A Claro lançou o primeiro plano do Brasil de internet fixa por 5G — no jargão técnico, Fixed Wireless Access (FWA). Ele também funciona em redes 4G.
A operadora optou por comercializar o serviço cobrando por franquia, método comum em planos de celulares/móveis, em vez da velocidade de conexão, padrão para banda larga fixa.
São dois planos, um com franquia de 200 GB (R$ 199,90/mês) e outro de 400 GB (R$ 399,90/mês). O consumidor interessado precisa adquirir o modem, um modelo da Intelbrás compatível com Wi-Fi 6, por preços que variam de R$ 799 a R$ 1.199, a depender do plano escolhido e fidelidade.
Direcionado a consumidores que têm dificuldades com cabeamento das conexões de fibra e para quem quer alguma mobilidade, o FWA da Claro está disponível, inicialmente, nas cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília.
O Teletime apurou que o FWA é enquadrado como Serviço Móvel Pessoal, portanto sujeito às mesmas regras do serviço de internet móvel.
Por isso, o lançamento da Claro escapa da cautelar que a Anatel publicou em 2016, quando as grandes operadoras do Brasil se atiçaram para cobrar franquia em conexões fixas.
Aquela cautelar, que não proíbe, mas impõe empecilhos enormes à cobrança por franquia nas conexões fixas, segue valendo.
A natureza do FWA pode gerar dúvidas, argumenta a publicação especializada. Afinal, é um “serviço móvel”, mas de uso estacionário.
Em entrevista ao Mobile Time, Marcio Carvalho, CMO da Claro, disse que a opção pela cobrança de franquias se deve ao compartilhamento do FWA com celulares, “que se mexem e trocam de uma célula para outra”, o que dificulta “cravar uma velocidade nesse ambiente”.
A Claro, com frequência, é apontada como detentora do 5G mais rápido do país.
Para o executivo, o modelo de cobrança não é o maior problema, mas sim o preço do modem. Será…?