Eu participei por alguns anos desse mundo de ecossistemas de startups, presenciei diversos tipos de assédios morais, nunca tive relatos diretos de assédios sexuais como os relatados na matéria, mas existia sempre uma atmosfera machista, ouvia absurdos sobre a participação de mulheres nos eventos de inovação e empreendedorismo, como mentor eu cheguei a discutir com pessoas que participavam desses eventos e que tinham a capacidade de dizer que a tecnologia não era lugar para mulheres (com essa palavras, e foram várias as vezes), isso sem contar as ideias escabrosas que apareciam vez ou outra, com propostas de ganhar muito dinheiro, ideias que chocavam até mesmo os investidores “anjos”, quando apresentadas.
Nesse meio existe o banimento do ecossistema, como ocorreu comigo (tive um banimento frio), passei de um expoente ator do ecossistema, preparado para atuar como líder local, palestrante, mentor e organizador de eventos, para persona non grata, o motivo? Questionar absurdos, prática e ideias que beiram a falta de humanidade e moralidade, além de ser um comunista, claro, um risco para os ideais neoliberais da classe abastada da região, que precisam incurtir a ideia de que você pode ser mempreendedor de si mesmom e abrir mão até mesmo do seu horário de almoço para lucrar, não você, mas eles, isso sem contar que muitas ideias eram literalmente sugadas para um círculo de investidores que caso os donos da ideia não tivessem um amparo jurídico correto, poderiam ficar de fora daquilo que eles mesmos construíram, e como eles dizem “ideias não tem dono”.
Participei dos bastidores de Startups Weekends, como mentor, colaborador e até mesmo organizador, e presenciei coisas bizarras, é realmente uma espécie de “areia movediça” onde você joga grupos de pessoas formados no momento do evento e deixa esses grupos lá, com seus conhecimentos e ferramentas básicas (normalmente ferramentas dos próprios participantes) para tentarem sair da areia, enquanto você é “preparado por mentores”, o grupo que sair talvez consiga um bom contrato, normalmente um bom contrato para o investidor.
Eu convivi com mentores muito bons, pessoas que realmente me ensinaram muito, como o Vinny, que a matéria cita, alguns eu carrego com carinho pela forma humana e o brilho nos olhos de realmente tentarem fazer algo bom e ajudar, mas uma grande maioria não está ali para isso e conseguem ser bastante arrogantes, cínicos e a prática de abusos psicológicos é uma constante.
Enfim, esse é meu relato, daria para escrever um pequeno livro sobre isso, ou um artigo rsrsrs, quem sabe algum dia recolho tudo o que sei, experenciei, vi e ouvi, e coloco em algum lugar para que outras pessoas leiam e saibam que é raro encontrar uma rosa no meio de um deserto infestado de pessoas que querem até a sua última gota de suor, para benefício próprio.
Eu participei por alguns anos desse mundo de ecossistemas de startups, presenciei diversos tipos de assédios morais, nunca tive relatos diretos de assédios sexuais como os relatados na matéria, mas existia sempre uma atmosfera machista, ouvia absurdos sobre a participação de mulheres nos eventos de inovação e empreendedorismo, como mentor eu cheguei a discutir com pessoas que participavam desses eventos e que tinham a capacidade de dizer que a tecnologia não era lugar para mulheres (com essa palavras, e foram várias as vezes), isso sem contar as ideias escabrosas que apareciam vez ou outra, com propostas de ganhar muito dinheiro, ideias que chocavam até mesmo os investidores “anjos”, quando apresentadas.
Nesse meio existe o banimento do ecossistema, como ocorreu comigo (tive um banimento frio), passei de um expoente ator do ecossistema, preparado para atuar como líder local, palestrante, mentor e organizador de eventos, para persona non grata, o motivo? Questionar absurdos, prática e ideias que beiram a falta de humanidade e moralidade, além de ser um comunista, claro, um risco para os ideais neoliberais da classe abastada da região, que precisam incurtir a ideia de que você pode ser mempreendedor de si mesmom e abrir mão até mesmo do seu horário de almoço para lucrar, não você, mas eles, isso sem contar que muitas ideias eram literalmente sugadas para um círculo de investidores que caso os donos da ideia não tivessem um amparo jurídico correto, poderiam ficar de fora daquilo que eles mesmos construíram, e como eles dizem “ideias não tem dono”.
Participei dos bastidores de Startups Weekends, como mentor, colaborador e até mesmo organizador, e presenciei coisas bizarras, é realmente uma espécie de “areia movediça” onde você joga grupos de pessoas formados no momento do evento e deixa esses grupos lá, com seus conhecimentos e ferramentas básicas (normalmente ferramentas dos próprios participantes) para tentarem sair da areia, enquanto você é “preparado por mentores”, o grupo que sair talvez consiga um bom contrato, normalmente um bom contrato para o investidor.
Eu convivi com mentores muito bons, pessoas que realmente me ensinaram muito, como o Vinny, que a matéria cita, alguns eu carrego com carinho pela forma humana e o brilho nos olhos de realmente tentarem fazer algo bom e ajudar, mas uma grande maioria não está ali para isso e conseguem ser bastante arrogantes, cínicos e a prática de abusos psicológicos é uma constante.
Enfim, esse é meu relato, daria para escrever um pequeno livro sobre isso, ou um artigo rsrsrs, quem sabe algum dia recolho tudo o que sei, experenciei, vi e ouvi, e coloco em algum lugar para que outras pessoas leiam e saibam que é raro encontrar uma rosa no meio de um deserto infestado de pessoas que querem até a sua última gota de suor, para benefício próprio.
Rapá, homem é um bicho bizarro. Só porrada nessa galera.