O cara marca uma audiência com o presidente e daqui a pouco o presidente está sentado e o cara no celular, conversando com o cara que ele não marcou a audiência. Então, no meu gabinete não entra com celular, celular fica na portaria e nenhuma reunião eu permito celular.

— Luis Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil.

Será Lula leitor deste Manual do Usuário? Via @LulaOficial/YouTube.

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10 comentários

  1. Lula pode estar sendo apenas cauteloso. E exige que seus interlocutores sejam descuidados. Hoje, quem deixaria o telefone na portaria, em poder de outra pessoa? Só louco…

      1. Sério Rodrigo? A maioria que vai lá é político. Eu poderia dar todo um contexto técnico, mas pra resumir posso lembrar os relativamente recentes ataques a contas através de celulares incluindo iPhone, que nem os bancos sabiam explicar o que estava acontecendo…

        1. A maioria (todos?) os ataques envolvendo roubo de celulares e transferência de contas é feita com celulares desbloqueados, levados assim pelo ladrão. Você acha mesmo que na hora em que o político está dentro do gabinete alguém da Presidência vai pegar o iPhone dele e fazer um hacking que poucos no mundo conseguem fazer? E a troco de quê? Menos, gente, menos…

          1. Fiquei confuso. Em Brasília, decisões tomadas podem facilmente valer ou custar bilhões. Além disso, uma exclusiva de um repórter, pode fazer o nome desse, estou exagerando o que eles podem ser capazes por status ou dinheiro?

          2. @ Hélio

            Evidentemente. Questiono o aparato e a expertise necessários, os riscos envolvidos (seria motivo para derrubar um governo) e o uso, sem levantar suspeitas, dessa informação obtida por meio ilícito.

  2. Se eu fosse O Presidente minha sala seria uma Gaiola de Faraday. Nunca iria permitir qualquer gravação que fosse, ainda mais agora, em tempos de AI capazes de editar qualquer áudio ou vídeo.

    1. Claro que um presidente deve ter cuidado com celulares em reunião para além do fenômeno da distração. Mas não é a primeira vez que ele reclama desse vício generalizado. E de fato o Lula não é um usuário de telas como nós no sentido de ter sua redes sociais pessoais, etc. É uma pessoa moldada nas relações analógicas, tanto pela história como pela liderança que exerce. Inclusive ele reivindica um humanismo contra esse domínio do algoritmo. Enfim, a fala dele traduz um pensamento e uma preocupação genuína mesmo sobre o que observa nas pessoas.