Chile, Colômbia, Peru, México, Brasil: a Oppo veio aí.

A expansão latino-americana das marcas da BBK Electronics segue um roteiro bem previsível: chega pelo Chile ou pelo México, se expande para países do Pacífico com mercados grandes (Peru ou Colômbia) e, a partir daí, atravessa os Andes para chegar no Brasil. Foi assim com a Realme, está sendo assim com a Oppo, conforme previmos há cinco newsletters atrás (e será assim com a OnePlus e a vivo).

Se a Realme é a marca jovem, online e conectada, a Oppo é a marca mercadão, do varejo físico, das lojas de celulares de bairro; se isso faz com que a Oppo não seja tão conhecida no Brasil, abre um espaço enorme para atingir um público menos influenciado pelos youtubers – e, crucialmente, um espaço nas lojas de celulares do Brasil, que hoje estão entre só terem Samsung e Motorola para vender e terem que se embrenhar no mercado cinza, com todos os riscos decorrentes.

Os três smartphones que passaram na Anatel — o Reno 7 CPH2363 (confirmado pela própria Oppo como o aparelho de estreia no Brasil), o A57 4G CPH2387 e o “A77 4G” CPH2385 — parecem perfeitos para o mercado físico: estilosos, câmeras externamente chamativas e apenas 4G num mercado onde o 5G ainda vai demorar para aparecer para a maioria das pessoas, não importa o que o ministro-genro-do-Patrão diga. E se os A57 4G e “A77 4G” (que, como toda a linha A, são 1+3) parecem perfeitos para competir com os Galaxy A0/1, Moto G mais baixos e o que Nokia/Multi(laser)/Positivo estão conseguindo emplacar nas Americanas da vida, o Reno7 (que é 2+4) parece estar se preparando para uma luta mais indigesta, contra os Galaxy A2/3 e os Moto G “de massa”.

Ainda falta muita coisa, como por exemplo um lançamento oficial com os modelos iniciais e preços e parcerias (e, aqui, sinto cheiro de Casa do Celular, que já vende Realme), mas… a Oppo segue o caminho pra chegar no Brasil. Agora faltam a vivo e a OnePlus.


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