Os anos 90 foram parte do início da internet comercial – essa que nós participamos até então.
Sites foram abertos, fechados… tecnologias foram incorporadas ou deixadas de lado …
Fica a questão genérica deste fim se semana do dia das mães (abraço a todas!): o que você sente falta que não viu mais por ai, ou se até mesmo no web archive, só tem um site descaracterizado? Vale tecnologias também – como ICQ por exemplo.
Por isso que falei “na internet” também – sei de gente que está antes do www e provavelmente mexeu com BBS (perdi este bonde)
Pra falar a verdade eu adoraria reclamar de uma coisa bem abstrata (nem tanto assim, pensando bem): sinto falta de chegar onde eu quero chegar. Antes a grande questão era a velocidade, demorávamos pra abrir um site, baixar uma música, mas sabíamos mais ou menos aonde chegar. A velocidade aumentou e achamos que chegaríamos mais rápido onde queríamos. Isso não se realizou, a velocidade foi direcionada para os trackers, anúncios, algoritmos, tecnologias viciantes com as quais, a despeito da nossa velocidade, chegamos onde elas querem nos levar, não o contrário. E isso, porra… isso é um cansaço diário.
bingo!
Muita falta de uma internet leve, simples.
Menos js, menos paginas dinâmicas, menos operações entre domínios distintos.
Antigamente (me senti com 100 anos agora ao falar antigamente) visitar um site era somente visitar um site. Hoje visitar um site é trafegar informações por uma miríade de servidores distintos.
Se antes um software fazia uma ou nenhuma requisição a internet, hoje qualquer software faz centenas de requisições por dia.
Pode parecer exagerado, mas o uso excessivo (ao meu ver) de telemetria faz me sentir como se eu fosse um experimento em curso.
As vezes eu só quero abrir um site, rir um pouco, ler um pouco, admirar ou aprender algo e clicar em um link que seja exatamente o link destino (sem encurtadores ou links para medições de acesso).
– Lembro que quando comecei a entrar na internet, amava o mIRC e conversar com as galeras desconhecidas. Quando o MSN começou a galera toda migrou e eu fiquei pensando: pow, aqui só converso com quem já conheço….
– Descobrir muitas músicas desconhecidas do pink floyd, ROIOS com o audio galaxy, que era uma espécie de p2p só que diferentão.
– (isso aqui não sinto falta) Levei 1 semana para conseguir baixar na internet discada o instalador do Nero (aplicativo para gravar CDs) com seus 20MB, utilizando o gerenciador de downloads GetRight.
– O site do WinAjuda…. esse aqui o Ghedin pode falar com mais propriedade hehehehe
– O orkut e suas comunidades (úteis, inúteis e engraçadas), quando entrei precisava de convite e ainda era tudo em inglês, era tudo mato heheheh.
O reddit com seus subreddits supriu minhas saudades do Orkut, ele funciona quase igual as comunidades. Perfis de usuário por enquanto nao existem, e predomina anonimidade mas acho que eh possível colocar seu nome e uma imagem, se quiser.
porra, audio galaxy!!! essa tu desenterrou . boas lembranças
Tiozões sem redes sociais.
Vou dar uma de chato
se tem 30 ou +, o tiozão “somos nozes”
(e o jardineiro é Jesus)
Tiozões antes das redes sociais mandavam e-mails com ppt. Outro dia fui procurar contas de e-mails antigas e achei alguns e-mails de 2005.
Encontrei fake news política, charges toscas, ppts e textões com teorias da conspiração. Na época lembro que eu achava tosco mas engraçado.
A raiz da era da desinformação já estava plantada há muito tempo.
Fake News é na verdade um termo que tenta envernizar o original: Mentira. Ou Notícia Mentirosa, na tradução literal.
Sempre existiu mentiras, o problema é ter brigado mais para permitir ela “sob o julgo da liberdade” quando a internet começou a popularizar. divago…
eu lembro que ainda nos anos 90 circulava entre meus tios umas folhas de papel impressas com aquela teoria bizarra de que bill gates era o diabo — coisa que era mandada por e-mail nos primórdios da internet e mesmo assim atingia gente que ainda nem sonhava em sequer ter um endereço de e-mail
ou seja: o tiozão encontra o meio pra veicular sua bizarrice não importa a dificuldade :)
e a piadoca sem graça existe até hoje por aí: http://www.novomilenio.inf.br/humor/0004h062.htm
Um ponto sobre mentiras e comunicação é lembrar da transmissão de rádio do “A Guerra dos Mundos”, que por incrível que pareça é considerado também uma das primeiras notícias falsas transmitidas.
E bem, informação falsa SEMPRE existiu. No que culturalmente chamamos de “comunicação moderna”, também teve vezes que houve falsos alarmes e informações distorcidas.
O problema não é “só o tiozão”, já falei que “tiozão somos nozes” (e o Jardineiro é Jesus :p). Até porque eu tenho 40 anos.
O problema é nós humanos e nossos problemas de comunicação, mas aí o debate quem sabe a gente abre outro post por aqui no Órbita, no Reddit, em alguma instância Mastodon… aqui falemos de coisas nostálgicas. :)
Pô, tanta nostalgia e esqueci de lembrar que tá chegando a segunda temporada do podcast Primeiro Contato essa semana! Quem apoia já pode ouvir o primeiro episódio, que tá fantástico. Aqui: https://www.b9.com.br/shows/primeirocontato/
(Desculpa a propaganda, só sou fã, não ganho nada com isso hehe 😅 Pode apagar o comentário se achar melhor)
kkkkk admito que jurei que era o Rodrigo Ghedin deixando spam passar despercebido.
fiquei pensando no que escrever aqui nos últimos dias porque sinto falta de muita coisa
mas acho que o que sintetiza isso é: DESACELERAÇÃO
até uns dez anos atrás a web ajudava a gente a desacelerar e hoje é o oposto: redes sociais, aplicativos de mensagens, etc — tudo isso deixa a gente mais acelerado e neurótico
não que a web fosse “lenta” — muito pelo contrário, embora todos nós gostemos da ideia de “web lenta”
a questão é que ela tinha um ritmo agradável
isso tem a ver com tudo o que já foi dito: estímulo ao amadorismo, estímulo ao fazer porque é agradável e não para monetizar, estímulo à conversa, etc
não acho que o problema tenha sido a hegemonia do vídeo sobre o texto que ocorreu nos últimos dez anos: a gente pode ter uma relação muito mais saudável com o vídeo sem essa neurose toda
Quando surgiu um tipo de video blog, que são as pessoas que tem gosto por algo e usam o vídeo para debater sobre isso, creio que foi um dos melhores exemplos de produção de vídeo que entra na linha de um papo saudável. Quando o Ghedin indicou o LGR (eu achava estranho no começo, depois peguei gosto), entendi o porquê. E o LGR vem da linhagem do Techmoan (um cara que é colecionador de gadgets e audio/video), do 8 Bit Guy (que começou com videos sobre iMacs) e outros (Databits, VWestlife, Phil Computers Lab, etc…). Vídeos bem simples e diretos ao assunto, além de leves e feitos por alguém que curte estar fazendo aquilo.
Quando o YouTube mudou a forma de monetizar, eles meio que mudaram um pouco o foco mas não deixaram de publicar videos interessantes.
Sinto muita falta de conversar com as pessoas por e-mail, como se fossem cartas. Durante muitos anos, de uma a duas vezes por semana, eu e minhas amigas trocávamos longos e-mails, naquelas threads infinitas, como forma de manter o contato (especialmente para as que estavam morando fora).
Hoje, é claro, temos um grupo no WhatsApp, mas não é a mesma coisa. O que chega mais perto é uma amiga com quem troco “áudios de domingo”. Basicamente, uma vez por semana, uma manda para a outra áudio(s) mais longo(s), tipo podcast, contando da vida.
Eu vejo muita gente falando da falta que faz o Google Reader, mas não é dessa ferramenta em si que sinto falta. Hoje temos ferramentas parecidas que atendem razoavelmente bem. O que faz falta de verdade é o conteúdo que a gente tinha no Google Reader e que já não existe mais. Não temos mais blogs como antigamente, nem conteúdos despretensiosos, sem uma “agenda” por trás, algo a ganhar, lucrar etc.
Alguém comentou aqui e eu concordo: era muito bom conhecer pessoas pela internet, em comunidades e fóruns, por interesses em comum etc.
Como falei abaixo, não sou tão fã do e-mail. Mas entendo e admiro este seu sentimento.
Isso diz muito sobre a sorte e o prazer amizades, e isso é muito bom.
Corrigindo atrasado a última frase, pois ficou totalmente truncada.
Isso diz muito do prazer e da sorte de ter boas amizades, e isso é muito bom. Ter amigos que dá para ter este tipo de papo é algo raro, diga-se. :)
(Desculpe o transtorno, e quem for da equipe de moderação, só pegar o parágrafo. :) )
Para mim, as newsletters contornaram essa falta de ler textos mais longos, mais elaborados que eram publicados em blogs. Elas realmente salvaram a minha experiência na internet nesses últimos anos.
Sinto falta de ficar o dia todo no PC no final de semana jogando aqueles RPGs online junto com amigos. Não sei se os jovens hoje em dia tem esse hábito ainda.
Sinto falta de conversar pelo MSN, quando a gente ligava o PC espeficificamente pra ficar conversando e navegando pelas redes sociais durante algumas horas. Diferente de hoje em dia, que a gente tá a qualquer momento conectado pelo celular e navegando enquanto faz outra coisa.
Parando pra pensar, além da mudança tecnológica, eu sinto que houve uma mudança na época da vida também. Onde antigamente eu tinha mais tempo livre e não tinha muitas responsabilidades, e navegávamos na internet sem muita pretensão e até mesmo com alguma inocência, como se as redes sociais fossem apenas coisas pra passar o tempo, sem haver muitas consequências.
Admito que ative a nostalgia de muitos com este post. :)
A interação no começo da Web 2.0, de construir um blog no WordPress do zero. Dos domínios kit.net, dos fóruns, das amizades. Dos chats limitados no MSN.
Eu acho que isso dos blogs me pega demais, pq você ia descobrindo um mundo dentro de outros. Lembro que li um review de algum dos primeiros cds do strokes num blog chamado “rock de índio” e através dele cliquei (por motivos óbvios) num hiperlink “fotos da sandy pelada”, onde conheci o trabalho do Ronald Rios (que mantinha os dois blogs). E através dele, metade da timeline que segui sem interagir do começo ao fim do Twitter.
Baixar músicas no queimar num cd-rw me faz falta. Magia.
Esse “rock de índio” também lembro (mais do nome do que do conteúdo).
Isso de baixar mp3 e gravar CDs também é algo nostálgico (Nero burning rom). Desbravar o Napster, KaZaA e eMule, ficar na expectativa do download terminar.
E lembro quando os CDs players começaram a ler arquivos mp3, não estávamos mais limitados aos 90min de música
Não é tão dos primórdios assim mas um negócio que eu adorava era um site que tinha inclusive a sua própria extensão pro firefox chamado StumbleUpon. Toda vez que eu clicava no seu ícone na minha barra de extensões eu era jogado pra uma coisa completamente diferente e inesperada e lá eu poderia dar um like ou dislike para ir refinando o pseudoalgoritmo de refinação das próximas recomendações. Conheci muita coisa legal lá mas o que eu realmente gostava era dessa sensação de mergulhar no desconhecido.
Talvez tenhamos chegado num nível de refinamento das indicações personalizadas que mesmo que existisse algo assim hoje em dia esse serviço dificilmente conseguiria me surpreeender tamanho o nosso condicionamento
O indieblog.page faz algo parecido, mas com blogs: um botão que te joga para algum post aleatório dos blogs cadastrados na base deles. Tem vários feeds RSS (diários, semanais, com um ou dez posts) que dão uma dose periódica de imprevisibilidade.
Ghedin, você tem mais links que facilita o trabalho de achar mais blogs?
Tem alguns diretórios de blogs, infelizmente todos em inglês. Tem esse The Forest, por exemplo, e os vários “clubes” de sites — que mencionei numa newsletter de links legais recente —, como o NoJS e o textonly.
Alguém conhece algo semelhante com blogues exclusivamente em português?
Fica a sugestão de na sexta abrir um post no órbita para isso.
Eu gostava dos sites das bandas e como eles disponibilizaram seus conteúdos. Eram muito interativos. E hoje muitas bandas apenas tem rede social e pra mim não tem muita graça.
Eu gostava dos blogs de música, dos fóruns, e do compartilhamento de arquivos e de como os eventos culturais eram divulgados antes.
Nunca fui muito apegado a rede social, mas quando ela começou a ficar mais presente eu entrei na onda e me sinto perdido no meio de tanta propaganda e vídeo. É difícil achar outros tipos de conteúdo.
Sinto falta de acreditar que a internet seria ainda melhor futuramente, como se vivêssemos o início de algo muito maior e melhor para a sociedade, que beneficiaria a humanidade. Algo que eu não consigo acreditar hoje em dia.
Era um pensamento utópico, tal como colocado pelo André aqui
Pode ser que dado muitos de nós sermos bem jovens na época, tínhamos alguma esperança de mudança.
Aí viramos adultos, vimos quem era amigo se afastar ou virar inimigo, entramos em conflito com outras pessoas para manter o que temos nas mãos, entramos na roda do capitalismo tal como hamsters na rodinha da gaiola.
Hoje virei algo entre cínico e estóico, ou sei lá – ainda me devo consultas no terapeuta. Meio que desacreditei de tudo e vivo a vida um dia de cada vez. E agradeço por ainda ter algum conforto ao mesmo tempo que me pergunto porque ainda cometemos escolhas políticas erradas que botam pessoas para morar nas ruas… perae, tou saindo do tema… enfim…
Acho que talvez o mal é que pensamos no “1 milhão de amigos” que o roberto carlos canta, e quando fomos ver, o “1 milhão de amigos” virou “1 milhão de views” do vídeo do cara desperdiçando comida e todo mundo gerando audiência e dinheiro para o cara… :\
Provavelmente de conhecer pessoas. Havia algo que te movia a socializar. Hoje em dia quem é sã corre do campo de comentários. Não havia bolhas, vc conhecia alguém com gosto parecido e ela te mostrava mais um monte de outras coisas legais.
Sinto falta de caçar papel de parede! Era algo tão raro.
Descobrir programas de personalização no baixaki
Não relacionado mas relacionado, as lan houses. Não era o lugar mais confortável do mundo mas sem dúvida um evento, saber que vc tem poucos minutos ali para aproveitar
Acho que é isso
Parte da minha (pouca e péssima) experiência em manutenção de computadores se deu ajudando lan houses. De fato, foi uma ótima lembrança essa.
Das de conhecer pessoas, lembro-me que participei de fóruns de animês e foi um dos poucos espaços que me senti seguro e legal para conhecer outras pessoas (um ponto a turma do Gizmodo da primeira geração de comentaristas também, diga-se, e outro ponto a uma das levas de turmas do Skyscrapercity que me fez dar valor ao transporte público além de conhecer por dentro a CPTM!).
D3 n40 t3r qu3 35cr3v3r 4551m, 1gu4l 4 um 1d10t4 pr0 4lg0r1tm0 n40 d3t3ct4r 3 d3rrub4r t3u p05t 0u tu4 c0nt4.
23 V06 n41 f414r b3s10ir4 t1p0 “1mp0270 3h R030”, 9r0v4v31M3n10 a moderação (e não o algoritmo) libera os comentários. ;)
Realmente
Falando bem sério, problemas de moderação e conflitos a ponto de impedir acessos sempre existiram. O problema maior foi creio que lá pelos anos 2000, quando se popularizou muito a “cultura troll”.
Quanto mais esta corda foi esticada, mais foi necessários mecanismos automatizados de moderação, que impedem por exemplo um comentário em um ambiente onde há um “senso comum” relativo a um tema.
Talvez o sistema de moderação atrapalhe um pouco, mas infelizmente isso é um dos resquícios dos comportamentos negativos do passado.
Achar que “imposto é roubo’ agora é crime.
Ué, por mais que eu odeie ironia / sarcasmo, de vez em quando eu uso.
Reveja as respostas que eu pus e pega o contexto. Ninguém tá falando que esta frase é crime. Mas sim que dependendo do contexto, esta frase define o tipo de pessoa que está comentando e com isso dependendo do local onde está debatendo, a moderação pega o cara e regula o comentário ou a própria pessoa.
Eu não fico no fórum do Novo falando que tem executivo membro de organização criminosa… :p
É que o usuário falou sobre algo que acontece e não necessariamente está veiculado à conteúdo sobre política, fóruns ou algo do gênero.
No Workana, por exemplo, se você deseja agilizar o pagamento com um cliente precisa escrever o pix dessa forma, porque se a plataforma detectar sua escrita, ela barra a mensagem. E nem todo freelancer pode esperar o pagamento cair no começo do mês, né? :p
Quanto à fóruns de política, não faz sentido fazer posts de esquerda em um fórum de direita, e vice-versa. E, no ambiente atual absolutamente polarizao (e idiotizado) a tendência é piorar.
Novamente: o problema aí seria a plataforma de comunicação que tem (no que você considera) problemas de moderação. Se é uma plataforma de freelancers, não vejo problema em juntar uma turma e cobrar os responsáveis para mudar esta política. E caso eles não aceitem, quem sabe vocês montam outra plataforma?
E em uma condição ideal, não seria problemático ter discussões sobre espectros políticos diferentes em um mesmo ambiente. Só que ser humano as vezes quer agir de forma “territorialista” – até no plano das ideologias, então qualquer coisa que ameace o território dele (ou status quo), o bicho vai rosnar e reagir como qualquer outro animal (sim, ser humano também é um animal, diga-se :p ).
Sinto falta dos fóruns. Fiz muitas amizades ali, algumas eu mantenho até hoje. Tinha o fórum do Red Hot Chili Peppers Brasil, que era mantido em conjunto com a comunidade do orkut, a finada cmm=2190. Fiz vários amigos ali e mesmo morando a milhares de km de distância, nos encontramos em eventos como o Rock in Rio e etc. Foi uma época muito boa!
Hoje em dia é tudo “grupo no zap”
Sinto falta da ignorância utópica que mantinha nos primórdios da Internet, ao lado de outros filósofos otimistas, que acreditavam na arquitetura aberta e descentralizada da Web combinada com a autonomia técnica proporcionada pelas aplicações (aquilo que chamaram, comercialmente, “web 2.0”). Isso foi antes do processo de “tecer laços” se transformar apenas em “espuma para engajamento”.
Também sinto falta de tempo para escrever sobre essas coisas. Mas isso não tem a ver com “a internet”, acho.
Sinto falta de “desbravar” e conhecer coisas novas. Atualmente parece que eu tenho um roteiro de acessos e que ele é sempre o mesmo, sem novidades.
Sinto mais preso consumindo conteúdo de entretenimento dentro do Instagram ou YouTube. Em sites isso quase não existe mais para mim.
Quando tenho algum tempo livre no computador para me distrair, abro uma nova aba e não sei para onde ir se não quero algo do YouTube.
Comentaram por aqui sobre o Google Reader. Lembrar dele me traz uma nostalgia. Eu tinha muitos feeds de design, fotografia, tecnologia, gastronomia e notícias. E aquele número 1000+ que era quase impossível de zerar.
Um bônus aqui para o Órbita, que resgata um pouco dessa web antiga. Quem aí lembra do Ueba? Era um agregador diário de links, desde blogs até galerias de fotos de carros. Conheci muita coisa nova por lá, no longínquo ano de 2003~2004.
Se não engano, ainda está no ar. Óbvio que não é mais a mesma coisa, mas outro agregador que tinha era o Ocioso. Em seu auge tinha mais de 300 links novos todos os dias. Fui ver ontem por curiosidade, tinha apenas 13 links novos.
Blogs.
2009 foi quando tive a oportunidade de ter um PC razoável em casa. Peguei um pouco da época boa de blogs que tinham um visual único em cada um (principalmente os voltado a deskmod no WordPress.com, isso faz parte de como vejo a internet hoje). Antes de ter um PC, só podia acessar internet por PCs de parentes ou as lans.
Tive o prazer de poder acessar blogs onde as postagens na página inicial não parecia que você estava andando em centro de cidade grande.
A ideia era chegar da escola, jogar bola com os amigos e depois poder acompanhar os blogs. Nem usava favoritos, sabia de memória de todos os blogs que gostava. Sempre era um brilho conhecer blogs novos.
Esses blogs definiam de cara a personalidade de quem fazia. E diferente de todo o alarde que redes sociais fazem as pessoas fazer por atenção, esses blogs faziam você conhecer melhor as pessoas que postavam.
Também acho muito legal os antigos blogs estilizados. Tem alguns que eu acompanho hoje em dia de pessoas completamente desconhecidas mas que ainda mantém e de tempos em tempos gostam de alterar o layout. Queria ter a mesma habilidade de decorar o HTML.
Acho muito nostálgico quando encontro blogs antigos, como alguns blogs de fã-clubes de séries da disney.
Acredite, não é muito complicado. Hoje existem vários sites que facilitam o trabalho, desde escolha de cores até geradores de código (e não falo de IA).
Você pode estilizar barra de rolagem e até mesmo gerar degradês.
Que legal ler isso hoje, e saber que fiz parte dessa época – por sinal, se você foi dono de um desses blogs, eu provavelmente o conheci, pois seu nome não é estranho hehe.
O meu WindowsNET está lá até hoje (com a eterna url http://marlonpalmas.wordpress.com , que quando descobri que deveria ser o nome público do blog e não meu nome de usuário, era tarde demais :P) com o visual de 13 anos atrás infelizmente já em parte corroído pelo avanço de tecnologias implantadas forçadamente pelo WordPress. “A internet” pra mim durante muitos anos foi desbravar blogs desse gênero, e sempre que tenho a oportunidade gosto de lembrar que a minha porta de entrada para essa parte da internet foi nosso querido Rodrigo Ghedin e seu icônico “DeskMod” e “WinAjuda”. Outros tempos…
Acredito que a gente deva ter conversado uma ou duas vezes (apesar de ver os blogs, eu não era muito enturmado).
Gostei muito do review que fez do SSD Ramsta e seria muito legal se você voltasse a postar. 😁
O que mais sinto falta é que navegar na internet era quase como uma aventura. Você se conectava e era transportado pra um lugar onde tudo era novo e interessante e você nunca sabia o que ia encontrar. Os sites eram criativos e diferentes, a web em si era usada como forma de expressão artística, não só o conteúdo publicado nela.
Claro que hoje ainda existe criatividade, mas ela é empacotada e compartilhada da mesma forma em 3 ou 4 plataformas sem “alma”, pra criar engajamento, ganhar likes, etc.
Agora estamos conectados o tempo todo e entramos algumas vezes por dia nessas plataformas, quando estamos entediados, pra ser alimentados com esse conteúdo genérico por algoritmos otimizados pra roubar a nossa atenção pelo maior tempo possível, só pra que eles possam mostrar um número bonito pros investidores no final do trimestre.
Concordo em 100%. Mas ao mesmo tempo essas plataformas democratizaram esses “perfis” das pessoas nas redes. Elas facilitam muito a criação destes perfis. Hoje em dia também não há tanto espaço para as pessoas personalizarem suas páginas. Quase tudo é visto em uma tela minuscula de celular.
Ao mesmo tempo em que o Tik Tok é horrível e completamente algoritmizado. Muitas pessoas que antes não tinham acesso encontram sua visibilidade por lá.
Sim, com certeza! Na internet antiga, mesmo com ferramentas tentando facilitar (Geocities, HPG, Blogger, etc), ainda era tudo muito restrito. Hoje é muito mais fácil publicar e a audiência é incomparavelmente maior. O preço que a gente paga é quase tudo ser igual e “sem sal” e um esforço muito maior na curadoria.
Era isso que eu queria por em palavras. Na época dos blogs simples em HTML, existia alguma necessidade de esforço em conhecer onde por, como fazer. Hoje as ferramentas das redes sociais simplificaram como a pessoa pode ser visível. Nem falo do TikTok pois nunca instalei, e pelo que noto há pessoas que agradecem pois conseguem fazer alguma mínima renda com o o conteúdo. Mas como não sei os pormenores do sistema (e tenho medo de saber), então não consigo emitir muita opinião sobre.
Sem dúvidas o carisma que a web tinha. Todos tinham seu canto no Geocities, personalizavam do jeito que queriam e cada “cidade” nova era uma experiência totalmente diferente. Mesmo as redes sociais no começo permitiam o usuário personalizar sua página de forma bem ampla, coisa que as redes sociais mataram tempos depois. Os sistemas operacionais “mainstream” (no caso, Windows) eram mais personalizáveis e tudo parecia ser muito mais responsivo.
Toda a magia de navegar, surfar na internet era muito melhor que agora. Entrávamos no MSN e esperávamos aquela notificação subir quando nosso amigo preferido ficava on-line. Participávamos mais de fóruns, que são muito mais organizados do que comunidades no Discord.
Por último, não consigo deixar de perceber como spyware era algo tão temido antigamente, as pessoas tinham medo de serem espionadas e hoje usam os aplicativos e serviços mais suspeitos que veem na frente.
Acredita que nunca usei o Geocites? Acho que sobre isso merece um post a parte sobre a história. :)
E boas lembranças. Quanto a questão do “spyware”, entendo que houve uma forçada de cultura do Google.
A “barra do Google” meio que virou algo comum no passado, tolerado pois aparentemente não fazia tão mal. O ruim era ver aplicativos instalados indevidamente (clique errado em algum lugar ou anúncio) que deixavam o PC pesado, e o pior é que até hoje isso existe (quem aí já foi para ajudar amigo, parente ou cliente para desinstalar o “Segurazo”?)
Hoje em dia esses PUPs deram uma desaparecida – no máximo nós temos aplicativos que tecnicamente são úteis, mas possuem opções mil vezes melhoras: uTorrent, Bittorrent, Avast e por aí vai. O que vejo muito hoje em dia são navegadores com milhares de notificações que variam de phishing, sensacionalismo e pornografia e extensões maliciosas que roubam dados.
Na verdade, isso até me lembrou de uma coisa: antigamente malwares eram feitos por lazer, pra gozar da cara do usuário “burro” que executou ele e irritá-lo ao máximo. Hoje em dia são silenciosos, quase imperceptíveis e tem como único objetivo fazer dinheiro.
As vezes acho que estes caras que faziam malware por diversão para atacar “burros” não são diferentes (na verdade podem até ser os mesmos) dos caras que fazem malware por dinheiro. Ao meu ver, não tão diferente da mentalidade do salnorabo, diga-se.
Sou GenZ e honestamente? Sinto falta de qualquer coisa funcionar direito.
Clicar com direito pra abrir uma nova guia não funciona mais porque nada mais é link, tudo demora entre 5 a 10 segundos pra abrir independente da velocidade da net, o botão voltar não funciona porque a navegação é dada por manipulação constante de DOM, e por conta disso o Ctrl+F não funciona.
Tem páginas que preciso abrir, e usar o ctrl+f5 pra abrir direito (oi Gmail).
Gambiarras bizarras pra bugs muitos específicos (dica pra quem sofre com o app android do Crunchyroll: se travar, só abrir o “gerenciador de janelas” e restaurar o app, pronto, volta magicamente).
Enfim, resumindo: sinto falta da época onde o Vale do Delírio entendia o conceito de “Prazo razoável” pros programadores poderem criar um trabalho enxuto sem pressa.
A web realmente sofre com as tentativas incessantes do Google em “app-ficar” tudo.
A extensão StopTheMadness, do Safari (iOS e macOS, apps/extensões distintos), tem um punhado de controles para evitar esses “assaltos” de funcionalidades nativas do sistema operacional pelos sites. É meio cara, mas o tipo de investimento que vale para gente como nós, que só quer que sites se comportem como tais. (Dia desses teve promoção.)
Posso estar errado, mas essa extensão é solução pra problema que não devia existir. E nem estou reclamando da extensão, gostaria que tivesse algo semelhante pra Chrome ou FF.
Me lembrou de posts que falavam o trabalho que dá fazer um app/site para diversos aparelhos diferentes (de diferentes resoluções e tipos de sistema ou navegador).
Ao mesmo tempo que temos N diferentes formas de acessar algo, tal como o Ghedin põe, muitas vezes querem centralizar o acesso em um aplicativo para supostamente tentar controlar a forma do acesso.
Não se pensa em usar formas que já existem, tentam reinventar a roda e no final a roda fica desalinhada e com problemas.
Um ponto extra nisso é que não existe padronização por exemplo em formas de usar um certificado digital. Para cada site que pede um certificado digital, precisa-se de um plugin ou programa especifico para tal – quem lida com algo como governo ou justiça já tá pensando nos assinadores digitais e PJEs.
Na verdade este problema acaba sendo antigo devido a uma falta de busca de padronização.
Sinto sua dor, mas não posso deixar de comentar que ri com o “tudo demora entre 5 a 10 segundos” numa mensagem sobre internet dos anos 90 😅
Acho que naquela época nada carregava antes de 10 segundos, mas geralmente era bem mais do que isso.
De fato a internet discada ajudava nisso de demorar, mas os sites de certa forma eram bem leves em relação aos atuais.
Demorava bem mais que isso, né? Os ganhos em velocidade das conexões e dos próprios navegadores sempre foram neutralizados pelo “bloating” dos sites e aplicações, mas, na média, a internet hoje é muito mais rápida que nos anos 1990/2000.
resumindo: propaganda demais pesa (e encarece) a rede.
Também vou soar hipócrita digitando isto do meu celular, mas aquela coisa de que a gente não ficava conectado o tempo todo, que vc tinha que ligar um desktop pra se conectar e depois td acabava ao desligar. Como uma espécie de ritual com início, meio e fim e não esta conexão contínua e interminável de hoje em dia.
Rapaz, essa é bem filosófica!
O meu celular hoje tem basicamente o navegador, alguns aplicativos básicos obrigatórios socialmente (coisas governamentais como documentos) e bancos. E só. Não uso redes sociais que nem doido – err… minto, na verdade ainda vejo o Facebook para ver anúncios no PC. No celular não uso o APP e o próprio Facebook limita muito o uso via navegador no celular, sempre insistindo o uso no app e obrigando o uso do Messenger (não uso o app, mas uso o modo desktop no celular e quando raramente preciso, converso desta maneira).
Meio que defini que não preciso tanto no celular, o que tem já tá bom. O único comunicador que tenho usado é o Whatsapp, não usando Telegram (peguei ranço) e Signal (daria trabalho convencer familiares a usar).
Em casa, o notebook que tenho uso tipo que “ligando e desligando”. E só o navegador, fechando a aba quando acabei o que tinha que acabar no site, seja comentar aqui, ver um vídeo ou ver os e-mails.
Acho que o que falta é mesmo assumir o ritual. De fato o celular acaba nos deixando “eternamente conectados” – isso se de facto nós precisaríamos sempre depender desta comunicação, seja para familiares, amigos e colegas de trabalho. Na prática, é individual – dá para dispensar o celular se ou a pessoa tem um trabalho que não dependa deste tipo de comunicação, ou tenha uma cultura que consegue convencer os outros de que para procura-lo, o celular não é o melhor caminho.
Cara. Você tem um bom ponto. Eu também sinto falta disso e de alguns comportamentos sociais que fazem falta. Como o de usar e-mail para questões de trabalho. Usar a criatividade com letras, símbolos e números ao invés dos emojis :p . Não me sentir obrigado a responder uma mensagem do whatsapp assim que recebo e caramba, era tão legal quando as pessoas se reunião na praça no final de tarde.
Sinceramente não sinto tanta falta do e-mail. O excesso de spam e a ideia de escrever carta de forma formal meio que me fez eu torcer o nariz em relação ao e-mail.
Boa, me sinto contemplado nessa. Hoje estamos conectados o tempo todo…
Opa, desculpa meu comentário acabou cortado. Mas voltando, penso que muito é por causa das notificações que recebemos o tempo todo. Antigamente tínhamos que já estar no desktop e conectados à internet para receber qualquer notificação, hoje ela chega em qualquer hora do dia.
Um exercício interessante é desligar todas as notificações do celular. Não digo para deixar no mudo, ou algo assim, mas é desligar mesmo, sem msg na área de notificação. Eu deixo apenas nos apps que uso com a família. É libertador.
Talvez fuja do assunto, mas é algo que sinto falta é da época que a Internet não “dava dinheiro”. Estou tentando não ser hipócrita porque meus trabalhos hoje são por conta da Internet. Estou me referindo àquele tempo que as pessoas postavam apenas por compartilhar. Lembro que era comum encontrar blogs que as pessoas criavam com fotos de casamentos, viagens, férias. Sites de gifs e “brilhinho” por todo lado. Os vídeos do YouTube eram totalmente diferentes, não havia engajamento, retenção e essas coisas todas. As redes como Facebook e Instagram pareciam mais próximas da vida real. Apenas os tempos mudaram e fomos nos adaptando. Hoje, temos outro normal e é isso.
É engraçado ver que a resposta sua veio 4 minutos depois do Ghedin. :)
Mas respondendo os dois, sim, a internet como comércio meio que mudou paradigmas.
Eu ganhava dinheiro fazendo (péssimos) sites em HTML. Não fazendo conteúdo em site – bem, não nego que já tive momentos ;).
Só que a internet “comercial” que visa conteúdo como lucro realmente estragou um pouco as coisas. Não que não tenha ainda coisas bacanas que não visam tanto o lucro – o https://floor796.com/ acho um dos mais bacanas.
Mas se parar para pensar também, talvez a explosão de alguns bons conteúdos seja porque pessoas ganham dinheiro fazendo. É um dilema, mas é algo a se pensar ;) :D
Concordo. Também acho legal.
Mas ao mesmo tempo. Dá tanto trabalho alimentar um blog hoje em dia. Estamos sempre corridos de coisas a fazer e esse meio de mídia ficou também defasado, difícil de ser lido pelos outros.
Não tenho nenhuma opinião formada. Eu comecei a fazer um blog no final do ano passado mas pelo trabalho e por ver que ninguém lia eu meio que parei.
No fundo acho que postar algum conteúdo precisa ter alguma gratificação, não necessariamente financeira mas ao menos para mim é importante saber que alguém ao menos lê.
Parte do tempo em que eu usava para fazer um blog eu substitui escrevendo um diário. Acabou tendo um significado maior para mim.
Encontrar uma motivação é, de fato, importante. Dito isso, eu publico meu blog pessoal sem contador de visitas/analytics. Não sei se alguém lê aquilo, e isso não me importa muito. (Provavelmente pouquíssima gente lê, porque removi ele dos índices de buscadores como Google e Bing.)
É quase um diário público, escrito com isso em mente, ou seja, não sou tão aberto ali quanto sou no meu diário de verdade, privado.
Sinto falta da internet não comercial, de ter mais gente fazendo coisas porque são legais, não como um meio de fazer dinheiro.
Resumiu o comentário que eu estava escrevendo. 😁
O Internet relay chat (IRC)…
Me lembro que as poucas vezes que usei o IRC foi para baixar animê no trabalho :p
Fora isso, poucas vezes conversei ou fiz amizade no IRC, acho que dado o anonimato e as trollagens, desconfiava demais do ambiente.
Mas foi uma ótima lembrança.
Eu tenho um amigo que fiz no IRC e temos contato até hoje. Usei muito. Eu até manjava de fazer aqueles scripts.
Sinto falta da maior prevalência do conteúdo por texto. Grande parte do conteúdo migrou dos blogs para canais no youtube e demais redes sociais que ficaram cada vez mais baseadas em vídeos.
eu gosto MUITO de consumir conteúdo em vídeo, mas penso que ele deveria vir junto de um texto descritivo, de forma que de pra compreender mesmo sem assistir ao vídeo.
Tem até a opção de baixar as legendas para ter o texto dos vídeos. Mas para mim é gasto excessivo de processamento e banda de internet o direcionamento para grande parte do conteúdo para vídeo. Acho que se relaciona com a possibilidade de monetização do produtor do conteúdo.
Resenhas, análises, tutoriais entre outros migraram fortemente para vídeos.
Tenho que concordar contigo. O algoritmo do Google está priorizando demais vídeos no lugar de conteúdo em texto. Aparentemente muitos textos de troubleshooting eram feitos em fóruns e blogs, muitos deles hoje “defuntos”, podendo ou não estar no Web Archive. Como eu disse no post do SEO ladrão, o problema é que as primeiras respostas do Google são ocupados por blogs de empresas que simulam uma resposta baseada em SEO, e em seguida oferecem um produto para a solução “de qualquer problema”. Isso vale em vídeo também, sendo poucos úteis, diga-se.
Acho que isso se relaciona também com o fato comentado acima, o acesso está muito mais pelo celular do que pelo computador. A “internet na palma da mão” também privilegia o vídeo, e o uso de plataformas/apps como vocês já falaram.
Em relação ao consumo de conteúdo em texto, para mim praticamente restou as newsletters. Aí tem novamente a questão da monetização, os produtores dependem dos apoios, ou o modelo de assinatura (substack, né?)
Sim sim sim sim. Pesquiso “como instalar caeirinha de bebê no carro”, queria um texto de 2 parágrafos e 4 figuras como reposta, recebo é um monte de vídeos de vinte minutos onde os oito primeiros são “olá amiguinho eu sou o doutor mestre dos tutoriais, assine o canal, clique no sininho, dê o seu like, ative as notificações”.
Este tipo de papo de YouTube me lembra um clássico video do Techmoan (que ajudei a legendar)
https://www.youtube.com/watch?v=fDLGfeoOwJ8
Da ilusão que toda a informação seria incrível ao conhecimento humano. Eu via potencial incrível de coisa boa. Então vieram redes sociais e o resto é história…
Errr…. acho que entendi em partes onde tu quis chegar.
As redes sociais comerciais (como os da Meta, Twitter/X, ByteDance e outras) meio que soterraram a ideia de uma comunicação mais aberta e sem tantas amarras, muros e restrições artificiais. Ao mesmo tempo, nisso veio o ódio, as incitações e as divergências. Juntaram-se bolhas que antes não eram tão visíveis, e com isso pessoas tiveram contatos com “bolhas de informação” que nem deveriam ter contato.
Antes das comerciais, as redes sociais na verdade não eram bem chamadas assim. Eram os fóruns, os blogs, os chats. Espaços sociais, que até vez ou outra tinham divergências e até algo mais grave. Mas era rapidamente controlado, ou então as vezes ocultado e posto uma pedra em cima.
O ponto é sempre a questão das pessoas que querem estragar o espaço. Isso mesmo desde aquela época já é discutido.
Comecei a usar internet na década de 90 e sinto falta dessa sensação de descoberta da época.
Hoje começa e termina tudo tão rápido que essa sensação não existe mais.
Opa! Começou bem!
Sim, a internet era um mar novo a ser descoberto com os navegadores… (sim, um trocadilho, não resisti :V ).
Na verdade ainda conseguimos descobrir coisas – mas são coisas demais, estamos meio que submersos em tanta informação também. E nisso, fica a sensação de que talvez já vimos antes… deja vus…