Ministério da Justiça e polícias civis cumpriram primeiro mandado de apreensão no metaverso.
A quarta fase da Operação 404, deflagrada nesta terça (21) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e as polícias civis de 11 estados, entrou para os anais da história: nela foi feita a primeira busca e apreensão no metaverso do Brasil.
Alessandro Barreto, coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), disse que mapas e eventos eram criados no metaverso como forma de promover as plataformas piratas e atrair usuários.
Infelizmente, as notícias da Agência Brasil e de outros veículos não detalham esse mandado. Em que metaverso ele foi cumprido? Algum avatar foi preso? E o dono do avatar? Qual a responsabilidade da plataforma onde o crime ocorreu?
O repórter Lucas Negrisoli, do jornal mineiro O Tempo, disse no Twitter que há dias tenta obter mais detalhes junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Só que está difícil: “Ninguém soube explicar, até agora, o que diabos é um mandado cumprido no metaverso. Assessoria da pasta chegou a me mandar — literalmente — a definição de metaverso da Wikipédia”, desabafou.
Na sexta (24), Lucas bateu um papo com um dos coordenadores de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça que deixou a coisa toda ainda mais confusa
O repórter segue “tentando entender”. Nós também, Lucas. Via Agência Brasil, G1, @lucasnegrisoli/Twitter (2).
Ainda não sabemos, e isso é ótimo?
Quebrando a cabeça agora.
Tou achando que no final a frase do “metaverso” só foi chamariz para atenção do caso, dado que no final o foco mesmo era mais a pirataria em si.
Fica a questão: se há a ação no tal “metaverso” (e dado que metaverso é tipo uma versão de rede social que funciona como jogo de realidade aumentada), acho que no final só foi para atuar usuários que faziam retransmissão de algo por este tipo de meio. Tipo que nem estes canais piratas de jogos de futebol.
Ah! A matéria da MixVale parece mais bem feita
https://www.mixvale.com.br/2022/06/21/operacao-contra-pirataria-digital-desativa-plataformas-que-fingiam-ser-de-artistas-como-alok-e-marilia-mendonca/
Em tempos – o melhor comentário sobre este assunto está aqui https://twitter.com/barretonessa/status/1540065340125765632
até onde sei inqueritos policiais são sigilosos
nao faz sentido explicar tudo para a imprensa nesse momento
Só que se já tem uma operação em andamento, o ideal era dar algum detalhe.
Até porque é esquisito um policial ir até o tal metaverso (que metaverso?) para prender algo.
E apreender pirataria?…. Céus… No final acho que a polícia não tá nem aí…
‘Só que se já tem uma operação em andamento, o ideal era dar algum detalhe.’
inqueritos policiais são sigilosos
nao faz sentido dar detalhes
Cara, se está em sigilo, então nem se fala. Se falaram, é porque parte da diligência já foi executada e aí o sigilo já se foi.
Acho que nem os anti-pirataria do FBI tão nem aí a propósito, sabe que muitos destes atos é só teatrinho para por medo. Precisaria fechar toda loja de eletrônico (e até umas grandes lojas por aí) para acabar com a pirataria de vez.
tem-se sigilo
o que não se tem é segredo
não adianta não falar e mandar dezenas de policiais pra rua – alguma coisa sempre vaza
o sigilo está em não divulgar os conteúdos mais importantes
e o sigilo é uma determinação da lei (código de processo penal)
a pirataria nunca vai acabar, assim como o trafico de drogas, pessoas, armas etc
mas o Estado é obrigado a coibir, já que ele proibe
@ scant
Vou deixar à mostra a ferrugem do meu diploma de Direito, mas existe diferença entre inquérito e operações desse tipo? Porque o Ministério da Justiça está envolvido e membros da pasta estão dando entrevistas à imprensa — incluindo a estatal, a Agência Brasil.
Fica difícil defender o sigilo se o próprio Estado faz estardalhaço em cima da operação.
Então, mas nesse caso se pode alegar sigilo para não divulgar essa questão do metaverso?
A operação tem nome e foi divulgada as atividades para a imprensa, não foi vazado. É possível saber a quantidade de buscas e apreensões, em que cidades elas foram realizadas e até os bairros (basta dar uma olhada nos jornais locais, como foi noticiado na televisão na cidade onde moro).
Entendo que sim, há informações confidenciais como quem foi preso, qual a hierarquia eles enxergaram por trás desse crime, se há organização criminosa ou não… são informações sensíveis.
Mas dizer que foi realizado o “primeiro mandado de apreensão no metaverso” e não especificar nada do que isso quer dizer (avatar preso? Itens apreendidos? Teve alguma contraparte física? Em qual metaverso isso aconteceu? Os policiais tiveram que “imergir” na realidade virtual? Ou fecharam um site?) cheira mais a algo marqueteiro, infelizmente.
” existe diferença entre inquérito e operações desse tipo? ” – me parece que esses são atos de investigação q ocorrem no contexto de um inquérito que tramita na PF (https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/noticias/2022/06/pf-combate-transmissao-ilegal-de-canais-de-televisao) imagino que possa haver outros inquéritos que tratem do mesmo assunto correndo também em policiais civis de diferentes Estados (a primeira fase dessa operação é de 2019)
“entrevistas à imprensa” – Alfredo Carrijo, secretário de Operações Integradas (SEOPI) do Ministério da Justiça esta dando entrevistas e ele pode fazer isso uma vez que ele fala pelo órgão onde atua (alguns fundamentos: prestação de contas a sociedade, publicidade, transparência publica etc)
vi uma entrevista e achei bem sem graça (https://www.youtube.com/watch?v=uGas_VMZdFE&ab_channel=TVBrasilGov) e não há detalhes sobre as investigacoes. apenas superficialidades.
” se pode alegar sigilo para não divulgar essa questão do metaverso?” sim e para quase tudo no inquérito policial.
nem o próprio advogado do investigado tem acesso a todas as informações (Súmula vinculante 14) – muito menos a imprensa
“Estado faz estardalhaço em cima da operação.” e “cheira mais a algo marqueteiro, infelizmente.” – sim e sim. Ano de eleição. Bolsonaro quer se reeleger. O ministro da justiça presta contas ao presidente. tudo normal. o governo querendo mostrar serviço mais do que nunca.
“primeiro mandado de apreensão no metaverso” – talvez não haja nada de muito novo aqui. em 2021 uma Juíza determinou que parte fosse intimada pelo Messenger do Facebook (https://www.conjur.com.br/2021-mar-28/juiza-determina-parte-seja-intimada-facebook)
Eu tenho mais certeza (Depois da outra matéria que li e joguei no outro comentário) que a questão do “metaverso” tem mais a haver com retransmissão de conteúdo do que com intimação. Mas entendi seu ponto.
Só uma resposta a outro comentário seu:
a pirataria nunca vai acabar, assim como o trafico de drogas, pessoas, armas etc
mas o Estado é obrigado a coibir, já que ele proibe
Olha, não a toa Política se chama Política. Política é como a relação das pessoas (e suas prioridades) ocorrem. Pode existir uma lei “obrigando” o Estado a coibir algo, mas isso não significa que o Estado o vá coibir, senão muita gente estaria preso de bobeira. Na verdade só com o fato do “tráfico de drogas” (que é uma desculpa usada por políciais para prender gente pobre) muita gente é presa de bobeira.
Sobre pirataria e “combate” (cof cof), não sou fã do “Fatos Nacionais”, mas como este vídeo que acabei de ver está fácil para jogar aqui, segue uma boa reflexão sobre como o Estado BRBR atua sobre as coisas… https://twitter.com/fatosnacionais/status/1541915925619904523
vi o video
como sou de direita, pra mim esse esquerdista esta propondo uma revolução comunista (transformar brasil em Cuba, China etc onde tudo é controlado pelo Estado, inclusive bancos privados)
a lava jato não recuperou merreca (o PT roubou muito)
entenda, posso soar como radical, mas não vou te enganar como esse pseudointelectual sobre minhas posições políticas
bom é o PCO que escancara a visão real da esquerda sem sutilezas