Chatbots são um problema para a China.
A inteligência artificial só é tão boa quanto os dados em que é treinada. Quais as consequências do grande firewall chinês sobre a sintetização dos resultados? E como censurá-los? Essas questões foram levantadas pelo pesquisador e jornalista Michael Schuman em um texto para a revista The Atlantic.
Embora a China seja responsável por um terço dos artigos e citações acadêmicos na área de IA e o governo tenha metas ambiciosas para o setor, a política pode desacelerar o desenvolvimento da tecnologia.
Um caso emblemático é o robô Ernie, do Baidu, cuja apresentação para acionistas em meados de março foi pré-gravada, o que imediatamente derrubou as ações da companhia. Elas se recuperaram uma vez que o público foi capaz de testar o produto, mas ficou claro que o robô impõe limites a questões políticas.
E isso não deve mudar. O primeiro rascunho da nova lei de Inteligência Artificial generativa, lançado este mês, indicou que os conteúdos gerados devem estar de acordo com o pensamento socialista e não devem subverter o poder do estado, a ordem social ou econômica.
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