A vida e a morte do JingPad A1, o tablet que rodava Linux.
Os leitores mais fiéis da Pinguins Móveis já sabem, mas é sempre bom relembrar: o JingPad A1 surgiu ano passado como a esperança de um tablet/2-em-1 Linux para o mercado consumidor (ou pelo menos para um público menos interessado em flashar distros para ver se alguma coisa nova funciona), foi um grande sucesso no Indiegogo, distribuiu vários aparelhos para diversos youtubers Linux… começou a entregar os tablets para os apoiadores, todo mundo começou a ver que o software era nem-nem (nem amigável para os hackers nem amigável para usuários Linux)… o dinheiro começou a faltar… a Jingling Tech foi se desfazendo… se desfazendo… e se desfez.
O TechHut, que foi um dos mais prolíficos youtubers a falar de JingPad A1 (aqui e aqui), fez um vídeo sobre todo o drama do JingPad, da Jingling, de quem investiu tempo e dinheiro no tablet, do que poderia ter sido e não foi.
No final, tudo o que aconteceu com o JingPad A1 e a própria Jingling deixa uma lição: software é bem complicado e o caminho que a Jingling tentou com o JingPad A1 só funcionou com a Raspberry Pi porque a framboesa de Cambridge teve escala e condições para aprender como customizar um Debian até o Raspberry Pi OS chegar no estado atual; por isso novos/pequenos fabricantes acabam usando um sistema operacional de terceiros e se dedicando aos drivers (todo mundo que lança alguma coisa com Android), ou abrem o hardware para que a comunidade faça o software funcionar (PINE64).
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