Ative o PIN (senha) do SIM card para evitar prejuízos com Pix caso tenha o celular furtado.
A Polícia Civil de São Paulo investiga a participação da facção PCC na onda de furtos e roubos de celulares para desfalcar contas bancárias via Pix.
Reportagem da Folha de S.Paulo desta terça (12) detalhou o golpe com base no depoimento de um homem de 22 anos ligado ao esquema:
O homem preso na semana passada contou, segundo a polícia, que insere o chip do celular furtado ou roubado em um segundo aparelho para “quebrar” senhas e então acessar o telefone da vítima.
A partir daí, um segundo “especialista” entra em ação, para “quebrar” senhas bancárias e acessar as contas. “Ainda estamos investigando como fazem isso”, afirma o delegado.
Na sequência vem o “tripeiro”, como é conhecido o responsável pelo gerenciamento dos “conteiros” — pessoas que negociam o uso de seus dados bancários em troca de um percentual do lucro — ou então de contas abertas com documentação falsa. É ele quem coordena saques e transferências.
Compreender o golpe ajuda a levantar defesas mais eficazes.
Com base nesse relato, presume-se que uma das melhores é definir um PIN (senha) para o chip/SIM card. Dessa forma, toda vez que o celular for reiniciado ou o chip/SIM card for inserido em outro aparelho, será necessário inserir o PIN, uma senha numérica de quatro dígitos, para ativá-lo.
A Apple explica como configurar o PIN no iPhone — segundo a reportagem, o modelo de celular mais visado. No Android, procure a opção “Configurar bloqueio do SIM” nas configurações do sistema.
Esta página traz os códigos PIN padrões das operadoras brasileiras.
De volta à Folha:
Tudo, de acordo com o delegado, é muito rápido, para evitar que bancos tenham tempo de bloquear as contas das vítimas. “Tem que ser, no máximo, no mesmo dia”, explica. Por isso, ele ressalta, quem teve o celular levado deve registrar logo o caso, além de avisar o banco.
Vale lembrar que, no caso do iPhone, o acesso ao Buscar, que permite localizar e bloquear ou excluir o conteúdo do celular remotamente, dispensa o segundo fator de autenticação. Se perder o celular, faça isso o mais rápido possível, comunique a operadora, os bancos, troque senhas e registro um boletim de ocorrência. Via Folha de S.Paulo.
Atualização (11h45): Acrescentada orientação de como configurar o PIN do SIM card em celulares Android.
O sistema Android também tem a função de “localizar aparelhos, desinstalar apps e bloquear dispositivo remotamente.
Uma boa ideia, pois evita a engenharia social: os caras não vão conseguir fazer ligações com o chip roubado, e nem conseguir saber o número (eu acho). Não uso ainda, mas vou dar uma olhada.
No celular em si o uso do desenho de pontos pra desbloquear já ajuda um pouco, não sei se muito. (É o método que uso).
As explicações sobre as “quebras” de senha não me convencem muito, me parecem meio fantasiosas, tipo o que a gente vê em filmes e séries. Como eles fazem não sei, mas não acredito que seja um negócio “mágico” como dão a entender.
O esquema que eu mais gostava era o cartão de números, que na prática nem era tão seguro assim, acho que era uma segurança enganadora. Tinha também o token eletrônico físico, esse sim bem mais seguro. É uma pena que os bancos abandonaram isso, com certeza para economizar (talvez mais nos processos do que nos próprios cartões ou tokens).
Eu trabalho com isso e não é fantasioso. É provável que o PCC, com toda sua estrutura e dinheiro quase infinito, tenha acesso aos equipamentos necessários – bem caros e de uso restrito.
A solução mais segura ainda é não levar o celular com bancos para a rua.
Até é, mas aí acho que passamos do ponto. Segurança digital está sempre um equilíbrio com a conveniência. Se eu não posso carregar meu celular comigo, de nada adianta ele ter tantas funções. Melhor comprar um Nokia lanterninha, daí.
Não disse que não levava nenhum celular. Não levo o dos bancos.
Claro, todo brasileiro pode ter dois iphones. Um pra ficar em casa com os bancos e outro pra ir pra rua (sem a comodidade de poder fazer pix ou usar apple pay).
Quem falou em Iphones? Fico imaginando o nível de fetichismo de alguém que acha que Iphone é sinônimo de celular.
2 celulares:
2 iphones
1 iphone e 1 android
2 androids
O celular do banco pode ser o celular que você abandonou porque a bateria era insuficiente para um dia inteiro ou que não tinha memória suficiente. Ou você compra um smartphone de entrada, o que já será suficiente para esse uso.
O pix você faz com uma conta digital, que você mantém com um valor modesto para uma emergência na rua.
Muito bom!
Alterar PIN e PUK; tirar a pré-visualização de mensagens da tela bloqueada; configurar o celular para pedir senha de acesso (letras e números) após reiniciar.
Como ficam os casos de eSim nos iPhones mais novos onde não há um chip físico? É possível configurar um PIN também?
É sim. Esta página da T-Mobile mostra o procedimento.
Valeu! :)
mas o simples fato de usar eSIM (mesmo sem PIN) já seria uma forma de defesa, certo?
No Android em geral fica em Configurações > Segurança> Bloqueio de Chip.
Essa mesmo caminho pelo que olhei aqui serve para Samsung, Xiaomi, Motorola e Android puro.