Netflix: mais cadastros nos EUA, audiência menor no Brasil.

Cerca de 3,5 milhões de pessoas assinaram a Netflix nos Estados Unidos em junho, segundo a consultoria Antenna. Foi o melhor mês da empresa nessa métrica em muito tempo, com o dobro da média de cadastros mensais. O número é absoluto, ou seja, não leva em conta os cancelamentos no mesmo período.

No Brasil, segundo o Kantar Ibope (via Na Telinha), a Netflix perdeu audiência no primeiro semestre, caindo de 4,9% em janeiro para 4,1% em junho.

São dados preliminares e de terceiros. Nesta quarta (19), a Netflix divulgará seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2023 e, aí sim, teremos uma visão mais ampla da estratégia de acabar com o compartilhamento de senhas. Via Bloomberg (em inglês), Na Telinha.

Netflix começa o combate ao compartilhamento de senhas no Brasil.

A Netflix vai começar a cortar o compartilhamento de senhas no Brasil nesta terça, segundo comunicado à imprensa.

As pessoas afetadas receberão um e-mail para “para assinantes que compartilham a conta Netflix fora da própria residência no Brasil”.

O custo do assinante extra, ou seja, para continuar o compartilhamento com pessoas que não residam no mesmo endereço, será de R$ 12,90 por mês, por assinante extra. Via Netflix.

É assim que a Netflix acabará com o compartilhamento de senhas.

“As pessoas que não moram em sua residência precisam usar a própria conta para assistir à Netflix.” É assim que a Netflix abre o documento em que explica como combaterá o compartilhamento de senhas.

A Netflix usará “informações como endereços IP, IDs de dispositivos e atividade da conta em aparelhos conectados à conta Netflix” para determinar quais são associados à residência do titular.

Quando detectar um aparelho estranho (leia-se em outra rede Wi-Fi ou que não acesse a Netflix regularmente da rede da residência do titular), a empresa exigirá uma senha temporária enviada ao titular.

Patético. Boa sorte com isso.

Embora a documentação atualizada só tenha sido descoberta agora, o primeiro registro da versão brasileira salvo na Wayback Machine data de 25 de dezembro de 2022. A ofensiva contra o compartilhamento de senhas deve começar ainda neste trimestre, segundo o Wall Street Journal. Via Netflix.

Do nosso arquivo: Netflix e a impossibilidade de negócios sustentáveis (abril de 2022).

A Netflix criou um “ciclo de cancelamento auto-sustentável”.

O serviço de streaming da Netflix completou 16 anos nesta segunda (16). (A empresa é mais antiga e começou com o aluguel de DVDs pelos Correios.)

Coincidência ou não, a Netflix atualizou seu aplicativo para iOS, trazendo novos efeitos visuais bem bacanas. (Veja um vídeo.)

Ok, legal, mas não é para ficar vendo pôster que alguém assina a Netflix — em tese, ao menos. Na Forbes, Paul Tassi argumenta que a Netflix criou um “ciclo de cancelamento auto-sustentável” a partir das várias séries canceladas do nada e sem conclusão, como os casos recentes de 1899 e The midnight club.

Paul explica:

A ideia é que já que você sabe que a Netflix cancela várias séries depois de uma ou duas temporadas, encerrando elas com pontas soltas ou deixando suas histórias abertas/sem final, quase não vale a pena investir tempo em uma série antes dela ter acabado e você tenha certeza de que ela tem um final coerente e um arco fechado.

Por isso, você evita assistir a novas séries, mesmo aquelas que lhe interessam, pois tem medo de que a Netflix as cancele. Um tanto de gente faz isso e, surpresa, a audiência [de novas séries] é baixa! E aí ela acaba sendo cancelada. O ciclo é fechado, e reforçado, porque agora há mais um exemplo, fazendo com que ainda mais pessoas tenham cautela da próxima vez. E agora chegamos a um cenário em que, a menos que uma série seja uma espécie de febre por acaso (Wandinha) ou uma super franquia estabelecida (Stranger Things), a chance de haver uma segunda ou terceira temporada não é nem meio a meio, mas sim algo como 10–20% na melhor das hipóteses.

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Via Forbes (em inglês).

Os anúncios no novo plano mais barato da Netflix.

Assinei Netflix COM ANÚNCIOS! Veja como funciona!

O canal de YouTube Cinema com Rapadura testou o novo plano com anúncios da Netflix, de R$ 18,90 por mês, lançado nesta quinta (3). Há inserções no início e no meio das séries e filmes, que não podem ser puladas e têm duração de até 45 segundos.

Experiência de YouTube gratuito pagando quase R$ 20 por mês e com uma série de limitações — acervo menor, impossibilidade de download, qualidade de vídeo limitada a 720p. Difícil engolir isso. Valeu pela dica, Gustavo!

O bom e o ruim das recomendações algorítmicas

No Guia Prático desta semana, Rodrigo Ghedin e Jacqueline Lafloufa falam de recomendações automáticas, feitas por algoritmo, pegando carona na notícia de que a Netflix agora permite que você migre suas recomendações para uma nova conta. Dá para confiar nessas recomendações? O que a gente ganha (e perde) seguindo elas? Conversa boa, cheia de divergências e ideias para refletir.

Continue lendo “O bom e o ruim das recomendações algorítmicas”

Netflix com anúncios custará R$ 18,90 por mês.

A Netflix detalhou o seu novo plano com anúncios/publicidade. Chega no dia 3 de novembro e custará R$ 18,90 por mês.

A qualidade de imagem é HD (720p) e o upgrade também vale para o plano básico, de R$ 25,90 e que, até agora, oferecia uma inaceitável resolução de 480p. Alguns títulos não estarão disponíveis e não será possível baixar séries e filmes para consumo offline.

A Netflix exibirá de 4 a 5 minutos de anúncios por hora, na forma de spots “de 15 ou 30 segundos, exibidos antes e durante as séries e os filmes”. Os anunciantes poderão segmentar o público por país e gênero do filme (ação, drama, romance, ficção científica), e terão a opção de impedir que eles apareçam em conteúdos “não têm a ver com a marca”, como cenas de nudez ou violência.

Meio caro, né? Será que cola? Via Netflix.

 

Neil Gaiman pede a fãs que maratonem “Sandman” para que algoritmo da Netflix a perceba como popular.

Uma fã perguntou a Neil Gaiman se espaçar os epidósios de Sandman, a nova série da Netflix baseada no quadrinho homônimo do autor, ajudaria a “torná-la mais popular”.

Gaiman respondeu que, pelo contrário, “maratonar” (assistir a todos os episódios de uma vez) é melhor “porque eles [a Netflix] estão olhando para a ‘taxa de conclusão’, então pessoas assistindo em seu próprio ritmo não aparecem”. Via @neilhimself/Twitter (em inglês).

Relacionado, do nosso arquivo: O que se perde quando “vemos Netflix” em vez de filmes (e, pelo visto, séries também).

Aplicativos “leitores” do iOS/iPadOS começam a usar link externo para evitar taxa da Apple

Print do aplicativo da Netflix para iPadOS, exibindo a mensagem: “Você está prestes a sair do aplicativo e acessar um site externo. A transação não será realizada com a Apple.”
Imagem: Netflix/Reprodução.

O aplicativo da Netflix para iOS e iPadOS passou a incluir um link externo (na web) para contratação do serviço.

Em setembro de 2021, a Apple foi obrigada pela Justiça dos Estados Unidos a permitir esse movimento dos chamados “aplicativos leitores”, aqueles que oferecem um ou mais dos seguintes tipos de conteúdo digital como principal funcionalidade: revistas, jornais, livros, áudio, música ou vídeo.

Antes disso, aplicativos leitores tinham que dividir a receita das assinaturas com a Apple, o que levava muitos deles — como o da Netflix — a simplesmente não oferecem a opção de pagamento pelo app do iOS/iPadOS.

O link externo é fornecido por uma API da Apple. Ao tocar nele, antes de chegar ao destino (um site), o iOS/iPadOS exibe uma mensagem padrão (imagem acima cortesia do MacMagazine). Via 9to5Mac (em inglês), MacMagazine.

A saturação do mercado de streaming

Neste podcast, Jacqueline Lafloufa e Rodrigo Ghedin debatem o novo momento do streaming de vídeo, com a Netflix se preparando para lançar um plano com anúncios e enfrentando concorrência forte. Segundo a BB Media, existem mais de 60 plataformas de streaming presentes oficialmente no Brasil. Como conciliar tantas opções? Quais as nossas estratégias para assistirmos às coisas que queremos? A pirataria é uma opção?

Continue lendo “A saturação do mercado de streaming”

Netflix perde menos assinantes que o previsto e promete plano com anúncios para 2023.

A Netflix esperava perder 2 milhões de assinantes no segundo trimestre de 2022. Perdeu 970 mil, e o mercado gostou — as ações dispararam ~8% no “after-market”. A previsão dada para o próximo trimestre, de ganhar 1 milhão de assinantes, ajudou a animar os investidores.

Na conversa com acionistas, a Netflix confirmou que lançará o novo plano mais barato e com publicidade no início de 2023 e que já está negociando com estúdios a manutenção dos filmes e séries nele. Via CNBC, Variety (ambos em inglês),

Netflix inicia outro teste de cobrança adicional, agora por residência extra.

A Netflix anunciou uma expansão dos testes de cobrança extra para compartilhamento de senhas.

A partir de agosto, o streaming cobrará um adicional por “residência” em cinco países latino-americanos: Argentina, El Salvador, Guatemala, Honduras e República Dominicana.

O valor médio é de US$ 2,99 por residência extra. No plano básico, será possível acrescentar uma; no intermediário, duas; e no mais caro, até três. O sistema permitirá o uso em outros locais durante viagens.

Desde março, a Netflix testa outro modelo de cobrança adicional no Chile, Costa Rica e Peru. Segundo o Rest of World, esse teste tem sido confuso no Peru, com cobranças irregulares e sem atingir a maioria dos usuários nesses quatro países.

A Netflix sempre fez vista grossa ao compartilhamento de senhas, mas mudou de postura após um trimestre negativo. Nesta terça (19), a empresa divulgará os resultados financeiros do segundo trimestre de 2022. A julgar por esses movimentos (e pelo “guidance” dado no trimestre passado), as notícias não devem ser boas. Via Netflix, Rest of World (ambos em inglês).

Netflix escolhe Microsoft como parceira para publicidade em novo plano mais barato.

Até poucas horas atrás, a única certeza do vindouro plano mais barato, sustentado por anúncios, da Netflix, é que ele estava sendo gestado. Agora, sabe-se que a parceira comercial nessa investida será a Microsoft.

Greg Peters, diretor de operações da Netflix, disse em comunicado que a parceria se traduz em “mais escolhas para os consumidores e uma experiência de marca premium, melhor que a da TV comum, para anunciantes”. Achei honesto ele especificar que a experiência será melhor para os anunciantes, ou seja, não será necessariamente melhor para os consumidores.

O trabalho nessa frente, ainda segundo Greg, está bem no começo, mas rumores dão conta de que o plano mais barato da Netflix deve chegar ainda em 2022. Via Netflix, Microsoft (em inglês).

Atualização (14/7, 8h35): O texto original se referia ao vindouro novo plano da Netflix como “gratuito”. A Netflix não confirmou a gratuidade do plano; em vez disso, refere-se a ele como “mais barato”.

Netflix desmente executivos e diz que não planeja plano gratuito com anúncios no Brasil.

A informação de que a Netflix lançará um plano gratuito no Brasil no início de 2023 foi desmentida pela empresa, assinala a coluna atualizada de Cristina Padiglione, que havia dado a notícia em primeira mão.

“Segundo a assessoria de comunicação da empresa, houve um ‘mal entendido’ por parte do vice-presidente de conteúdo da plataforma na América Latina, Francisco Ramos, o Paco, quando ele assegurou que todo o catálogo poderá ser oferecido com gratuidade”, diz Cristina.

Seria estranho, mas compreensível, se apenas um executivo tivesse dado essa bola fora, mas foram dois confirmando a mesma coisa, o que deixa no ar a hipótese de terem soltado a informação antes da hora. A conferir. Via Folha de S.Paulo.