Na última quinta (14), a Meta anunciou uma grande atualização do WhatsApp: as comunidades, recurso que agrega grupos em HUBs e permite disparar mensagens para até ~2,5 mil pessoas de uma só vez.
A empresa reafirmou o compromisso feito ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de não alterar o funcionamento do WhatsApp até as eleições deste ano. No Brasil, as comunidades só chegarão depois de outubro, quando ocorre o pleito.
Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição presidencial, não gostou da exceção feita ao Brasil. “É inadmissível, inaceitável, e não vai ser cumprido”, disse em uma motociata em São Paulo, na sexta (15). No dia seguinte, o presidente disse que solicitaria uma reunião com o WhatsApp.
Do outro lado, o Ministério Público Federal (MPF) quer adiar ainda mais as comunidades do WhatsApp. Em um ofício do órgão enviado ao WhatsApp e obtido pela Reuters, o MPF sugeriu a possibilidade de deixar as comunidades no Brasil para 2023.
O MPF citou expressamente os eventos de 6 de janeiro de 2021 nos Estados Unidos, quando, incitada pelo então presidente norte-americano, o republicano Donald Trump, uma turba invadiu o Capitólio, causando ferimentos e mortes.
O WhatsApp tem dez dias para responder o questionamento do MPF.
Em nota à Reuters, o WhatsApp esclareceu que a decisão de congelar novas funcionalidades antes do fim das eleições brasileiras de 2022 não é fruto de um acordo com o TSE, mas sim uma iniciativa da empresa. Via LABS News, O Globo.