Por que Google Pixel 7 e não Xiaomi 12T?.

Dos dois lançamentos da semana, em termos lógicos para a maior parte do globo, os Xiaomi 12T e 12T Pro são mais relevantes que os Pixel 7 e Pixel 7 Pro, e não apenas porque os Pixel continuam sendo acessíveis apenas em alguns países do Norte Global, enquanto os 12T estarão disponíveis globalmente.

Os 12T “normal” e Pro se parecem muito: ambos têm a promessa de 3+4 (3 atualizações de versão Android, 4 anos de atualizações de segurança), bateria de 5.000 mAh e carregador 120 W. No entanto, o 12T Pro tem Snapdragon 8+ Gen 1 e câmera com sensor de 200 megapixels (mas sem Leica), enquanto o 12T “normal” tem que se contentar com um chip Dimensity 8100 Ultra e uma câmera traseira de 108 megapixels.

A € 599 (12T) e € 749 (12T Pro), ambos serão um sucesso indiscutível nessas faixas de preço e nesse mercado de “flagship killing” que é disputado especialmente entre as chinesas.

(Os interessados em reviews tem o Xiaomi 12T e o Xiaomi 12T Pro no GSMArena.)

No entanto — e é sempre importante reforçar isso quando se fala de Google Pixel —, a linha Pixel é a realeza do mundo Android. É o telefone contra o qual todos os outros telefones Android são comparados, mesmo que na prática venda pouquíssimo. É o veículo do Google para mostrar para onde o mundo Android deve seguir.

Na atualização anual dos Pixels, o Google usou um termo muito usado no resto do mundo Android em 2022: refinamento. É o chip Google Tensor G2 e sua melhora em consumo de energia e aprendizado de máquina, são as telas praticamente iguais às da linha 6, são as câmeras com algumas melhoras (bem mais no 7 Pro que no 7 “normal”), é a nova temporada de facilidades dos Pixels com doses cavalares de inteligência artificial…

Uma coisa que não mudou? Os preços. Uma coisa que voltou? Os mimos dos Pixels — agora a VPN que originalmente era só do Google One de 5 TB pra cima. Uma coisa que melhorou? Estará à venda em um recorde de… 17 países, Brasil de fora.

Ah, outra coisa que não mudou: coisas que também já eram esperadas: o Pixel Watch, o novo porta-bandeira do WearOS, e o segundo teaser do Pixel Tablet, reforçando a visão do Google para o tablet como parte da casa, já que vai ter um berço próprio que o faz parecer muito um Nest Hub ou Echo Show.

(Aos interessados em “hands-on”, tem os 7 e 7 Pro e o Pixel Watch no The Verge.)


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3 comentários

  1. Minha birra com Xiaomi, além da interface pouco coesa e bastante confusa, é o tamanho dos aparelhos. Sempre me parecem muito largos, desconfortáveis de segurar. Aí fui ver esse lançamento: tem 75.9mm na largura. Quando adiciona a capinha ele fica com, sei lá, 77mm?

  2. A Motorola serve melhor como porta de entrada para o android do que os pixels( já foram inclusive), acredito que a escolha de fazer os pixels seja ter sempre um time que mexa com hardware para diversificação de mercado, se por acaso a europa ou EUA passarem leis regulatórias para frear os lucros do google a saida para ganhar em cima do android vai ser abocanhar parte do mercado de harware, enquanto isso não ocorre a escolha deles é fazer inovações que podem criar novas estratégias comerciais com o android, e criar um ecosistema em cima desses aparelhos (também como forma de tentar diversificar o mercado)

  3. “Por que Google Pixel 7 e não Xiaomi 12T?”
    Compraria por causa do Android. Minha cara Xiaomi, se eu quisesse algo com cara de iOS, eu comprava um iPhone.
    Outro aparelho que compraria fácil é o Pixel Watch.