Um raio-x dos celulares e computadores de usuários do Chrome no Brasil.
Dia desses topei com um material do Google com dados da base instalada do Chrome. Embora já tenha mais de um ano (alcançam até abril de 2021, eles pintam um retrato do tipo de dispositivo (celulares e computadores) que a maioria usa e, o que me chamou a atenção, traz dados segmentados para o Brasil.
Por aqui, por exemplo, mais da metade dos usuários do Chrome para Android usavam dispositivos com 2 GB de RAM ou menos, quantidade tida por alguns como insuficiente hoje (e já em 2021). Os processadores desses celulares tinham, a maioria (~60%), entre 5 e 8 núcleos.
Nos computadores Windows, a quantidade de RAM é mais diversificada, sendo a maioria com até 4 GB. Em processadores, por outro lado, dominam com mais da metade da base aqueles com até dois núcleos.
Outro exercício interessante é comparar os gráficos brasileiros aos de outros países. Há piores nos indicadores, como Nigéria e África do Sul, e, claro, alguns bem mais avançados no critério dispositivos melhores, como Alemanha e Reino Unido. O documento, no link ao lado, também traz dados de dispositivos que rodam Chrome OS. Via Google, blog do Chrome (ambos em inglês).
Em abril de 2019, eu estava com um J5 de 1GB de RAM. Era só sofrimento para usar o Chrome. Já o notebook tinha 6GB, mas era o processamento do i5 2450m que não aguentava mais muita coisa a contento.
Google, Chrome,…: invasivos
Não sei se falo besteira, mas celulares com mais de 4 GB de RAM em uma camada abaixo dos 2 mil reais acho que só começou a vir depois de 2019/2020, não? Antes disso, mesmo celulares top eram entre 2 a 3 GB de RAM.
Quanto aos computadores, talvez até seja um pouco antes – por volta de 2016 / 2017, pois já estavamos com o DDR 4 popularizado, e 4 GB em PCs meio que começaram a vir por padrão. Fora que agora que houve sucateamento, deu para aproveitar peças antigas em novas, transformando PCs que tinham 2 GB em 4 GB mais barato.
isso! sem falar que, para o usuário comum (que usa laptop da magazineluiza), geralmente compram um com 4GB de RAM mas que venha SSD (mesmo de 128GB). Como o SSD traz uma velocidade a mais, vejo poucas pessoas pedirem mais RAM em PCs de uso cotidiano.
Com certeza Ligeiro! Creio que isso começou com os intermediários “premium” (por exemplo, o Zenfone 5Z com 6GB de RAM e 128GB de armazenamento, custava 1800 reais parcelado em 2019. Competia com o Galaxy S9 de 4GB/128GB na época), e hoje tem mais opções, como os Galaxy A52, A33, os Redmis Note etc.
Inclusive eu fui um feliz proprietário do Zen 5Z (acho que já falei demais isso por aqui kkkkkk) e vendi porque não há suporte técnico oficial no Ceará :(
Pra instalar uma bateria oficial, tem que mandar pra SP.
Sobre os PCs, eu destaco esse trecho: “Fora que agora que houve sucateamento, deu para aproveitar peças antigas em novas, transformando PCs que tinham 2 GB em 4 GB mais barato.”
De vez em quando aparece alguém querendo fazer upgrade no notebook, daí eu dou desconto no serviço pegando as peças antigas que funcionam (HD e RAM). Tô com um HD de 500GB e um pente de 4GB DDR3 aqui hahaha.
E é bem isso mesmo, quando chega um cliente pedindo peças baratinhas, eu passo essas peças antigas/usadas num preço bem legal, ajudando a fazer upgrade no notebook dos clientes a um preço menor. Incrível como dá pra fazer mais com menos.
Agora o que me entristece é o pessoal chegar pedindo recomendação de pc/notebook/celular com orçamento apertado. Fico triste porque em questão de notebook, 1500 reais não paga mais um Core i3, só celeron dual core. E é o que as pessoas podem pagar, sabe. Pegar marcas ruins/duvidosas por pura necessidade (preferem novo).