Quando o governo decide regular um setor emergente, é sinal de que as coisas estão prestes a sair do controle — se já não saíram.
A União Europeia — a exemplo do Brasil — está debatendo uma lei para regular a inteligência artificial, chamada lá de AI Act.
Sam Altman, CEO da OpenAI, dona do ChatGPT, fez um tour pelo continente em maio e, revelou nessa semana a revista Time, muito lobby para modificar o texto aprovado pelo Parlamento Europeu no último dia 14.
O lobby deu certo: as IAs gerativas generalistas, como o GPT-3/4 e o DALL-E 2, não são consideradas de “alto risco” pelo texto do AI Act, classificação que demandaria mais transparência, rastreabilidade e supervisão humana.
Como disse Timnit Gebru, Altman e seus pares, os cavaleiros do apocalipse, adoram alardear que a inteligência artificial representa um risco existencial à humanidade, mas só a dos outros — a IA deles, não. Via Time, @timnitGebru@dair-community.social (ambos em inglês).
Ficar batendo na tecla do quão poderosa a IA é, é um ótimo marketing pra eles né? Mas sai pra lá com esse papo de regulamentação, heheh.