Snapchat usará conversas de chatbot de IA para personalizar anúncios.

O Snapchat tem um chatbot parecido com o ChatGPT, o My AI. De diferente, tem a apresentação — ele usa um avatar de pessoa. O My AI usa o mesmo modelo de linguagem do ChatGPT.

A Snap, dona do Snapchat, disse à Bloomberg que 150 milhões de pessoas conversam com o My AI e que já trocaram 10 bilhões de mensagens. Todo esse material está sendo analisado para personalizar anúncios, e parte da publicidade será inserida no próprio My AI, como se fosse parte da conversa.

O Snapchat avisa, antes de iniciar uma conversa com o My AI, que o conteúdo ali poderá ser usado para esses fins. De qualquer forma, vale o lembrete: chatbots não são nossos amigos, são só mais uma troca faustiana que topamos fazer com a big tech. Via Bloomberg [$$$] (em inglês).

A grande ideia é que além de falarmos com nossos amigos e família todos os dias, vamos falar com a inteligência artificial todos os dias.

— Evan Spiegel, cofundador e CEO da Snap.

A frase foi dita por Spiegel ao The Verge no contexto do lançamento do “My AI”, um contato baseado no ChatGPT lançado dentro do Snapchat. (Por ora, apenas para assinantes do Snapchat+.) O ChatGPT do Snapchat tem mais salvaguardas e se parece com uma pessoa, característica desaconselhada por especialistas.

Estamos vivendo o momento “coloca blockchain em tudo” das IAs gerativas, com a diferença de que, até agora, há uma empresa, a OpenAI, passando o rodo no mercado. Via The Verge, Snap (ambos em inglês).

TikTok copia o BeReal antes do Instagram.

O TikTok anunciou nesta quinta (15) o TikTok Now, um “desafio diário” em que a plataforma envia uma notificação e os usuários tiram uma foto ou fazem um vídeo de até dez segundos usando as câmeras principal e frontal do celular. Já disponível nos EUA, em breve em outros países.

Até na hora de copiar o Instagram, que vem “testando” um recurso similar, fica atrás do TikTok.

O BeReal, que criou o recurso, está sendo jantado em praça pública pelas plataformas. Nem deu tempo de receber propostas e abrir capital, como aconteceu com o Snapchat. Será que aguenta até o fim do ano? Via TikTok.

Revista Real Life encerra operações.

A revista Real Life anunciou o encerramento das suas atividades nesta terça (6). O comunicado foi feito na newsletter e, segundo o editor Rob Horning, o fim se deve à falta de financiamento.

A Real Life surgiu em 2016, bancada pela Snap (do Snapchat). Não sei se nesses seis anos a revista diversificou sua fonte de receita, mas o anúncio coincide com um momento delicado da Snap: semana passada, a empresa anunciou um corte de 20% da força de trabalho e o fim de várias iniciativas paralelas ao aplicativo principal. Se for o caso, é mais um projeto editorial bancado por uma empresa de tecnologia que é abandonado ao primeiro sinal de crise — em junho, aconteceu com o LABS/Ebanx.

Era uma ótima publicação. O Manual do Usuário mantinha uma relação frutífera com a Real Life, traduzindo e republicando alguns ensaios fascinantes (veja o arquivo). O arquivo da revista, em inglês, ficará disponível por tempo indeterminado.

Fará falta. Via Real Life (newsletter), The Verge (ambos em inglês).

O que está acontecendo com as empresas de tecnologia dos Estados Unidos?

Dois mil e vinte dois tem sido um ano estranho. Depois juntar os cacos da catástrofe da bolha pontocom, na virada do milênio, o setor de tecnologia teve uma ascensão espetacular e tornou-se o mais valioso do planeta. Agora, porém, a maré virou e o que era bonança virou um tsunami de notícias ruins: demissões, desvalorizações, quebras. O que está acontecendo?

Continue lendo “O que está acontecendo com as empresas de tecnologia dos Estados Unidos?”

Snapchat lança assinatura paga.

Depois de Twitter e Telegram, o Snapchat é a última rede social a embarcar no modelo de negócio de versão paga. Anunciado nesta quarta, o Snapchat+ custa US$ 3,99 (~R$ 20) e está disponível em alguns países — o Brasil ficou de fora.

Em troca da mensalidade, a Snap promete “uma coleção de recursos exclusivos, experimentais e em pré-lançamento”. O rol de recursos é meio precário, porém, e quase todos cosméticos: ícones diferentes, ver quem assistiu aos stories mais de uma vez e afixar um “melhor amigo” no topo da lista de contatos.

Ah, e mesmo pagando, o Snapchat ainda exibe anúncios — tal qual o Twitter Blue. Via Snap, The Verge (ambos em inglês).

A crise chegou no Snapchat.

Na segunda (23), Evan Spiegel, CEO da Snap, dona do Snapchat, comunicou funcionários e investidores de que a empresa não conseguirá bater as metas (criadas por ela mesma) de geração de receita e EBITDA no segundo trimestre.

A notícia caiu como uma bomba no preço da ação, que despencou 43,1% naquele pregão e continua caindo até agora. No acumulado de 2022, a desvalorização já é de 69,7% até esta quinta (25).

O comunicado de Evan ainda trouxe outras más notícias: a Snap vai diminuir o ritmo de contratações até o fim do ano e tentar cortar custos.

A queda do valor dos papéis respingou em outras empresas do setor. Na segunda, nomes como Pinterest (-23,6%), Meta (-7,6%), Twitter (-5,6%) e Alphabet (-5%) também perderam valor, com os investidores receosos de que elas compartilham dos mesmos desafios da Snap. Via CNBC (2) (em inglês).

Recurso de privacidade do iOS impacta faturamento do Snapchat, mas para o CEO, está tudo bem.

A Snap, empresa dona do Snapchat, reportou faturamento de US$ 1,07 bilhão no terceiro trimestre nesta quinta (21.out), abaixo das expectativas dos analistas de Wall Street, de US$ 1,1 bilhão.

A culpa pelo desempenho aquém do esperado foi do recurso Transparência no Rastreamento em Apps (ATT, na sigla em inglês) do iOS, justificou o CEO Evan Spiegel.

O ATT, implementado no iOS 14 e tornado obrigatório pela Apple no iOS 14.5, exige que apps que rastreiam o usuário em outros apps e na web obtenham o consentimento expresso dele para continuarem fazendo isso. Sem surpresa, a maioria das pessoas rejeitou tais pedidos, o que tem causado impactos significativos em negócios baseados em publicidade segmentada, casos do Snapchat e do Facebook, por exemplo.

Spiegel disse que, por conta do ATT, “as ferramentas [de mensuração da publicidade] ficaram no escuro”, mas classificou a baixa como temporária, dizendo que “leva tempo” para se adaptar à nova realidade e que o impacto a longo prazo da do ATT ainda é desconhecido. Diferentemente do Facebook e de seu CEO, Mark Zuckberberg, que encamparam uma batalha de relações públicas contra o recurso de privacidade da Apple, Spiegel acha que se trata de uma boa ideia. Via TechCrunch (em inglês).

Tempo gasto no Snapchat disparou após apagão do Facebook.

O Telegram não foi o único que capitalizou sobre a indisponibilidade do Facebook na segunda-feira (4), nem o maior beneficiado dependendo da métrica analisada.

Dados da consultoria Sensor Tower divulgados pela Bloomberg apontam que o Snapchat teve o maior salto no tempo gasto no app para Android, de 23% em relação à semana anterior. O Telegram apareceu em segundo lugar, com aumento de 18%, seguido por Signal (+15%), Twitter (+11%) e TikTok (+2%).Via Bloomberg (em inglês).

O novo Spectacles da Snap permite que você veja o mundo em realidade aumentada

Mulher usando os óculos avantajados da Snap. Ao fundo, algumas árvores desfocadas e o céu azul.
Foto: Snap/Divulgação.

Há de ser reconhecido o esforço da Snap em criar óculos cada vez mais feios. Desta vez, a empresa apresentou um Spectacles de realidade aumentada. Não está à venda, é só para criadores de conteúdo em RA, e… sim, se isso chegar ao mercado, provavelmente terá um visual menos “óculos 3D de cinema”. Esse “se”, porém, ainda é forte: o modelo atual só dura 30 minutos antes da bateria morrer. Veja em vídeo o que o usuário vê nas lentes. Via The Verge (em inglês).

Acreditamos que os riscos de permitir que o Presidente [Donald Trump] continue usando o nosso serviço durante este período são simplesmente grandes demais. Portanto, vamos prolongar o bloqueio que fizemos de suas contas no Facebook e no Instagram por tempo indeterminado e durante pelo menos as próximas duas semanas até que a transição pacífica do poder esteja concluída.

— Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.

Fácil depois que o cara deixou o poder e, portanto, não tem mais a influência que poria em risco seu negócio. Via Facebook (em inglês).

Mais cedo, o Snapchat havia anunciado a suspensão por tempo indefinido de Trump. Facebook copiando outra vez. Via Engadget (em inglês).

Instagram copia Snapchat que copia YouTube que copia Instagram que copia TikTok….

Quem cobre plataformas de redes sociais precisa estar muito atento a dois fatores: celeridade e mesmice. Há poucos dias, o escritor Chris Stokel-Walker publicou uma coluna no Business Insider reclamando do fato de que todos os apps de redes sociais estavam copiando recursos uns dos outros. Caso em tela: os “fleets” do Twitter, ou sua versão dos famigerados stories.

No texto, Chris exalta o Snapchat que, apesar de uma ou outra escorregada, seguia apegado às suas virtudes e peculiaridades. Nesta segunda (23), quatro dias depois da coluna ir ao ar, o Snapchat ganhou o “Holofote”, que é… uma cópia do TikTok. Via Snapchat.

O fim do feed de notícias

Quando me casei, minha futura esposa e eu tínhamos certeza de que faríamos uma cerimônia pequena e tranquila — nada dessas festas gigantescas e extravagantes com centenas de pessoas! Convidaríamos apenas familiares e amigos próximos. Então, fizemos uma lista de “familiares e amigos próximos” e… constatamos por que as pessoas convidam 100 ou 200 pessoas para seus casamentos. Você conhece muito mais pessoas do que imagina. Continue lendo “O fim do feed de notícias”

Milhões de adolescentes estão revoltados com a nova atualização do Snapchat.

Foi difícil, tanto que demorou anos, mas finalmente o Snapchat conseguiu completar a sua missão e tornar seu app difícil também para os públicos adolescente e de jovens adultos, os únicos que até então conseguiam usá-lo.

Segundo o The Daily Beast, milhões estão reclamando da atualização e retweetando pedidos para que ela seja revertida, incluindo uma petição no Change.org com mais 600 mil assinaturas.

Parabéns, Snap!

Todas as redes sociais convergirão até que se tornem idênticas

Nesta semana, o Snapchat anunciou mudanças em seu app. Ele vai separar amigos de mídia (publicações profissionais e influenciadores) e organizá-los com o uso de algoritmos, deixando de lado a organização cronológica a que recorria até então. Igual à criticada mudança que o Instagram fez em 2016. Continue lendo “Todas as redes sociais convergirão até que se tornem idênticas”