O recente falatório sobre NFTs produziu, em grande medida, muita confusão. Em quase todos os artigos, NFTs são enquadrados como um fenômeno tecnológico incrivelmente complicado que exige uma explicação cuidadosa, em vez de uma blablablá entediante que nos impede de focar. Essa dissonância gera dúvidas. Você pode dizer a si mesmo(a): “Ok, o que entendi disso parece ridículo, mas é um negócio de alta tecnologia e parece que está rolando uma grana alta, por isso talvez eu esteja deixando escapar alguma coisa?” Leitor(a), você não está. NFTs são tão absurdos e banais quanto você provavelmente acha que são.
Penso nisto como o “efeito Christopher Nolan”: se você explicar uma premissa incrivelmente simples — como, por exemplo, “um cara esquece tudo a cada cinco minutos” ou “você pode entrar nos sonhos das pessoas e criar memórias falsas” — várias e várias vezes e de formas cada vez mais incompreensíveis, a pessoa a quem você está explicando acabará por dizer a si mesma: “Eu realmente não entendo.” Esse efeito se reforça quanto mais pessoas concordarem que o assunto em questão é “legal”, “interessante” ou “complicado” — um processo de “gaslighting” intelectual em massa e auto-imposto.
É compreensível querer fazer parte de tais delírios coletivos. É muito mais divertido ficar estupefato por não ter entendido o filme do que se dar conta de que você o entendeu e ele só é chato. Essa mesma ideia também ajuda a explicar as bolhas especulativas. É mais legal acreditar em mágica do que reconhecer o quanto o capitalismo financeirizado é apenas esquemas fraudulentos e piramidais. No entanto, se a imprensa está cheia de explicadores “esclarecendo” o que é um fenômeno de investimento “muito complicado”, esconda a sua carteira: você está sendo arrastado para um daqueles jogos de três cartas ou copos.

Se virar todas as cartas ou copos com NFTs, o que se revela é como o momento econômico atual depende de mistificação tecnológica. Escondido atrás de muita conversa sobre arte e linguagem técnica (Blockchain! Ethereum! Não-fungível!) está um exemplo extremamente simples de um fenômeno cotidiano: a transferência de objetos de valor. O que torna o NFT supostamente difícil de entender é que esses objetos, em vez de serem telas esticadas ou pedaços de mármore, são aparentemente apenas linhas de código (ou, para sermos mais precisos, um monte de eletricidade). Quando pagamos por uma “assinatura” ou um “clube”, em geral não temos dificuldade em compreendê-los como legítimos; é tão “real” como quando alguém usa o celular para fazer uma transferência ou um pagamento com cartão de crédito. Ou seja, entendemos imediatamente que a transferência de valor não depende de objetos físicos, mas sim de um sistema contábil, sustentado por uma série de relações e representações socialmente acordadas (embora vez ou outra a gente reflita sobre a forma como isso nos desempodera e enfurece e chore e lute).
Mas com um NFT, espera-se que fiquemos, de repente, perplexos com essa mesma ideia. Uma vez que não se pode segurá-lo nas mãos ou escondê-lo numa zona franca portuária, comprar uma peça de arte digital não lhe dá outra coisa que não seja a sensação de propriedade, certo? Não. NFTs são mercadorias distintas e apropriáveis — objetos digitais tipicamente produzidos em um processo de força bruta computacional que se agita em milhões de equações inúteis até chegar à “certa”, gerando um registro numa blockchain que pode ser conectada a qualquer imagem ou conjunto de dados que a pessoa usando esse computador escolha. (Percebe como os seus olhos brilham quando eu faço isso? É porque é um monte de nonsense tedioso.) Esses objetos podem então ser vendidos em mercados, seja pela Christie’s, diretamente nos sites e redes sociais dos artistas ou em espaços de marcas. Os evangelistas de NFTs têm razão em pelo menos um aspecto: uma vez que se consiga criar um mercado para eles, há pouca diferença entre um Rembrandt e um NFT de um tuíte da Grimes.

Como a propriedade desses tipos de objetos é mais fácil de transferir e localizar, houve mesmo uma grita pseudo-populista de que os NFTs poderiam cortar toda uma gama de intermediários — críticos, comerciantes, galeristas, tratadores de arte, curadores, professores etc. — e permitir que os artistas distribuíssem diretamente o seu trabalho sem o aparato e os absurdos do “mundo da arte”. Mas a promoção em torno desse processo de desintermediação deve soar familiar após décadas de “disrupções” do Vale do Silício e as consequências provavelmente devem as mesmas: os NFTs não desmantelam o “mundo da arte” e os seus processos institucionalizados de produção de valor monetário a partir da aspiração estética; eles apenas tiram os empregos de parte da sua força de trabalho e os substituem por muito mais eletricidade.
A arte, parafraseando Guy Debord, sempre foi a vanguarda do dinheiro. Sob o capitalismo, uma das funções centrais da arte é criar novas formas de produzir e reproduzir valor. Os filisteus queixam-se frequentemente de que a arte não é “útil” — que os cursos de arte não valem nada, que “o meu filho poderia fazer isto” etc. —, mas isso apenas atesta um reconhecimento universal de que a experiência estética é real, escassa e prontamente mal compreendida. No confuso mundo do capital, as qualidades profundas da arte são o que a torna uma mercadoria particularmente vulgar e óbvia. (Diga o que quiser do capitalismo, ele adora uma boa piada.) Nessa perspectiva, a arte não é especial porque tem uma relação supostamente problemática com o seu status de mercadoria; pelo contrário, o seu valor como mercadoria está em seu afastamento das noções convencionais de uso. Isso a torna suscetível de ter sua flutuação controlada por fatores sociais estéticos como o gosto, a crítica e a canonização.
Isto não quer dizer que a sublimidade da experiência estética não possa ser posta a outros fins: artistas, trabalhadores, rebeldes e revolucionários usam e empregam a experiência estética para transformar, atacar e mudar o mundo. Mas essa experiência é também abocanhada pelo capitalismo por uma série de inversões e mistificações eventualmente compreendidas pela palavra arte. O “mundo da arte” desenvolveu uma incrível capacidade de cooptação e recuperação que só aumentou nos últimos 50 anos, uma vez que o capitalismo reconheceu um mercado inexplorado nas várias experiências e prazeres da (contra)cultura e os artistas reconheceram que havia muito dinheiro a ser feito na mercantilização do seu status de artistas. O hino revolucionário de ontem é o líder das paradas de sucesso de hoje.
(Exemplo: Durante o Occupy Wall Street, em 2011, um grupo de manifestantes tomou o Espaço dos Artistas, um loft e galeria de arte esquerdista, durante um fim de semana. A certa altura, alguém grafitou slogans anarquistas sobre os cartazes que a galeria tinha pendurados no banheiro, verdadeiros objetos de luta que seriam transformados em mercadorias quando o Espaço dos Artistas os leiloasse por dezenas de milhares de dólares antes mesmo que o Occupy saísse das ruas).
Sendo uma mercadoria cujo valor existencial não pode ser questionado, mas que pode ser trabalhado e realizado apenas por um grupo nebuloso de especialistas, a arte permite aos capitalistas lavar dinheiro no exterior, investir, aumentar e entregar liquidez, enquanto acumula legitimidade social e respeito. Ao mesmo tempo, essa abordagem do valor da arte serve para a destacar ainda mais de qualquer significado vestigial de que ela deriva da opinião pública mais geral (e menos previsível). Nesta era de financeirização, a função dos peritos é solidificar o papel da arte como investimento. A arte contemporânea — e o “mundo da arte” que a valoriza — foi necessariamente enclausurada na sua própria esfera de técnicos e especialistas que servem a colecionadores burgueses. À medida que o mundo da arte renega a possibilidade da “meritocracia do livre mercado da cultura pop” de abraçar o status de “indústria de investimento especializada”, ganha capacidade para valorizar bens (artistas e objetos de arte) mais rapidamente e de forma mais consistente. Mas enquanto os valores individuais sobem, o mercado também começa a assemelhar-se àquilo que todos os ativos financeiros se assemelham: uma bolha.
Por ora, a bolha não parece estourável. Neste estranho e longo momento de animação econômica suspensa — a nossa economia Wile E. Coyote correu para além da borda do precipício em 2007, mas vem conseguindo correr no vazio sem olhar para baixo desde então —, a linha parece apenas subir para todos os tipos de bens, sejam ações, casas, obras de arte ou criptomoedas. Não importa que milhões de pessoas estejam na penúria e em condições precárias, nem a intensa luta proletária e a volta do fascismo no mundo inteiro: enquanto a música estiver tocando, parece que há cadeiras suficientes para todos.

NFTs são a expressão perfeita do mundo da arte como bolha financeira. Como com todas as bolhas, os pormenores podem ser ofuscantes, mas o fenômeno básico é muito simples: quanto mais pessoas puderem ser levadas a concordar que algum objeto arbitrário é valioso, mais valioso ele se torna. Em outras palavras, criptomoedas como bitcoin e investimentos criptográficos como os NFTs são um esquema de pirâmide disfarçado pelo efeito Nolan. O “valor” do objeto e o absurdo dos mercados que parecem comercializá-lo só parece óbvio em retrospectiva, como tem sido o caso desde a febre das tulipas holandesa na infância do capitalismo. Durante esse evento, a tulipa era uma mercadoria quase perfeita, mais ou menos uma forma de imprimir dinheiro à vontade — até que de repente não era mais. A sua arbitrariedade, a sua aparente inutilidade, permitiu-lhe chegar mais facilmente próxima ao status do próprio dinheiro — um puro meio de trocas cujo valor parece só crescer a cada negócio fechado. No entanto, como ocorre com todas as mercadorias (commodities) que parecem cada vez mais com dinheiro, mas que não são dinheiro, as pessoas acabam notando que o imperador está nu, tentam realizar os lucros e, nessa, causam um colapso.
Existe apenas um mecanismo capaz de impedir que o dinheiro colapse — o Estado, com todos os seus aparatos violentos cotidianos (bem como o seu uso ocasional das guerras e da reorganização genocida). Face a um colapso da bolha, o Estado extrairá o valor que “desapareceu” dos bens das vidas, comunidades, nações e corpos dos pobres. O valor de qualquer mercadoria que não seja retrocedido por um Estado acabará por entrar em colapso. Nas últimas décadas, isso aconteceu de forma mais dramática e visível com as mercadorias produzidas pela União Soviética. No entanto, sempre que uma nova mercadoria se confunde com dinheiro — sejam tulipas, ações de empresas de tecnologia e imóveis ou arte, NFT, e cripto —, uma certa população de investidores oportunistas irá se convencer mutuamente de que finalmente o mistério do valor foi resolvido. O ar quente finalmente tornou-se sólido.
É isto o que os evangelistas libertários veem nas criptomoedas: uma moeda desligada de um Estado, de um aparato de violência, de impostos e de controle territorial. Em vez da violência, o ponto de apoio será a criptografia tecnológica, a codificação complexa e a energia elétrica. Mas não há nada que produza valor naturalmente em códigos de computador, tal qual não há em tulipas, e NFTs são como tulipas no sentido de que são uma reserva de valor volátil sujeita aos caprichos irracionais dos investidores. Tal como as criptomoedas, eles estão tentando se desligar do aparato (no caso, o mundo da arte) que normalmente condiciona o seu valor. Subjugar a arte à criptografia é uma tentativa de dupla libertação, mas ainda é algo marcado pela premissa do mundo da arte e dos seus mecanismos não financeiros de inventar valor. O valor da arte sob o capitalismo é justificado por um reconhecimento da importância histórica da experiência estética que supostamente transcende as relações sociopolíticas, enquanto que criptoativos tentam produzir valor através da arte do código e do poder da eletricidade. Mas ambos são apenas um disfarce ideológico diferente da verdadeira fonte de valor — a força do trabalho humano.
Esquemas como o bitcoin fingem cortar os caprichos da economia física e material, transformando a eletricidade diretamente em valor pela mediação computacional. Como tal, a criptomoeda se torna a expressão perfeita da pseudo-automação e da pseudo-disrupção oferecidas pela economia tecnológica: através da maravilha da codificação e da engenharia — na realidade, através da bruta destruição ambiental, mão de obra mal remunerada e gastos com energia —, o valor emerge do “nada”, criando uma bolha de ativos financeiros que parece que nunca vai estourar. Não admira que os tecno-evangelistas estejam obcecados com a blockchain, mas não consigam pensar em quase nada que possa ser feito com ela.
A criptomoeda, tal como a economia da tecnologia em geral, mistifica onde e como é feito o trabalho real da produção de valor. As empresas de tecnologia criam uma magia que redistribui o trabalho do produtor/distribuidor para o trabalhador/cliente/consumidor. Por exemplo, aplicativos de entregas (delivery) fazem com que seja “fácil” pedir refeições, quando na realidade estamos gastando muito mais na compra do celular, mantendo-o carregado, pagando o nosso plano de dados, pagando por assinaturas etc. para cada pedido — em outras palavras, estamos usando mais horas do nosso trabalho para fazer isso. Antes dos celulares, podíamos ligar para o restaurante de um telefone fixo, mas também tínhamos que conhecer de antemão o restaurante, bem como provavelmente ter um menu ou pelo menos as páginas amarelas de uma lista telefônica. O aplicativo substitui a gaveta cheia de panfletos de menus por uma quantidade proporcional de eletricidade, que pagamos quando compramos e recarregamos o nosso celular e pagamos a nossa conta telefônica; que o restaurante paga, do seu lado, para manter os seus computadores funcionando; e em que o aplicativo mete a mão em uma enorme porcentagem para pagar aos investidores capitalistas de risco e manter os servidores rodando.
Se olhar apenas para uma única transação, o aplicativo é muito mais eficiente: em vez de exigir que o restaurante contrate uma gráfica e alguém para distribuir os panfletos com o menu, você apenas tem que apertar um botão. Mas com um menu em papel, os restaurantes têm que fazê-lo apenas uma vez, ao passo que é necessário mobilizar a mesma quantidade de energia cada vez que você usa o app. Na terceira ou quarta vez que você pedir algo para levar em um determinado estabelecimento, de repente o menu em papel soa como a uma maravilha ecológica.
Não é que a conveniência e a amplitude desses apps seja algo desprezível — que tal conveniência não seja real, que ela não torne as coisas mais fáceis dentro de uma vida cada vez mais ocupada e precária. Mas a provisão dessa conveniência não explica o “valor” dos aplicativos.
O aplicativo produz valor de fato usando o falatório tecnológico e o marketing chamativo para causar uma concorrência capitalista à moda antiga. As empresas de tecnologia entram em mercados estabelecidos, onde cortam temporariamente o preço de produtos com arranjos tecnológicos que pagam menos pela mão de obra — às vezes, jogando a responsabilidade pelas ferramentas ao trabalhador (como o carro do condutor da Uber, a bicicleta do entregador do iFood etc.); às vezes, simplesmente queimando dinheiro. O Vale do Silício usa a escala (neste caso, a velocidade e o alcance da internet) e a capacidade de investimento (leia-se: de perder) dinheiro de capital de risco para manter os preços baixos até que eles ganhem uma fatia de mercado grande o bastante e expulsem os concorrentes. Se isso soa familiar, é porque não há nada de novo aí: foi o que Walmart e depois a Amazon fizeram, usando a estratégia de “líderes perdedores” para cobrar menos que a concorrência até que tivessem o controle da base de clientes. Aí eles podem usar condições monopolistas para subir novamente os preços.
Outro exemplo são os sistemas automatizados de serviço ao cliente: essa tecnologia permite que uma empresa se livre de um enorme custo de mão de obra, mas quando os clientes se deparam com ela, são forçados a fazer o trabalho de navegar num sistema de menu labiríntico e a se virarem com suas frustrações, em vez de simplesmente receberem o serviço. Esse tipo de “automação” não reduz a quantidade de mão de obra necessária; apenas a redistribui.
Essa redistribuição funciona porque aquelas condições passam a impressão de que “ninguém” está fazendo o trabalho, que em vez disso o trabalho é feito pelo computador e pelo celular sob a forma de processamento de eletricidade. Isso é amplificado pela maravilhas genuínas proporcionadas por certos aspectos da internet; a rapidez e a facilidade com que podem circular a cultura, a informação e a comunicação pode ser sublimes, razão pela qual para os gurus da tecnologia ela se assemelha tanto à arte. Mas o que o Vale do Silício proporciona de fato? Ele fornece uma forma técnica, via hardware e software, que parece transformar eletricidade em valor, quando na realidade apenas usa a eletricidade para redistribuir custos e mão de obra para baixo nas hierarquias sociais.
A crítica à blockchain que mais colou, compreensivelmente, tem sido a do seu custo ambiental. Os fatos são atrozes. Por uma estimativa, a criação de um NFT básico envolve a energia equivalente a conduzir um carro por 1 mil quilômetros. Não há nada fácil ou gratuito, metabolicamente, a respeito desse tipo de criação. Mas em solidariedade àqueles que criticam a blockchain, proponho que o enquadramento do “custo” é errado; ele interpreta mal o que está acontecendo. O uso da eletricidade pela blockchain não é por acaso — a eletricidade é o que convence os investidores de que ela gera valor. O corte de custos na produção de energia barata, por sua vez, enche os cofres dos capitalistas de risco para depois ser reinvestido na economia dos aplicativos antes de qualquer outra coisa.
Embora os futuristas da tecnologia adorem fantasiar sobre futuros verdes, fingindo que são cultural e politicamente distintos dos capitalistas extrativistas — os magnatas do petróleo com a sua política imperialista desordenada de arrogância na proteção das fronteiras —, eles são, na verdade, mutuamente dependentes. Sem os extrativistas, é impossível que as inovações do Vale do Silício, que equivalem a pouco mais do que a privatização pela eletrificação, produza qualquer lucro.
É de se admirar que os artistas, na vanguarda da tecnocultura capitalista, da recuperação e do poder, tenham descoberto um caso de uso sedutor para a blockchain? Que artistas como Beeple tenham descoberto uma forma de reempacotar e dar um tratamento estético à blockchain, de a transformar em valor, fundindo-a ao mundo da arte, automatizando os curadores, provadores e cineastas e substituindo-os por níveis “ecocidas” de gasto energético? Na verdade, haverá uma obra de arte capitalista maior do que a destruição total do clima que a tornou possível?
Vicky Osterweil é escritora, editora e agitadora baseada na Filadélfia. Ela é co-host do podcast Cerise and Vick rank the movies, onde classificam todos os filmes já feitos, e autora do livro In defense of looting.
Publicado originalmente na revista Real Life em 8 de abril de 2021.
Imagem do topo: Beeple/Reprodução.
Excelente matéria, bem por aí. Há de fato uma utilidade na tecnologia blockchain mas ela está sendo empregada de forma descontrolada, todos querem usar Blockchain em alguma coisa pra ganhar dinheiro, ela espalha como um câncer tecnológico que em algum momento terá que ser cauterizado dada inviabilidade da forma como está sendo empregada. O NFT poderia ser utilizado para monetizar sim alguns tipos de conteúdo, uma música de um artista, um um Livro PDF ou outro formato digital, e trazer uma forma justa equilibrada de valorizar arte e trabalho. Mas hoje, NFT se encontra mais como doença mental da sociedade capitalista infelizmente. É capaz que se eu fizer um lindo cocô na Av. Paulista, tokeniza-lo, aplicando um bom marketing pessoal, consiga vários milhares de reais em vendas NFT .. rsrs TecShitArtNouveau.