Markdown e edição nos comentários e liberação do código-fonte do tema para WordPress

Duas novidades legais para quem comenta no Manual do Usuário:

  • O campo de comentário agora suporta Markdown, uma sintaxe de formatação para texto puro. Use com responsabilidade!
  • Agora é possível editar comentários recém-publicados. Ao enviar um, aparece um contador de dois minutos e um link de edição. Clique/toque nele para corrigir erros, acrescentar ou remover alguma informação ou excluir o comentário. Este recurso é exclusivo para leitores cadastrados — o cadastro é gratuito.

Outra novidade, há muito pendente, é a liberação do tema para WordPress usado aqui no site.

Intitulado Dez (em alusão ao aniversário de dez anos do Manual, em outubro próximo), o código foi disponibilizado em nosso projeto no Codeberg.

Além de poder ser usado em outros sites WordPress, a liberação do código abre ele para contribuições externas. Viu algo que pode ser melhorado? Submeta o código. (Eu que fiz o tema, logo é bem provável que haja bastante coisa que pode ser melhorada 😄)

Novidades no Órbita e alterações nos perfis de usuários

Nas últimas duas semanas, o Órbita, nosso plugin de código aberto que cria um espaço para conversas no site, ganhou algumas atualizações importantes, fruto do trabalho do Renan Altendorf:

  • Redirecionamento automático ao publicar uma conversa ou link. Antes, por uma limitação técnica, havia uma tela entre a do formulário de publicação e a do post em si. Essa tela foi removida.
  • Links para vídeos do Dailymotion, Vimeo e YouTube agora puxam o player do respectivo site direto para o post no Órbita.
  • Ícones/emojis informativos (💬 para conversas, 🔒 para comentários fechados) foram trazidos para o início do post. O do cadeado, antes inserido manualmente, agora é automático.
  • Correção de URLs com parâmetros em links externos. Antes, o ? do primeiro parâmetro se repetia nos acrescidos pelo Órbita. Agora o plugin identifica se já existe um ? na URL e, em caso positivo, acrescenta os do Órbita iniciando com um &. (Isso é meio técnico; na prática, URLs com parâmetros não quebram mais quando publicadas no Órbita.)
  • Havia uma pequena falha na validação da existência do(a) usuário(a) que estava gerando erros nos logs do WordPress devido a contas excluídas. Foi adicionada uma verificação que eliminou esses erros.
  • Ainda em testes, foram adicionados “capabilities” específicas para o Órbita no WordPress. Na prática, isso permitirá a criação de “cargos” de moderador e, talvez, até a edição de comentários e posts pelos próprios usuários.

Aproveitei o embalo para fazer algumas mudanças e melhorias para pessoas cadastradas no site/Órbita:

  • Removi o campo de envio do avatar. Havia dois possíveis, o interno (que foi removido) e o ligado ao Gravatar. Ficou só o último. Para adotar ou alterar seu avatar, crie uma conta no Gravatar e cadastre o e-mail que você usa para comentar aqui (ou que está em seu cadastro no site).
  • Agora, ao logar, aparece um link no menu principal que leva à edição do perfil. É possível alterar nome de exibição, e-mail e outros detalhes.
  • Para evitar ruído e preservar a privacidade dos demais leitores/usuários, editei o painel administrativo do WordPress (com o plugin Adminimize) para remover áreas em que informações pessoais ficavam expostas. Agora, quando alguém edita o perfil no painel do WordPress, só consegue ver isso, o próprio perfil.

Aviso de migração de servidor.

Neste sábado (15), o Manual do Usuário será migrado para um novo servidor, da Automattic/WordPress.com.

Faremos um esforço para que a migração aconteça da maneira mais tranquila possível. Mesmo assim, comentários e posts no Órbita publicados durante o processo poderão ser perdidos.

Quando tudo estiver finalizado, aviso por aqui mesmo. Obrigado pela compreensão!

Atualização (16/7, às 8h30): Se você estiver lendo isto, significa que a migração foi concluída com sucesso e seu acesso já está sendo feito a partir do novo servidor. Caso encontre algo quebrado, por favor, avise nos comentários ou por e-mail. Valeu!

WordPress, 20 anos

Nos primórdios, a web teve muitas fases bonitas, românticas, em que as coisas eram mais simples e as pessoas online, menos propensas à agressividade, mais inocentes e/ou propensas às coisas boas da vida.

No início dos anos 2000, o aspecto técnico da web também passava por uma fase interessante. De repente, sites deixavam de ser estáticos para se tornarem dinâmicos.

Entre os muitos sistemas daquele período, surgiu, no dia 27 de maio de 2003, um pequeno CMS para blogs chamado WordPress. Era o início de — acho seguro dizer — uma revolução.

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WordPress abandona integração com Twitter.

A Automattic anunciou o fim da integração do WordPress.com e do plugin Jetpack com o Twitter. No comunicado oficial, a empresa disse ter tentado, de boa-fé, chegar a um acordo com o Twitter em relação à nova política e aos preços do acesso da API, o que não ocorreu. É uma perda relevante para o Twitter: cerca de 40% dos sites ativos da web usa WordPress.

E é assim, com quebras, interrupções e desacordos, que o Twitter vai deixando de ser uma espécie de “cola” que conectava a internet para tornar-se um depósito de lixo radioativo.

Ah, detalhe: no mesmo comunicado, a Automattic avisou que vem aí a integração dos seus serviços com o Mastodon. Via Jetpack (em inglês).

É um leiaute tão básico que é difícil imaginar uma única pessoa levando mais do que um dia para criá-lo no Squarespace, Wix, Webflow ou em um dos page builderes do WordPress.

— Matt Mullenweg, co-criador do WordPress e CEO da Automattic.

A mensagem acima foi publicada por Matt no debate da reformulação das páginas inicial e de download do WordPress.org.

Voluntários pagos decidiram usar o sistema de blocos do WordPress para criar as novas versões e demoraram 33 dias para concluir a tarefa. A menção a rivais diretos do WordPress e seu sistema de blocos, aludindo a serem mais fáceis de usar, é a cereja no pudim.

A respeito dos blocos e do futuro do WordPress (o Manual do Usuário usa esse sistema), leia isto. Via Search Engine Journal (em inglês).

WordPress 6.0 “Arturo”.

O WordPress 6.0 “Arturo”, ambiciosa atualização do CMS que move 42% da web, foi lançada oficialmente. Sem surpresa, o foco dos desenvolvedores continua nos blocos. Esta versão expande os blocos para a edição completa do site, aproximando o WordPress de soluções como Squarespace e Wix.

Para quem segue ignorando os blocos, ainda assim é uma atualização é importante: há muitas melhorias em desempenho, mais de 50 ajustes em acessibilidade e centenas de correções.

Por que alguém ignoraria os blocos? Entre outros motivos, porque a experiência para quem escreve, ou seja, para blogs e publicações como o Manual do Usuário, é melhor com o editor clássico. Vide, por exemplo, este destaque da versão 6.0: seleção parcial de múltiplos parágrafos, algo básico em qualquer editor de texto, coisa que o Bloco de notas faz desde 1900 e bolinha:

Veja todas as novidades no link ao lado. Via WordPress (em inglês).

Automattic reverte algumas pioras no plano gratuito do WordPress.com.

A Automattic, dona do WordPress.com, entrou em modo de contenção de danos e promoveu alterações no novo plano gratuito, um dos dois remanescentes da nova estrutura simplificada de planos do serviço:

  • O espaço de armazenamento subiu, de 500 MB para 1 GB;
  • O teto para acessos, de 10 mil/mês para o gratuito e de 100 mil/mês no Pro, foi abolido.

Um post/anúncio da nova estrutura de planos foi publicado só nesta terça (5), depois da péssima repercussão da notícia nos últimos dias.

A Automattic manteve, porém, um único plano pago (“WordPress Pro”), de R$ 75/mês, e que só pode ser pago anualmente, o que se traduz numa fatura de R$ 900. Via WordPress.com (em inglês).

WordPress.com muda estrutura de planos, impõe restrições ao gratuito e cobra caro no único pago.

O WordPress.com da Automattic, braço comercial do WordPress, CMS de código aberto muito popular (e que faz funcionar este Manual do Usuário), simplificou a estrutura de planos pagos e deixou muita gente emparedada, como Anders Norén, que chamou a atenção para o problema em seu blog.

Antes, o WordPress.com oferecia cinco planos com preços e recursos variados. Agora, numa mudança abrupta e não comunicada previamente, tem apenas dois, o gratuito e o WordPress Pro (pago).

Problema: o preço do plano Pro é maior que o dos planos mais básicos, e o gratuito sofreu cortes significativos:

  • O espaço de armazenamento caiu de 3 GB para 500 MB; e
  • Foi imposto um teto para acessos mensais, de 10 mil visitas. (O plano Pro também tem um teto, de 100 mil visitas/mês.)

No Brasil, o plano Pro custa R$ 75 por mês e, o que é pior, é pago anualmente, o que significa que alguém interessado nos recursos precisa desembolsar R$ 900 de uma vez só. Pior ainda:

Dave Martin, CEO do WordPress.com, desculpou-se no Hacker News pelo que chamou de “péssimo trabalho” ao comunicar as mudanças.

Dave prometeu que usuários em planos não antigos não serão afetados pela mudança; que a Automattic tem por hábito ajustar preços por país, para que os valores sejam acessíveis dependendo do local; e que em breve o serviço terá “add-ons” pagos para recursos específicos, como mais espaço ou mais tráfego.

Mesmo com as promessas, fica um gostinho de retrocesso. Via Root Privilegies, Hacker News (ambos em inglês).

WordPress 5.9 chega com suporte total a edição por blocos.

O WordPress 5.9 “Josephine” chegou. É a primeira versão do sistema que abraça a edição completa do site: com a ajuda dos blocos, agora é possível editar o visual de todas as partes do site, de maneira interativa (“no code”), o que aproxima o WordPress de soluções como o Squarespace. A versão 5.9 traz um novo tema, o Twenty Twenty-Two, o primeiro pensado para a metáfora de blocos. “É mais que apenas um novo tema padrão”, diz o comunicado, “é uma maneira totalmente nova de trabalhar com temas do WordPress”. Via WordPress (em inglês).

Proposta: tratar o FLoC como uma questão de segurança.

Os desenvolvedores do WordPress estão debatendo como o software, que está por trás de 41% dos sites da web (incluindo este Manual do Usuário), tratará o FLoC como uma questão de segurança. (FLoC é o projeto do Google para continuar segmentando publicidade sem o auxílio de cookies. Falamos dele no último Guia Prático.) A proposta é que o WordPress saia de fábrica configurado para bloquear a atuação do FLoC. Se um administrador quiser alterar essa configuração, ele poderá. A configuração padrão, como sabemos, é o que importa. Via WordPress (em inglês).

Em paralelo, Microsoft (navegador Edge) e Apple (Safari), embora não tenham se manifestado explicitamente sobre o assunto, já deram sinais de que devem rejeitar o FLoC. Via Bleeping Computer (em inglês).