Pesquisadores brasileiros publicam carta em defesa da soberania digital.

Mais de 90 pesquisadores brasileiros assinaram uma carta endereça ao candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em defesa da soberania digital. A carta critica a dependência do Brasil de soluções prontas estrangeiras fornecidas pela Big Tech e oferece uma lista de sugestões para reverter esse cenário. Via The Intercept Brasil.

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3 comentários

  1. A sensação que tenho é que como país, nunca nos vemos como “gigante tecnológica”, apesar de alguns oba-oba de jornalista de tech. Talvez porque sempre importamos tecnologias ao invés de criar ou aprimorar aqui (e olha que ficamos uns 10 anos só tentando replicar ideias do exterior graças as limitações de importação dos anos 80).

    A carta é válida, mas acho que um dos males acadêmicos é muitas vezes se botarem em um patamar como se “fossem salvar tudo”. Parte dos problemas também é da própria cultura acadêmica que se fecha em si mesma, ao invés de fazer mecanismos de trazer as pessoas para serem parte das “mentes brilhantes”.

    Talvez seja medo de virarmos um país que tenha cultura tecnológica, mas que ganha dinheiro com golpes, mas isso se faz com educação e ética nas escolas.

    Enfim, a carta pode ser aprimorada com estes pontos sobre “a população estar junto da cultura acadêmica”. Pois do jeito que estamos hoje, as pessoas preferem o “mercantilismo” mesmo. “Tou pagando”, como diria o meme.

    1. Achei sua crítica injusta, Ligeiro. Trabalho de pesquisa é de base e, por mais que toda universidade pública tenha programas e se esforce para envolver a comunidade, são coisas distintas e que não se anulam.

      No caso da carta, o pedido é por políticas públicas e incentivos para que o Brasil desenvolva tecnologia internamente em vez de apenas consumir o que vem de fora. A nós, no papel de não acadêmicos, acho que cabe apoiar e defender essa ideia. Em outras palavras: ainda que as críticas sejam justas (sem entrar nesse mérito), não é hora de tacar pedra nos pesquisadores.

      1. Não tou tacando pedra, Ghedin! Sério!

        A crítica não é só para falar “pô acadêmico, para de ser elitista”, mas sim que a carta deveria convidar o povão para apoia-la também. Espero que a carta seja bem recebida e que faça parte de programas de governos para o próximo ano, mas dado a política BRBR, sei lá. As pessoas estão céticas demais. E creio que universidades deveriam achar formas de comunicar-se com a população para ganhar forças políticas também.

        (Isso me fez pensar que eu deveria procurar para Deputado Estadual alguém que justamente trabalha ou está em estudos acadêmicos para entrar no poder… vou dar uma pesquisada depois)