Necrotecnologia.
Quem são os maiores beneficiários da confusão das eleições do Brasil? As corporações de mídias sociais.
A luta para derrubar Bolsonaro força os adversários a adaptar seus discursos à linguagem de ódio, escárnio e desinformação que, há décadas, vem sendo cultivada e explorada pela big tech.
Enquanto tentamos livrar o país da necropolítica, acabamos por fortalecer a necrotecnologia.
Se não conseguirmos sair desse “loop”, vamos acabar (ainda mais) dependentes da big tech para exercer política.
As redes sociais já sequestraram parte do discurso e logística da democracia. Aos poucos, vai alterando até os nossos conceitos sobre ela. Assim, promover a indie web virou uma necessidade civilizatória, até.
A pensata acima foi publicada na newsletter Texto Sobre Tela, do Eduardo “Eduf” Fernandes. Inscreva-se gratuitamente para recebê-la.
Infelizmente esse é o ambiente que dita as regras hoje e “não jogar o jogo” já se mostrou uma abordagem ruim: nem a extrema direita e nem as big techs perderam com isso. A única solução que vejo é regulação estatal, para desespero dos ancaps.
Estão criando um monstro pra tentar combater a força de um opnente, que logo vai engolir a todos. A internet e as discussões devem ser livres e sem censura em qualquer lugar. Se não houver liberdade pra expressar idéias, nem as suas vai a lugar nenhum, além de gerar resultado inverso em que cada vez se afunila mais a liberdade de qualquer coisa.