dentro da carteira….
      Estou precisando do meu 3º, mas novamente entrei no problema de ter tempo….

      1. Entendo que a retirada presencial é uma forma de evitar fraudes. Salvo engano Florianópolis também so permite retirada pessoalmente, além claro de municípios menores.

  15. Desde o começo desse ano o número de spam que eu recebo no meu e-mail aumentou muito. A caixa de spam tá sempre lotada e agora alguns começaram a furar a caixa de spam, pelo menos alguns toda semana. Acho que fiz algum cadastro podre, alguém já passou por isso? Deu até vontade de mudar de e-mail, mas isso é um trabalhão.

    1. Tenho contas no outlook/hotmail e gmail

      – Hotmail tem um email que era meu principal e depois transformei-o em alias. Como usava em muitos sites, virou um antro de spam, mas tem reduzido bastante.

      – GMail tenho usado para algumas atividades, e só chega spam uma ou duas vezes por mês.

    2. Uma coisa que me ajudou, foi um dia que eu estava um pouco atoa e fui e-mail por e-mail clicando em “unsubscribe” ou qualquer opção similar, depois de umas 3 vezes que fiz isso o spam diminuiu drasticamente, tem só um golpe oferecendo seguro nos EUA que os caras simplesmente não desistem

      1. Se usa o email em sites que repassam a lista, a mesma pode parar em lista de spam e pisching.

        O que falei do hotmail tem vezes que vem os famoso “e-mail do rico que tá pra morrer e precisa de alguém pra repassar a grana”.

    3. É o pior é que são esses spams mequetrefes, que só uma mensagem de golpe bizarra, a maioria eu nem abro pra evitar validar o e-mail.

    4. Pra evitar isso eu estou usando aquela função do iCloud de criar um alias pro email principal.

      Cada vez que preciso fazer cadastro em um site novo eu faço um novo alias só para aquele site. Se der ruim eu excluo o alias e segue o jogo.

      Já tenho quase uns 20 emails criados hahahahahha

      1. Eu uso isso, mas na Fastmail pra absolutamente tudo. Tenho mais de 100 criados. Qlq campo que peça meu e-mail, eu gero um.

  16. Olá, pessoal. Tudo bem?

    Estou a procura de um serviço de gerenciamento de domínios confiável que aceite transferência de domínios internacionais daqueles ~esquisitões. Estou precisando mudar meu domínio de serviço e não estou achando lugar que aceite. Pedir pra cobrança em real é demais (mas dispenso, no desespero rs)?

    Se alguém tiver alguma sugestão, agradeço!

    1. A Hostinger.com.br me ajuda a segurar alguns domínios gringos pagando em Reais.
      Alguns domínios ~esquisitões são aceitos lá mas não acredito que aceite qualquer um. (alias, acredito que nenhuma aceite qualquer um ehehehe, já viu o tamanho da lista com todos os TLDs?)

      1. Olha, já vi umas listas bem gigantes. Se são todos, não se dizer xD

        Tiago, o Hostinger foi um dos primeiros que procurei e não tem suporte ao que eu preciso. Mas em outro grupo me indicaram dois serviços que me atendem. Só não sei dizer quanto a qualidade do serviço: são o gandi.net e o porkbun.com. Além disso, outro site bem legal que me passaram é o tld-list.com, que lista vários serviços de gerenciamento e compara preços entre eles.

        Agradeço demais!

        1. tld-list.com eu não conhecia, muito legal. Valeu!
          O porkbun.com também não conhecia e adorei o nome! eheheh

          O gandi.net é muito bom! Serviço muito bom, suporte muito bom, preços… bem, eu bem que podia tá ganhando mais mas o preço acho razoável pra cartela de serviços que oferecem além do compromisso com privacidade.
          Se for optar por algo fora do Brasil, seria minha primeira recomendação.

  17. Gostaria de dizer que eu finalmente desisti. ACEITEI OS TERMOS DO WHATSAPP. Até hoje toda vez que a janelinha aparecia eu dava um cancelar. Mas essa semana precisei comprar uma passagem, e meu login não estava indo. Pra recuperar a senha, não tinha email associado, e pra falar com eles podia ligar (INFERNO) ou mandar um whats. Mandei o whats, mas vinha o aviso que eu não podia conversar com eles sem antes aceitar os termos. Dai foi isso, só aceitei essa bosta. Aceitei de aceitei o inevitável mesmo. E tamos ai. :/

    1. Hahaha, aguentou bastante! A companhia aérea ou empresa que te vendeu a passagem deve usar a API Business do WhatsApp, ou seja, sem criptografia de ponta a ponta, e para que vocês conversem nesses termos, só aceitando a nova política mesmo. Tudo bem, não dá para vencer todas.

      Por aqui, ainda consigo seguir ignorando-a.

    2. Aguentou bastante. Achei que seria obrigado ao mudar de celular, quando meu antigo estragou. Mas agora estou recusando em outro sistema operacional

  18. Oi pessoal, vocês já passaram por uma situação em que tentam estudar um assunto mas se sentem travados, ficam com medo de não dar conta de aprender ou simplesmente sentem ansiedade?

    Me sinto assim ao estudar programação, a profissão do futuro. É uma das áreas que sempre tem vagas e os salários são bons, mas não mantenho a constância nos estudos, porque quanto maior a complexidade do problema, mais ansiedade sinto, e mais tempo fico no computador tentando resolvê-lo.

    Tem como resolver isso? É alguma besteira da minha parte? Agradeço dicas e conselhos. Tenho formação na área (TI)

    1. Cara, não sou da área de programação, mas já fui da área de educação. Você faz cursos regulares, tipo, daqueles online? Ou você tá meio que aprendendo “na marra”, correndo atrás, fazendo projetinhos e aprendendo à medida que precisa delas?

      Ainda, consegue identificar se sua dificuldade se dá em:

      a) identificar o problema e como resolvê-lo – envolve a compreensão do problema e como elaborar algoritmos etc.
      ou
      b) identificou o problema, sabe como resolver, mas tem dificuldade em implementar/executar a solução.

      Sendo a letra “a” é mais uma questão de base: algoritmos, lógica etc. Sendo a letra “b” é mais de saber as entranhas da linguagem em si.

      A partir daí você desenvolve estratégias, seja voltando alguns passos ou estudando alternativas. Não tem muita receita pra resolver isso, você que vai ter q entender o que é melhor para você.

      Já tendo um diploma na área de TI quem sabe já até aplicar em algum estágio.

      Acontecia muito comigo quando tentei aprender violão por conta: chegava até um certo ponto tocando músicas com acordes mais simples com até certa facilidade. Mas coisas mais complexas eu patinava muito. E mesmo que seguisse praticando eu eventualmente conseguiria, o máximo que eu conseguiria seria tocar aquela música específica. No fim eu não estava aprendendo a tocar violão em si, mas a tocar músicas específicas no violão. Sentia que faltava teoria musical, por exemplo, para seguir.

    2. Sim! Estou no mesmo barco! As vezes parece que meu cérebro “de-sintoniza” do video e eu só escuto “blablabla”. Me parece ser o equivalente, em vídeo, de ler a mesma linha de um texto dezenas de vezes, saindo dela, e voltando para seu início.

      1. Eu também passava muito por isso, e percebi que eu vivia cansado. Telas (celular, notebook) disfarçam bem esse efeito por causa da luz azul, então quando passei a estudar por livro eu percebi a desatenção e o sono excessivo.
        Estou tentando dormir mais, no momento 6h30 e ainda sinto que é insuficiente hahaha. A meta é bater as 8h de sono.

    3. Eu sou analista de sistemas e desenvolvedor backend e frontend (não gosto do termo fullstack que parece ser “faz tudo”, mas acho que sou kkk) e concordo muito com a resposta Rodrigo Santiago em primeiro identificar qual é a sua dificuldade para depois tentar focar nela para resolver.

      Uma coisa que me ajudou muito para aprender programação é criar um projetinho bobo para mim mesmo como um site ou um sisteminha de cadastro para colocar em prática o que aprendi. A partir do básico ia refinando esse projeto e colocando em prática o que era mais complexo, errando bastante até conseguir.

      Salva nos seus favoritos o site Stack Overflow que vai achar muitas respostas de programação por lá e até no Youtube, na minha época eles não existiam. Eu pesquisava muito no Google para achar as respostas do que era complexo para mim.

    4. Para entender melhor: o que você quer dizer que não mantém os estudos por causa da complexidade? Você começa o curso, mas acaba desistindo no meio por medo de não entender ou fica “travado” e não consegui sair do lugar? As dicas práticas dependem mais do tipo de problema, mas é mais preocupante a ansiedade ao meu ver.

      Há coisas de programação que são complexas de entender mesmo, talvez você não esteja preparado no momento ou realmente nunca vá entender. Isso é normal – especialmente para quem está estudando – e não pode ser uma barreira, se não o resultado é ficar realmente estagnado.

      É mais fácil falar que fazer, mas em programação é bom se sentir confortável em estar com dificuldades.

      A gente é ensinado para escolher a carreira por aquilo que gosta e tem facilidade, quando pega algo complicado o reflexo é desistir. Para piorar, hoje em dia é normal ver histórias e conteúdo de pessoas completamente fora de curva, os top 0,0001% de desenvolvimento que não é bom se comparar.

      1. “Para entender melhor: o que você quer dizer que não mantém os estudos por causa da complexidade? Você começa o curso, mas acaba desistindo no meio por medo de não entender ou fica “travado” e não consegui sair do lugar?”

        As duas coisas. Por causa de prazos apertados, eu desisti de uma pós graduação pois senti que não daria tempo de aprender tudo o que era ensinado, já que muitas vezes meu raciocínio travava no meio de uma integral ou derivada para entender o funcionamento de um algoritmo de IA.
        Não vou mentir pra ti que depois de bater cabeça por 3 semanas sem parar, comecei a finalmente entender e a começar a implementar as coisas, mas enquanto eu estava na aula 3 de IA, o professor ensinava a aula 12. Enquanto eu começava a desvendar a lista 1, o professor já lançava a lista 3 para os alunos.
        Fora que eu não entendia nada da aula 4 até a 12, e todo dia me perguntava “como diabos vou dar conta de tudo isso?” enquanto lia as referências dos livros tentando entender o que acontecia.
        O pessoal continua lá, na pós. Estudando como pode. Mas eu desisti, e apesar de estar melhor da cabeça, me arrependo de ter desistido de uma boa oportunidade.

        “É mais fácil falar que fazer, mas em programação é bom se sentir confortável em estar com dificuldades.”

        Eu cheguei a essa conclusão recentemente. Programação é basicamente gostar de e querer resolver problemas o tempo todo. Eu sinceramente achava legal, mas gostaria de pegar distância depois de terminar a graduação.

        “A gente é ensinado para escolher a carreira por aquilo que gosta e tem facilidade, quando pega algo complicado o reflexo é desistir.”

        Concordo, eu gostava muito (ainda gosto) de mexer em tecnologia por hobby, mas como profissão me parece que suporte de TI ganha muito mal, enquanto programador requer certa tolerância a estresse e pressão (que eu sinto que não tenho, ou preciso exercitar). A dúvida é para qual carreira seguir.

        1. As duas coisas. Por causa de prazos apertados, eu desisti de uma pós graduação pois senti que não daria tempo de aprender tudo o que era ensinado, já que muitas vezes meu raciocínio travava no meio de uma integral ou derivada para entender o funcionamento de um algoritmo de IA.
          Enquanto eu começava a desvendar a lista 1, o professor já lançava a lista 3 para os alunos.
          Fora que eu não entendia nada da aula 4 até a 12, e todo dia me perguntava “como diabos vou dar conta de tudo isso?” enquanto lia as referências dos livros tentando entender o que acontecia.

          Infelizmente, é padrão essa dinâmica de sempre ter um entendimento parcial e as coisas se acumulando. Algumas vezes realmente falta base para acompanhar, mas é raro alguém sair das aulas mais técnicas achando que realmente entendeu o assunto.

          Vou admitir que sou meio arrogante, mas o lugar que eu mais me senti mais incompetente foi também na pós de IA que fiz, um mestrado no caso: aulas que não entendia bem, artigos menos ainda, pessoas que pareciam muito mais preparadas e nunca achei minha dissertação muito relevante.

          Se ainda tiver interesse em IA, há muitos MOOCs tipo o Coursera que tem os melhores professores do mundo e com a vantagem de poder seguir no seu ritmo. Acho uma dinâmica muito mais saudável e o conhecimento é basicamente o mesmo, apesar da dinâmica de pós exercer outras habilidades que não conhecimento técnico.

          Concordo, eu gostava muito (ainda gosto) de mexer em tecnologia por hobby, mas como profissão me parece que suporte de TI ganha muito mal, enquanto programador requer certa tolerância a estresse e pressão (que eu sinto que não tenho, ou preciso exercitar). A dúvida é para qual carreira seguir.

          A questão do stress e pressão depende muito da empresa e contexto, mas no seu caso parece muito mais uma síndrome de impostor, um medo de não saber o suficiente para ser programador.

          Não sei o que você estudou ou mesmo trabalhou, mas acho que é importante destacar que IA é uma área diferente de desenvolvimento “tradicional”. São habilidades muito diferentes e, na minha opinião, IA é muito menos acessível sem base acadêmica: ou seja, é mais complicado aprender sem uma formação acadêmica tipo ciência da computação e estatística.

          Acho que vale explorar a área de desenvolvimento, se você só tentou IA direto.

        2. Olha, não sei como é a abertura do seu professor quanto a contatos, mas seria um caso de pelo menos conversar com ele e falar das suas dificuldades. Das duas uma: ou ele vai tentar te ajudar, passar um material alternativo; ou ele vai simplesmente falar “se vira” e você vai ficar ainda mais frustrado. Eu abomino os que fazem da segunda forma, mas sei que são muitos assim (não sei se posso generalizar e dizer que é a maioria, mas dos meus colegas diretos, sim, é a maioria).

          Aprender no seu ritmo não tem problema. Levar 3x mais tempo para entender um conceito não tem problema. O importante é que você aprendeu o conceito e isso vai ficar contigo pra sempre.

          Será que seus colegas estão realmente aprendendo nessa velocidade toda ai do professor? Minha experiência diz que não. De repente estão só fazendo por fazer, pra marcar mais um checkbox na lista de pendências deles.

          Defendendo um pouco seu professor, há uma ementa a ser seguida e um tempo estabelecido. Isso tá errado? Sim. É excesso de exigências? Sim! Por isso eu tento ajudar por fora sempre que possível e usar as tais “metodologias ativas” (que odeio o termo pois o que mais vejo é gente apenas teorizando e pouco aplicando).

          Não se arrependa de desistir. Foi a decisão que pareceu correta na hora que você tomou, com as informações que você tinha na hora. Não seria o caso de tentar voltar? Se ver que está indo devagar a compreensão, não pode trancar a disciplina e tentar no próximo semestre? As vezes isso é necessário e não é nenhuma vergonha.

    5. Sim! Um dos meus arrependimentos foi ter perdido uma vaga em bolsa da Cisco/Fundação Bradesco. Fiz duas aulas e não notei que as aulas eram na verdade um misto de on e offline. Me senti bem defasado – o resto da turma já tinha tentado outras vezes e tinham mais conhecimentos do que eu. Travei e acabei não indo mais. Não posso mais procurar bolsa por causa disto (e não sem razão).

      O ideal é procurar formas de vencer os próprios medos e anseios, seja conversando com amigos, indo a um psicólogo, mas sempre procurando em si as respostas. E mais ideal ainda, sempre procurar sobre o que quer estudar – porque programação em si é uma área ampla. Não conheço sinceramente, mas sei que o ideal é ao menos já ir procurando saber sobre lógica de programação e depois achar uma linguagem que você pode se dar bem

      1. Tô contigo Ligeiro. Eu desisti de uma pós graduação por causa da quantidade insana de conteúdo a ser estudado no prazo de 1 ano. Era possível? É, dos 20 alunos selecionados, 2 desistiram (eu e mais 1), e rapidamente foram substituídos, os outros seguem na luta.

        Para dar conta das matérias, eu estudava das 8h às 22h, de segunda a sábado. Pegava uns domingos também (de 8h às 16h) pra fazer umas integrais e entender como implementar os códigos. Eu basicamente não tava vivendo, apenas estudando.

        Me arrependo de ter desistido pois era uma pós na federal do Ceará, então o diploma teria um peso enorme na minha carreira. Acontece. Por enquanto estou vendo uma oportunidade de bolsa do Google para capacitação em 4 áreas:
        https://ciee-vagas.taqe.com.br/ciee/certificacao-profissional-google?utm_source=landing&utm_medium=lp

        Se quiser dar uma olhada, é 0800, por outro lado precisa se comprometer a terminar em 6 meses.

        1. Falando sobre sua pós, veja sua desistência não como um erro, mas como uma decisão que você tomou e que, na hora, fazia sentido. As vezes eu fico pensando na relação “nome da instituição” x “conhecimento adquirido”. Será que vale tanto fazer um curso numa instituição de peso? Será que automaticamente o conteúdo será tão melhor e mais poderoso que numa instituição menos conhecida?

          Puxa, fiquei bastante interessado nessa certificação. Tenho tentado fazer cursos na área de análise de dados mas de repente essa oportunidade pode ser boa pelos contatos na área que um curso da Udemy (não discutindo a qualidade) oferece.

          Fiquei curioso com o que implica nesse comprometimento de 6 meses. Se eu não conseguir, tenho que pagar? Certificações oficiais na Coursera são tipicamente pagas. Ou é um caso de simplesmente “perdeu”?

  19. Alguém edita fotos no iPad? No iPad eu não uso nada hoje em dia, mas vou viajar…acho que seria legal ter algo melhorzinho que o nativo.

    Hoje eu uso o Apple Photos da própria Apple para gerir a biblioteca e, quando desejo editar a imagem RAW, eu uso o Capture One Express que acho perfeito para meu uso não profissional.

    O Pixelmaetor Photo parece bom para editar RAW com um pouco mais de recursos. Mas tem tantas opções, não sei se tem algo melhor para edição no iPad.

    1. Cara, eu uso o Affinity Photo, mas pelo preço, minha indicação seria justamente o Pixelmator Photo. Há possibilidade também do Lightroom da Adobe, porém com assinatura mensal.

    2. Para o básico, acho o Photos da Apple extremamente competente. E melhorará bastante no iPadOS 16.
      Entre o Affinity Photo e o Pixelmator, testei os dois apenas no Mac. Sou fã incondicional do Affinity Designer, mas não consigo me adaptar ao Affinity Photo. O Pixelmator parece mais poderoso e com uma curva de aprendizado não tão grande.

  20. Lançar polêmica: por que ainda usamos e-mail?

    Sempre tenho essa dúvida. Outras tecnologias com o tempo vão sendo substituídas, mas parece que o e-mail não. Tenho em mente que coisas como o tradicionalismo, o custo e a segurança influencie muitos a continuar com esse meio de comunicação.

    Meu caso, não tenho o costume de usar e-mail. É claro que tem sempre uma verificação para login ou recuperação de senha que é necessário usá-lo. Atualmente, ele tem a mesma função do sms para mim (talvez outra polêmica, mas que fica para próxima).

    Acredito que muita gente ainda use por conta de newsletters, comunicação interna de empresas e até como meio de comunicação geral (esses dois últimos, abomináveis por mim).

    Como é seu uso de emails? O que acredita que o torne tão amplamente usado? Algo poderia substituí-lo?

    1. a pergunta é: por que abandonar um protocolo aberto, transparente, descentralizado e autônomo (independente da ingerência de uma empresa capitalista qualquer)?

    2. O e-mail resiste porque é bom, tem uma base bem pensada e refinada por décadas e é aberto.

      Imagina trocar o e-mail por um Slack generalista ou o Discord, que desgraça que seria.

    3. Uso o e-mail como login, para me cadastrar nos mais variados serviços (hoje mesmo fiz uma compra física numa farmácia e recebi a nota fiscal por e-mail) e também para receber newsletters. Basicamente são esses usos.

    4. Primeiro:

      Comparando com apps de rede social e chats, as mensagens de e-mail não ficam agrupadas por contato. Antigamente nem por assunto, cada e-mail que se recebia era uma “peça” individual. Acho assim mais fácil para indexar e tratar os assuntos. Nos chats toda informação trocada com um contato fica numa linha corrida, e é um inferno quando se precisa encontrar uma mensagem antiga.

      Segundo:

      É um protocolo, não um app. Com qualquer aplicativo e dispositivo que suporte o protocolo você consegue se comunicar. Tem a desvantagem da privacidade, mas, justamente por ser aberto, tem a opção de você criptografar.

      Além disso, se precisar, por algum motivo, dos metadados/cabeçalho completo, é fácil conseguir, pois já está no próprio e-mail. Se for um app de rede social/whatsapp é preciso solicitar à empresa.

    5. comunicação interna de empresas e até como meio de comunicação geral (esses dois últimos, abomináveis por mim).

      O e-mail eu achava um problema quando era o único meio de comunicação digital das empresas, acabava virando a única ferramenta para tudo. Mas acho que é a melhor forma para alguns casos de uso: comunicados em geral, atualizações para a empresa inteira, discussão que envolve terceiros e discussões mais longas e lentas tipo RFC (Request for Comment).

      Além das vantagens técnicas de ser um protocolo aberto, realmente acho que funciona bem para determinados tipo de comunicação. É antigo, mas não ultrapassado.

    6. Ok, as ferramentas de e-mail que temos hoje não são tão práticas em alguns quesitos. É mais fácil por exemplo enviar uma foto para alguém no whatsapp ou um áudio do que em um e-mail. Mas eu gosto da decentralidade do e-mail, de ser um protocolo aberto e de como as mensagens são agrupadas por assuntos e não por contato. Penso que poderiam surgir ferramentas que deixassem o e-mail mais intuitivo para o uso de áudios e imagens.

      1. Exatamente. O que me bloqueia um pouco seja realmente o meio como o é estruturado um ou uma série de e-mails . Há um tempo, vi um aplicativo que se propunha a usar o protocolo usado nos e-mails para gerar chats de mensagens. Esse me pareceu um meio termo aceitável. É justamente a unificação de tudo em um “conversa” que o seu xará comentou acima que o incomodava, que me atraiu. ?

        1. Achei curiosa a ideia agrupar os e-mails como se fosse um chat, hoje eu dia eu recebo muitos e-mails que misturam vários assuntos (o que eu particularmente não gosto) e acabam virando de certa forma um chat, já que o assunto num serve mais pra nada. Talvez para quem tem esse fluxo de pensamento, um e-mail chat fosse melhor, mas aí acho que não parece fazer sentido descaracterizar tanto uma ferramenta para parecer outra que já existe como aplicativos de mensagens que temos por aí.

    7. Basicamente o grande atrativo é eu saber se que eu posso mandar um email pra praticamente qualquer pessoa com acesso à internet no mundo, sem precisar obrigá-la a baixar outro app, criar conta, e aceitar termos de uso abusivos.

      Isso é, acima de tudo, importante para comunicações mais importantes e menos frequentes, claro. Pra conversas instantâneas foi substituído porque realmente não é a melhor opção. Mas pra aquela troca de mensagens na assinatura de contrato com um cliente, processo seletivo de empresas, ou mesmo solicitação de alguma documentação, o email ainda é a melhor opção. Dá pra organizar de n maneiras, e pode ser migrado de qualquer provedor pra outro. Usei Gmail por muitos anos, migrei pro Fastmail e não perdi nada. Sei que posso fazer isso de novo sem problema algum no futuro. O mesmo não aconteceria com nenhum outro “substituto” dele (talvez o Matrix? Mas tá longe de ser amplamente adotado).

      Acho apenas que caiu em desuso porque os apps de email no geral ficaram pra trás. Eles ainda requerem que o usuário o organize de alguma forma, requerem uma manutenção ativa, o que não é lá uma ideia muito popular em tempos de jogar qualquer coisa no Google. O problema do Spam é chato sim, mas ultimamente to achando pior o spam no próprio WhatsApp (que n parece ter filtros tão bons quanto o email) do que nos emails em geral.

  21. Tenho um espaço de 2.41 pra encaixar duas mesas com regulagem de altura, seria dois tampos de 1.20 no limite.

    Eu procurei e achei poucas opções no Brasil do sistema de regulagem. Uma é a Silk, até foram bem amigáveis no twitter, mas cada mesa é 2500~

    Alguma ideia? Opções mais baratas ou faça você mesmo?

    1. Renan, a marca que eu conheço é a GenioDesks, porém, a faixa de preço é bem similar a essas da Silk que você citou.

      Talvez com o cupom de algum youtuber/influenciador parceiro, dê pra dar uma diminuída no valor. Sei do canal do Felps (que fala de automação, não o gamer) que tem parceira com ele, e talvez tenha algum cupom pra baratear.

      Mas, me parece que essa é a faixa praticada pra esse tipo de produto no Brasil.

      1. Muito obrigado, vou dar uma olhada e choramingar uns cupons ;)

  22. Financiar um apartamento neste momento é algo viável? Quando seria o momento certo?

    1. A não ser que seja urgente, aguarde o turbilhão eleiroral passar.

      Se der sorte, o próximo governo ja arruma os programas de financiamento habitacional e dará para comprar de boa.

      Comprar agora é correr risco de pegar um juro alto e depois não conseguir baixar.

    2. um amigo estava no meio do processo de financiamento venda/compra, vendeu antes e quando dilma foi eleita alteraram a porcentagem de entrada, foram uns 3 anos até conseguir a entrada para financiar novamente.

      a taxa de juros só vai abaixar se a inflação abaixar ou alguém forçar (o que faria aumentar a inflação), fora isso a tendência é subir juros se governo gastar mais. e considerando as propostas e pesquisas eleitorais, ou continua como está ou aumenta, cair mesmo só para 2026 com o zema eleito.

      por fim, existe a portabilidade de financiamento, então com uma taxa alta agora, se cair, dá pra fazer a portabilidade mais pra frente.

        1. Imagino que a costura para Alckmin de vice tenha sido essa, o Lula apoiá-lo para sucede-lo nas eleições de 2026. Não creio que o Lula tentará a reeleição. Isso se o Bolsonaro não der um golpe ou virar a eleição.

          1. até onde eu saiba é o único que fala em controlar gastos

      1. Salvo engano na época da Dilma teve uma crise que fez aumentar os juros. Fora alguns problemas de financiamento que o Brasil vinha enfrentando.

        Ah! E também a mudança do “Minha Casa Minha Vida” priorizando empresas.

        Não sei como está agora a questão do financiamento habitacional, mas dado a situação atual, não duvido que tão priorizando grileiros…

        1. dilma segurou os juros, aumentou facilidades, etc. assim que ganhou, jogou pro valor real e o que dava pra financiar com 80% e depois foi pra 50%

          1. Sim, e deu umas crises nos states lá que foi uma bagunça, fora 2013 que ainda estamos numa ressonância desta época.

            Dilma vacilou, mas NÓS vacilamos muito mais…

        2. não deu pra responder na outra mensagem, mas não bota o meu na reta não, eu não vacilei, nem nós vacilamos kkkk se vc vacilou o problema é seu huahuauha

      2. “para 2026 com o zema eleito”

        O Bolsonaro de sapatênis

    3. Fazendo agora ou no futuro, não caia no erro de pegar juros pós-fixados.

      Financiamentos de longuíssimo prazo precisam de previsibilidade. Por mais que seja “mais caro” fazer no pré-fixado, no pós você corre riscos altíssimos.

    4. Ano de eleição acho bem arriscado financiar imóvel, o mercado cheio de incertezas tem chance de pagar altos juros. Uma opção que não tinha na época que financiei o meu é que tem a opção de portabilidade de financiamento, vale a pena se informar a respeito.
      Recomendo financiamento com juros pré-fixados, tente dar uma boa entrada – pode usar o FGTS 1x, tente não comprometer mais de 40% do seu salário no financiamento, tenha sempre uma reserva de emergência, a cada 2 anos (se não mudou) eu usava o FGTS + outros rendimentos para reduzir as últimas parcelas do financiamento.

    5. É bem pessoal isso tudo depende da sua renda, sonhos, planejamento. Eu comprei meu primeiro imóvel em 2015 clássico financiamento de 30 anos e quitei ele ano passado deu cinco anos e alguns meses (taxa de juros era 6,7%ano), mas sempre tive um pensamento de focar na obtenção da renda independente do governo, pq sempre terá um problema atual, Brasil sempre será esse circo.
      Estamos em uma faze de alta de juros, realmente muitos estão segurando em tomar divida com as taxas atuais, mas não tenho como falar para alguém, não faça divida, cada um sabe a sua realidade. è igual esses comparativos de alugar ou financiar, matematicamente um pode ser melhor q o outro, mas nisso tudo entra métricas que não são calculáveis.

  23. Tô querendo comprar um domínio com meu nome pra receber emails e ter um sitezinho estático (talvez um blog no futuro).
    Qual serviço pra essas coisas vcs usam?

    1. Uso o Fastmail para esse caso de uso. Recebo e-mails e hospedo um site estático lá. Depois, se quiser, dá para usar o domínio com o Jekyll, para criar um blog, usando o GitHub Pages — outra coisa que também faço.

      Este link te dá 10% de desconto por um ano no Fastmail. (É meu, eu também ganho um desconto se você assinar por ele.)

    2. Estou tendo uma experiência bastante positiva na Kinghost. Sempre indico.

    3. Uma tática que uso pra economizar, mas não muito amigável de configurar é redirecionar os e-mails do domínio para o seu pessoal. A Cloudflare permite isso ou o serviço ImprovMX.

      Aí pra disparar e-mails pelo seu domínio via Gmail por exemplo, pode abrir uma conta na Sendgrid pro seu domínio. Permite enviar 300 e-mails por dia.

    4. Eu estava pensando justamente nisso mês passado. Já tinha um blog no Github Pages com o Jekyll e queria um email com meu domínio.

      Como eu uso o gmail como email principal, a melhor alternativa que encontrei foi comprar o domínio no Google Domains. Configurei ele para apontar para o GitHub e criei um redirecionamento de email (que o Google Domains fornece), então qualquer coisa@meudominio.dev vai ser enviado para o meu email original do gmail.

  24. Vou passar uma semana em Lisboa em Agosto, vocês tem dicas de locais para ir e – talvez mais importante – rolês ciladas para evitar?

    1. A depender do tempo que você ficará na cidade recomendo:

      1/2 dia pro Oceanário de Lisboa
      1 dia pra rodar no Centro (Bairro Alto e Alfama, Castelo São Jorge)
      1 dia para bairros de Restelo e Ajuda onde está o Mosteiro dos Jerônimos, Padrão do Descobrimento, Torre de Belém …
      1 dia pra visitar Sintra
      1 dia pra visitar Setúbal e o Castelo de Palmela

    2. Meu desejo é um dia conhecer o transporte público de Portugal. Dizem que os bondes são uma ótima atração.

      1. o metrô de lisboa (ou “metro”, como eles dizem) é razoavelmente tardio, mas eficiente e abrange boa parte da cidade

        como é de construção mais recente, as estações com jeitão “pós-moderno” são uma atração à parte

    3. além dos locais turísticos mais “tradicionais”:

      — maat / central tejo
      — museu do oriente
      — museu do aljube (minha visita comentada aqui: https://arquiteturaemnotas.com/2018/02/14/aljube-lugar-de-memoria/)
      — centro cultural belém perto da torre e do mosteiro
      — museu junto ao antigo teatro romano, perto da sé

      além disso, simplesmente caminhar por bairros como alfama, mouraria, chiado e bairro alto é muito agradável (mas não sei como é no calor de agosto)

      ao lado do palácio da ajuda tem o simpático jardim botânico da ajuda (bom pra uma pausa no meio do dia, a depender de quanto está o ingresso agora)

      sobre os pastéis de belém “originais”: eu confesso que prefiro os muitos espalhados pela cidade (mais baratos, inclusive), achei os originais nada demais (e costuma ter fila)

    4. Cilada 1: não entre no Mosteiro dos Jerônimos. É caro e não tem nada. Entre na porta imediatamente do lado, que é a Igreja, onde está enterrado Camões e Vasco da Gama . A Igreja é gratuita e você provavelmente a identificara pela longa fila. Vc vai achar que está perdendo algo ao não entrar no Mosteiro. Acredite: não está perdendo nada.

      Cilada 2: não entre na Torre de Belém. A Torre é bonita – por fora. Vale a pena ir até lá e passear pela área. Mas é isso, não gaste seu dinheiro entrando num tubo de pedra.

      Cilada 3: A Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau (CPPB). Você vai ver muitas propagandas e lojas bonitas da CPPB. Não vá. Custa absurdos 5 euros, sendo que em qualquer birosca um pastel é 1,5. Você vai ver predominantemente gringos ($$$) nesses lugares.

    5. Cilada 4: evite almoçar /jantar no LxFactory. Trata-se de uma área que foi revitalizada, com feirinhas de artesanato e lojas bacanudas. É uma vibe legal. Porém as refeições são extremamente caras e nada demais.

    6. Agora vou dar algumas dicas positivas, de modo complementar.

      1) Palácio Nacional de Queluz. Não se sinta culpado se não conseguir ir pois é bem ruinzinho de chegar lá. Possui um jardim belíssimo e o Palácio tem o quarto onde nasceu e morreu Dom Pedro I, com extensa explicação histórica. Achei o Palácio de um modo geral muito bom de visitar, mas visitar o quarto de Dom Pedro foi bastante especial.

      2) Se você está pensando em comer bacalhau, fui num lugar por recomendação do meu anfitrião de airbnb, que foi provavelmente a melhor refeição da viagem toda e a um preço muito em conta. Restaurante Esquina da Fé.

      3) compra de lembranças pessoais: loja Toranja – tem em Belém ou na Porta do Sol. eles tem site tbm… toranja ponto com. Quadros e estampas muito bonitas e de artistas locais. Recomendo ir na Loja da Porta do Sol para ter uma desculpa para ir lá. Ao entardecer o lugar (praça Porta do Sol) fica muito bonito. Inclusive pode pegar o bondinho pra chegar la.
      obs: voltei de Lisboa agora dia 6 de junho, então está tudo bastante fresco.

      4) viaje para fora de Lisboa. Lisboa é legal mas 1 semana é demais. Tem Obidos que dizem ser um belo passeio. Fui à Evora, que é uma cidade murada com uma ruína romana mirradinha. Chutaria q Obidos deve ser mais interessante. Sintra é imperdível- com tempo bom.
      Minha namorada tirou da cartola uma visita à Quinta Real de Caxias, que é um jardim na cidade de Caxias (colada em Lisboa) com uma cascata artificla muito bonita.
      Como será verão chutaria que Cascais seja um bom passeio tbm. Lembrando que Sintra, Cascais e Caxias tem trem (chama-se comboio) a preços extremamente baratos e horarios frequentes.

    7. Estive muito pouco tempo em Lisboa então não tenho muita indicação na cidade mesmo mas reforço a dica de Sintra, gostei muito e fui multado lá por não pagar o parquímetro — e também gostei disso!

      Reforço também que a Torre de Belém não é muito interessante por dentro. Fica nos arredores que é muito bonito e com sorte vai ter alguma atração por perto. Quando tive lá tinha um grupo de teatro de rua e uma trupe de mágica. Foi bem legal além da criançada correndo e brincando num cenário bonito.
      E perto da Torre tem o famoso Pastel de Belém. A fila é grande sempre mas anda bem rápido e os pastéis são bem gostosos.

    8. Curtir a noite passeando e bebendo pelas ruas do Chiado.

    9. Como esperado, não decepcionou o pedido de dicas no PL, acho que já deu para preencher a semana e talvez até falte um pouco

  25. Meu YouTube é infestado de vídeos de produtividade. Uma subcategoria deles é a do “segundo cérebro”, a ideia de usar sistemas de anotações com links internos, tipo Obsidian e Roam Research, para criar uma espécie de “Wikipédia pessoal”.

    Eu fico intrigado porque meu uso de notas/anotações é beeem diferente: tenho algumas esparsas de referência; outras “vivas”, em que anoto e excluo informações quase que diariamente; e as temporárias, como rascunhos, que excluo depois que termino o trabalho.

    No geral, não costumo ter mais do que 20 notas em dado momento, ou seja, não chega a ser um segundo cérebro, mas uma mera extensão do meu, orgânico.

    Alguém aqui usa essas técnicas de “segundo cérebro”, com dezenas, centenas de notas interligadas? Se sim, qual o caso de uso? Você retoma essas notas com frequência, ou é aquele tipo de coisa que nunca mais é revisitada depois de escrita?

    1. Ghedin, eu já tentei usar esse obisidian e achei inútil para o meu uso.
      Mais trabalho em organiza-lo do que qualquer coisa.
      Acabei ficando nas anotações tradicionais.

    2. O problema é que essas técnicas não são um segundo cérebro. São na verdade um trabalho a mais pro primeiro cérebro.

    3. Tenho uma leve impressão que esses sistemas de anotações “segundo cérebro” são similares a aqueles cadernos de resumos e conteúdos de matérias que a gente escrevia no ensino médio ou até na faculdade, com o benefício de poder fazer as ligações internas. Então acho que esses sistemas teriam bem mais uso pra quem estuda e faz resumos com certa frequência.

      Sobre “retomar” essas notas com frequência, imagino que esse não seja o objetivo principal, da mesma forma que a gente só revisitava as matérias no colégio/faculdade uma ou duas vezes, quase sempre antes da prova, pra revisar. O principal aqui é o fato de poder repassar o conhecimento de forma escrita para outro meio, reestruturando as informações na cabeça. Vi em algum lugar que essa é uma das formas mais efetivas de aprender, ficando atrás apenas de ensinar algo a alguma pessoa (sim, aprende-se ensinando).

    4. Eu uso para fazer anotações de estudos e trabalho. É bem útil, se não exagerar, na hora de organizar projetos com muitas etapas, já que você consegue criar links entre essas etapas e visualizar como um assunto se liga ao outro naquele recurso de mapa visual do Obsidian.

      Eu retomo muitas delas de tempos em tempos, principalmente material de estudos ou anotações metodológicas de trabalho, porque às vezes preciso ensinar alguém a fazer a mesma coisa e já tenho registrado o passo-a-passo. Eu gosto do modelo, mas o começo é meio complicado porque você gasta algum tempo organizando e deixando de uma forma que você goste de usar. A vantagem, ao meu ver, é que se você não usar muita firula nas anotações, elas são portáveis sem perda de formatação para qualquer outro software que surpote markdown e você consegue sincronizar elas com a nuvem, que é uma das coisas que me deixava encucado com outros apps de notas, que, ou não permitiam, ou cobravam para isso. Eu escrevo algumas anotações para estudo pelo computador e reviso pelo tablet depois.

    5. https://www.thebrain.com/ eu gostaria de algo assim mais barato, a ideia é não ter que me adaptar ao método e algo visual.

      funciona para armazenamento de informações de longo prazo, projetos futuros, etc. porém para coisas do dia a dia, nunca consegui fazer funcionar.

        1. por isso falei da parte visual, ele é muito intuitivo, o mapa mental se limitaria à parte visual, esse permite criar links internos, hierarquias, exportar para o formato wiki, adicionar notas complexas, etc.

          no fim, como falei, a principal dificuldade é o quão simples, rápido e intuitivo é usar uma ferramenta, por isso papel funciona tão bem.

          se for pensar, seria como ter esse plugin https://github.com/zsviczian/excalibrain

          como a própria descrição fala: ExcaliBrain is inspired by TheBrain and Breadcrumbs. It is an interactive, structured mind-map of your Obsidian Vault generated based on the folders and files in your Vault by interpreting the links, dataview fields, tags and YAML front matter in your markdown files.

    6. Eu uso o Notion assim.
      Por exemplo tenho uma página para referências. Dentro dela eu separo por tipo. P.ex., uma que tenho usado bastante é referente a textos em LaTeX. Então sempre que eu tenho um problema que quero resolver nisso eu vou fazendo minha pesquisa e testando até conseguir reproduzir 100% do jeito que quero. Quando isso termina, eu crio uma nova página só para isso, com um título descritivo e fica lá. Se eu precisar disso daqui uns 5 anos (já aconteceu, eu usava o Evernote antes) vou lá e faço uma busca e provavelmente vai aparecer isso com base no título da página que eu fiz ou seu conteúdo. Tento ser o mais descritivo possível.

      Outro exemplo seria a configuração do Raspberry Pi que eu comentei e pedi ajuda por aqui várias vezes. Tudo que eu fiz ficou registrado lá com passo-a-passo para repetir se necessário.

      Alguem pode falar que eu simplesmente poderia procurar no google quando precisar novamente. O problema disso é que as vezes tem dezenas de maneiras de resolver isso, nem todas vão satisfazer o que eu preciso. Se, no futuro, eu precisar de algo ligeiramente diferente, eu vou lá e adiciono mais conteúdo à página.

      Já vi o termo wiki pessoal também.

    7. Eu já tentei usar o Obsidian desse jeito, mas não foi tão prático. Ele até funcionava pra coisas mais objetivas, como estudar para uma prova ou concurso, mas com o tempo a visualização ficou estranha, cansativa. Além disso, o Obsidian ainda tinha a questão de não ser fácil de sincronizar com o celular, que é de onde costumo fazer as anotações quando não estou em casa. No fim, parecia uma ferramenta linda, mas pra algum outro tipo de uso. Ainda uso ele pra fichar alguns textos ou livros, mas com certeza é algo bem diferente dos vídeos no Youtube sobre um “segundo cérebro”.

    8. eu uso o notion mais ou menos assim, mas não pra ~~produtividade. faço tipo um diário cultural (mais ou menos igual o letterboxd, mas pessoal e pra tudo-exceto os filmes); gosto de fazer isso pra ter um panorama do que eu venho me interessando, poder revisitar e ver como as coisas mudam ou não, como um diário mesmo. pra trabalho eu não uso não, se eu me desse conta do tanto que eu trabalho eu ia ficar triste.

      as receitas eu tenho organizado lá tb (estavam no simplenote antes, resolvia, mas juntei pra ficar num app só).

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